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Avaliação das alterações imunohistológicas da mucosa do intestino delgado em pacientes portadores da leishmaniose visceral / Evaluation of the immunohistological alterations of the thin intestine mucosa in patients with visceral leishmaniasis

Luz, Kleber Giovanni 13 March 2006 (has links)
INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral é uma doença que acomete cerca de 500 mil pessoas por ano no mundo e se caracteriza principalmente por um quadro de febre, hepatoesplenomegalia e pancitopenia. Há uma imunossupressão específica frente a Leishmania chagasi. Classicamente esta resposta é modulada pelas células dendríticas, que são as primeiras células que entram em contato com o parasita. Estas células, a partir de vários determinantes, elaboram uma resposta do tipo Th1, com a produção de citocinas capazes de ativar os macrófagos a eliminar o parasita ou uma resposta do tipo Th2, que se caracteriza por uma produção de citocinas que são incapazes de ativar o macrófago parasitado. Com o objetivo de se estudar a resposta imune tecidual, esta investigação avaliou a resposta imune na mucosa duodenal de crianças portadoras da leishmaniose visceral plenamente manifesta. MÉTODOS: Um grupo de 13 crianças com calazar foi submetido à biópsia perioral de duodeno, com cápsula de Watson. Nove crianças assintomáticas foram utilizadas como controles e foram submetidas à biópsia duodenal endoscópica. Ambos os grupos foram submetidos a pesquisa do parasita, a análise morfométrica e a análise semiquantitativa da produção local de TNF-α, δ-interferon, IL-4 e IL-10 e fenotípica das seguintes células imunes: CD4, CD8, CD68. RESULTADOS: A análise morfomérica revelou que nos casos havia um infiltrado linfoplasmocitário com discreta atrofia vilositária. Não se verificou a presença de eosinófilos ou neutrófilos. A presença de leishmania foi verificada em todos os casos e esteve ausente nos controles. A análise da produção de citocinas revelou que tanto nos casos como nos controles havia uma média de produção de IL-10 semelhante, com p=0,8968 (teste T de Student); que não se detectou IL-4 nos casos e nos controles; que a freqüência da produção de δ-interferon nos controles foi maior que nos casos, com p=0,046 (teste de Fischer); que a freqüência da produção de TNF-α foi semelhante nos casos e controles (teste de Fischer) com p=0,41; havia um infiltrado macrofágico significativamente superior nos casos com p=0,005757 (teste T de Student); a média de contagem de CD4 nos casos foi significativamente maior que nos controles, utilizando-se o teste de Mann-Withney com p=0,040, teste da mediana p=0,019; e que a média da contagem de CD8 foi semelhante nos casos e controles com p=0,396 (teste T de Student). CONCLUSÕES: A mucosa duodenal por ser um ambiente imunotolerante, pela produção natural de IL-10, permitiria a presença e multiplicação da leishmania. Que o infiltrado linfoplasmocitário composto por células CD4, CD8 e CD68 foi incapaz de montar uma resposta imune eficaz contra o parasita, principalmente pela baixa produção local do δ-interferon. / INTRODUCTION: Visceral leishmaniasis is a disease that strikes around 500 thousand people in the world per year and its major characteristics are fever hepatoesplenomegaly and pancytopenia. There is a specific imunnosupression in face of the Leishmania chagasi. Classically this response is modulated by the dendritic cells that are the first cells to get in contact with the parasite. These cells, from various determinants, elaborate a Th1 type response, with the production of cytokines capable of activating the macrophages and eliminate the parasite or a Th2 type response, that is characterized by cytokines production that are incapable of activating the macrophages under the parasite action. With the purpose of studying the tissue immune response this investigation evaluated the immune response on the duodenal mucosa of children carrying fully manifested visceral leishmaniasis. METHODS: A group of 13 children carrying kalazar was submitted to a duodenal perioral biopsy, with Watson\'s capsule. Nine assymptomatic children was used as control group and submitted to an endoscopic duodenal biopsy. Both groups were submitted to the parasite research, the morphometric analysis and the semi quantitative analysis of the local production of TNF-α, δ-interferon, IL-4 e IL-10 and phenotypic analysis of the following immune cells: CD4, CD8, CD68. RESULTS: The morphometric analysis revealed that there was a limphoplasmocitary infiltrate with discrete vilositary atrophy in the cases. The presence of eosinophilus and neutrophils were not verified. The presence of leishmania was verified in all cases and was absent in the controls. The cytokine production analysis showed that both in the cases and in the controls there was a similar mean IL-10 production, with p=0.8968 (T Student test); that the IL-4 was not detected in the cases nor in the controls; that the δ-interferon production frequency in the controls was higher with p=0.046 (Fischer test); that the TNF-α production frequency was similar in the cases and in the controls with p=0.41 (Fischer test); that there was a macrophagic infiltrate significantly higher in the cases with p=0.005757 (T Student test), that the mean CD4 in the cases was higher than in controls, Mann-Withney test with p=0,040, mediana test, p=0,019, and CD8 infiltrate was similar in the cases and in the controls with p= 0,396 respectively (T Student test). CONCLUSIONS: The duodena mucosa, being a immunetolerant environment due to the natural IL-10 production, would allow the presence and the multiplication of leishmania. That the limphoplasmocitary infiltrate composed of CD4, CD8 and CD68 cells was incapable of providing an effective immune response against the parasite, mostly because of the low δ-interferon local production.
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Avaliação das alterações imunohistológicas da mucosa do intestino delgado em pacientes portadores da leishmaniose visceral / Evaluation of the immunohistological alterations of the thin intestine mucosa in patients with visceral leishmaniasis

Kleber Giovanni Luz 13 March 2006 (has links)
INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral é uma doença que acomete cerca de 500 mil pessoas por ano no mundo e se caracteriza principalmente por um quadro de febre, hepatoesplenomegalia e pancitopenia. Há uma imunossupressão específica frente a Leishmania chagasi. Classicamente esta resposta é modulada pelas células dendríticas, que são as primeiras células que entram em contato com o parasita. Estas células, a partir de vários determinantes, elaboram uma resposta do tipo Th1, com a produção de citocinas capazes de ativar os macrófagos a eliminar o parasita ou uma resposta do tipo Th2, que se caracteriza por uma produção de citocinas que são incapazes de ativar o macrófago parasitado. Com o objetivo de se estudar a resposta imune tecidual, esta investigação avaliou a resposta imune na mucosa duodenal de crianças portadoras da leishmaniose visceral plenamente manifesta. MÉTODOS: Um grupo de 13 crianças com calazar foi submetido à biópsia perioral de duodeno, com cápsula de Watson. Nove crianças assintomáticas foram utilizadas como controles e foram submetidas à biópsia duodenal endoscópica. Ambos os grupos foram submetidos a pesquisa do parasita, a análise morfométrica e a análise semiquantitativa da produção local de TNF-α, δ-interferon, IL-4 e IL-10 e fenotípica das seguintes células imunes: CD4, CD8, CD68. RESULTADOS: A análise morfomérica revelou que nos casos havia um infiltrado linfoplasmocitário com discreta atrofia vilositária. Não se verificou a presença de eosinófilos ou neutrófilos. A presença de leishmania foi verificada em todos os casos e esteve ausente nos controles. A análise da produção de citocinas revelou que tanto nos casos como nos controles havia uma média de produção de IL-10 semelhante, com p=0,8968 (teste T de Student); que não se detectou IL-4 nos casos e nos controles; que a freqüência da produção de δ-interferon nos controles foi maior que nos casos, com p=0,046 (teste de Fischer); que a freqüência da produção de TNF-α foi semelhante nos casos e controles (teste de Fischer) com p=0,41; havia um infiltrado macrofágico significativamente superior nos casos com p=0,005757 (teste T de Student); a média de contagem de CD4 nos casos foi significativamente maior que nos controles, utilizando-se o teste de Mann-Withney com p=0,040, teste da mediana p=0,019; e que a média da contagem de CD8 foi semelhante nos casos e controles com p=0,396 (teste T de Student). CONCLUSÕES: A mucosa duodenal por ser um ambiente imunotolerante, pela produção natural de IL-10, permitiria a presença e multiplicação da leishmania. Que o infiltrado linfoplasmocitário composto por células CD4, CD8 e CD68 foi incapaz de montar uma resposta imune eficaz contra o parasita, principalmente pela baixa produção local do δ-interferon. / INTRODUCTION: Visceral leishmaniasis is a disease that strikes around 500 thousand people in the world per year and its major characteristics are fever hepatoesplenomegaly and pancytopenia. There is a specific imunnosupression in face of the Leishmania chagasi. Classically this response is modulated by the dendritic cells that are the first cells to get in contact with the parasite. These cells, from various determinants, elaborate a Th1 type response, with the production of cytokines capable of activating the macrophages and eliminate the parasite or a Th2 type response, that is characterized by cytokines production that are incapable of activating the macrophages under the parasite action. With the purpose of studying the tissue immune response this investigation evaluated the immune response on the duodenal mucosa of children carrying fully manifested visceral leishmaniasis. METHODS: A group of 13 children carrying kalazar was submitted to a duodenal perioral biopsy, with Watson\'s capsule. Nine assymptomatic children was used as control group and submitted to an endoscopic duodenal biopsy. Both groups were submitted to the parasite research, the morphometric analysis and the semi quantitative analysis of the local production of TNF-α, δ-interferon, IL-4 e IL-10 and phenotypic analysis of the following immune cells: CD4, CD8, CD68. RESULTS: The morphometric analysis revealed that there was a limphoplasmocitary infiltrate with discrete vilositary atrophy in the cases. The presence of eosinophilus and neutrophils were not verified. The presence of leishmania was verified in all cases and was absent in the controls. The cytokine production analysis showed that both in the cases and in the controls there was a similar mean IL-10 production, with p=0.8968 (T Student test); that the IL-4 was not detected in the cases nor in the controls; that the δ-interferon production frequency in the controls was higher with p=0.046 (Fischer test); that the TNF-α production frequency was similar in the cases and in the controls with p=0.41 (Fischer test); that there was a macrophagic infiltrate significantly higher in the cases with p=0.005757 (T Student test), that the mean CD4 in the cases was higher than in controls, Mann-Withney test with p=0,040, mediana test, p=0,019, and CD8 infiltrate was similar in the cases and in the controls with p= 0,396 respectively (T Student test). CONCLUSIONS: The duodena mucosa, being a immunetolerant environment due to the natural IL-10 production, would allow the presence and the multiplication of leishmania. That the limphoplasmocitary infiltrate composed of CD4, CD8 and CD68 cells was incapable of providing an effective immune response against the parasite, mostly because of the low δ-interferon local production.
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Duração da imunidade vacinal na Leishmaniose visceral canina: Perfil fenotípico e funcional da atividade fagocítica anti-Leishmania chagasi

Moreira, Marcela de Lima January 2013 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2013-06-14T13:30:19Z No. of bitstreams: 1 Marcela de Lima Moreira-Duração da imunidade vacinal na Leishmaniose visceral canina- perfil fenotípico e funcional da atividade fagocítica anti Leishmania chagasi- 2013.pdf: 1972625 bytes, checksum: 20bef25e1a3fb4e90b4e04090bdb1adf (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-14T13:30:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcela de Lima Moreira-Duração da imunidade vacinal na Leishmaniose visceral canina- perfil fenotípico e funcional da atividade fagocítica anti Leishmania chagasi- 2013.pdf: 1972625 bytes, checksum: 20bef25e1a3fb4e90b4e04090bdb1adf (MD5) Previous issue date: 2013 / A leishmaniose visceral (LV) é uma doença que nas Américas, possui a Leishmania chagasi como agente etiológico, sendo transmitida através da picada de flebotomíneos e tem como principais hospedeiros membros da família Canidae. Por esta razão a eutanásia de cães soropositivos é recomendada no Brasil como estratégia de controle da doença, sendo a eficácia desta medida muitas vezes contestada. Desta forma, o uso de uma vacina efetiva na proteção contra leishmaniose visceral canina (LVC) poderá ser a melhor ferramenta de controle, capaz de reduzir o número de animais infectados e consequentemente a oferta de parasitos aos vetores, reduzindo assim o número de casos de LV. A primeira vacina contra a LVC licenciada e disponível comercialmente no Brasil é a Leishmune ®, uma vacina de segunda geração constituída da fração fucose manose ligante (FML) de Leishmania donovani, acrescida de saponina como adjuvante. Sua formulação demonstrou segurança e alta imunogenicidade para cães, mas poucos estudos a respeito da duração da imunidade foram realizados até o momento.Neste contexto, o principal objetivo deste trabalho foi investigar, nos intervalos de um, seis e doze meses após a intervenção vacinal com a Leishmune®, alterações de alguns eventos imunológicos relacionados a imunoproteção como: atividade fagocítica, produção de óxido nítrico e os aspectos fenotípicos e funcionais em células do sangue periférico dos animais. Nossos dados demonstraram que Leishmune® foi capaz de induzir aumento da atividade fagocítica em monócitos, e que este aumento apresentou correlação com a produção de óxido nítrico, atingindo pico de atividade funcional seis meses após a vacinação. Em neutrófilos, foi observado também aumento da capacidade fagocítica. A busca de fatores que possivelmente poderiam estar auxiliando o aumento da atividade fagocítica induzido pela vacinação, mostrou que os animais vacinados apresentavam aumento dos níveis de IgG anti-promastigotas de Leishmania chagasium e seis meses após a vacinação, acompanhado do aumento de expressão de receptor de FC(CD32) por monócitos. Além disso, aumentos na expressão de TLR2 e TLR4 foram correlacionados positivamente com atividade fagocítica e TLR5 e TLR9 estiveram correlacionados ao aumento de produção de óxido nítrico em monócitos. Aumento de expressão de moléculas ativadora (MHC II) e coativadora (CD80) também foram observados em monócitos um mês após a vacinação. A vacinação induziu,ainda, inibição da produção de IL-4 um e seis meses após a vacinação e aumento duradouro da produção de IL-8 por monócitos, acompanhados do aumento da produção de IFN-um e seis meses após a vacinação e da produção de IL-17a um mês após a vacinação por linfócitos T totais. Os resultados observados, leva-nos a acreditar que a vacinação com Leishmune® é capaz de induzir alterações na resposta imune mediada pela interação de imunidades inata e adaptativa, com impacto em propriedades funcionais de monócitos, consistentes com mecanismos potencialmente leishmanicidas que podem participar na imunidade protetora contra LVC. Além disso, os resultados indicam a necessidade de revacinação dos animais antes de doze meses após a primeira dose da vacina, conforme recomendado pelo fabricante. / Viceral Leishmaniasis (LV), a severe disease caused by Leishmania chagasi, is transmitted by the bite of phlebotimine sandflies and it hasthe main reservoir hosts wild canine and domestic dogs. For this reason, the elimination of seropositive dogs is recommended in Brazil as the current strategy for managing the disease control. Although the dog culling had a positive impact in maintenance of a low ratio of increase of LV, the canine incidence and seroprevalence do not negativate, maintaining a residual reservoir of parasites in the field. Comparatively, the use of a canine protective vaccine would represent the better control tool, reducing the parasites offer to sand fly vectors and consequently the LV cases number. The Leishmune®, a second-generation vaccine, have been recently licensed in Brazil and become commercially available. Its formulation proved to be safe protective and highly immunogenic for dogs, butthere are a few studies aboutduration of protective immunity responses. Accordingly, the main goal of the current work was to investigate if the time-frameof one year, proposed for protective immunity following vaccination with Leishmune®, is accompainied by supportive imunological events,such as cytokine profile change, nitric oxide syntesis, and phagocytosis in peripheral blood immunity cell. Our data identified that Leishmune® was able to induce an incremented phagocytic capacity in monocytes closely associated with the NO production by these phagocytes, reaching a peak of functionalactivity at six months after vaccination. In neutrophils, the higher long lasting phagocytic capacity triggered was not accompanied by enhanced NOproduction by them. Among the immunological events correlated with phagocytic capacity increase, high levels of anti-Leishmania chagasi promastigotes IgG were detected by flow cytometry (PPFP), one and six months following vaccination, besides increase of Fcreceptor (CD32) expression by monocytes. Moreover, increase expression of TLR2 and TLR4 were positively correlated with phagocytic capacity and TLR5 and TLR9 were positively correlated with NO production in monocytes. In addition, we observed increase expression of activation (MHC) and costimulatory (CD80) molecules by monocytes one month following vaccination.The vaccination induced too a long lasting blockage to IL-4 and an increase in the IL-8 production by monocytes along with higher IFN- production by T-cells upon L. chagasi challenge in vitro. The evidences presented suggested that Leishmune® is able to induce a long lasting change in the immune response mediated by the interface of adaptive/innate immunity with impact on the monocyte functional properties, consistent with supportive immunological events with potential anti-Leishmaniaeffector mechanisms that could participate in protective immunity against CVL.
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Uso de Leishmania donovani geneticamente modificada (LdCen -/-) como modelo de vacina protetora contra a leishmaniose visceral canina

Fiuza, Jacqueline Araújo January 2013 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2013-10-08T12:26:57Z No. of bitstreams: 1 Tese Jacqueline Fiuza.pdf: 10186945 bytes, checksum: ad5d72f0c0040b9985453d0f8d1b7116 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-08T12:26:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Jacqueline Fiuza.pdf: 10186945 bytes, checksum: ad5d72f0c0040b9985453d0f8d1b7116 (MD5) Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Laboratório de Imunologia Celular e Molecular / A leishmaniose visceral zoonótica (LVZ), causada pelo parasito intracelular Leishmania infantum, é uma doença tropical negligenciada que pode ser fatal quando não tratada. Os cães são considerados os principais reservatórios domésticos de L. infantum na LVZ, já que a presença de cães infectados pode aumentar o risco de infecção humana. A leishmaniose visceral canina (LVC) representa um dos maiores problemas veterinários e de saúde pública no sul da Europa, Oriente Médio e América do Sul. O controle de reservatórios animais é baseado na eliminação de cães soropositivos em áreas endêmicas. Contudo, o tratamento de cães infectados não é indicado no Brasil, pois esse procedimento pode levar a seleção de parasitos resistentes já que as mesmas drogas são usadas no tratamento de infecções em humanos. Sendo assim, o uso de vacinas contra a LVC continua sendo a melhor alternativa no controle de parasitos. Nesse trabalho, nós apresentamos dados de perfil de imunogenicidade e proteção conferido pelo uso de parasitos vivos atenuados LdCen -/-em modelo canino, comparando com Leishmune ® , uma vacina disponível comercialmente. A imunogenicidade e proteção foram avaliadas através da produção de anticorpos, proliferação e ativação celular, expressão de receptores TLR, produção de citocinas intracitoplasmáticas e secretadas no sobrenadante, e carga parasitária por Real Time PCR. A vacinação com LdCen -/-resultou em alta imunogenicidade e proteção, observado pela maior produção de IgG Total, IgG1, e IgG2, e maior linfoproliferação em resposta a antígenos solúveis. Além disso, cães vacinados com LdCen -/-apresentaram maior frequência de células T CD4 + e CD8 + ativadas, maior produção de IFN-γ e menor produção de IL-4 por essas células, secreção aumentada de TNF-α e IL-12/IL-23p40 e menor secreção de IL-4 em sobrenandante de culturas estimuladas. Também podemos observar alta expressão de receptores TLR2, 4 e 9 por linfócitos T CD4 +, maior expressão de TLR4 por células T CD8 +, e menor carga parasitária em cães vacinados. Os dados sugerem que a vacinação com parasitos LdCen -/-induz a produção de anticorpos, proliferação e ativação celular, expressão de receptores Toll e produção de citocinas pró-inflamatórias, sendo que esse conjunto de fatores permitiu a indução de proteção contra o desafio com L. infantum. Baseando nesses dados, a imunização com esses parasitos se mostrou segura e imunogênica, conferindo proteção em cães. / Zoonotic visceral leishmaniasis, caused by the intracellular protozoan parasite Leishmania infantum, is a neglected tropical disease that is often fatal when untreated. Dogs are considered the main reservoir of L. infantum in zoonotic VL as the presence of infected dogs may increase the risk for human infection. Canine visceral leishmaniasis (CVL) is a major veterinary and public health problem in Southern Europe, Middle East and South America. Control of animal reservoirs relies on elimination of seropositive dogs in endemic areas. However, treatment of infected dogs is not allowed in Brazil as this approach can lead to emergence of drug resistance since the same drugs are used to treat human infections. Therefore, vaccination against CVL remains the best alternative in control of the animal reservoirs. In this study, we present data on the immunogenicity and protection profile of a live attenuated parasite LdCen -/-in a canine infection model and compared it to that of Leishmune ®, a commercially available recombinant vaccine. The immunogenicity and protection of the LdCen -/-parasites was evaluated by antibody secretion, activation and proliferation of T cells, production of intracytoplasmic and secreted cytokines, TLR expression and parasite load by Real Time PCR. Vaccination with LdCen -/-resulted in high immunogenicity and protection as revealed by the higher IgG Total, IgG1, and IgG2 production and higher lymphoproliferative response. Further, LdCen -/-vaccinated dogs showed higher frequencies of activated CD4 + and CD8 + T cells, IFN-γ production by CD4 + and CD8 + T cells and decreased production of IL-4 by theses cells, increased secretion of TNF-α and IL-12/IL-23p40 and decreased secretion of IL-4 in supernatant of stimulated cultures. We also observed higher expression of TLR2, 4 and 9 by CD4 + T cells, higher expression of TLR4 by CD8 + T cells, and lower parasite load in vaccinated dogs. These data suggest the vaccination using LdCen -/-can induce antibodies secrection, cell activation, lymph proliferative response, TLR expression, proinflammatory cytokines production, and all these factors together induced protection against challenge with L. infantum. Based on that, the immunization with these parasites shown to be safe and immunogenic, conferring protection in dogs.
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Avaliação da infecciosidade em cães vacinados com Leish-Tec® (Hertape Saúde Animal S/A) para Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae, Phlebotominae)

Silva, Shara Regina da January 2015 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2016-04-07T19:04:34Z No. of bitstreams: 1 Tese_DIP_SharaReginadaSilva.pdf: 575472 bytes, checksum: 90fbdbc94aef7c2eb888b39541523483 (MD5) / Approved for entry into archive by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2016-04-07T19:08:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_DIP_SharaReginadaSilva.pdf: 575472 bytes, checksum: 90fbdbc94aef7c2eb888b39541523483 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-07T19:08:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_DIP_SharaReginadaSilva.pdf: 575472 bytes, checksum: 90fbdbc94aef7c2eb888b39541523483 (MD5) Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou / O presente trabalho avaliou a transmissibilidade de Leishmania spp. para Lutzomyia longipalpis em 136 cães nativos e beagles-sentinelas , vacinados ou não (placebo) com Leish- Tec ® (vacina anti-leishmaniose visceral canina), domiciliados em Porteirinha, município endêmico para leishmaniose visceral, em Minas Gerais. Esses animais foram selecionados a partir da amostra total de cães que compõem o ensaio clínico de fase III que determinou a eficácia da vacina Leish-Tec ® , conforme diretrizes estabelecida s pelo Ministério da Saúde do Brasil. Além da técnica de xenodiagnóstico, e sses cães também foram submetidos aos testes diagnósticos ELISA, RIFI, te ste rápido Kalazar Detect TM e exames de detecção do parasito. Uma tendência de redução da infectividade (p -valor 0,052) foi obser vada no grupo de cães vacinados com Leish-Tec ® que apresentaram resposta sorológi ca positiva ao antígeno vacinal A2. Os testes RIFI, Kalazar Detect TM e xenodiagnóstico apresentar am maior percentual de positividade entre os cães sintomáticos da amostra (p<0,05), quando comparados aos cães assintomáticos, na análise global. Na análise estr atificada e, para o grupo de cães que recebeu vacina, as diferenças se mantiveram para a RIFI e o teste rápido, mas não para o xenodiagnóstico; já para os cães que receberam pl acebo, as diferenças entre grupos clínicos se mantiveram para o xenodiagnóstico e teste rápido, mas não para a RIFI. Nossos resultados sugerem que a Leish-Tec ® possui potencial de redução da in fectividade em cães vacinados e desafiados em área endêmica e que a vacinação com Leish-Tec ® pode contribuir para a redução da transmissão da leishmaniose viscer al canina, desde que utilizada como medida protetiva individual e em conjunto com as dema is estratégias, individuais e coletivas, de prevenção e controle da doença. Com rel ação à diferença de desempenho dos testes diagnósticos entre grupos clínicos, nossos resultados apontam para a necessidade de desenvolvimento de testes mais eficazes no di agnóstico da infecção assintomática por Leishmania e demonstra que essas diferenças in terferem nos resultados e devem ser consideradas na avaliação de ensaios clínicos. / This study evaluated the transmission of Leishmania spp. to Lutzomyia longipalpis in 136 native and beagles sentinel dogs, vaccina ted or not (placebo) with Leish-Tec ® (canine visceral anti-leishmaniasis vaccine), domiciled in Port eirinha, visceral leishm aniasis endemic county in Minas Gerais, Brazil. These animals were sele cted from the total sample of dogs that make up the phase III clinical trial that determined the efficacy of Leish-Tec ® vaccine, according to guidelines established by Brazilia n Ministry of Health. Beside s the xenodiagnosis technique, these dogs were also subjected to the sorological tests ELI SA, IFAT, rapid test Kalazar Detect TM and parasite detection. A tendency of reduction of infectivity (p-value 0.052) was observed in the group of dogs vaccinated with Leish-Tec ® that presented positive serological response to the vaccine antig en A2. IFAT, Kalazar Detect TM and xenodiagnosis showed a higher percentage of positivity among symptomatic dogs (p <0.05) compared to asymptomatic dogs. In stratified analysis, and for the vaccine dogs group, differences remained for the IFAT and the rapid test, bu t not for xenodiagnosis; already for placebo dogs group, the differences between clinical groups re mained to xenodiagnosis and rapid test, but not for the IFAT. Our results suggest that the Leish-Tec ® has the potential to reduce the infectivity of vaccinated and challenged dogs in endemic areas and could contribute to the reduction of transmission of canine visceral le ishmaniasis, since used as an individual protective measure and together w ith other strategies, individual and collective, to prevent and control the disease. Regarding the performance difference of di agnostic tests between clinical groups, our results point to the need for developm ent of more effective tests in the diagnosis of asymptomatic Leishmania infection and shows that these di fferences affect the results and should be considered in ev aluating clinical trials.
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Análise comparativa do teste imunocromatográfico DPP-Biomanguinhos com ELISA e RIFI no diagnóstico da leishmaniose visceral canina / Comparative analysis of DPP-Biomanguinhos immunoassay with ELISA and IFAT for the diagnosis of canine visceral leishmaniasis

Leandro Junior, Marcos Vinicius de Santana 26 May 2014 (has links)
Com o objetivo de avaliar o desempenho do teste rápido DPP® LVC comparando com os testes de ELISA e RIFI (Bio-Manguinhos, Br), assim como ELISA e RIFI in-house, empregando como antígeno formas promastigotas de L. (L.) infantum chagasi, com ênfase a reatividade cruzada com outros agentes infecciosos, soros de cães infectados por L. (L.) infantum chagasi, clinicamente sintomáticos (n=48) e assintomáticos (n=39), assim como soros de cães sadios e não infectados (n=18), e soros de cães infectados por Babesia canis (n=9), Dirofilaria immitis (n=4), Trypanosoma cruzi (n=6), Ehrlichia canis (n=17), Neospora caninum (n=6), Toxoplasma gondii (n=9), Neospora/Toxoplasma coinfecção (n=4) e Toxocara canis (n=9) foram avaliados pelas diferentes técnicas de diagnóstico. DPP e ELISA in-house mostraram alta sensitividade (90.81% e 94.25%) e especificidade (95.06% e 97.53%), respectivamente para o diagnóstico de LVC sintomática e assintomática, mas apresentaram reação cruzada com Babesia canis, 44% para DPP e 22% para ELISA in-house. Os dois testes mostraram uma excelente concordância de resultados (kappa=0.9405, p < 0.0001). ELISA Bio-Manguinhos assim como o RIFI Bio-Manguinhos e RIFI in-house mostraram boa sensitividade (90.81%, 96.47% e 89.41%), mas baixa especificidade (77.78%, 69.14% e 65.82%), respectivamente; e mostraram reação cruzada com soros de animais infectados com Babesia canis, Dirofilaria immitis, Trypanosoma cruzi, Ehrlichia canis, Neospora caninum, Toxoplasma gondii. Os resultados mostraram que o DPP® CVL apresentou um bom desempenho para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina sintomática e assintomática / In order to investigate the performance of the DPP® CVL rapid test comparing with ELISA and IFA (Bio-Manguinhos, Br), as well as ELISA and IFAT in house using L. (L.) infantum chagasi promastigotes as antigen with emphasis in the cross-reactivity with others infectious agents, sera from clinically symptomatic (n=48) and asymptomatic (n=39) L. (L.) infantum chagasi infected dogs, as well as from healthy non-infected (n=18) dogs and from Babesia canis (n=9), Dirofilaria immitis (n=4), Trypanosoma cruzi (n=6), Ehrlichia canis (n=17), Neospora caninum (n=6), Toxoplasma gondii (n=9), Neospora/Toxoplasma co-infection (n=4) and Toxocara canis (n=9) infected dogs were tested for different diagnosis techniques. DPP and ELISA in-house showed high sensitivity (90.81% and 94.25%) and specificity (95.06% and 97.53%), respectively for symptomatic and asymptomatic CVL diagnosis, but presented cross-reactivity with Babesia canis, 44% for DPP and 22% for ELISA in-house. Both test showed an excellent agreement (kappa=0.9405, p < 0.0001). ELISA Bio-Manguinhos as well as IFA Bio-Manguinhos and IFA in-house showed good sensitivity 90.81%, 96.47% and 89.41%) but low specificity (77.78%, 69.14% and 65.82%), respectively; and showed cross-reactivity with sera from animals infected with Babesia canis, Dirofilaria immitis, Trypanosoma cruzi, Ehrlichia canis, Neospora caninum, Toxoplasma gondii. The results showed that DPP® CVL had a good performance for the diagnosis of of both symptomatic and asymptomatic canine visceral leishmaniasis
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Análise comparativa do teste imunocromatográfico DPP-Biomanguinhos com ELISA e RIFI no diagnóstico da leishmaniose visceral canina / Comparative analysis of DPP-Biomanguinhos immunoassay with ELISA and IFAT for the diagnosis of canine visceral leishmaniasis

Marcos Vinicius de Santana Leandro Junior 26 May 2014 (has links)
Com o objetivo de avaliar o desempenho do teste rápido DPP® LVC comparando com os testes de ELISA e RIFI (Bio-Manguinhos, Br), assim como ELISA e RIFI in-house, empregando como antígeno formas promastigotas de L. (L.) infantum chagasi, com ênfase a reatividade cruzada com outros agentes infecciosos, soros de cães infectados por L. (L.) infantum chagasi, clinicamente sintomáticos (n=48) e assintomáticos (n=39), assim como soros de cães sadios e não infectados (n=18), e soros de cães infectados por Babesia canis (n=9), Dirofilaria immitis (n=4), Trypanosoma cruzi (n=6), Ehrlichia canis (n=17), Neospora caninum (n=6), Toxoplasma gondii (n=9), Neospora/Toxoplasma coinfecção (n=4) e Toxocara canis (n=9) foram avaliados pelas diferentes técnicas de diagnóstico. DPP e ELISA in-house mostraram alta sensitividade (90.81% e 94.25%) e especificidade (95.06% e 97.53%), respectivamente para o diagnóstico de LVC sintomática e assintomática, mas apresentaram reação cruzada com Babesia canis, 44% para DPP e 22% para ELISA in-house. Os dois testes mostraram uma excelente concordância de resultados (kappa=0.9405, p < 0.0001). ELISA Bio-Manguinhos assim como o RIFI Bio-Manguinhos e RIFI in-house mostraram boa sensitividade (90.81%, 96.47% e 89.41%), mas baixa especificidade (77.78%, 69.14% e 65.82%), respectivamente; e mostraram reação cruzada com soros de animais infectados com Babesia canis, Dirofilaria immitis, Trypanosoma cruzi, Ehrlichia canis, Neospora caninum, Toxoplasma gondii. Os resultados mostraram que o DPP® CVL apresentou um bom desempenho para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina sintomática e assintomática / In order to investigate the performance of the DPP® CVL rapid test comparing with ELISA and IFA (Bio-Manguinhos, Br), as well as ELISA and IFAT in house using L. (L.) infantum chagasi promastigotes as antigen with emphasis in the cross-reactivity with others infectious agents, sera from clinically symptomatic (n=48) and asymptomatic (n=39) L. (L.) infantum chagasi infected dogs, as well as from healthy non-infected (n=18) dogs and from Babesia canis (n=9), Dirofilaria immitis (n=4), Trypanosoma cruzi (n=6), Ehrlichia canis (n=17), Neospora caninum (n=6), Toxoplasma gondii (n=9), Neospora/Toxoplasma co-infection (n=4) and Toxocara canis (n=9) infected dogs were tested for different diagnosis techniques. DPP and ELISA in-house showed high sensitivity (90.81% and 94.25%) and specificity (95.06% and 97.53%), respectively for symptomatic and asymptomatic CVL diagnosis, but presented cross-reactivity with Babesia canis, 44% for DPP and 22% for ELISA in-house. Both test showed an excellent agreement (kappa=0.9405, p < 0.0001). ELISA Bio-Manguinhos as well as IFA Bio-Manguinhos and IFA in-house showed good sensitivity 90.81%, 96.47% and 89.41%) but low specificity (77.78%, 69.14% and 65.82%), respectively; and showed cross-reactivity with sera from animals infected with Babesia canis, Dirofilaria immitis, Trypanosoma cruzi, Ehrlichia canis, Neospora caninum, Toxoplasma gondii. The results showed that DPP® CVL had a good performance for the diagnosis of of both symptomatic and asymptomatic canine visceral leishmaniasis

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