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As mulheres, os perfumes e as preces: um olhar simbólico sobre a sexualidade no Islã / Women, perfumes and prayers: a symbolic approach to sexuality in Islam

Paiva, Camila Motta 27 August 2018 (has links)
Pesquisar sexualidade na religião é uma tarefa complexa. Por mais que exista uma tentativa de afastar a religião do debate sobre a sexualidade, é fato que há um importante entrelaçamento entre essas duas categorias. Em todas as sociedades definem-se as normas sexuais e delineiam-se quais seriam as transgressões, sendo a religião uma das instâncias de sua regulação. No caso do Islã, por estabelecer um código de conduta a ser seguido em todas as esferas da vida dos muçulmanos e das muçulmanas, inclusive no que diz respeito à vivência da sexualidade, sexo e prazer apresentam algumas especificidades. Para entender quais são as práticas, vivências e sentidos atribuídos à sexualidade neste campo, é preciso antes considerar as prescrições do que é lícito (halal) e ilícito (haram) de acordo com a religião, em seus próprios termos. A partir do diálogo com dez mulheres muçulmanas brasileiras revertidas e da inserção e circulação da pesquisadora em campo islâmico, serão tecidas reflexões sobre a concepção islâmica da sexualidade e suas implicações para o exercício da sexualidade feminina. A análise dos dados está apoiada nos referenciais teóricos advindos tanto da psicanálise como da antropologia. O trabalho apresenta que, apesar das prescrições existentes mesmo dentro da licitude do casamento, a prática sexual no Islã extrapola a finalidade reprodutiva: há um incentivo aos prazeres, colocando a satisfação sexual como um direito de ambos os cônjuges. Por um lado, torna-se crucial relativizar o clichê da mulher muçulmana sexualmente reprimida: diferentemente do que se pensa no senso comum, o sexo do ponto de vista islâmico não é tabu. Por outro lado, é preciso assumir que a sexualidade é uma arena em que o desejo convive e disputa com prazeres e perigos; facilidades e resistências; saberes e poderes / To research sexuality in religion is a complex task. While there is an attempt to alienate religion from the debate about sexuality, there is an important connection between these two categories. Sexual norms and their transgressions are defined in all societies and religion is one of the instances in which they are regulated. In the case of Islam, by establishing a code of conduct to be followed in all spheres of life of Muslims, including the experience of sexuality, sex and pleasure have some specificities. In order to understand the practices, experiences and senses attributed to sexuality in this field, one must first consider the prescriptions of what is lawful (halal) and unlawful (haram) according to religion, in its own terms. From the dialogue with ten Brazilian Muslim women reverted to Islam and the insertion and circulation of the researcher in the Islamic field, reflections will be outlined about the Islamic conception of sexuality and its implications for the exercise of female sexuality. The analysis of the data is supported by the theoretical references derived from both psychoanalysis and anthropology. This dissertation argues that despite the prescriptions even within the lawfulness of the marriage, sexual practice in Islam extrapolates the reproductive purpose: there is an incentive to pleasures, placing sexual satisfaction as a right of both spouses. It becomes crucial to relativize the cliché of sexually repressed Muslim women: unlike common sense, sex in Islam is not taboo. On the other hand, it is urgent to assume that sexuality is an arena in which desire coexists and disputes with pleasures and dangers; facilities and resistances; knowledge and power
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As mulheres, os perfumes e as preces: um olhar simbólico sobre a sexualidade no Islã / Women, perfumes and prayers: a symbolic approach to sexuality in Islam

Camila Motta Paiva 27 August 2018 (has links)
Pesquisar sexualidade na religião é uma tarefa complexa. Por mais que exista uma tentativa de afastar a religião do debate sobre a sexualidade, é fato que há um importante entrelaçamento entre essas duas categorias. Em todas as sociedades definem-se as normas sexuais e delineiam-se quais seriam as transgressões, sendo a religião uma das instâncias de sua regulação. No caso do Islã, por estabelecer um código de conduta a ser seguido em todas as esferas da vida dos muçulmanos e das muçulmanas, inclusive no que diz respeito à vivência da sexualidade, sexo e prazer apresentam algumas especificidades. Para entender quais são as práticas, vivências e sentidos atribuídos à sexualidade neste campo, é preciso antes considerar as prescrições do que é lícito (halal) e ilícito (haram) de acordo com a religião, em seus próprios termos. A partir do diálogo com dez mulheres muçulmanas brasileiras revertidas e da inserção e circulação da pesquisadora em campo islâmico, serão tecidas reflexões sobre a concepção islâmica da sexualidade e suas implicações para o exercício da sexualidade feminina. A análise dos dados está apoiada nos referenciais teóricos advindos tanto da psicanálise como da antropologia. O trabalho apresenta que, apesar das prescrições existentes mesmo dentro da licitude do casamento, a prática sexual no Islã extrapola a finalidade reprodutiva: há um incentivo aos prazeres, colocando a satisfação sexual como um direito de ambos os cônjuges. Por um lado, torna-se crucial relativizar o clichê da mulher muçulmana sexualmente reprimida: diferentemente do que se pensa no senso comum, o sexo do ponto de vista islâmico não é tabu. Por outro lado, é preciso assumir que a sexualidade é uma arena em que o desejo convive e disputa com prazeres e perigos; facilidades e resistências; saberes e poderes / To research sexuality in religion is a complex task. While there is an attempt to alienate religion from the debate about sexuality, there is an important connection between these two categories. Sexual norms and their transgressions are defined in all societies and religion is one of the instances in which they are regulated. In the case of Islam, by establishing a code of conduct to be followed in all spheres of life of Muslims, including the experience of sexuality, sex and pleasure have some specificities. In order to understand the practices, experiences and senses attributed to sexuality in this field, one must first consider the prescriptions of what is lawful (halal) and unlawful (haram) according to religion, in its own terms. From the dialogue with ten Brazilian Muslim women reverted to Islam and the insertion and circulation of the researcher in the Islamic field, reflections will be outlined about the Islamic conception of sexuality and its implications for the exercise of female sexuality. The analysis of the data is supported by the theoretical references derived from both psychoanalysis and anthropology. This dissertation argues that despite the prescriptions even within the lawfulness of the marriage, sexual practice in Islam extrapolates the reproductive purpose: there is an incentive to pleasures, placing sexual satisfaction as a right of both spouses. It becomes crucial to relativize the cliché of sexually repressed Muslim women: unlike common sense, sex in Islam is not taboo. On the other hand, it is urgent to assume that sexuality is an arena in which desire coexists and disputes with pleasures and dangers; facilities and resistances; knowledge and power
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As estratégias dos best-sellers e os processos de produção de autobiografias de mulheres muçulmanas / The best-seller strategies and the production processes of muslim women autobriographies

Bastos, Laísa Marra de Paula Cunha 31 March 2015 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2015-10-26T13:29:17Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Laísa Marra de Paula Cunha Bastos - 2015.pdf: 1622361 bytes, checksum: e1be07e3e8fb2277a0904bb198dc34e9 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-10-26T13:31:03Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Laísa Marra de Paula Cunha Bastos - 2015.pdf: 1622361 bytes, checksum: e1be07e3e8fb2277a0904bb198dc34e9 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-26T13:31:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Laísa Marra de Paula Cunha Bastos - 2015.pdf: 1622361 bytes, checksum: e1be07e3e8fb2277a0904bb198dc34e9 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2015-03-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The study aims to understand the ways in which best-selling autobiographies by Muslim women are produced. As a representative corpus, the books Infidel, by Ayaan Hirsi Ali; Princess, by Jean Sasson/Sultana; and I am Malala, by Malala Yousafzai/Christina Lamb were selected. Using Pierre Bourdieu's methodology – for whom a literary work should not be studied only by its text, but also by its insertion and circulation in various fields (literary, political, social) – the study conjectures that these narratives of life, since manufactured in the West and founded on the logic of the cultural industry of mass production of popular literature, are presented to the public circumscribed by neo-Orientalist discourses of the clash of civilizations. We refer to the discourses displayed in the post-September 11, 2001, which, reiterating the Orientalist discourse criticized by Edward Said, divided the world into superior West versus inferior Middle East. Therefore, we investigate, in the first chapter, the implications of the discourse of War on Terror to the commercial interest in personal narratives of Muslim women. Furthermore, we describe the corpus of narratives in order to characterize the subgenre of best-selling autobiographies of Muslim women, especially with regard to the dichotomies freedom/oppression, subversion/submission. In the second chapter, we analyse the importance of the autobiographical genre and the concepts of truth and authenticity to the rise of these books, as well as the relations of co-authorship present in such narratives. Then, in the third chapter, the focus is on making visible the editorial voices and their contributions to the spectacularization of the topos of the Muslim woman as a victim to be rescued from her society. To do so, the discourses of the peritext (cover, back cover and tabs) of these autobiographies will be examined. Therefore, we seek to question the limits and possibilities of self-representation of the subaltern subject in contexts marked by inequality of forces and intermediations of the speech. / O trabalho objetiva compreender os modos de produção de autobiografias best-sellers de mulheres muçulmanas. Como corpus representativo, selecionamos os livros Infiel, de Ayaan Hirsi Ali; Princesa, de Jean Sasson/Sultana; e Eu sou Malala, de Malala Yousafzai/Christina Lamb. Usando metodologia de Pierre Bourdieu, para quem uma obra literária não deve ser estudada apenas por seu texto, mas também por sua inserção e circulação nos diversos campos (literário, político, social), parte-se da hipótese de que essas narrativas de vida, uma vez que fabricadas no Ocidente com base nas lógicas da indústria cultural de massa e da literatura de grande produção, são apresentadas ao público circunscritas pelos discursos neoorientalistas do choque de civilizações. Referimo-nos aos discursos veiculados no pós-11 de setembro de 2001, que, reiterando o discurso orientalista criticado por Edward Said, dividiram o mundo em Ocidente superior versus Oriente inferior. Assim sendo, investigam-se, no primeiro capítulo, as implicações dos discursos da Guerra ao Terror para o interesse comercial em narrativas pessoais de mulheres muçulmanas. Além disso, as narrativas do corpus são examinadas no intuito de caracterizar o subgênero de autobiografias best-sellers de mulheres muçulmanas, principalmente no que concerne às dicotomias liberdade/opressão, subversão/submissão. No segundo capítulo, problematizam-se os pressupostos e a importância do gênero autobiográfico e dos conceitos de verdade e autenticidade para a ascensão desses livros, bem como as relações de coautoria presentes em tais narrativas. Depois, no terceiro capítulo, o foco está em tornar visíveis as vozes editoriais e suas contribuições para a espetacularização do topos da mulher muçulmana enquanto vítima a ser resgatada de sua sociedade. Para tanto, serão analisados os discursos peritextuais dessas autobiografias (capa, contracapa e abas). Assim sendo, busca-se problematizar os limites e as possibilidades da auto-representação do sujeito subalterno em contextos marcados pela inequidade de forças e por agenciamentos da fala.
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Feminismo islâmico: mediações discursivas e limites práticos / Islamic feminism: discursive mediations and practical limits

Lima, Cila 10 May 2017 (has links)
A pesquisa proposta aqui tem como objeto de estudo o feminismo islâmico, movimento político-religioso de luta contra a opressão e a dominação sobre a população de mulheres, presente em países muçulmanos e em diásporas muçulmanas. Concebido aqui lato sensu como uma atuação feminista associada à reinterpretação das fontes religiosas do Islã, baseado nos conceitos islâmicos de ijtihad (interpretação racional das fontes religiosas) e de tafsir (comentários sobre o Alcorão), para repensar a posição da mulher na sociedade muçulmana. A hipótese que conduz a presente investigação é a de que o feminismo islâmico pode ser pensado a partir de três eixos constitutivos, interligados entre si: 1) a separação em duas vertentes, de um lado, um ativismo religioso, auto-definido como jihad de gênero, cujas reivindicações parecem sobrepor o Islã aos direitos das mulheres, e, de outro, um ativismo político, definido como defensor dos direitos humanos internacionais, cujas reivindicações são no sentido de aplicar ao Islã os direitos das mulheres; 2) a ideia de continuidade, no sentido de eliminar qualquer visão maniqueísta sobre as duas tendências, estabelecendo aqui um contínuo entre elas em que suas narrativas e atuações circulam de um extremo ao outro, de um lado dos extremos, aproximam-se de uma narrativa islamista e de, outro lado dos extremos, aproximamse de parâmetros discursivos do feminismo secular; e, 3) as forças em disputa, atualmente há três principais forças em disputa no âmbito dos movimentos sociais de mulheres em países muçulmanos e diásporas, considerando a realidade fora dos conflitos armados: os movimentos feministas seculares, o movimento islamista de mulheres (esses dois tipos de movimentos com origens nos anos 20, no Egito) e o feminismo islâmico (de origem, nos anos 80, desterritorializada e transnacional). Este estudo parte de dois pressupostos: primeiro, o de que os movimentos feministas em países muçulmanos não estão isolados do contexto internacional, os seus desenvolvimentos acompanham as tensões dos movimentos feministas internacionais, sendo expressões da internacionalização dos movimentos feministas seculares e, depois, de hibridações culturais e movimentos identitários pós-coloniais; e, segundo, o de que o feminismo islâmico, com as suas características específicas político-religiosas, tencionado entre o reformismo e o conservadorismo, é em sua essência um movimento relativista religioso, ao se dirigir exclusivamente às mulheres muçulmanas. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é o de compreender quais as contribuições desse feminismo islâmico para a transformação da vida da mulher muçulmana, considerando duas questões centrais: a) como se pode compreender a relação do feminismo islâmico com os movimentos islamistas? e b) em que medida o caráter religioso do feminismo islâmico pode ser o limitador (ou extensor) de seu caráter feminista? Para tal, será feita uma abordagem dos seguintes recortes temáticos, que inicialmente parecem abarcar grande parte dos aspectos mais evidentes do objeto de estudo, na perspectiva proposta aqui: 1) o feminismo secular de origem ocidental e seus desdobramentos no mundo muçulmano, entre a secularização e a reislamização; 2) as afinidades passadas e presentes do feminismo islâmico com a ideologia, o movimento e o modelo islamista; e 3) o grau de persuasão em que o feminismo islâmico pode estar intervindo na consciência e na prática social, considerando suas contradições. / The subject of study of this paper, Islamic feminism, is a political-religious movement struggling against the oppression and domination of the population of women in Muslim countries and in Muslim diasporas. It is understood here, in the wider sense, as a feminist movement associated with the reinterpretation of the religious sources of Islam, based on the Islamic concepts of ijtihad (rational interpretation of religious sources) and tafsir (interpretations of the Koran), to rethink the position of women in Muslim society. The hypothesis underpinning the present study is that Islamic feminism can be thought of as having three interconnected constituent axes: 1) a separation in two distinct tendencies; on the one hand, religious activism, self-defined as a \"gender jihad\", whose grievances seem to superimpose Islam on women\'s rights, and, on the other hand, political activism, defined as defending international human rights, whose demands seek to apply Islam to women\'s rights; 2) the idea of continuity, in the sense of eliminating any Manichean view of the two aforementioned tendencies, establishing a continuum between the two in which their narratives and actions move from one extreme to the other; at one extreme, approaching an Islamist narrative and, at the other extreme, the discursive parameters of secular feminism; and 3) the forces in disputes; of which we can discern three current main forces in dispute within the social movements of women in Muslim countries and diasporas, taking into consideration the reality outside of the armed conflicts: Secular Feminist movements, the Islamist women\'s movement (these two movements have their origins in Egypt in the 1920s) and Islamic feminism (originating in the 1980s and characterized as de-territorialized and transnational). This study is based on two assumptions: first, that feminist movements in Muslim countries are not isolated from the international context, their developments accompany the struggles of the international feminist movements, being expressions of the internationalization of secular feminist movements and, later, of cultural hybridizations and post-colonial identity movements; and, second, that Islamic feminism, with its specific religious-political characteristics, exists in a state of tension between reformism and conservatism, and is essentially a relativistic religious movement, in that it is addressed exclusively to Muslim women. Thus, the main objective of this paper is to understand the role of Islamic feminism in the transformation of the lives of Muslim women, taking into consideration two central questions: a) how can we understand the relation between Islamic feminism and Islamist movements? and b) to what extent can the religious elements of Islamic feminism be the constraint (or expansion) of its feminist characteristics? To this end, we will address the following themes, which initially seem to cover a large part of the most obvious aspects of the object of study, within the perspective proposed here: 1) secular feminism of \"Western origin\" and its developments in the Muslim world, between secularization and re-Islamization; 2) the past and present affinities of Islamic feminism with Islamist ideology, the Islamist movement and its model; and (3) the degree of influence that Islamic feminism may have on social consciousness and practices, taking into account its contradictions.
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O véu não cobre pensamento: imigrantes muçulmanas em São Paulo

Zaia, Marcia Cristina 04 December 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T19:20:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcia Cristina Zaia.pdf: 792961 bytes, checksum: e8f573e74274c74847be54e19ddff847 (MD5) Previous issue date: 2006-12-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The purpose of the present work is to discuss the relations between religion and immigration, from an intercultural perspective, through the life history of immigrant Muslim women in the city of São Paulo, Brazil, during their acculturation process. In this work, this concept is based upon Intercultural Psychology formulations, as the necessary result of a contact between two cultures, which can lead to the adoption of integration or separation strategies. Through the study of a minority that has been scarcely investigated in Brazil, this work indicates the relevancy that religion can acquire in a migratory context, since it is one of the constituent elements of the ethnic identity / Este trabalho tem por objetivo discutir as relações entre religião e imigração, partir de uma perspectiva intercultural, através do percurso vivido de mulheres muçulmanas imigrantes na cidade de São Paulo, durante seu processo de aculturação. Este conceito é compreendido neste trabalho a partir de formulações da Psicologia Intercultural, como o resultado inevitável de um contato entre duas culturas, que pode resultar em adoção de estratégias de integração ou separação. Através do estudo de uma minoria pouco estudada no Brasil, apresenta-se a relevância que a religião pode adquirir em um contexto migratório, uma vez que é um dos elementos constituintes da identidade étnica
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Feminismo islâmico: mediações discursivas e limites práticos / Islamic feminism: discursive mediations and practical limits

Cila Lima 10 May 2017 (has links)
A pesquisa proposta aqui tem como objeto de estudo o feminismo islâmico, movimento político-religioso de luta contra a opressão e a dominação sobre a população de mulheres, presente em países muçulmanos e em diásporas muçulmanas. Concebido aqui lato sensu como uma atuação feminista associada à reinterpretação das fontes religiosas do Islã, baseado nos conceitos islâmicos de ijtihad (interpretação racional das fontes religiosas) e de tafsir (comentários sobre o Alcorão), para repensar a posição da mulher na sociedade muçulmana. A hipótese que conduz a presente investigação é a de que o feminismo islâmico pode ser pensado a partir de três eixos constitutivos, interligados entre si: 1) a separação em duas vertentes, de um lado, um ativismo religioso, auto-definido como jihad de gênero, cujas reivindicações parecem sobrepor o Islã aos direitos das mulheres, e, de outro, um ativismo político, definido como defensor dos direitos humanos internacionais, cujas reivindicações são no sentido de aplicar ao Islã os direitos das mulheres; 2) a ideia de continuidade, no sentido de eliminar qualquer visão maniqueísta sobre as duas tendências, estabelecendo aqui um contínuo entre elas em que suas narrativas e atuações circulam de um extremo ao outro, de um lado dos extremos, aproximam-se de uma narrativa islamista e de, outro lado dos extremos, aproximamse de parâmetros discursivos do feminismo secular; e, 3) as forças em disputa, atualmente há três principais forças em disputa no âmbito dos movimentos sociais de mulheres em países muçulmanos e diásporas, considerando a realidade fora dos conflitos armados: os movimentos feministas seculares, o movimento islamista de mulheres (esses dois tipos de movimentos com origens nos anos 20, no Egito) e o feminismo islâmico (de origem, nos anos 80, desterritorializada e transnacional). Este estudo parte de dois pressupostos: primeiro, o de que os movimentos feministas em países muçulmanos não estão isolados do contexto internacional, os seus desenvolvimentos acompanham as tensões dos movimentos feministas internacionais, sendo expressões da internacionalização dos movimentos feministas seculares e, depois, de hibridações culturais e movimentos identitários pós-coloniais; e, segundo, o de que o feminismo islâmico, com as suas características específicas político-religiosas, tencionado entre o reformismo e o conservadorismo, é em sua essência um movimento relativista religioso, ao se dirigir exclusivamente às mulheres muçulmanas. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é o de compreender quais as contribuições desse feminismo islâmico para a transformação da vida da mulher muçulmana, considerando duas questões centrais: a) como se pode compreender a relação do feminismo islâmico com os movimentos islamistas? e b) em que medida o caráter religioso do feminismo islâmico pode ser o limitador (ou extensor) de seu caráter feminista? Para tal, será feita uma abordagem dos seguintes recortes temáticos, que inicialmente parecem abarcar grande parte dos aspectos mais evidentes do objeto de estudo, na perspectiva proposta aqui: 1) o feminismo secular de origem ocidental e seus desdobramentos no mundo muçulmano, entre a secularização e a reislamização; 2) as afinidades passadas e presentes do feminismo islâmico com a ideologia, o movimento e o modelo islamista; e 3) o grau de persuasão em que o feminismo islâmico pode estar intervindo na consciência e na prática social, considerando suas contradições. / The subject of study of this paper, Islamic feminism, is a political-religious movement struggling against the oppression and domination of the population of women in Muslim countries and in Muslim diasporas. It is understood here, in the wider sense, as a feminist movement associated with the reinterpretation of the religious sources of Islam, based on the Islamic concepts of ijtihad (rational interpretation of religious sources) and tafsir (interpretations of the Koran), to rethink the position of women in Muslim society. The hypothesis underpinning the present study is that Islamic feminism can be thought of as having three interconnected constituent axes: 1) a separation in two distinct tendencies; on the one hand, religious activism, self-defined as a \"gender jihad\", whose grievances seem to superimpose Islam on women\'s rights, and, on the other hand, political activism, defined as defending international human rights, whose demands seek to apply Islam to women\'s rights; 2) the idea of continuity, in the sense of eliminating any Manichean view of the two aforementioned tendencies, establishing a continuum between the two in which their narratives and actions move from one extreme to the other; at one extreme, approaching an Islamist narrative and, at the other extreme, the discursive parameters of secular feminism; and 3) the forces in disputes; of which we can discern three current main forces in dispute within the social movements of women in Muslim countries and diasporas, taking into consideration the reality outside of the armed conflicts: Secular Feminist movements, the Islamist women\'s movement (these two movements have their origins in Egypt in the 1920s) and Islamic feminism (originating in the 1980s and characterized as de-territorialized and transnational). This study is based on two assumptions: first, that feminist movements in Muslim countries are not isolated from the international context, their developments accompany the struggles of the international feminist movements, being expressions of the internationalization of secular feminist movements and, later, of cultural hybridizations and post-colonial identity movements; and, second, that Islamic feminism, with its specific religious-political characteristics, exists in a state of tension between reformism and conservatism, and is essentially a relativistic religious movement, in that it is addressed exclusively to Muslim women. Thus, the main objective of this paper is to understand the role of Islamic feminism in the transformation of the lives of Muslim women, taking into consideration two central questions: a) how can we understand the relation between Islamic feminism and Islamist movements? and b) to what extent can the religious elements of Islamic feminism be the constraint (or expansion) of its feminist characteristics? To this end, we will address the following themes, which initially seem to cover a large part of the most obvious aspects of the object of study, within the perspective proposed here: 1) secular feminism of \"Western origin\" and its developments in the Muslim world, between secularization and re-Islamization; 2) the past and present affinities of Islamic feminism with Islamist ideology, the Islamist movement and its model; and (3) the degree of influence that Islamic feminism may have on social consciousness and practices, taking into account its contradictions.

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