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Os indígenas na cidade de Manaus (1870-1910): entre a invisibilidade e a assimilaçãoSoares, Ana Luiza Morais 02 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The period called the Belle Époque which passes the city of Manaus at the turn of the nineteenth to the twentieth century, is consolidated in the historiography for its great prosperity and opulence. Recent historiographical currents come rewriting this history through a different perspective. The characters of that period are coming to life, but indigenous peoples are still invisible. Invisibility present in the sources and traditional history. A rereading of documents with a new look is showing these actors agencies. This scenario permeated by evolutionists and racist theories, refines the denial of indigenous apparatuses, a conflict between the idealized and the real Indian, who has no place. The indigenous are present in the daily life of the city, the "non-places", in contradiction, marginality etc., demonstrating survival strategies. / O período chamado de Belle Époque ao qual passa a cidade de Manaus na virada do século XIX para o XX, é consolidado na historiografia por sua grande prosperidade e opulência. Correntes historiográficas recentes vêm reescrevendo essa história através de uma outra perspectiva. Os personagens desse recorte estão ganhando vida, mas as populações indígenas ainda estão invisíveis. Invisibilidade presente nas fontes e na história tradicional. Uma releitura dos documentos com um novo olhar está evidenciando as agências desses atores. Esse cenário permeado pelas teorias evolucionistas e racistas, refina a negação aos aparatos indígenas, num conflito entre o índio idealizado e o real, que não tem lugar. Os indígenas se fazem presentes no cotidiano da cidade, nos não lugares , na contradição, na marginalidade etc., demonstrando estratégias de sobrevivência.
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Da invisibilização à evidenciação dos saberes ambientais da comunidade do povoado Ribeira no entorno do Parque Nacional Serra de ItabaianaNascimento, Luanne Michella Bispo 27 February 2014 (has links)
This work was motivated by the lack of studies in the Sierra National Park Itabaiana that clings to the study of local knowledge of local residents in your surrounding. Currently, we observe the existence of an experienced gridlock on one side by the creation of Conservation Units (CU s) that imposes legal use of natural resources constraints and on the other, the reality of the settlements characterized by economic dependence on its residents to natural resources and unsustainable economic and cultural activities. Environmental laws by defining the use of that space can cause, directly or indirectly, environmental conflicts. In the conservation process, knowledge about the use and sustainable management of natural resources, their ideological formations, cultural practices and traditional techniques, constituting the environmental knowledge of a community, can be considered. For this, one must understand that the environmental issue is inherently conflictual because resource use is subject to conflicts between different designs, meanings and purposes. This research will highlight the importance of local knowledge, as many scientists argue that the presence of populations within parks can contribute significantly to the success of these conservation areas. The overall goal of this research is to analyze the knowledge, local knowledge, forms of ownership of the community in relation to the environment, correlating them with the socioeconomic context in Ribeira populated. From these surveys, the paper intends to talk about the complex web of inter-relationships mentioned above, to thereby form the environmental knowledge. The problem refers to the process of increasing invisibilization experienced by communities surrounding protected areas as a result of the implementation, management and maintenance of CU s, which only promote conservation of environmental structures, relegating to the background social diversity . Therefore, the methodology adopted was based on ethno-ecological studies, conducting field work, which were developed by techniques of oral history, especially the history of life. During the field research quantitative and qualitative interviews were conducted. The transcript, systematization and analysis of data followed the technique of discourse analysis. In addition, we constructed a comparative table of cognition, in which the locations are compared and scientific knowledge. Through research it is concluded that the increased knowledge about the plants and animals as well as the retention of them are related to the utility aspect that offer residents and not the ecological value of each. Such knowledge of scientific approach, others do not. There was a process of community invisibilization both the implementation process PARNASI as in management. In an attempt to alleviate the problems of managing PARNASI could promote environmental education to try greening knowledge and understanding of local communities. From the discussions, we point to the need to overcome paradigmatic, seeking an environmental paradigm that stick to the existing socio-bio-diversity conservation units. Thus, it is expected that to be ecologically suited environmental knowledge can promote a process of desinvisibilization local communities, contributing positively to the conservation process in UC´s. / O presente trabalho foi motivado pela ausência de estudos no Parque Nacional Serra de Itabaiana que se atém ao estudo dos saberes locais das populações residentes em seu entorno. Atualmente, observamos a existência de um impasse vivenciado de um lado pela criação de Unidades de Conservação (UC s) que impõe restrições legais ao uso de recursos naturais e, de outro, pela realidade dos povoados caracterizados pela dependência econômica de seus moradores aos recursos naturais e de atividades econômicas e culturais não sustentáveis. As leis ambientais ao delimitarem o uso daquele espaço podem provocar, diretamente ou indiretamente, conflitos ambientais. No processo de conservação, os conhecimentos sobre o uso e manejo sustentável dos recursos naturais, suas formações ideológicas, práticas culturais e técnicas tradicionais, constituindo o saber ambiental de uma comunidade, pode ser considerado. Para isso, deve-se entender que a questão ambiental é intrinsecamente conflitiva, pois o uso dos recursos está sujeito a conflitos entre distintos projetos, sentidos e fins. Nessa pesquisa será destacada a relevância dos saberes locais, já que muitos cientistas defendem que a presença de populações dentro dos parques pode contribuir significativamente para o êxito dessas unidades de conservação. O objetivo geral da presente pesquisa é analisar os conhecimentos, saberes locais, formas de apropriação da comunidade em relação ao ambiente, correlacionando-os com o contexto socioeconômico no povoado Ribeira. A partir desses levantamentos, o trabalho propõe-se a dialogar sobre a complexa teia de inter-relações anteriormente citadas, para assim formar os saberes ambientais. A problemática refere-se ao crescente processo de invisibilização sofrida pelas comunidades no entorno de Unidades de Conservação em decorrência da implementação, gestão e manutenção dessas UC s, que promovem a conservação apenas das estruturas ambientais, relegando a sociodiversidade a segundo plano. Para tanto, a metodologia adotada foi pautada em estudos etnoecológicos, realizando trabalhos de campo, os quais foram desenvolvidos por meio de técnicas de história oral, principalmente a história de vida. Durante a pesquisa de campo foram realizadas entrevistas quantitativas e qualitativas. A transcrição, sistematização e a análise dos dados seguiram a técnica da análise do discurso. Além disso, foi construída uma tabela de cognição comparada, na qual os saberes locais e científicos serão comparados. Com a pesquisa conclui-se que o maior conhecimento sobre as plantas e animais assim como a conservação deles estão relacionados ao aspecto utilitário que oferecem aos moradores, e não ao valor ecológico de cada um. Alguns desses conhecimentos se aproximam do conhecimento científico, outros não. Houve um processo de invizilibilização da comunidade tanto do processo de implementação do PARNASI, como na gestão do mesmo. Na tentativa de amenizar os problemas existentes a gestão do PARNASI poderia promover educação ambiental para tentar ecologizar os conhecimentos e saberes das comunidades locais. A partir das discussões, apontamos para a necessidade de superação paradigmática, buscando um paradigma ambiental que se atenha a bio-socio-diversidade existente nas unidades de conservação. Assim, espera-se que os saberes ambientais ao serem ecologicamente adaptados possam promover um processo de desinviziblização das comunidades locais, contribuindo positivamente para o processo de conservação em UC s.
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