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O que pensam e fazem duas professoras de alfabetização e o que seus alunos aprendem?Catarina dos Santos Pereira Cabral, Ana 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nossa pesquisa teve como objetivo investigar as concepções e práticas de alfabetização de
duas professoras do 1° ano do 1° ciclo da rede municipal de Recife e analisar sua apropriação
das inovações surgidas no campo da alfabetização, a partir da década de 1980.
Especificamente, nos interessava identificar e analisar quais atividades as professoras
investigadas utilizavam para que seus alunos se apropriassem do Sistema de Escrita
Alfabética (doravante, SEA) e avaliar os desempenhos das crianças quanto ao domínio da
escrita e sua possível relação com o tipo de ensino recebido. Selecionamos uma docente
( professora 1 ) que utilizava princípios de um método mais convencional (fônico),
priorizando um ensino sistemático das correspondências som-grafia, mas desenvolvendo,
ainda, práticas de leitura e produção de textos. A segunda docente ( professora 2 ) também
realizava um trabalho envolvendo a leitura de textos e sistematizava o ensino do SEA,
levando os alunos a refletir sobre palavras, pensando em seus segmentos orais e sonoros.
Além de terem práticas distintas, as duas profissionais eram consideradas boas
alfabetizadoras, nas escolas onde atuavam.
Utilizamos três procedimentos metodológicos: a) Observações participantes das aulas
ministradas pelas professoras (23 observações em cada turma), no início, no meio e no final
do ano letivo; b) Entrevista semi-estruturada, no início e final do ano, a fim de examinar
quais concepções permeavam as práticas docentes e quais atividades elas consideravam
essenciais no processo de alfabetização; e c) Aplicação de Sondagens com os alunos, também
no início, no meio e no final do ano). As crianças, nesses momentos, foram solicitadas a fazer
6 tarefas. Realizamos, inicialmente, um ditado de palavras , a fim de avaliar as hipóteses de
escrita. Em seguida, fizemos uma atividade de leitura de palavras e três tarefas de consciência
fonológica (identificação de palavras que começam com a mesma sílaba, identificação de
palavras que rimam e produção de palavras maiores). Por fim, aplicamos uma tarefa de
compreensão leitora, para identificar se as crianças já conseguiam ler e compreender um
pequeno texto.
Os dados aqui examinados evidenciam que as professoras conheciam as recentes propostas
didáticas na área de Língua Portuguesa e que tinham fabricado inovações em suas formas de
alfabetizar, as quais, especialmente no caso da Professora 1, conviviam com antigas
alternativas metodológicas. Percebemos que as duas professoras criavam, em sala, suas
próprias teorias de alfabetização , entre as quais encontramos várias similaridades, como o
ensino envolvendo a reflexão sobre a palavra. Contudo, vimos que cada docente apresentou
suas singularidades em relação ao modo como tratavam o processo de alfabetização, não só
no que concerne ao ensino do sistema de escrita alfabética, mas também quanto às relações
que estabeleciam entre esse ensino e a realização de práticas de leitura e produção de textos.
Pudemos constatar que as práticas dessas professoras refletiam a necessidade de criação de
táticas para alfabetizar. Entendemos que essas eram construídas de acordo com as
experiências vividas por cada docente, no contexto em que sua escola ou sala de aula estavam
inseridas. Nem sempre o que aparecia no discurso da professora era colocado em prática na
sala de aula. Ou seja, suas práticas estavam diretamente relacionadas não só a suas
concepções e aos saberes construídos ao longo das trajetórias, mas levavam em conta as
injunções e restrições da instituição onde atuavam. Por fim, nosso estudo sugere, ainda, que a
avaliação das relações entre diferenças nas práticas de ensino e o desempenho final dos
aprendizes, na série ou ano de início da instrução regular em leitura, precisa prestar cuidadosa
atenção à diversidade de conhecimentos e experiências com que os alunos iniciam o processo
de alfabetização
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PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE DAS METODOLOGIAS NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURALMartin, Daniela Taranta 24 September 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-09-24 / The objective of this study is to investigate the teaching paths of the first fundamental
school levels at municipal public schools, had as a model in relation to the
pedagogical adhesion proposed by the Education Department, with the aim of
seeking explanations to the reasons why children are not successful in their basic
learning. Try to answer questions such as: what are the methodological orientations
for the basic level teaching established by the Municipal Department of Education?
What are the methodological procedures used by teachers and what effect they have
produced for the learning of students? The research aimed at knowing what
dimension aspect assumes the didactic-methodology in the quality of basic level
teaching practices, seen that the SME of Goiânia bets on the organization of the
school by cycles of formation, based on Vygotsky’s principles, to provide better
teaching and formation to students. So it deals with an incursion in the basic school
teaching practices to verify the relation between basic levels teaching methodologies
considered more advanced and the effective domain, on children’s part, of the
reading and writing skills, once the school is known for having a specific “line” of
pedagogical orientation for the basic level teaching. The case study, in the historicalcultural
approach, was carried out at a Municipal School, with four teachers, in basic
level teaching classes, over a period of approximately four months. The procedures
used were direct observation of the school and class-rooms, interviews, the
pedagogical project and teaching plans of the school, apart from written documents
of the Municipal Education Department. The analysis of the data has the objective of
verifying the consistency between the methodological orientations, the effective
practice and student learning results, as well as to obtain critical evaluation elements
of the processes observed, viewing at other pedagogical forms of practice in basic
teaching. / Este estudo teve por objetivo investigar como acontecem as práticas de
alfabetização nas séries iniciais do ensino fundamental de uma escola pública da
rede municipal de ensino, tida como modelar em relação à adesão à proposta
pedagógica da Secretaria da Educação, tendo em vista buscar explicações do por
quê as crianças não são bem sucedidas na alfabetização. Buscam-se respostas a
questões como: quais são as orientações metodológicas para a alfabetização
estabelecidas pela Secretaria Municipal de Educação? Quais são as metodologias e
procedimentos utilizados pelas professoras e qual efeito ela têm produzido na
qualidade da aprendizagem dos alunos? A pesquisa visou saber qual a dimensão
que assume o aspecto didático-metodológico na qualidade das práticas de
alfabetização, uma vez que a SME de Goiânia aposta que a organização da escola
por ciclos de formação, baseada nas idéias de Vygotsky, propicia melhor ensino e
melhor formação aos alunos. Trata-se, assim, de fazer uma incursão nas práticas
escolares de alfabetização para verificar a relação entre as metodologias de
alfabetização consideradas mais avançadas e o efetivo domínio, por parte das
crianças, das competências habilidades de leitura e escrita, já que a escola é
conhecida por ter uma “linha” explícita de orientação pedagógica em relação à
alfabetização. O estudo de caso, na abordagem histórico-cultural, foi realizado em
uma escola da rede municipal, com quatro professoras, em classes de alfabetização,
durante um período aproximado de quatro meses. Foram utilizados como
procedimentos a observação direta da escola e da sala de aula, entrevistas, o
projeto pedagógico e planos de ensino da escola, além de documentos escritos da
Secretaria Municipal de Educação. A análise dos dados tem o propósito de verificar
a consistência entre as orientações metodológicas, as práticas efetivadas e os
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resultados de aprendizagem dos alunos, bem como extrair elementos de avaliação
crítica dos processos observados, tendo em vista indicações de outras formas de
atuação pedagógica nas práticas de alfabetização.
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