Esta pesquisa filia-se à perspectiva hermenêutica-antropológica, simbólica, que busca a recondução da razão aos seu limites, através da reparadigmatização da cultura e do pensamento científico, diante da constatação da unidimensionalidade da razão prática e da crise do paradigma cultural e científico clássicos, problemáticas também pertinentes à Educação. Centrando-se na concepção de cultura como o universo das mediações simbólicas buscamos a revalorização do imaginário e a recuperação da razão cultural. Tendo por referencial a proposta mi/e/todológica de Gilbert Durand, em especial a mitocrítica, e contribuições de outros autores, realizamos, neste ensaio exploratório, uma leitura em profundidade, pois mítica e arquetipal, das últimas duas propostas de PNEs (final de 1997/início de 1998). Procuramos constatar e-ou mostrar a possibilidade de desvelamento do imaginário nelas “contido", trazendo-o à tona, considerando, principalmente tratar-se de textos-discursos altamente racionalizados e de caráter político-ideologico que, aparentemente, nada teriam a ver com mitos. A partir da leitura diacrônica e sincrônica, na perspectiva da mitocrítica, detectamos nas propostas de PNEs certos traços míticos que compõem o mitologema da Queda (Declínio) seguida da Ascensão (Progresso), e que nos permitiram identificar como mitos diretores das propostas de PNEs – a da sociedade civil e a do MEC, respectivamente: no nível patente, o Mito de Prometeu, de Goethe (heróico, dualista, polêmico, ilustrado) e de Spitteler (racionalista, cientificista, progressista, nas não revolucionário e contestatório); no nível latente, o Mito do Andrógino, de Platão (em sua face prometeica) e da tradição judaico-cristã (em sua face menos contestatória e ativa). Como vemos, para além das ideologias, os mitos não só não desaparecem, como parecem continuar a modular o curso da história, da sociedade, da cultura, enfim, também da Educação, orientando os rumos da educação nacional e os projetos de futuro para o Brasil.

Esta pesquisa filia-se à perspectiva hermenêutica-antropológica, simbólica, que busca a recondução da razão aos seu limites, através da reparadigmatização da cultura e do pensamento científico, diante da constatação da unidimensionalidade da razão prática e da crise do paradigma cultural e científico clássicos, problemáticas também pertinentes à Educação. Centrando-se na concepção de cultura como o universo das mediações simbólicas buscamos a revalorização do imaginário e a recuperação da razão cultural. Tendo por referencial a proposta mi/e/todológica de Gilbert Durand, em especial a mitocrítica, e contribuições de outros autores, realizamos, neste ensaio exploratório, uma leitura em profundidade, pois mítica e arquetipal, das últimas duas propostas de PNEs (final de 1997/início de 1998). Procuramos constatar e-ou mostrar a possibilidade de desvelamento do imaginário nelas “contido”, trazendo-o à tona, considerando, principalmente tratar-se de textos-discursos altamente racionalizados e de caráter político-ideologico que, aparentemente, nada teriam a ver com mitos. A partir da leitura diacrônica e sincrônica, na perspectiva da mitocrítica, detectamos nas propostas de PNEs certos traços míticos que compõem o mitologema da Queda (Declínio) seguida da Ascensão (Progresso), e que nos permitiram identificar como mitos diretores das propostas de PNEs – a da sociedade civil e a do MEC, respectivamente: no nível patente, o Mito de Prometeu, de Goethe (heróico, dualista, polêmico, ilustrado) e de Spitteler (racionalista, cientificista, progressista, nas não revolucionário e contestatório); no nível latente, o Mito do Andrógino, de Platão (em sua face prometeica) e da tradição judaico-cristã (em sua face menos contestatória e ativa). Como vemos, para além das ideologias, os mitos não só não desaparecem, como parecem continuar a modular o curso da história, da sociedade, da cultura, enfim, também da Educação, orientando os rumos da educação nacional e os projetos de futuro para o Brasil.

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Its theoretical framework related works from various fields interested in reflecting on the paradigm shift in science in general, and particularly in language studies. Its theoretical framework weaves the critical network of ideologies that cooperate with each other to build the Westerner-European epistemic stabilizer language project. This research seeks to sharp your objectives to the postmodern perspective that intent on building an anti-hegemonic agenda for thinking and doing research in the sciences in general and linguistic studies in particular. For the co-production of the data were used the Questionnaire, the Note-Direct and Semi-Structured Interview. The interaction and analysis of co-produced data revealed that is active in the school an arena of power that located, on the one hand, the system and its constraints to school and to teachers and, on the other hand, the speeches and teaching practices, to adhere to the system or to subversion of this system. Were used as Analysis Categories: Borders; Continuum; Subversive Teaching. As a summary of the analyzes produced, this research found that, despite the unfamiliarity with the concept and the literacies practices, the teacher-participants produce experiences of ideological literacies in their teaching practices. Though the teachers possess greater theoretical depth practice about the notion of interdisciplinarity, even with many constraints that act as inhibitors of the interaction teachers within the school, they assume the risk to produce interdisciplinary experiences. Anyway, it was possible analyze that, even in their speeches are identified traits of modern ideology that understands the language stabilized in the code, in its grammatical structure; in their speeches and in their practices the teacher-participants showed that none of them is failing of the your role to propose to your learners practice of the reading and of the writing texts, as a way to help them to think critically about the language and about your role of symbolic mediation for learning in various branches of knowledge. This time, the teachers revealed that their conception of language and its practices are no longer hegemonic linked to modernity; but are in a field of contradiction: sometimes even tuned to modernity in its stabilizing ideology of language in the code and the grammatical classifications; sometimes even tuned to the anti-hegemonic schedule advocated in this research, a qualitative and ethical proposal of the beholder in education and school a privileged locus to face the challenges presented to us global / locally situated. It is, therefore, a school route at the paradigmatic transformation. / Este é um estudo de cunho etnográfico, produzido em uma escola pública estadual, situada em Senador Canedo, com o objetivo de investigar as concepções de linguagem, os letramentos e a interdisciplinaridade postos nos discursos e nas práticas docentes. Seus/suas participantes foram oito docentes, de distintas disciplinas, que atuavam no turno vespertino, no ensino médio. O campo compreende a um período de dez meses, desde as reuniões com a gestão, a coordenação e com o corpo docente da escola, que ocorreram no início do mês de janeiro de 2015, até a gravação da última entrevista com os/as participantes, que aconteceu no final do mês de outubro de 2015. Seu arcabouço teórico relaciona trabalhos de diversos campos interessados em refletir acerca da mudança paradigmática nas ciências em geral, sobretudo, nos estudos da linguagem. Seu referencial teórico tece a crítica à rede de ideologias que constitui o projeto epistêmico ocidentalista-europeu estabilizador da linguagem. Esta pesquisa afina seus objetivos à perspectiva pós-moderna, que intenciona a construção de uma agenda anti-hegemônica para pensar e fazer a pesquisa nas ciências em geral e nos estudos linguísticos em particular. Para a coprodução dos dados foram utilizados o Questionário, a Observação-Direta e a Entrevista Semiestruturada. A interação e a análise dos dados construídos revelaram que é ativa na escola uma arena de poderes que situa, de um lado, o sistema e suas imposições à escola e aos/às docentes e, de outro lado, os discursos e as práticas docentes, como adesão ao sistema ou como subversão a esse sistema. Foram utilizadas como Categorias de Análise: Fronteiras; Continuum; e Docência Subversiva. Como síntese das análises produzidas, esta pesquisa identificou que, apesar da não familiaridade com o conceito e com as práticas de letramentos, os/as professores/as participantes produzem experiências de letramentos ideológicos em suas ações docentes. Embora os/as docentes possuam maior profundidade teórica que prática quanto à noção de interdisciplinaridade, mesmo com muitos condicionantes que atuam como inibidores das interações docentes dentro da escola, eles/as assumem o risco de produzir experiências interdisciplinares. Enfim, foi possível analisar que, mesmo que em seus discursos sejam identificados traços da ideologia moderna, que compreende a linguagem/língua estabilizada no código, na sua estrutura gramatical, em seus discursos e em suas práticas os/as docentes participantes também demostraram que nenhum/a deles/as se exime do seu papel de propor aos/às seus/suas aprendizes práticas de leitura e de escrita de textos, como uma forma de ajudá-los/as a pensar criticamente a linguagem e seu papel de mediação simbólica para a aprendizagem nos mais diversos ramos do saber. Desta feita, os/as docentes revelaram que sua concepção de linguagem e suas práticas não estão mais hegemonicamente atreladas à modernidade; mas sim, estão no campo da contradição: ora ainda afinadas à modernidade, em sua ideologia estabilizadora da linguagem; ora afinadas à agenda anti-hegemônica defendida nesta pesquisa, como uma proposta qualitativa e ética, de quem vê na educação e na escola um lócus privilegiado para o enfrentamento aos desafios que se nos apresentam global/localmente situados. Tem-se, assim, uma escola no percurso da transformação paradigmática.