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Participação de receptores noradrenérgicos na substância cinzenta periaquedutal dorsal na modulação de comportamentos defensivos relacionados à ansiedadeSOUZA, D. O. 04 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-04 / O papel da substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD) no medo e na ansiedade tem sido estudado ao longo das últimas décadas. As evidências sobre o envolvimento do sistema noradrenérgico na ansiedade são conflitantes, dependendo da estrutura cerebral estudada. Assim, no presente estudo, testou-se a hipótese de que a noradrenalina administrada diretamente na SCPD de ratos apresenta efeito do tipo ansiolítico no teste de transição claro-escuro. O teste de transição claro-escuro é um modelo etológico de ansiedade, de rápida e fácil execução, que não requer treinamento animal. Para isso, ratos Wistar receberam a administração intra-SCPD de noradrenalina (30, 60 ou 90 nmols) ou salina e foram expostos no teste de transição claro-escuro. Além disso, foi investigado o efeito do pré-tratamento intra-SCPD com antagonistas não seletivos de receptores adrenérgicos alfa e beta, fentolamina (10 nmols) e propranolol (10 nmols) respectivamente, sobre o efeito da injeção de noradrenalina na mesma estrutura. Após os testes, os animais eram colocados durante cinco minutos no campo aberto, para medida da atividade locomotora. Nossos resultados mostram que a noradrenalina (30 e 60 nmols) administrada diretamente na SCPD aumentou o tempo de permanência no compartimento claro e o número de transições dos animais submetidos ao teste de transição claro-escuro, sugerindo um efeito do tipo ansiolítico. Além disso, injeção intra-SCPD de noradrenalina não alterou a atividade locomotora dos animais no teste do campo aberto. Os resultados mostram ainda que o pré-tratamento intra-SCPD de propranolol ou fentolamina atenuou o efeito do tipo ansiolítico da noradrenalina quando analisado o tempo de permanência no compartimento claro do modelo. Assim, o presente trabalho sugere um envolvimento da neurotransmissão noradrenérgica na SCPD, via receptores alfa e betaadrenérgicos, em reações defensivas associadas com o transtorno de ansiedade generalizada em animais submetidos ao modelo de transição claro-escuro.
Palavras-chave: Noradrenalina, substância cinzenta periaquedutal dorsal, ansiedade, teste de transição claro-escuro.
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Efeitos da inibição por muscimol do núcleo dorsal da rafe, da matéria cinzenta periaquedutal dorsal e da amígdala basolateral sobre diferentes medidas de ansiedade / Effects of muscimol inhibition on raphe dorsal nuclei, basolateral amygdala and periaqueductal grey matter on different anxiety responsesBueno, Cintia Heloina 09 September 2002 (has links)
Tem sido proposto que vias serotonérgicas distintas originárias do núcleo dorsal da rafe (NDR) modulariam diferentes tipos de reações de defesa a estímulos aversivos. Deakin e Graeff (1991) propuseram que a ativação da via ascendente do NDR, que inerva a amígdala e o córtex frontal, facilitaria comportamentos defensivos aprendidos em resposta a perigo potencial ou distal, enquanto que a ativação da via periventricular, também originária no NDR e que inerva a matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD) inibiria reações de fuga e luta inatas em resposta a perigo proximal. No presente trabalho pretendeu-se explorar esta hipótese investigando o efeito da inibição do NDR, da MCPD e do núcleo amigdalóide basolateral, em ratos submetidos a dois modelos animais de ansiedade: o labirinto em T elevado (LTE) e o modelo de transição claro-escuro (MTCE). Os testes com o LTE incluíram uma variação metodológica: um dia antes do experimento, os animais foram pré-expostos por 30 minutos a um dos braços abertos do modelo. Tem sido demonstrado que a pré-exposição leva a uma diminuição do tempo gasto em atividade exploratória no braço aberto, assegurando que durante as medidas de fuga, os animais estão realmente fugindo do estímulo aversivo. No presente trabalho, a administração intra-NDR do agonista gabaérgico muscimol diminuiu as latências da esquiva inibitória (EI), efeito ansiolítico, e da fuga dos braços abertos do LTE, efeito ansiogênico. Além disso, o muscimol intra-NDR aumentou o tempo gasto no compartimento claro (TGCC) do MTCE, efeito ansiolítico. Por outro lado, a droga não apresentou efeito no modelo do labirinto em T fechado. Já a microinjeção de muscimol intra-MCPD aumentou a latência de fuga do braço aberto do LTE, efeito ansiolítico, não apresentando qualquer efeito na EI do labirinto em T elevado ou no MTCE. Finalmente, a administração de muscimol intra-amígdala basolateral prejudicou a esquiva inibitória do LTE e aumentou o TGCC do MTCE, efeitos ansiolíticos, sem alterar a fuga dos braços abertos. Em conjunto, os dados do presente trabalho corroboram alguns dos pressupostos da teoria do papel dual da 5-HT na ansiedade proposta por Deakin e Graeff (1991). É interessante salientar, ainda, a importância da pré-exposição sobre as medidas de fuga do braço aberto do LTE. / It has been proposed that distinct 5-HT pathways modulate different types of anxiety reaction to aversive stimuli. Deakin and Graeff (1991) proposed that the activation of the ascending dorsal raphe (DR)-5-HT pathways innervating the amygdala and frontal cortex would facilitate learned defensive behaviors in response to distal or potential threat, while activation of the DR-periventricular 5-HT pathways, which innervates the dorsal periaqueductal gray matter (DPAG) would inhibit innate flight or fight reactions in response to proximal threat. In an attempt to explore this hypothesis, we investigated the effects of reversible inhibition of the DRN, the DPAG and of the basolateral amygdala nucleus in rats exposed to 2 animal models of anxiety: the elevated T maze (ETM) and the light-dark model (LDM). An important methodological difference was included to the ETM tests. The animals were exposed for 30 minutes to one of the ETM open arms, 24 h before the tests. Pre-exposure seems to improve escape measurements in the ETM, assuring that during escape, animals are really escaping from the aversive threat and not simply ambling. In the present study, muscimol administered intra-DRN impaired both the avoidance, anxyolitic effect, and the escape task, anxyogenic effect, of the ETM and increased the time spent in the light compartment (TSLC) in the LDM, an anxyolitic effect. On the other hand, muscimol microinjected intra-DPAG enhanced escape latencies in the ETM, an anxyolitic effect, without altering inhibitory avoidance or LDM measurements. Finally, muscimol administered intra-basolateral amygdala impaired avoidance in the ETM and increased the TSLC in the LDM, revealing an anxyolitic effect in both tests, without altering the escape task. Taken together the obtained data seem to corroborate the dual role of 5-HT in anxiety, proposed by Deakin and Graeff (1991). At last, the importance of pre-exposure to the open arms of the LTE should be emphasized as a procedure capable of improving escape measurement.
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Efeitos do clonazepam sobre as respostas defensivas medidas em ratos submetidos ao labirinto em T elevado / Effect of clonazepam on the defensive responses measured in rats tested in the elevated T maze.Lopes, Marcel Adriano 29 June 2010 (has links)
Lopes, Marcel Adriano. Efeitos do clonazepam sobre as respostas defensivas medidas em ratos submetidos ao labirinto em T elevado. 2010. 83f. Dissertação (mestrado) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto, 2010. O labirinto em T elevado (LTE) é um modelo etológico, que evoca comportamentos defensivos correlacionados com o transtorno de ansiedade generalizada (esquiva inibitória) e o transtorno do pânico (fuga). Apesar da validação farmacológica da tarefa de esquiva inibitória deste modelo estar bem estabelecida, algumas questões em relação à tarefa de fuga não estão claras. Resultados prévios da literatura mostram que drogas clinicamente eficazes no tratamento do transtorno do pânico, como antidepressivos tricíclicos (ex: imipramina e clomipramina) e inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ex: fluoxetina e escitalopram), aumentam a latência de fuga no LTE, sugerindo efeito do tipo panicolítico. Entretanto, em relação aos benzodiazepínicos de alta potência, também amplamente utilizados na clínica para o tratamento do transtorno do pânico, os dados em relação ao LTE permanecem desconhecidos. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar o efeito da administração aguda ou repetida (7 ou 14 dias) de clonazepam em ratos submetidos ao LTE. Dada a importância da substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD) na gênese do transtorno do pânico, verificamos se o efeito da administração aguda de clonazepam no LTE era bloqueado pela administração prévia intra-SCPD do antagonista de receptores BZD flumazenil. Nossos resultados mostram que o tratamento agudo com clonazepam diminuiu as latências de esquiva inibitória e aumentou as latências de fuga do braço aberto, indicativo de efeito ansiolítico e panicolítico, respectivamente. Já a administração repetida deste mesmo benzodiazepínico, seja por 7 ou 14 dias, diminuiu as latências de esquiva inibitória, sem alterar as respostas de fuga. A administração intra-SCPD do antagonista de receptores benzodiazepínicos flumazenil não bloqueou o efeito da administração aguda de clonazepam sobre as respostas defensivas medidas no LTE. Os resultados do presente estudo mostram ainda que o efeito do clonazepam sobre a resposta de fuga é dependente da maneira pela qual a aquisição da resposta de esquiva inibitória é realizada, ou seja, o tratamento agudo com clonazepam foi capaz de alterar esta resposta somente quando a esquiva inibitória foi realizada com 6 tentativas. Em suma, nossos dados mostram que a administração aguda de clonazepam promove efeito panicolítico e ansiolítico no LTE. No entanto, deve ser ressaltado que o efeito panicolítico do clonazepam foi apenas observado após a introdução de uma mudança metodológica no teste do LTE. De uma maneira geral, os resultados obtidos sustentam a associação entre o comportamento de fuga e ataques de pânico. / Lopes, Marcel Adriano. Effect of clonazepam on the defensive responses measured in rats tested in the elevated T maze. 2010. 83f. Dissertação (mestrado) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto, 2010. The elevated T maze (ETM) is an ethological model that generates in rats defensive behaviors in rats which have been associated with generalized anxiety (inhibitory avoidance) and panic (escape) disorders. A wealth of evidence in the literature supports the validity of the ETM inhibitory avoidance task for detecting the effects of generalized anxiety-effective drugs. However, the effect of panic-effective drugs on escape performance has not been fully investigated yet. Previous studies showed that panic-ameliorating drugs such as tricyclic antidepressants (e.g. imipramine and clomipramine) and selective serotonin reuptake inhibitors (e.g. fluoxetine and escitalopram), increase escape latencies in the ETM, suggesting a panicolytic-like effect. The effect of high-potency benzodiazepines agonists such as clonazepam and alprazolam, also widely used for the treatment of panic disorder, remains unknown. In this study we investigated the effect of acute or repeated administration (7 or 14 days) of clonazepam in rats submitted to the ETM. Given the attributed importance of the dorsal periaqueductal gray matter (dPAG) in the genesis/regulation of panic disorder, we also investigated whether the effects caused by the acute administration of clonazepam in ETM can be blocked by prior intra-dPAG administration of the BZD receptor antagonist flumazenil. Our results showed that acute treatment with clonazepam impaired inhibitory avoidance acquisition and increased escape latencies, suggesting anxiolytic and panicolytic effects, respectively. Repeated administration of clonazepam, either for 7 or 14 days, also impaired inhibitory avoidance acquisition, but did affect escape expression. Intra-dPAG injection of flumazenil did not block the effect of clonazepam on the defensive responses measured in ETM. Our results also showed that the effect of clonazepam on the escape response is dependent on the way inhibitory avoidance acquisition is measured, i.e. the drug anti-escape effect was only observed in group of animals that had 6 but not 3 trials to acquire inhibitory avoidance. Altogether, our data show that clonazepam causes both anxiolytic and panicolytic effects on ETM, in accordance to its therapeutic profile. However, it should be emphasized that the panicolytic effect of clonazepam was only observed after the introduction of a methodological modification in the ETM test protocol. Overall, our findings support the proposed association between escape behavior and panic attacks.
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O papel da galalina na modulação da ansiedade experimental mediada pela matéria cinzenta periaquetutal dorsal (MCPD) de ratosSoares, Flávia Roberta Chaves 18 July 2014 (has links)
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Dissertacao Flavia Roberta Chaves Soares.pdf: 1503704 bytes, checksum: 5ae4b8a454d5255f2c4abda25cf84fe3 (MD5) / FAPES / A galanina (GAL) é um peptídeo composto por 29 aminoácidos que está presente no SNC de inúmeros mamíferos, inclusive do homem. A distribuição da GAL e de seus receptores em estruturas envolvidas com o controle das emoções apontam para um possível papel modulatório desse neuropeptídeo sobre a ansiedade. A Matéria Cinzenta Periaquedutal Dorsal (MCPD) é considerada uma estrutura-chave para a expressão comportamental e autonômica do comportamento defensivo. Entretanto, o papel da GAL nessa estrutura ainda não foi estudado. A MCPD recebe projeções galaninérgicas de outras estruturas, mas não sintetiza o peptídeo em seus corpos celulares. Foram clonados 3 diferentes receptores para a GAL, GALR1 e GALR3, que aumentam o efluxo de K+, e GALR2, que aumenta a concentração intracelular de Ca++. Estudos de imunohistoquímica e hibridização in situ descreveram a presença do GALR1 e do GALR2 na MCPD, embora o GALR1 apareça em maior número. O objetivo do presente estudo foi investigar o envolvimento da GAL sobre a modulação da ansiedade experimental mediada pela MCPD de ratos. Para tanto, foi realizada cirurgia estereotáxica em ratos Wistar adultos para implantação unilateral de uma cânula-guia na MCPD (AP-lambda: 0 mm; L: 2,0 mm; e P: 4,0 mm, 15o), por onde as seguintes drogas foram administradas: GAL (0,1; 0,3; 1,0 e 3,0 nmoles/ 0,2μL), M617 - agonista seletivo GalR1 (0,3; 1,0 e 3,0 nmoles/ 0,2μL) e AR-M1896 – agonista seletivo GalR2 (0,3; 1,0 e 3,0 nmoles/ 0,2μL). Passados 5-7 dias de recuperação, cada animal recebeu a injeção de droga e 20 min. após foi submetido aos testes do LCE, LTE e Vogel. Grupos independentes de animais (n= 5-12) foram usados em cada experimento. A GAL, e os ligantes seletivos M617 e AR-M1896, nas diferentes doses testadas, não alteraram de modo significativo os parâmetros porcentagem de entrada e porcentagem de tempo nos braços abertos (BAs) do LCE. Os resultados mostraram que o tratamento com a GAL (3,0 nmoles) prejudicou a Esquiva 2 de modo significativo, sem alterar a fuga. O tratamento agudo com a GAL não alterou a atividade locomotora verificada no Campo Aberto. E por fim, a GAL (1,0 e 3,0 nmoles) não apresentou diferença para o número de lambidas punidas no Teste do Conflito de Vogel em comparação ao grupo controle. Dessa forma, o efeito tipo-ansiolítico da GAL mediado pela MCPD parece depender do modelo experimental empregado e dos níveis de ansiedade gerados pelo mesmo. / Galanin (GAL) is a 29 amino acids peptide that is present in the CNS of many mammals, including human being. The distribution of GAL and its receptors in emotions control structures involved suggests a possible modulatory role of this neuropeptide on anxiety. The dorsal periaqueductal gray (DPAG) is considered a key structure for behavioral and autonomic expression of defensive behavior. However, the role of GAL in this region has not been studied. The DPAG receives galaninergic projections from other structures, but does not synthesize the peptide on their cell bodies. GAL's actions are mediated by 3 metabotropic receptors, GALR1 and GALR3, which increase K+ efflux, and GALR2, which increases Ca2+ intracellular concentration. Using in situ hybridization technique was described the presence of GALR1 and GalR2 receptors in rat DPAG neurons, but there is GALR1 in greater density. The aim of this study was to investigate the involvement of GAL on the modulation of experimental anxiety by DPAG in rats. Therefore, Wistar rats with a unilateral cannula aimed at the DPAG (AP-lambda: 0 mm; L: 2.0 mm; e P: 4.0 mm, 15o), where the drugs were administered, received the following drugs: GAL (0.1; 0.3; 1.0 e 3.0 nmol/ 0.2μL), M617 – selective agonist GALR1 (0.3; 1.0 e 3.0 nmol/ 0.2μL) e AR-M1896 – selective agonist GALR2 (0.3; 1.0 e 3.0 nmol/ 0.2μL). After 5-7 days of recovery, each animal received an injection of drug and tests were carried-out in the plus-maze, elevated T-maze (ETM) or Vogel Test 20 min later. Each experiment was conducted with separated groups of animals (n=5-12). Tests performed at plus-maze after injection of GAL or selective agonists M617 and AR-M1896 into-DPAG did not change percentage of entries and percentage of time spent in the open arms. The analysis showed that treatment with GAL (3 nmol) significantly impaired Avoidance 2 in the ETM, without change Escape behavior. Acute treatment with GAL did not change locomotion in the Open Field. Finally, GAL (1.0 e 3.0 nmol) did not show difference in the number of punished licks at Conflict Vogel Test in comparison with control group. Thus, the anxiolytic effect of GAL in the DPAG seems to depend on the experimental model of anxiety employee and anxiety level generated by them.
Key-words: Galanin. DPAG. Anxiety. T-maze.
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Efeitos da inibição por muscimol do núcleo dorsal da rafe, da matéria cinzenta periaquedutal dorsal e da amígdala basolateral sobre diferentes medidas de ansiedade / Effects of muscimol inhibition on raphe dorsal nuclei, basolateral amygdala and periaqueductal grey matter on different anxiety responsesCintia Heloina Bueno 09 September 2002 (has links)
Tem sido proposto que vias serotonérgicas distintas originárias do núcleo dorsal da rafe (NDR) modulariam diferentes tipos de reações de defesa a estímulos aversivos. Deakin e Graeff (1991) propuseram que a ativação da via ascendente do NDR, que inerva a amígdala e o córtex frontal, facilitaria comportamentos defensivos aprendidos em resposta a perigo potencial ou distal, enquanto que a ativação da via periventricular, também originária no NDR e que inerva a matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD) inibiria reações de fuga e luta inatas em resposta a perigo proximal. No presente trabalho pretendeu-se explorar esta hipótese investigando o efeito da inibição do NDR, da MCPD e do núcleo amigdalóide basolateral, em ratos submetidos a dois modelos animais de ansiedade: o labirinto em T elevado (LTE) e o modelo de transição claro-escuro (MTCE). Os testes com o LTE incluíram uma variação metodológica: um dia antes do experimento, os animais foram pré-expostos por 30 minutos a um dos braços abertos do modelo. Tem sido demonstrado que a pré-exposição leva a uma diminuição do tempo gasto em atividade exploratória no braço aberto, assegurando que durante as medidas de fuga, os animais estão realmente fugindo do estímulo aversivo. No presente trabalho, a administração intra-NDR do agonista gabaérgico muscimol diminuiu as latências da esquiva inibitória (EI), efeito ansiolítico, e da fuga dos braços abertos do LTE, efeito ansiogênico. Além disso, o muscimol intra-NDR aumentou o tempo gasto no compartimento claro (TGCC) do MTCE, efeito ansiolítico. Por outro lado, a droga não apresentou efeito no modelo do labirinto em T fechado. Já a microinjeção de muscimol intra-MCPD aumentou a latência de fuga do braço aberto do LTE, efeito ansiolítico, não apresentando qualquer efeito na EI do labirinto em T elevado ou no MTCE. Finalmente, a administração de muscimol intra-amígdala basolateral prejudicou a esquiva inibitória do LTE e aumentou o TGCC do MTCE, efeitos ansiolíticos, sem alterar a fuga dos braços abertos. Em conjunto, os dados do presente trabalho corroboram alguns dos pressupostos da teoria do papel dual da 5-HT na ansiedade proposta por Deakin e Graeff (1991). É interessante salientar, ainda, a importância da pré-exposição sobre as medidas de fuga do braço aberto do LTE. / It has been proposed that distinct 5-HT pathways modulate different types of anxiety reaction to aversive stimuli. Deakin and Graeff (1991) proposed that the activation of the ascending dorsal raphe (DR)-5-HT pathways innervating the amygdala and frontal cortex would facilitate learned defensive behaviors in response to distal or potential threat, while activation of the DR-periventricular 5-HT pathways, which innervates the dorsal periaqueductal gray matter (DPAG) would inhibit innate flight or fight reactions in response to proximal threat. In an attempt to explore this hypothesis, we investigated the effects of reversible inhibition of the DRN, the DPAG and of the basolateral amygdala nucleus in rats exposed to 2 animal models of anxiety: the elevated T maze (ETM) and the light-dark model (LDM). An important methodological difference was included to the ETM tests. The animals were exposed for 30 minutes to one of the ETM open arms, 24 h before the tests. Pre-exposure seems to improve escape measurements in the ETM, assuring that during escape, animals are really escaping from the aversive threat and not simply ambling. In the present study, muscimol administered intra-DRN impaired both the avoidance, anxyolitic effect, and the escape task, anxyogenic effect, of the ETM and increased the time spent in the light compartment (TSLC) in the LDM, an anxyolitic effect. On the other hand, muscimol microinjected intra-DPAG enhanced escape latencies in the ETM, an anxyolitic effect, without altering inhibitory avoidance or LDM measurements. Finally, muscimol administered intra-basolateral amygdala impaired avoidance in the ETM and increased the TSLC in the LDM, revealing an anxyolitic effect in both tests, without altering the escape task. Taken together the obtained data seem to corroborate the dual role of 5-HT in anxiety, proposed by Deakin and Graeff (1991). At last, the importance of pre-exposure to the open arms of the LTE should be emphasized as a procedure capable of improving escape measurement.
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Efeito da administra??o aguda de agomelatina sobre o comportamento de ratos Wistar machos e f?meas no labirinto T elevado / Effect of acute administration of agomelatine on the behavior of male and female Wistar rats in the elevated T mazeSoeiro, Carolina Campelo 24 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-24 / A agomelatina N-[2-(7-metoxi-1-naftil)-etil] acetamida (Valdoxan?, Servier) ? um f?rmaco utilizado na pr?tica cl?nica como antidepressivo agindo por vias distintas dos f?rmacos convencionais. Seu mecanismo de atua??o envolve a??o agonista nos receptores de melatonina MT1 e MT2 e a??o antagonista no receptor seroton?rgico 5-HT2C. Esta dupla atividade favorece a regula??o no ciclo sono-vig?lia, desbalanceado em pacientes deprimidos. Pesquisas recentes sugerem a a??o da agomelatina como ansiol?tico em modelos pr?-cl?nicos e cl?nicos, tanto em pacientes com transtorno de ansiedade generalizada como transtorno do p?nico. O objetivo deste trabalho ? avaliar os efeitos da administra??o aguda da agomelatina em ratos Wistar machos e f?meas testados no labirinto T elevado. A locomo??o dos animais foi avaliada no teste do campo aberto. A agomelatina foi dissolvida em solu??o salina (NaCl 0,9%) e administrada atrav?s de gavagem na dose de 75 mg/Kg/mL nos machos e 25, 50, 75 mg/Kg/mL para o grupo de f?meas, na fase do proestro e estro do ciclo estral. Os resultados demonstraram que nenhuma das doses testadas nas f?meas alterou o comportamento das mesmas e que a dose de 75 mg/Kg, quando administrada nos machos, favoreceu um discreto efeito panicog?nico. / Agomelatine N- [2- (7-methoxy-1-naphthyl) -ethyl] acetamide (Valdoxan?, Servier), is a clinically used antidepressant that act by routes other than conventional drugs. It acts as an agonist the melatonin MT1 and MT2 receptors and antagonist of the 5-HT2C serotonergic receptor. This dual activity promotes a balance in the sleep wake cycle, unbalanced in depressed patients. Recent research suggests the action of agomelatine as an anxiolytic drug in preclinical and clinical models, in patients with both generalized anxiety disorder and panic disorder. The objective of this work is to evaluate the effects of the acute administration of agomelatine in male and female Wistar rats tested in the elevated T maze. Locomotion of the animals was observed in the open field test. Agomelatine was dissolved in saline and administered through gavage at a dose of 75 mg/kg/mL in males and 25, 50, 75 mg/Kg/mL in females at proestrus and estrus stage of the oestrous cycle. The results showed that none of the doses tested in females altered the behavior of animals. In males, however, agomelatine caused a discrete panicogenic-like effect.
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VerificaÃÃo dos efeitos de Imipramina, Paroxetina, Buspirona e Diazepam no labirinto em T elevado em ratos e camundongos / Verifying the effects of imiprimine, paroxetine, buspirone and diazepam on elevated T-maze in mice and ratsAlexandre Menezes Sampaio 14 August 2008 (has links)
nÃo hà / Os transtornos de ansiedade possuem alta prevalÃncia na populaÃÃo com graus de severidade variÃveis, podendo chegar à incapacitaÃÃo. Deakin & Graeff conceberam um modelo teÃrico relacionando defesa distal, amÃgdala e ansiedade generalizada, de um lado, e defesa proximal, substÃncia cinzenta periaqueductal e pÃnico, de outro. Nesta proposta, a serotonina facilita a ansiedade, porÃm inibe o pÃnico. O modelo do Labirinto em T Elevado (LTE) seria entÃo mais efetivo para distinguir estes dois padrÃes de ansiedade, ao contrario do Labirinto em Cruz Elevado (LCE), um dos modelos mais utilizados para avaliar efeitos ansiolÃticos das drogas. O modelo foi validado para ratos, havendo pouca descriÃÃo sobre o uso em camundongos. No primeiro experimento os animais (camundongos Swiss; 10 em cada grupo) foram tratados com salina (10 ml/kg; i.p.), imipramina (30mg/kg; i.p.), diazepam (1mg/kg; i.p.), paroxetina (5mg/kg; i.p.), paroxetina (10mg/kg; i.p.) e paroxetina (20mg/kg; i.p.) e avaliados no Teste do Nado ForÃado (TNF). No segundo experimento os camundongos foram separados em cinco grupos (n=10) e tratados com salina (10 ml/kg; i.p.), imipramina (30mg/kg; i.p.), diazepam (2mg/kg; i.p.), paroxetina (10mg/kg; i.p.), buspirona (10mg/kg; i.p) diariamente por uma semana (subcronicamente) e depois avaliados no TNF. No terceiro experimento camundongos foram tratados subcronicamnete com salina, imipramina (30mg/kg; IP), paroxetina (10mg/kg; IP), diazepam (2mg/kg; IP) e buspirona (10mg/kg; IP) e depois testados no LCE. No quarto experimento foram utilizados ratos Wistar que recebiam diariamente por gavagem salina, imipramina (10mg/kg), paroxetina (10mg/kg), diazepam (1mg/kg) ou buspirona (10mg/kg) por 24 dias consecutivos (volume constante 1 ml/kg de peso) e depois foram avaliados no LTE e Campo Aberto (CA). O quinto experimento foi semelhante ao quarto, sendo utilizado camundongos e um aparelho para LTE adaptado. Os resultados foram: imipramina e as trÃs dose de paroxetina apresentaram efeito antidepressivo, enquanto diazepam mostrou efeito depressivo no TNF agudo. Jà no TNF subcrÃnico apenas imipramina apresentou efeito antidepressivo. No LCE imipramina apresentou efeito ansiolÃtico enquanto paroxetina apresentou efeito ansiogÃnico. No LTE com ratos tratados cronicamente, paroxetina, diazepam e buspirona apresentaram efeito anti-ansiedade-generalizada enquanto imipramina, diazepam e paroxetina apresentaram efeito anti-pÃnico. No LTE com camundongos tratados cronicamente, imipramina, diazepam, buspirona e paroxetina apresentaram respostas anti-ansiedade-generalizada e apenas a paroxetina demonstrou efeito anti-pÃnico. Assim, imipramina, uma droga eficaz nos transtornos depressivos, ansiedade generalizada e pÃnico, foi responsÃvel por respostas semelhantes nos modelos animais (com exceÃÃo do LTE para camundongos). Diazepam, uma droga utilizada para ansiedade generalizada e com alguns efeitos no pÃnico, apresentou comportamento semelhante nos modelos, tendo efeito antipÃnico no LTE para ratos e nÃo para camundongos. Buspirona, uma droga utilizada na clinica apenas para ansiedade generalizada, nÃo apresentou efeitos antidepressivos ou antipÃnico em nenhum experimento. Paroxetina, inibidor seletivo da recaptaÃÃo da serotonina, antidepressivo, ansiolÃtico e antipÃnico, apresentou atividade ansiogÃnica no LCE (demonstrando este aparelho como inadequado para avaliar esta classe de droga) e efeito anti-ansiedade-generalizada e anti-pÃnico tanto em LTE para ratos quanto para camundongos. Conclui-se que o LTE para camundongos à um modelo adequado para detectar efeitos ansiolÃticos e anti-pÃnico das drogas, este Ãltimo em especial para drogas serotonÃrgicas / The disorders of anxiety use to have high levels of prevalence among population, with varying degrees of severity, eventually causing disability. Deakin & Graeff have conceived a theoretical model, relating distal defence, amygdala and generalized anxiety, on the one hand, and proximal defence, periaqueductal grey substance and panic, on the other. In this proposal, serotonin eases anxiety, but inhibits the panic. The format of the Elevated T Maze (ETM) would be more effective to distinguish these two patterns of anxiety, in contrast to Elevated plus maze (EPM), one of the models most frequently used to evaluate anxiolytic effects of drugs. The model was validated for rats, with little description about the use in mice. In the first experiment, the animals (Swiss mice, 10 in each group) were treated with saline (10 ml / kg, ip), imipramine (30mg/kg; ip), diazepan (1mg/kg; ip), paroxetine (5mg/kg ; Ip), paroxetine (10mg/kg; ip) and paroxetine (20mg/kg; ip) and evaluated in the Forced Swim Test (FST). In the second experiment the mice were divided into five groups (n = 10) and treated with saline (10 ml/kg, ip), imipramine (30mg/kg; ip), diazepan (2mg/kg; ip), paroxetine (10mg / kg, ip), buspirone (10mg/kg; ip), daily for one week (subchronic), and after that they were evaluated in the FST. In the third experiment mice were treated subcronic with saline, imipramine (30mg/kg; IP), paroxetine (10mg/kg; IP), diazepam (2mg/kg; IP) and buspirone (10mg/kg; IP) and then tested in EPM. In the fourth experiment, were used Wistar rats that received daily, by gavage, saline, imipramine (10mg/kg), paroxetine (10mg/kg), diazepam (1mg/kg) or buspirone (10mg/kg) for 24 consecutive days (in volume 1 ml per kg) and then were evaluated in ETM and Open Field Test (OFT). The fifth experiment was similar to the fourth, being used mice and adapted device for ETM. The results were: imipramine and three doses of paroxetine presented antidepressant effect, as diazepam showed depressive effect on acute FST. In subchronic FST, only imipramine presented antidepressant effect. In the EPM, imipramine presented anxiolytic effect as paroxetine presented anxiogenic effect. In ETM with rats chronically treated, paroxetine, diazepan and buspirone showed anti-generalized-anxiety-like effect, as imipramine, diazepan and paroxetine showed anti-panic-like effect. In ETM with mice chronically treated with imipramine, diazepan, buspirone and paroxetine presented responses anti-generalized-anxiety-like and only paroxetine showed anti-panic-like effect. Thus, imipramine, a drug effective in depressive disorders, generalized anxiety and panic, was responsible for similar responses in animal models (except for the ETM for mice). Diazepam, a drug used to generalized anxiety and with some effects in panic, presented similar behavior in the models, with antipanic-like effect in ETM for rats and not for the mice. Buspirone, a drug used in clinic only to generalized anxiety, did not present antidepressant or antipanic effects in any experiment. Paroxetine, a selective serotonin reuptake inhibitor (SSRI), antidepressant, anxiolytic and antipanic, presented anxiogenic activity in EPM (demonstrating this device as inadequate to evaluate this class of drugs) and anti-generalized-anxiety and anti-panic both in ETM for rats and for mice. We concludes that the ETM for mice is an appropriate model to detect anxiolytic and anti-panic effects of drugs, the latter especially for 5-HT drugs
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Efeitos do clonazepam sobre as respostas defensivas medidas em ratos submetidos ao labirinto em T elevado / Effect of clonazepam on the defensive responses measured in rats tested in the elevated T maze.Marcel Adriano Lopes 29 June 2010 (has links)
Lopes, Marcel Adriano. Efeitos do clonazepam sobre as respostas defensivas medidas em ratos submetidos ao labirinto em T elevado. 2010. 83f. Dissertação (mestrado) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto, 2010. O labirinto em T elevado (LTE) é um modelo etológico, que evoca comportamentos defensivos correlacionados com o transtorno de ansiedade generalizada (esquiva inibitória) e o transtorno do pânico (fuga). Apesar da validação farmacológica da tarefa de esquiva inibitória deste modelo estar bem estabelecida, algumas questões em relação à tarefa de fuga não estão claras. Resultados prévios da literatura mostram que drogas clinicamente eficazes no tratamento do transtorno do pânico, como antidepressivos tricíclicos (ex: imipramina e clomipramina) e inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ex: fluoxetina e escitalopram), aumentam a latência de fuga no LTE, sugerindo efeito do tipo panicolítico. Entretanto, em relação aos benzodiazepínicos de alta potência, também amplamente utilizados na clínica para o tratamento do transtorno do pânico, os dados em relação ao LTE permanecem desconhecidos. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar o efeito da administração aguda ou repetida (7 ou 14 dias) de clonazepam em ratos submetidos ao LTE. Dada a importância da substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD) na gênese do transtorno do pânico, verificamos se o efeito da administração aguda de clonazepam no LTE era bloqueado pela administração prévia intra-SCPD do antagonista de receptores BZD flumazenil. Nossos resultados mostram que o tratamento agudo com clonazepam diminuiu as latências de esquiva inibitória e aumentou as latências de fuga do braço aberto, indicativo de efeito ansiolítico e panicolítico, respectivamente. Já a administração repetida deste mesmo benzodiazepínico, seja por 7 ou 14 dias, diminuiu as latências de esquiva inibitória, sem alterar as respostas de fuga. A administração intra-SCPD do antagonista de receptores benzodiazepínicos flumazenil não bloqueou o efeito da administração aguda de clonazepam sobre as respostas defensivas medidas no LTE. Os resultados do presente estudo mostram ainda que o efeito do clonazepam sobre a resposta de fuga é dependente da maneira pela qual a aquisição da resposta de esquiva inibitória é realizada, ou seja, o tratamento agudo com clonazepam foi capaz de alterar esta resposta somente quando a esquiva inibitória foi realizada com 6 tentativas. Em suma, nossos dados mostram que a administração aguda de clonazepam promove efeito panicolítico e ansiolítico no LTE. No entanto, deve ser ressaltado que o efeito panicolítico do clonazepam foi apenas observado após a introdução de uma mudança metodológica no teste do LTE. De uma maneira geral, os resultados obtidos sustentam a associação entre o comportamento de fuga e ataques de pânico. / Lopes, Marcel Adriano. Effect of clonazepam on the defensive responses measured in rats tested in the elevated T maze. 2010. 83f. Dissertação (mestrado) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto, 2010. The elevated T maze (ETM) is an ethological model that generates in rats defensive behaviors in rats which have been associated with generalized anxiety (inhibitory avoidance) and panic (escape) disorders. A wealth of evidence in the literature supports the validity of the ETM inhibitory avoidance task for detecting the effects of generalized anxiety-effective drugs. However, the effect of panic-effective drugs on escape performance has not been fully investigated yet. Previous studies showed that panic-ameliorating drugs such as tricyclic antidepressants (e.g. imipramine and clomipramine) and selective serotonin reuptake inhibitors (e.g. fluoxetine and escitalopram), increase escape latencies in the ETM, suggesting a panicolytic-like effect. The effect of high-potency benzodiazepines agonists such as clonazepam and alprazolam, also widely used for the treatment of panic disorder, remains unknown. In this study we investigated the effect of acute or repeated administration (7 or 14 days) of clonazepam in rats submitted to the ETM. Given the attributed importance of the dorsal periaqueductal gray matter (dPAG) in the genesis/regulation of panic disorder, we also investigated whether the effects caused by the acute administration of clonazepam in ETM can be blocked by prior intra-dPAG administration of the BZD receptor antagonist flumazenil. Our results showed that acute treatment with clonazepam impaired inhibitory avoidance acquisition and increased escape latencies, suggesting anxiolytic and panicolytic effects, respectively. Repeated administration of clonazepam, either for 7 or 14 days, also impaired inhibitory avoidance acquisition, but did affect escape expression. Intra-dPAG injection of flumazenil did not block the effect of clonazepam on the defensive responses measured in ETM. Our results also showed that the effect of clonazepam on the escape response is dependent on the way inhibitory avoidance acquisition is measured, i.e. the drug anti-escape effect was only observed in group of animals that had 6 but not 3 trials to acquire inhibitory avoidance. Altogether, our data show that clonazepam causes both anxiolytic and panicolytic effects on ETM, in accordance to its therapeutic profile. However, it should be emphasized that the panicolytic effect of clonazepam was only observed after the introduction of a methodological modification in the ETM test protocol. Overall, our findings support the proposed association between escape behavior and panic attacks.
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Efeito de diferentes agonistas de receptores galaninérgicos no núcleo dorsal da rafe de ratos expostos a modelos animais de ansiedade e pânicoMorais, Juliana da Silva 26 February 2015 (has links)
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Dissertacao Juliana Morais.pdf: 1700968 bytes, checksum: 0e62cb3a74a53d3f828f98d0a112af0b (MD5) / FAPES / A galanina (GAL) é um peptídeo presente no SNC de vários mamíferos, inclusive do homem. Foram clonados 3 receptores diferentes para a GAL, GALR1 e GALR3, inibitórios, e GALR2, excitatório. A distribuição da GAL em estruturas envolvidas com o controle das emoções, assim como estudos comportamentais sugerem que a GAL esteja envolvida na neurobiologia da ansiedade. O seu efeito parece depender tanto do sítio de administração quanto do subtipo de receptor envolvido. O núcleo dorsal da rafe (NDR) destaca-se pela presença de neurônios serotoninérgicos, importantes para mediar o efeito antidepressivo de diversos fármacos. Cerca de 40 % dos neurônios do NDR co-expressam serotonina (5-HT) e GAL. A ativação de GALR1 pelo peptídeo nessa estrutura diminui a taxa de disparo dos neurônios serotoninérgicos no NDR. Resultado prévio do nosso laboratório mostrou efeito ansiolítico da GAL intra-NDR de ratos expostos ao Labirinto em T elevado (LTE), mas nenhum efeito na fuga, relacionada ao pânico. Uma das limitações do modelo utilizado é que a fuga (latência para deixar o braço aberto) normalmente ocorre em poucos segundos, de forma que detectar o efeito panicogênico (menor latência de fuga) pode ser difícil. Dessa forma, um dos objetivos do presente estudo foi investigar o efeito da GAL intra-NDR de ratos em outro modelo experimental de pânico, a estimulação elétrica da matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD), mais sensível à detecção do efeito panicogênico. Além disso, considerando a existência de diferentes subtipos de receptores galaninérgicos (GALR1 e GALR2) no NDR com mecanismos de transdução opostos, inibitório e excitatório, respectivamente, é possível que a ativação de receptores GALR1 seja responsável por mediar o efeito ansiolítico/panicogênico, enquanto a ativação dos receptores GALR2 induza efeito ansiogênico/panicolítico. Nesse sentido, testamos essa hipótese usando um agonista seletivo para GALR1 (M617) e um agonista seletivo para GALR2 (AR-M1896) no NDR de ratos expostos ao LTE. A administração de M617 intra-NDR facilitou a esquiva inibitória nas doses de 1,0 e 3,0 nmoles, sugerindo um efeito tipo-ansiogênico, enquanto a administração do AR-M1896 intra-NDR na dose de 3,0nmoles prejudicou a esquiva inibitória, sugerindo um efeito tipo-ansiolítico, ambos sem alterar a atividade locomotora dos animais testados no campo aberto. Esses resultados são contrários à hipótese inicial. Também não foi observado efeito dessas drogas no comportamento de fuga do LTE. Posteriormente, foi testado o WAY100635 com o objetivo de verificar se a administração prévia deste antagonista 5-HT1A seria capaz de bloquear os efeitos observados com o agonista GALR2 nos animais submetidos ao LTE. O efeito ansiolítico do AR-M1896 foi atenuado pela administração prévia do WAY100635, na dose de 0,18nmol. Portanto esses resultados sugerem uma relação entre o efeito observado com o AR-M1896, a liberação de 5-HT e a ativação de receptores 5-HT1A. E finalmente, a GAL, na dose de 0,3nmol, aumentou de modo significativo, mas discreto, os limiares de salto e trote dos animais submetidos à estimulação elétrica da MCPD, sugerindo efeito panicolítico. Os resultados, como um todo, apontam que a GAL no NDR participa da mediação de respostas comportamentais relacionadas à ansiedade e, de forma menos evidente, ao Transtorno de Pânico. Os resultados mostram, ainda, que o efeito da GAL na ansiedade nesse subnúcleo depende do subtipo de receptor galaninérgico ativado. / Galanin (GAL) is a peptide present in the CNS of various mammals, including human being. Three different receptors have been cloned for the GAL, GALR1 and GALR3, inhibitory, and GALR2, excitatory. The distribution of GAL in structures involved in the control of emotions, and behavior studies suggest that GAL may be involved in the neurobiology of anxiety. The effect seems to depend on both the GAL administration site as involved receptor subtype. The dorsal raphe nucleus (DRN) is distinguished by the presence of serotonergic neurons, important to mediate the antidepressant effect of several drugs. About 40% of the neurons of the DRN co-expressing serotonin and GAL. The activation of GALR1 in this structure decreases the firing rate of serotonergic neurons in the DRN. Previous results from our laboratory showed anxiolytic effect of GAL intra-DRN in rats exposed to the elevated T maze (ETM), but no effect on the escape, related to panic. One of the limitations of this model is that the escape (latency to leave the open arm) usually occurs within a few seconds, so that detect panicogenic effect (low latency escape) can be difficult. Thus, one aim of this study was to investigate the effect of intra-DRN rat GAL in another experimental model of panic, electrical stimulation of the dorsal periaqueductal gray matter (DPAG), more sensitive to detect panicogenic effect. Furthermore, given the existence of different subtypes of galaninergic receptors (GALR1 and GALR2) in the DRN with opposite transduction mechanisms, inhibitory and excitatory, respectively, it is possible that activation of GALR1 receptors is responsible for mediating the anxiolytic/panicogenic effect while activation of GALR2 receptors induces anxiogenic/panicolytic effect. Accordingly, we tested this hypothesis using a selective agonist for GALR1 (M617) and a selective agonist for GALR2 (AR-M1896) in the DRN in rats exposed to ETM. The administration of M617 1.0 and 3.0 nmol in the DRN facilitated inhibitory avoidance, suggesting an anxiogenic-like effect., while administration of AR-M1896 3,0nmoles in the DRN impaired the inhibitory avoidance, suggesting an anxiolytic-like effect, both without changing locomotor activity of animals tested in the open field. Also there was no effect of these drugs on the ETM escape behavior. Later, the pre-treatment with WAY100635 was tested in order to verify that administration of a 5-HT1A antagonist would be able to block the effects seen with GALR2 agonist in animals exposed to ETM. The anxiolytic effect of AR-M1896 was attenuated by the prior administration of WAY100635 at a dose of 0,18nmol. Therefore these results suggest a relationship between the observed effect with the AR-M1896, the release of 5-HT and activation of 5-HT1A receptors. And finally, the GAL 0,3nmol intra-DRN increased significantly the jumpping and trotting thresholds of animals submitted to electrical stimulation of the DPAG, suggesting a panicolytic effect. Together, the results show that the GAL in the DRN participates in the mediation of behavioral responses related to anxiety and, less clearly, to Panic Disorder. The results also shows that effect of GAL on anxiety depends galaninergic subtype receptor activated.
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Envolvimento de diferentes sub-regiões do núcleo dorsal da rafe de ratos na mediação de respostas defensivas associadas à ansiedade e ao medo / Differential involvement of dorsal raphe subregions in the regulation of defensive responses associated with anxiety and fear.Spiacci Junior, Ailton 30 October 2012 (has links)
O núcleo dorsal da rafe (NDR) é a principal fonte de projeções serotonérgicas que inervam o sistema límbico. Estudos mostram que o NDR é uma estrutura complexa, formada por distintas sub-regiões topograficamente organizadas e que apresentam diferentes propriedades neuroquímicas e funcionais. Tem sido proposto que duas vias serotonérgicas oriundas do NDR, o trato prosencefálico e o trato periventricular, modulam diferentemente a expressão de comportamentos defensivos associados aos transtornos de ansiedade generalizada e de pânico. O presente trabalho investigou se as respostas defensivas de esquiva e de fuga evocadas no modelo do labirinto em T elevado (LTE), relacionadas à ansiedade generalizada e ao pânico, respectivamente, recrutam diferentes sub-regiões do NDR. Na primeira etapa do trabalho, usando a técnica de imunoistoquímica para detecção da proteína Fos e da enzima triptofano hidroxilase, avaliamos a expressão da proteína Fos por neurônios serotonérgicos e não-serotonérgicos em diferentes sub-regiões do NDR, bem como em estruturas mesencefálicas vizinhas ao NDR, ou seja, o núcleo mediano da rafe (NMR) e substância cinzenta periaquedutal (SCP) de ratos em decorrência da expressão dos comportamento de esquiva inibitória ou fuga no LTE. Nossos resultados mostraram que os comportamentos de fuga e de esquiva evocados no LTE recrutam distintas populações neuronais do NDR, do NMR, bem como da SCP. Enquanto neurônios serotonérgicos localizados no nível médio e caudal do NDR, mais precisamente, nas sub-regiões dorsal (DRD), caudal (DRC) e interfascicular (DRI), bem como do NMR, estão envolvidos com a aquisição do comportamento de esquiva inibitória, neurônios não serotonérgicos das asas laterais do NDR/SCP ventrolateral, bem como das colunas, dorsomedial e dorsolateral da SCP participam da expressão da fuga. Na segunda parte deste trabalho, avaliamos os efeitos da administração do agonista de receptores AMPA/cainato, ácido caínico, no DRD, DRC e asas laterais do NDR sobre os comportamentos defensivos avaliados no LTE. Os resultados mostraram que a injeção de ácido caínico, tanto no DRD, quanto no DRC, facilita a aquisição da esquiva inibitória e também prejudica a expressão do comportamento de fuga. Já, a estimulação das asas laterais do NDR com ácido caínico induz a expressão do comportamento de fuga, sem alterar o comportamento de esquiva. Efeito oposto sobre o comportamento de fuga foi observado com a administração nesta região de cloreto de cobalto, um inibidor da transmissão sináptica. Nossos resultados mostraram ainda que a administração de ácido caínico nas asas laterais aumenta a distância percorrida pelos animais em uma arena circular, resultado indicativo da evocação da resposta de fuga. Por fim, avaliamos a o envolvimento da neurotransmissão mediada por receptores GABAA e por receptores CRF1 nas asas laterais do NDR, na expressão do comportamento de fuga expressa no LTE. Os resultados mostram que o bloqueio dos receptores GABAA nas asas laterais facilitou a expressão da fuga. Por outro lado a administração de antalarmina, antagonista de receptores CRF1 não alterou a expressão da resposta de fuga, porém prejudicou a aquisição da esquiva inibitória. Em conjunto, os resultados da primeira etapa indicam o envolvimento de diferentes sub-populações neuronais do NDR na expressão dos comportamentos de esquiva e fuga avaliados no LTE. Nossos resultados também apontam o envolvimento de neurônios serotonérgicos do NMR na expressão da esquiva inibitória, bem como a participação da SCP na resposta de fuga. Os resultados da segunda etapa indicam que neurônios serotonérgicos localizados no DRD e DRC possam dar origem aos tratos prosencefálico e periventricular abordados pela teoria de Deakin & Graeff (1991). Embora as asas laterais do NDR estejam marcantemente envolvidas na expressão/regulação da resposta de fuga, populações neuronais específicas dessa região também estão envolvidas na modulação do comportamento de esquiva inibitória. / The dorsal raphe nucleus (DRN) is the main source of serotonergic projections that innervate the limbic system. A wealth of evidence indicates that the DRN is a complex structure composed by topographically organized sub-regions with distinct functional and neurochemical properties. It have been proposed that two serotonergic pathways originating in the DRN, the forebrain and periventricular tracts, distinctly modulate defensive behaviors associated with generalized anxiety disorder and panic disorder. The present study addressed the hypothesis that the two defensive responses evoked by the elevated T maze (ETM), i.e. escape and inhibitory avoidance which have been related to generalized anxiety and panic disorders, respectively, would recruit different subregions of the DRN. In the first part of this work, the number of doubly-immunostained cells for Fos protein and tryptophan hydroxylase, a marker of serotonergic neurons, was assessed within the rat DRN, median raphe nucleus (MRN) and PAG following inhibitory avoidance and escape performance in the ETM. Our results showed that these two defensive responses recruited distinct neuronal populations within the DRN, MRN and PAG. While serotonergic neurons located at the middle and caudal level of the DRN, specifically within the sub-regions dorsal (DRD), caudal (DRC) and interfascicular (DRI), and the MRN are implicated in the acquistion of inhibitory avoidance, nonserotonergic neurons in lateral wings (lwDR) of the DRN /ventrolateralPAG and the dorsal columns of PAG are implicated in the escape expression. In the second part of this study, we evaluated the effects caused by the administration of AMPA/kainate receptor agonist, kainic acid, into the DRD, DRC and lwDR of rats tested in the ETM. The results showed that injection of kainic acid into DRD and DRC facilitated inhibitory avoidance acquisition and impaired escape expression. On the other hand, stimulation of the lwDR by kainic acid facilitated escape expression, without interfering with inhibitory avoidance acquisition. Opposite effect on escape behavior was observed in this region followed injection of cobalt chloride, a synaptic transmission inhibitor. Our results also showed that administration of higher doses of kainic acid into the lwDR promptly evoked a vigorous escape reaction in animals tested in a circular arena. Finally, we evaluated the involvement of GABAA and CRF1 receptor-mediated neurotransmission in the lwDR in the regulation of the escape behavior measured by the ETM. Our results showed that the GABAA receptor antagonist bicuculine injected into the lwDR favored escape expression, without affecting inhibitory avoidance acquisition. On the other hand, local microinjection of the CRF1 receptor antagonist antalarmin impaired the acquisition of inhibitory avoidance, without changing escape expression. Together, our immunohistochemical results indicate the involvement of distinct DRN neuronal subpopulations in the regulation of escape and inhibitory avoidance responses. Our results also suggested that, while serotonergic neurons within the DRD, DRC, DRI and MRN are involved in inhibitory avoidance acquisition, non-serotonergic neurons of the vlPAG, dlPAG and dmPAG are involved in escape expression. The behavioral results with kainic acid indicated that the DRC and DRD may be the origin of the forebrain and periventricular tracts addressed by Deakin & Graeffs theory (1991). Although the lwDR are markedly implicated in escape regulation, specific neuronal populations within this region may also modulate inhibitory avoidance behavior.
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