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PERCURSO SIMBÓLICO DO ESPAÇO EM CONTOS DE MIA COUTO SOB A PERSPECTIVA DE GASTON BACHELARD.Porfirio, Maria Aparecida 13 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-13 / This work aims at studying the symbolic dimension as well as the poetization of the
space within four short stories of the book, The thread of beads (O fio das
missangas), by the Mozambican writer, Mia Couto, published in Brazil in 2009. The
corpus was composed by the following short stories: A matter of honor, and The
grandmother, The city and the traffic lights, in which spaces are built to house the
elderly in society, then the short stories The wrinkled skirt and The basket spaces
where the woman‟s oppression were made present. The proposal of this analysis
was to reflect upon the ways in which the image is transformed into a new being of
language, becoming a change of expression that is a change of our being . The
studies developed by the French philosopher Gaston Bachelard in The poetics of the
space, where life shows a profound and daring novelty, and The Poetics of the Air
and the Dreams, which studies the mobile and creative function of the making of art,
as a privileged function in regards to the perceptions were used as theoretical
framework. The concept of space here is taken as a tool of analysis of the human
soul, in that it acquires floating and imaginary traits of mythical and symbolic order,
as proposed by Jean Chevalier and Gheerbrant in the Dictionary of Symbol. In
addition, the studies on African literature and culture, especially critical literary
studies carried out by Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite, Carmem Lúcia
Secco, Maria Zilda Cury and by Mia Couto himself were considered important. Thus,
we sought to reflect upon the way this particular author has to perform his creative
transfiguration, bring to life not only a master piece full of enchantment, but also it
provides us with a much deeper dimension of the human soul. / Este trabalho tem por objetivo estudar a dimensão simbólica e a poetização do
espaço em quatro contos do livro, O fio das missangas, do escritor moçambicano,
Mia Couto, publicado no Brasil em 2009. Fizeram parte do nosso corpus os
seguintes contos Uma questão de honra, e A avó, a cidade e o semáforo, nos quais
estão configurados os espaços em que se inserem a figura do idoso na sociedade;
depois, os contos A saia almarrotada e O cesto em que se fazem presentes os
espaços de opressão da mulher. A proposta dessa análise foi refletir obre os modos
pelos quais a imagem se transforma num novo ser da linguagem, tornando-se um
devir de expressão que é um devir de nosso ser . Utilizamos como fundamentação
teórica, os estudos desenvolvidos pelo filósofo francês Gaston Bachelard em A
poética do espaço que trata a imagem poética como uma emergência da linguagem,
onde a vida se mostra por uma profunda e audaz novidade, e A Poética do Ar e dos
Sonhos, que estuda a função móvel e criadora do fazer artístico, como função
privilegiada em relação às percepções. Toma-se, aqui, o espaço como um
instrumento de análise da alma humana, onde ela adquire caráter flutuante e
imaginário, de ordem mítica e simbólica, como querem Jean Chevalier e Gheerbrant,
no Dicionário de Símbolos. Também consideramos importantes os estudos
desenvolvidos sobre a literatura e a cultura Africanas, especialmente os estudos
críticos literários levados a efeito por Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite,
Carmem Lúcia Secco, Maria Zilda Cury e pelo próprio Mia Couto. Dessa forma,
procuramos refletir sobre o modo particular que esse autor tem de realizar sua
transfiguração criadora, instaurando uma obra não só plena de encanto, mas que
nos dá uma dimensão muito profunda da alma humana.
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