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Os diques basicos e ultrabasicos da região costeira entre as cidades de São Sebastião e Ubatuba, Estado de São Paulo

Garda, Gianna Maria 14 December 1995 (has links)
A região costeira entre as cidades de São Sebastião e Ubatuba e os costões das ilhas de São Sebastião, Anchieta e Mar virado (Estado de São Paulo) são cortados por numerosos pequenos enxames e diques isolados de direção N55E. Os litotipos principais variam de básicos a intermediários. Entretanto, também ocorre uma variedade de lamprófiros alcalinos lado a lado com o grupo principal. As espessuras dos diques básicos a intermediários é muito variável, desde alguns centímetros a vários metros, enquanto os lamprófiros são menos espessos (algumas dezenas de centímetros). Plagioclásio (labradorita/andesina), piroxênio (augita e rara pigeonita) e minerais opacos constituem os diques básicos a intermediários. Biotita com F e Cl é mineral acessório e edenita-hornblenda pode substituir o piroxênio. As bordas de alguns diques apresentam texturas de resfriamento rápido. Os centros dos diques mais espessos são faneríticos, apresentando cristais de plagioclásio rodeados por intercrescimentos granofíricos de quartzo e feldspato alcalino, dando à composição total da rocha um caráter mais intermediário. As temperaturas mínimas de cristalização dos pares augita-pigeonita são de 1000°- 1100°C. Ilmenita somente aparece nestas rochas; as temperaturas de exsolução desse mineral em espinélios de Fe e Ti são de 740°C ± 30°C e log10fO2 de 16 ± 2. Os lamprófiros, por sua vez, apresentam abundantes megacristais de olivina pseudomorfizada e clinopiroxênio. A matriz é formada por augita titanífera rica em Ca, plagioclásios cálcicos, minerais óxidos e vidro. Kaersutita, flogopita/bioita, analcima e melilita distinguem um tipo de lamprófiro de outro (camptonitos, monchiquitos, lamprófiros picríticos, biotita lamprófiros e um alnöito). calcita é comum e forma, com analcima, estruturas globulares (ocelli), indicativas de altas pressões de H2O, que também favorecem a cristalização de kaersutita. Al tem um papel importante na química mineral do alnöito, pois compensa sua deficiência em sílica. Por exemplo, os cromoespinélios zonados possuem bordas com composições de titanomagnetitas ricas em Al. Flogopitas e cromoespinélios zonados do alnöito e dos biotita lamprófiros mostram comportamentos químicos semelhantes dos núcleos para as bordas, sugerindo que estas variações composicionais ocorreram simultaneamente em ambos os minerais. As composições dos núcleos frescos das olivinas são \'FoIND.84\'\'Fa IND.16\'. A geotermometria aplicada às inclusões de cromoespinélios em megacristais de olivina indicam temperaturas da ordem de 1000° 1200°C. Os Mg# dos diques básicos a intermediários são baixos (\'<OU=\' 39), contrapondo-se aos dos lamprófìros (Mg# = 51-73, ca. 80 para os lamprófiros picríticos). Os primeiros são classificados como basaltos, traquibasaltos, traquiandesitos basálticos e traquiandesitos. As quantidades de \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'Na IND.2 O\' e \'K IND.2 O\' aumentam, enquanto as de \'TiO IND.2\', \'FeO IND.t\', MgO e CaO diminuem dos tipos básicos aos intermediários. Os lamprófiros são classificados como foiditos, com \'SiO IND.2\' < 47%, \'Al IND.2\'\'O IND.3\' variando entre 5% a 14%, MgO > 7% e com quantidades elevadas de H2O e CO2. Além disso, os lamprófiros picríticos classificados como picrobasaltos apresentam os mais baixos conteúdos de \'TiO IND.2\', \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'FeO IND.t\', \'Na IND.2 O\' e \'K IND.2\' O. A classificação química também distingue um grupo de tefritos composicionalmente intermediários entre os lamprófiros e as rochas básicas a intermediárias. Os diques básicos a intermediários apresentam \'(La/Yb) IND.N\' = l6 e anomalias negativas de Nb, Ta e Sr. O alnöito apresenta \'(La/Yb) IND.N\' = 42 e está enriquecido em P, Ba, Sr, Th, U, Nb, Ta e elementos terras raras leves comparativamente aos outros litotipos. Também difere dos demais lamprófiros por apresentar anomalia negativa de Ti. Os lamprófiros picríticos mostram os perfis menos inclinados nos diagramas multielementares e são os menos enriquecidos em elementos incompatíveis. Análises pelo método dos mínimos quadrados e cálculos de cristalização fracionada mostram que os lamprófiros picríticos são fases cumuláticas na evolução dos lamprófiros. Por outro lado, não foi possível derivar as rochas intermediárias das basálticas, sugerindo contaminação crustal, respaldada pelo hiato composicional de \'SiO IND.2\' de 8-9%. Os diques básicos a intermediários apresentam \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT.(i)\' \'quase igual\' -5 e \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86\'Sr inicial de 0,706 a 0,707, caindo num campo intermediário entre os basaltos de baixo e alto Ti da Bacia do Paraná. Por outro lado, os lamprófiros apresentam \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT.(i)\' entre +1 e +2 e \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' inicial de cerca de 0,705, que indicam uma fonte mantélica mais profunda com maiores proporções de fusão derivadas da astenosfera. O alnöito está fortemente enriquecido em Pb radiogênico (\'ANTPOT.206 Pb\'/\'ANTPOT.204 Pb\' = 1994). Todas as amostras plotam acima da Linha de Referência do Hemisfério Norte (NHRL) nos diagramas Pb/Pb. Os dados de isótopos de Pb para as rochas básicas a intermediárias (incluindo alguns diorito pórfiros e diabásios da região de Bairro Alto), biotita lamprófiros e um traquito da llha de São Sebastião evidenciam a anomalia DUPAL, o que não é o caso do alnöito e dos camptonitos/monchiquitos. Os dados geoquímicos corroboram, portanto, para contribuições de diferentes componentes mantélicos na geração dos diques básicos a intermediários e lamprofíricos. Enquanto os primeiros parecem estar relacionados com o magmatismo da Bacia do Paraná, os últimos podem estar associados a um evento magmático alcalino de idade intermediária entre a da intrusão dos diques básicos a intermediários (130 Ma) e aquela do complexo sienítico da llha de São Sebastião (80 Ma), como indicado pelas isócronas \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\'. / The coastline between São Sebastião and Ubatuba cities and the shores of São Sebastião, Anchieta and Mar Virado islands (São Paulo State, Brazil) are crosscut by several small swarms and isolated dykes trending N55E. The main rock types range from basic to intermediate, but also a conspicuous variety of alkaline lamprophyres occur side by side with the main group. The thicknesses of the basic to intermediate dykes vary widely, from a few centimetres to several metres, while the lamprophyres are a few tens of centimetres thick. Plagioclase (labradorite/andesine), pyroxene (augite and rare pigeonite) and iron ores are the rock-forming minerals of the basic to intermediate dykes. Cl- and F-bearing biotite is an accessory mineral and edenite-hornblende may substitute for pyroxene. Quenching lextures are found in the rims of some the dykes. The cores of the thicker dykes are usually coarser grained and granophyric intergrowths of quartz and alkali feldspar usually surround plagioclase crystals, Ieading to more intermediate whole-rock compositions. The minimum augite-pigeonite crystallization temperatures are 1000º-1100°C. Ilmenites only appear in these rocks and temperatures of exsolution in Ti-Fe spinel are 740ºC ± 30ºC and log10 fO2 of I6 ± 2. In turn, the lamprophyres present abundant megacrysts of pseudomorphosed olivine and linopyroxene. The groundmass is composed by titaniferous Ca-rich augite, calcic plagioclases, oxide minerals and evitrified glass. Kaersutite, phlogopite/biotite, analcime and melilite distinguish one type of lamprophyre from another (camptonites, monchiquites, picritic lamprophyres, biotite lamprophyres and an alnöite). Calcite is fairly common and forms, with analcime, globular structures (ocelli), indicative of high H2O pressures, which also favours kaersutite crystalIization. Al plays an important role in the mineral chemistry of the alnöite, to compensate for its deficiency in silica. For example, zoned Cr-spinels have rims of At-rich titanomagnetite compositions. Zoned phlogopites and Cr-spinels from the alnoite and biotite lamprophyres show similar chemical behaviour from cores to rims, suggesting that these compositional variations occurred simultaneously in both minerals. Compositions of fresh cores of olivines are Fo84Fa16. Geothermometry applied to the Cr-spinels inclusions in olivine megacrysts indicates temperatures of the order of 1000º-1200°C. The basic to intermediate dykes have low Mg# ( \'<OU=\' 39) as opposed to the lamprophyres (Mg# = 5l-73; ca. 80 for picritic lamprophyres). The former are classified as basalts, trachybasalts, basaltic trachyandesites and trachyandesites. \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'Na IND.2 O\' and \'K IND.2 O\' contents increase while \'TiO IND.2\', \'FeO IND.t\', MgO and CaO decrease from basic to intermediate types. The lamprophyres are classified as foidites, with \'SiO IND.2\' < 47%, \'AI IND.2\'\'O IND.3\' varying from 5% to I4%, MgO > 7% and with H2O and CO2 contents. Futhermore, the picritic lamprophyres classified as picrobasalts have the lowest \'TiO IND.2\', \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'FeO IND.t\', \'Na IND.2 O\' and \'K IND.2 O\' contents. The chemical distinguishes a tephrite group, compositionally intermediate between lamprophyres and basic to intermediate rock types. The basic to intermediate dykes have \'(La/Yb) IND.N\' = 16 and negative Nb,Ta and Sr anomalies. The alnoite has \'(La/Yb) IND.N\' = 42 and is enriched in P, Ba, Sr, Th, U, Nb, Ta and LREE comparatively to the other rock types. It also differs from the other lamprophyres by a negative Ti anomaly. The picritic lamprophyres show the flattest profiles in the multielement diagrams and are the least enriched in incompatible elements. Least-square analyses and crystal fractionalion calculations show that the picritic lamprophyres are cumulate phases in the evolution of the lamprophyres. On the other hand, it was not possible to derive intermediate rocks from basaltic ones, suggesting crustal contamination supported by a silica gap of 8-9%. The basic to intermediate dykes have \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT. (i)\' of \'quase igual\' -5 and initial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' of 0.706 to 0.707, falling in a range between the low- and high-Ti Paraná basalts. In contrast, the lamprophyres show \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT.(i)\' between +1 and +2 and inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' around 0.705, which indicate a deeper mantle source with greater proportions of asthenospheric-derivedmelts. The alnoite is highly enriched in radiogenic Pb (\'ANTPOT.206 Pb\'/\'ANTPOT.204 Pb\' = 19.94). All samples lie well above the Northern Hemisphere Reference Line (NHRL) on Pb/Ph plots. Isotope Pb data for basic to intermediate rocks (including some diorite porphyries and diabases from the inland Bairro Alto region), biotite lamprophyres and a trachyte from São Sebastião Island put the DUPAL anomaly in evidence for these rocks; it is not the case with the alnoite and the camptonites/monchiquites. The geochemical data support a distinct input of mantle components in the generation of the basic to intermediate and lamprophyric dykes. Whereas the former seem to be related to the Paraná Basin magmatism, the latter may be associated with an alkaline magmatic event intermediate in age between the intrusion of the basic to intermediate dykes (130 Ma) and that of the syenite complex of São Sebastião Island (80 Ma), as indicated by \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' isochrons.
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Petrologia da Suite Metaultramafica da Sequencia Vulcano-Sedimentar Morro do Ferro na Região de Sul a Oeste de Alpinopolis, MG (Domínio Norte do Complexo Ca...

Szabo, Gergely Andres Julio 07 November 1996 (has links)
A petrologia da Suite Metaultramáfica da Seqüência Vulcano-Sedimentar Morro do Ferro foi investigada em uma área de aproximadamente 550 km2, abrangendo a região de sul a oeste da cidade de Alpinópolis, sudoeste do Estado de Minas Gerais. Os terrenos compreendidos pela Tese pertencem ao Domínio Norte do Complexo Campos Gerais (CCG), que corresponde a uma associação arqueana tipo granito-greenstone belt, incorporada ao extenso sistema de zonas de cisalhamento direcionais/transcorrentes anastomosadas, de evolução contínua/recorrente, conhecido como Zona (Cinturão) de Cisalhamento Campo do Meio, que delinea os contornos do antigo Cráton do Paramirim nestes domínios meridionais do Cráton do São Francisco. Na parte setentrional da área delimitada para estudo, o substrato arqueano, intensamente modificado em episódios tectono-metamórficos sucessivos proterozóicos, é recoberto pela seqüência metassedimentar psamo-pelítica alóctone do(s) Grupo(s) Araxá-Canastra, e pelos metassedimentos autóctones carbonático-pelíticos do Grupo Bambuí, estes também sotopostos à superfície de cisalhamento de baixo ângulo que separa o pacote metassedimentar alóctone do embasamento ortognáissico - migmatítico - granítico com corpos metaultramáficos inclusos. Na área estudada o Domínio Norte do CCG é compartimentado em três Faixas: Faixa Serra do Dondó, a norte, Faixa Córrego das Almas, central, e Faixa Mumbuca, meridional, definidas pelas suas associações litológicas características, e pelas extensas descontinuidades estruturais, de traçado bem marcado na topografia, que as delimitam. Rochas metaultramáficas concentram-se em duas áreas de ocorrência: na Faixa Serra do Dondó, em três corpos maiores, dentre os quais se destaca o corpo principal situado ao longo do vale do Ribeirão da Conquista, a sul de Alpinópolis, além de uma série de corpos menores circunvizinhos, inclusos nos terrenos ortognáissicos - migmatíticos, tonalíticos/granodioríticos cisalhados/remobilizados; e na Faixa Mumbuca, onde a ocorrência principal corresponde a um corpo estreito, alongado, situado no vale do córrego homônimo; e vários corpos lenticulares menores que ocorrem dispersos ao seu redor. O padrão estrutural da área é marcado por zonas de cisalhamento de alto/médio ângulo anastomosadas, de direção geral predominante WNW/ESE, que envolvem núcleos poupados ou menos afetados pelo cisalhamento heterogêneo recorrente. A Suite Metaultramáfica corresponde a um conjunto de rochas de filiação komatiítica, intensamente reorganizado por processos tectono-metamórficos. Texturas spinifex pseudomórficas podem ser ainda reconhecidas em núcleos lenticulares menos deformados da Faixa Serra do Dondó, onde a deformação foi menos pervasiva. Os tipos litológicos menores que acompanham as rochas metaultramáficas são formações ferríferas, metapelitos variados, e anfibolitos, componentes de uma associação vulcano-sedimentar tipo greenstone belt. Dentre as rochas metaultramáficas, predominam os tipos portadores de Ca-anfibólio, que variam de Mg-clorita - tremolita xistos/fels a olivina e/ou ortopiroxênio - hornblenda xistos/fels porfiroblásticos com espinélio e/ou clorita. Tipos ultramáficos menores, serpentinitos e talco xistos/esteatitos, são interpretados como derivados dos tipos portadores de Ca-anfibólio através de modificações metassomáticas ocorridas ao longo das zonas de cisalhamento. As texturas e paragêneses descritas nas amostras metaultramáficas sugerem condições de equilíbrio em mosaico em várias escalas, sobrepondo-se domínios desenvolvidos sob condições progressivamente de grau mais elevado a domínios originados em etapas anteriores, não completamente reequilibrados. Amostras selecionadas foram analisadas para elementos maiores, menores e traço, incluindo Elementos Terras Raras (ETR). Os resultados das análises indicam uma forte mobilidade química para a Suite por inteiro, porém, com base nas razões de elementos incompatíveis menos móveis, Ti, Zr e Sc, foi possível reconhecer um conjunto de amostras com características composicionais primárias, ígneas, menos modificadas, que indicam protólitos komatiíticos de tipo ADK - komatiitos empobrecidos em alumínio, com sugestão de contaminação por crosta continental, reforçada pela existência de cristais de zircão inclusos em amostras com textura spinifex. Os dados geoquímicos sugerem ainda evolução composicional da suite vulcânica, komatiítica, através do fracionamento principalmente de olivina com Fo >= 93, além da existência de um evento de alteração submarina \"a frio\", pré-metamórfica, que alterou principalmente os padrões de ETR, de maneira característica. A evolução metamórfica da Suite Metaultramáfica é modelada com base em três Estádios Metamórficos: o Precoce, que define a Paragênese fundamental Mg-clorita - tremolita/actinolita, o Progressivo Principal, no qual se desenvolvem os porfiroblastos de ortopiroxênio e olivina, sobre uma matriz definida, predominantemente, pela Mg-hornblenda, e o Tardio de Baixo Grau, que inclui as transformações metassomáticas que conduzem à serpentinização e talcificação generalizadas. As modificações metamórficas do Estádio Progressivo estão vinculadas às variações composicionais verificadas em Mg- cloritas e Ca-anfibólios com o incremento do grau metamórfico. O enriquecimento progressivo em Al das cloritas resulta na blastese de olivina e antofilita nas etapas iniciais do metamorfismo progressivo. A quebra final da clorita, definida pela reação Mg-Clorita <-> Olivina + Ortopitoxênio + Espinélio + H2O, ocorre quando o conteúdo em Al alcança valores de (x)Al ~ 1,2. O enriquecimento concomitante em Al dos Ca-anfibólios, através das substituições combinadas tschermakíticas e edeníticas, modifica as relações de fase definidas pelo processo de quebra final da clorita, conduzindo, nos casos em que as substituições ocorrem em proporções próximas à pargasítica, ao consumo da olivina pela blastese do ortopiroxênio, e ao consumo do espinélio, através da incorporação do componente aluminoso ao anfibólio. / A petrological study of the Metaultramafic Suite belonging to the Morro do Ferro Meta-Volcano-Sedimentary Sequence was undertaken in an area covering approximately 550 km2, from the south to the west of Alpinópolis town, southwestern Minas Gerais State, Brasil. The terrains belong to the Northern Domain of the Campos Gerais Complex (CGC), an archean granite-greenstone belt type association incorporated into the extensive, anastomosing shearzone system, known as the Campo do Meio Shear Zone, which deliniates the contours of the more ancient Paramirim Craton in these meridional domains of the Brasiliano São Francisco Craton. ln the northern part of the area, the archean substrate, intensively modified by succesive tectono-thermal proterozoic episodes, is recovered by the allochtonous psamopelitic metassedimentary sequence of the Araxá-Canastra Group(s), and by the autochtonous carbonatic-pelitic metassediments of the Bambuí Group, which is also overlain by the low-angle shear zone through which the allochtonous sequence was carried from west to east over the orthognaissic - granitic basement that includes the ultramafic bodies. The Northern Domain of the CGC is subdivided into three sub-areas in the investigated area: Serra do Dondó sub-area, to the north, Córrego das Almas sub-area, in the central part, and Mumbuca sub-area, to the south, defined through the characteristic lithological association of each, and by the large structural discontinuities, well marked in the topography, which delimitate them. Ultramafic rocks are concentrated in two main occurences. ln the Serra do Dondó sub-area, as three large bodies, of which the largest one is that cut by the Ribeirão da Conquista, to the south of Alpinópolis, apart from a series of smaller, lenticular bodies intercalated in the surrounding tonalitic to granodioritic, sheared and remobilized orthogneissic - migmatitic terrains. ln the Mumbuca sub-area, the main ultramafic occurrence is represented by a thin, elongate body, located in the Mumbuca Stream valley. Various lenticular, smaller bodies occur in the surroundings. The structural pattern of the area is made up by high to intermediate dip, anastomosing, largely WNW/ESE oriented shear zones, which envelope nucleii preserved from the recurrent heterogeneous shearing, like tonalitic remnants in the Serra do Dondó and Córrego das Almas sub-areas. The Metaultramafic Suite is made up of a set of rocks of komatiitic origin, intensively modified by tectono-metamorphic processes. Pseudomorphic spinifex textures can still be recognised in lenticular nucleii preserved from deformation in the less pervasively sheared Serra do Dondó sub-area. The lesser rock types associated to the metaultramafic rocks are iron formations, metapelites, and amphibolites, identified as belonging to a greenstone belt type volcano-sedimentary association. Among the metaultramafic rocks, Ca-amphibole - bearing types predominate, with variations from Mg-chlorite schists and fels to green spinel and/or chlorite-bearing, porphiroblastic olivine and/or orthopyroxene - hornblende schists and fels. Lesser ultramafic rock types, like serpentinites and talc schists, are considered to be originated from the Ca-amphibole bearing rocks through metassomatic modifications along the shear-zones. The textures and paragenetic associations of the ultramafic samples are indicative of mosaic equilibrium in various scales, with domains developed under progressively higher metamorphic grade overprinting those originated in previous stages, not completely reequilibrated. Selected samples were analysed for major, minor and trace elements, including Rare Earth Elements (REE). The results indicate a strong chemical remobilization for the Suite as a whole, yet with the help of less mobile incompatible element ratios, like Ti, Zr and Sc, it was possible to identify a set of samples with less intensively modified primary, igneous chemical characteristics, which point towards ADK - Aluminium Depleted Komatiitic protolithes, possibly with continental crust contaminations to some degree, as suggested also by zircon crystals found in some spinifex-textured rocks. The chemical data also suggest a compositional evolution for the komatiitic suite mainly throgh the fractionation of an olivine with Fo content >= 93, as well as a pre-metamorphic, \"cold\" submarine weathering event, which altered mainly the REE patterns in a characteristic fashion. The metamorphic evolution of the Metaultramafic Suite is modeled through three Metamorphic Stages: the Precocious, during which the Mg-chlorite - Ca-amphibole fundamental paragenesis were developed, the Main Progressive, when the olivine and/or orthopyroxene porphyroblasts developed over a matrix made up mainly by Mg-hornblende, and the Late Lower Grade, which includes the metassomatic processes responsible for the widespread serpentinization and talcification. The metamorfic changes of the Main Progressive Stage are ascribed to the compositional variations in Mg-chlorites and Ca-amphiboles with increasing metamorhic grade. The progressive Al-enrichment in chlorites leads to the growth of olivine and anthophyllite at the beginning of the progressive metamorphism. The final breakdown of chlorite, through the reaction Mg-Chlorite <-> Olivine + Orthopyroxene + Spinel + H2O, occurs when its Al content reaches the (x)Al ~ 1,2 value. The concurrent Al-enrichment of the Ca-amphiboles, through combined tschermakitic and edenitic substitutions, modifies the phase-relations brought about by chlorite breakdown, leading, when substitutions in the Ca-amphiboles occur in close to pargasitic ratios, to olivine consumption through orthopyroxene growth, and spinel consumption, when its aluminian component is incorporated by the amphiboles.
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Análise geométrica e cinemática dos metassedimentos da Klippe de Ijaci, Sul de Minas Gerais

Dehler, Nolan Maia 18 June 1996 (has links)
O presente trabalho foi desenvolvido na região de Ijaci, sul do estado de Minas Gerais, enfatizando a análise estrutural (geométrica e cinemática) e microtectônica, de rochas metassedimentares correlacionáveis ao Grupo São João Del Rei, na região. Para tanto realizou-se mapeamento geológico-estrutural na escala de detalhe (1:25000). Foram separados dois domínios litoestruturais na área estudada: o domínio do embasamento, composto por ortognaisses graníticos a granodioríticos com graus variados de gnaissificação, caracterizado por uma foliação tectônica de direção E-W e mergulhos íngremes para sul ou para norte; e o domínio da cobertura metassedimentar, composta por mármores na base, com intercalações de níveis ou lentes de rochas metapelíticas, e, no topo, por uma sequência estratificada de quartzitos micáceos e muscovita-clorita filitos, localmente grafitosos. A pirita está presente como porfiroblastos por toda e sequência metassedimentar, e os mármores são localmente ricos em H2S. A cobertura metassedimentar é caracterizada por uma foliação tectônica principal, com caimento suave, predominantemente para sul. Associados à foliação principal ocorre uma lineação de estiramento-mineral de mergulho (dip), ou levemente oblíqua, e indicadores cinemáticos, como pares de foliações S-C, dobras consistentemente assimétricas e dobras em bainha, indicando conjuntamente um transporte tectônico para NNW. A presença destas estruturas demonstra a natureza não-coaxial da deformação cisalhante, associada à geração da foliação principal. A ausência deste estilo estrutural nas rochas do embasamento, juntamente com a diferença de ductibilidade entre os dois domínios litoestruturais e as estruturas acima descritas, sugere uma aloctonia das rochas da cobertura. A paragênese das foliações S-C, constituída por muscovita + clorita + biotita + quartzo nos metapelitos, indicam que ambas as foliações foram originadas sob as mesmas condições de P e T, características do fácies xisto-verde, zona da biotita. Num estágio tardio, mas ainda associado à fase de deformação principal, desenvolveram-se dobras assimétricas, com vergência para norte e eixos de direção E-W e WSW-ENE, e provavelmente planos de cisalhamento rúpteis, subparalelos à foliação principal, associados ao crescimento de fibras, indicando mesma vergência da tectônica dúctil. Posteriormente ao desenvolvimento das dobras E-W, houve a instalação de planos de cisalhamento discretos (shear bands), com assimetria indicando uma movimentação extensional. Estes planos, assim como as demais estruturas previamente formadas, foram afetadas por dobras suaves, com eixos na direção N-S e com mergulhos suaves para sul. Outras estruturas, provavelmente as mais jovens encontradas na área estudada, são zonas de cisalhamento rúpteis-dúcteis, nas direções E-W e NNE, associadas à reativações de direções estruturais mais antigas, presentes nas rochas do embasamento. Estas estruturas provavelmente tiveram um importância fundamental na preservação dos metassedimentos estudados. A fase de deformação principal observada nas rochas da cobertura, não envolveu as rochas do embasamento, sugerindo que as rochas da cobertura tenham sofrido uma deformação do tipo epidérmica (thinn skin), localizando assim a região, do ponto de vista geotectônico, na zona externa do orógeno, cuja parte mais interna estaria a sul. / The present work was undertaken in the Ijaci region, southern Minas Gerais state, and involved geological maping, emphasizing geometric and kinematic analysis of the structures in the meta-sedimentary cover. Two litostructural domains were distinguished: the basement domain, composed by granitic and granodioritic orthogneisses, with a steep plunging EW tectonic foliation; and the meta-sedimentary cover domain, composed by marbles at the base, and pelites and quartzites at the top. The meta-sedimentary cover is characterized by a sub-horizontal tectonic foliation, that plunges gentlly to the south. In the plane of tectonic foliation of the metasediments, a down plunge mineral-streching lineation was recognized with shear sense indicators, such as S-C foliations planes, assymetrical folds and sheath folds, that indicates top to NNW sense of shear. Microtectonic data suggest that the S and C foliation planes formed at the same time, under greenschist metamorphic conditions ( biotite zone ). This structural style is absent from in the basement rocks. This fact and the ductility contrast between the two lithostructural domains suggest a allocthonous character for the meta-sedimentary cover. In the late stage of the compressive evolution, folds with sub-horizontal hinge lines, plunging to the WSW direction were developed. After the compressive evolution, conjugated assymetrical extensional shear bands, with NE-SW general trend, and open folds, with hinge lines plunging gently to the south were developed. Probably the youngest structures observed in the cover are ductil-ruptil shear zones, subparallel to the old structural trend of the basement domain. Finally, it is concluded that the meta-sedimentary cover forms a klippe, and that it was affected by thin-skin tectonics, with thrust movements vergent to the foreland. Hence, the studied rocks may be localized in the extemal parts of a orogen, with internal parts localized in the south.
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Geologia e petrologia dos granitóides de Morungaba/SP

Vlach, Silvio Roberto Farias 20 May 1993 (has links)
Os granitóides de Morungaba (biotita granitos predominantes, dioritos muito subordinados) afloram na região de Morungaba, leste do Estado de São Paulo, por uma área com cerca de 330 km2, ao longo de uma faixa (~ 15 x 35 km2) com orientação NNE. São intrusivos em seqüências orto- e parametamórficas de idades meso- a neoproterozóicas da Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé, ao Sul, e da Faixa Alto Rio Grande, ao Norte. Foram mapeados com critérios faciológicos em escalas 1:50.000 e 1:10.000. Sete unidades estatigráficas constituídas por algumas associações petrográficas principais são reconhecidas e caracterizadas pela suas variabilidades petrográficas e pelos seus mecanismos de colocação. Estas unidades marcam parte importante do magmatismo brasiliano tardi- a posorogênico do Cinturão ltu, no período entre 610 e 590 (\'+OU-\' 20) Ma, cerca de 10-50 Ma após o magmatismo sinorogênico regional. A primeira associação apresenta em geral fácies equigranulares cinzentas (moderadamente) peraluminosas (biotita \'+OU-\' muscovita \'+OU-\' granada \'+OU-\' ilmenita \'+OU-\' magnetita), com %Si\'O IND. 2\' entre 70 e 75, proporções constantes entre os minerais félsicos e baixas suscetibilidades magnéticas (k < 0,2. \'10POT.-3\' emu). As outras duas incluem rochas róseas marginalmente peraluminosas (biotita \'+OU-\' hornblenda \'+OU-\' titanita \'+OU-\' magnetita \'+OU-\' ilmenita \'+OU-\' allanita \'+OU-\' muscovita) com \'k IND. S\' moderadas a baixas [0,0 - 2,0 (.\'10POT.-3\') emu]; em uma delas, a mais félsica (69< %Si\'O IND. 2\' <77), predominam as rochas equigranulares pouco expandidas; na outra aparecem rochas microporfiríticas, porfiríticas e porfiróides, com %Si\'O IND. 2\' entre 64 e 75, moderadamente expandidas, cujos termos mais máficos contêm hornblenda. Na área setentrional, a unidade mais antiga é o Plúton Areia Branca, com forma irregular a alongada; apresenta corpos concordantes de (leuco) monzogranitos peraluminosos, as fácies mais máficas aflorando em zonas marginais. O Complexo Ouro Verde é formado por inúmeros corpos laminares alongados a curvilaminares NW-W/E-NE ou mais irregulares, intercalados concordantemente com as rochas encaixantes; tem forma irregular a alongada NE-NNE; inclui por um lado, monzogranitos peraluminosos e, pelo outro, quartzo monzodioritos, quartzo monzonitos, monzo- e sienogranitos microporfiríticos e porfiríticos marginalmente peraluminosos, os porfiríticos seguramente mais jovens que o Plúton Areia Branca. As duas unidades mostram estruturas pré-cristalização total, às quais podem se sobrepor deformação plástica variável. São sin- a tardicinemáticas e a sua colocação, ora mais permissiva ora mais forçada, foi controlada por movimentos dextrais na Zona de Cisalhamento Monte Sião. Para sudoeste aflora o Plúton Jaguari, a unidade mais nova e a maior desta área, alongado na direção NNE; sua forma é a de um funil assimétrico, com superposição de diques semianelares e corpos irregulares mais jovens. Predominam granodioritos, quartzo monzonitos, monzo- e sienogranitos porfiríticos e porfiróides marginalmente peraluminosos. Os corpos magmáticos são discordantes e invadiram sob influência de movimentos dextrais na Zonas de cisalhamento Monte Sião e Campinas-Pedreira; os mais antigos se colocaram de modo relativamente mais forçado, os mais jovens de modo mais permissivo, associado à stoping e/ou abatimento e a zonas transtensionais. Na área meridional, as associações mais antigas são as das Ocorrências Meridionais, formadas por corpos lenticulares a irregulares de leucomonzogranitos peraluminosos, orientados N-S e NNE, e por variedades híbridas, repartidas irregularmente. Estas rochas são, em parte, teto para os plútons meridionais (Plútons Meridional, Oriental e Itatiba) mais jovens e discordantes. Estes úItimos contêm monzogranitos, com quartzo monzonitos e sienogranitos subordinados, equigranulares a inequigranulares, marginalmente peraluminosos, e são mais jovens que as rochas mais antigas do Plúton Jaguari. O Plúton Meridional, o principal, tem forma quadrangular irregular a lobada para sul e mostra típico zoneamento assimétrico e irregular. O Plúton Oriental, com leve zoneamento irregular parcial é alongado NNE e o Plúton ltatiba, o menor deles, situado a sudeste, apresenta zoneamento concêntrico irregular. Os plútons maiores se colocaram por mecanismos de stoping e subsidência, talvez associados a zonas transtensionais criadas por movimentos sinistrais na Zona de Cisalhamento Campinas-Pedreira. Os quartzo dioritos e quartzo monzodioritos, com granulações e texturas variadas, afloram em pequenos corpos irregulares, diques e enclaves, mais associados aos granitóides mais jovens do Plúton Jaguari, aos leucomonzogranitos das Ocorrências Meridionais e aos granitoides marginais mais antigos do Plúton Meridional. Nos primeiros casos, rochas de natureza híbrida são comuns. Os principais corpos dioríticos invadiram sincronicamente às atividades magmáticas finais e iniciais nas áreas setentrionais e meridionais, respectivamente. Diques contemporâneos ou pouco mais jovens monzograníticos (predominantes) e dioríticos (subordinados) são comuns nas áreas centro-oeste e sudoeste (com enxames orientados N-S/NNE e NW, respectivamente). Representam, em grande parte, o final do magmatismo Morungaba e se colocaram em zonas distensivas que cortam as outras unidades, geradas por movimentação sinistral na Zona de Cisalhamento Campinas-Pedreira. As associações porfiríticas são álcali-cálcicas potássicas, enriquecidas em elementos LIL, com razões LIL/HSF relativamente altas, padrões fracionados de ETR e anomalias negativas pequenas a moderadas de Eu. Os granitóides meridionais marginalmente peraluminosos apresentam afinidades alcalinas, com teores mais baixos em K e algo mais elevados em Na; o fracionamento dos ETR é mais moderado e as anomalias de Eu são mais marcadas. Parte das variedades ocidentais mais félsicas do Plúton Jaguari lhes são similares. Em cada associação, as rochas progressivamente mais máficas são mais ricas em elementos LIL e ETR, com anomalias negativas menos expressivas de Eu. Os monzogranitos peraluminosos apresentam fracionamento moderado de ETR e anomalias negativas acentuadas de Eu. Os quartzo monzodioritos têm similaridades químicas com os granitóides potássicos. A evolução magmática nas principais unidades resulta da combinação de mecanismos de ascenção e colocação de magmas e de cristalização fracionada modal e não modal, destacando-se os mecanismos de mistura e/ou desmistura entre Iíquidos e sólidos, diferenciação por fluxo e cristalização in situ. As variedades híbridas são originadas através da mistura de magmas e/ou de mushes dioríticos e graníticos diferenciados. A cristalização final dos magmas de Morungaba ocorreu sob pressões litostáticas entre 2,0 e 3,0 kbar. As rochas dioríticas e as graníticas marginalmente peraluminosas foram formadas em ambientes oxidantes, com \'delta maiúsculo\'\'IND. NNO(740)\' ~2,0(+1,0 -0,5), com progressivo aumento da ?\'O IND. 2\' e da ? \'IND. H 2O\' com a diminuição de temperatura. Os monzogranitos peraluminosos representam ambientes mais redutores, com \'delta maiúsculo\'\'IND. NNO(670)\' ~0,0 (\'+OU-\' 1,0), a ?\'IND. H2O\' aumentando nas rochas mais félsicas. As temperaturas de saturação para Zr sugerem magmas parentais predominantemente liquidus. Nas rochas graníticas, as relações entre a ?\'IND. H2O\' e a ?\'IND.HF\' se mantiveram no intervalo entre 10 \'POT. 3,2\' e 10\'POT. 4,0\'. As características geoquímicas destas rochas refletem a combinação de fatores herdados das rochas-fonte e adquiridos durante a geração e a cristalização dos respectivos magmas. A gênese dos magmas das rochas potássicas e alcalinas é relacionado a um evento maior de underplating, formado por injeções sucessivas de magmas básico-intermediários oxidados, provenientes de manto litosférico heterogêneo, com diferentes graus de enriquecimento e evolução isotópica. A fusão da parte menos enriquecida deste manto, gerou o magmatismo diorítico de Morungaba com razões (\'ANTPOT.87\'Sr/\'ANTPOT.86\'Sr)\'IND.0\' entre 0,7060 e 0,707 e \'épsilon\'\'IND.Nd(CHUR)\' ~-12,5. As associações petrográficas alcalinas ((\'ANTPOT.87 Sr/\'ANTPOT.86\'Sr)\'IND.0\' entre 0,70-0,707; \'épsilon\'\'IND.Nd(CHUR) entre -13,0 e -10,0) derivam de fontes infracrustais ígneas em fácies granulito, submetidas à fusão por influência destes magmas dioríticos. As rochas potássicas ((\'ANTPOT.87 Sr e \'ANTPOT.86\'Sr) \'IND.0\' entre 0,7070 e 0,7080; \'épsilon\'\'IND. Nd(CHUR)\' entre -14,0 e -13,0) são, provavelmente, originadas da cristalização de magmas básico-intermediários pouco mais antigos e algo mais evoluídos isotopicamente, contaminados por materiais ígneos infracrustais. As associações petrográficas peraluminosas foram derivadas a partir de magmas gerados em ambientes cata- a mesozonais (fácies anfibolito) por fusão parcial de sequências (leuco) meta-tonalíticas a meta-granodioríticas. As idades modelo Sm/Nd sugerem diferentes eventos de reorganização geoquímica na litosfera. Postula-se, em uma primeira etapa, a formação de crosta tonalítica-granodiorítica, a rocha-fonte para as fácies peraluminosas (há cerca de 2,3 Ga). Uma segunda etapa, mais jovem (~2,0 Ga), seria marcada por extenso underplating básico-intermediário, que teria gerado os materiais-fonte para as rochas alcalinas, com paralelo (?) enriquecimento do manto litosférico em elementos LIL. Este manto, heterogeneamente enriquecido, foi a fonte predominante para as rochas dioríticas e teve participação significativa na gênese dos granitóides potássicos. O magmatismo álcali-cálcico e a sua passagem para o magmatismo alcalino marcariam, respectivamente, uma transição relativamente rápida entre os períodos sin- a tardiorogênico e tardi- a posorogênico na região leste do Estado de São Paulo. Estes fenômenos são interpretados como respostas à evolução do manto litosférico e conseqüente estiramento litosférico regional, provocando a fusão de materiais-fontes progressivamente menos férteis. / The Morungaba granitoids crop out in the Morungaba region, eastern part of the State of São Paulo, southeastern Brazil as an irregular-elongated NNE belt (appr. 15 x 35 km2), covering about 330 km2. The rocks intruded into Meso- to Neoproterozoic ortho- and parametamorphic sequences belonging, in the southern area, to the Socorro-Guaxupé Nappe and, to the north, to the Alto Rio Grande Belt. Detailed mapping was performed using 1:50.000 and 1:10.000 scales. Seven intrusive stratigraphic units were recognized, constituted by some petrographic associations, each with distinct petrographic ranges and intrusion styles. The units are important constituents of the Late- to postorogenic Brasiliano magmatism of the regional granitoid Itu Belt, with intrusion ages around 610 to 590 (\'+OU-\' 20) Ma, postdating by about 10 to 50 Ma the earlier sinorogenic events. The first association presents grey equigranular, moderately peraluminous, granitoids (with biotite (\'+OU-\' muscovite \'+OU-\' garnet \'+OU-\' ilmenite \'+OU-\' magnetite), with a Si\'O IND. 2\' range of 70-75%, little variation in proportions of felsic minerals, and low magnetic susceptibilities (k < 0,2 . \'10PONT.-3\' emu). The other two associations, include mostly pink, metaluminous to peraluminous ( marginally peraluminous) granitoids (with biotite \'+OU-\' hornblende \'+OU-\' sphene \'+OU-\' magnetite \'+OU-\' ilmenite \'+OU-\' allanite \'+OU-\' muscovite), both showing low to moderate k values [0,0 - 2,0 (.\'10PONT.-3\' emu)]; one of them, mostly with equigranular, more felsic varieties (Si\'O IND. 2\' about 69-77%), shows litle modal variation, while the other is mainly constituted by more varied, microporphyritic to porphyroid granitoids (Si\'O IND. 2\' between 64-75%) with hornblende present in the more mafic members. In the northern area, the oldest unit is the Areia Branca Pluton, irregular to elongated, made up of concordant intrusions of zoned peraluminous leucomonzogranites (more mafic facies located at the outside). The Ouro Verde Complex, also irregular to elongated to the NE-NNE, presents many elongated granitic laminar bodies (oriented NW-W to E-NE) concordantly interleaved with country rocks; the granites of the complex are, on the one hand, peraluminous monzogranites and on the other hand an assorted set of marginally peraluminous granitoids (quartz monzodiorites and monzonites; monzo- and syenogranites); the last set is younger than the rocks of the Areia Branca pluton. Both the cited units present pre-crystallization structures, sometimes overprinted by later plastic deformation; they intruded in a sin- to latekinematic (\"forceful\" to \"permissive\") regime and their emplacement was apparently controlled by dextral movements of the Monte Sião shear-zone. To the SW of these units, the Jaguari Pluton is found, the youngest and largest intrusion in this area, elongated to the NNE. The pluton shows the form of an asymmetric funnel, cut by ring dikes and irregular bodies. Its main granitoids are marginally peraluminous porphyritic to porphyroid granodiorites, quartz monzonites and monzo- and syenogranites. The individual bodies are discordant and were emplaced on account of dextral displacement of the Monte Sião and Campinas-Pedreira shear zones, the earliest ones under the influence of more forceful regime, the youngest ones more permissively with several evidences of marginal stoping and local or regional block foundering. In the southern region, the oldest association are that present in the Southern Occurrences, made up of lenticular to irregular bodies, oriented N-S to NNE, of peraluminous leucomonzogranites and hybrid rocks, the last ones with more irregular distribution. These rocks are in part roof rocks for the younger and discordant southern intrusions (Meridional, Oriental and Itatiba Plutons). These plutons are constituted by predominant monzogranites, with subordinate quartz monzonites and syenogranites, marginally peraluminous, equigranular to inequigranular rocks, and younger than the older rocks of the Jaguari Pluton. The main occurrence is the Meridional Pluton, with a squarish to irregular outline and southern lobate projections; it shows irregular to asymmetric zonation. The slightly zoned Oriental Pluton is somewhat elongated to the NNE, while the Itatiba occurrence, also showing a concentric zoning, is the smallest of the three. The largest pluton of this area invaded permissively by means of stoping and subsidence of country rocks, perhaps related to transtencional zones created by sinistral movements of the Campinas-Pedreira shear zone. Quartz diorites and quartz monzodiorites, presenting variyng grain sizes and textures, are observed as enclaves, dikes and smaller irregular occurrences, more so in the younger granitois of the Jaguari Pluton, within the leucomonzogranites of the Southern Occurences more so in the younger granitos of the Jaguri Pluton, within the leucomonzogranites of the southern Occurences (where hybrid rocks are commmon), and in the older border granitoids of the Meridional Pluton. The main diorite occurrences are contemporaneous with the initial southern magmatic intrusions and with the waning stages of the northern magmatism. Contemporaneous or somewhat younger monzogranitic predominant and subordinate dioritic dike swarms are frequently observed in the central-western and SW parts of the district, repectively oriented to the N-S/NNE and to the NW. They represent the last events of the Morungaba magmatism ad were emplaced within extensional fractures created by sinistral movement of the Campinas-Pedreira shear zone. All porphyritic rock associations are alkali-calcic, potassic, with enrichment in LIL elements ad relatively high LIL/HFS elemental ratios, also showing fractionated REE patterns and small to moderate negative Eu anomalies. The marginally peraluminous southern granitoids present alkaline affinities, with lower K and higher Na values; REE fractionation is moderate, with increased negative Eu anomalies. Some of the more felsic facies of the Jaguari Pluton are chemically similar. In each rock association, the more mafic members are more REE enriched, with lesser marked Eu anomalies. The quartz diorites are chemically similar to the potassic granitoids. Magmatic evolution in the principal units results from a combination of several mechanisms, involving ascent and emplacement of magmas together with fractional (modal and non-modal) crystallization. The hybrid facies form by mixing of dioritic and differentiated granitic magmas or mushes. The final crystallization of the Morungaba magmas took place under pressures of 2 to 3 kbar. The diorites and the marginally peraluminous granites crystallized in an oxidizing environment, at \'(delta) IND. NNO(740)\' = 2,0 (+ 1,0, -0,5), with a progressive increase in ?\' IND. O2\', and ?\' IND. H2O\' as temperature decreased. The peraluminous monzogranites were formed under more reducing conditions \'delta IND. NNO(670)\' = 0 (\'+OU-\' 1), the Areia Branca Pluton showing decreasing ?\'O IND. 2\' in the more felsic rocks. The Zr saturation temperatures suggest that the corresponding magmas were probably largely liquid. In the granites, the ?\' IND. H2O\'/ ? \'IND. HF\' ratios remained between \'10 POT. 3,2\' and \'10 POT. 4,0\'. The main geochemical features of these rocks are a conbination of original source characteristics and those acquired during the melting episode and subsequent evolution. The generation of the more potassic and alkaline magmas is attributed to a major underplating event caused by successive intrusions of oxidized basic-intermediate magma, realeased from a heterogeneous Iithospheric mantle showing different degrees of enrichment and of isotopic evolution. The less enriched portion of this mantle (\'ANTPOT. 87 Sr/\'ANTPOT. 86 Sr\' between 0,7060 and 0,7070; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' ~-12,5) was the source for the dioritic magmatism. The alkaline associations were derived from lower crustal granulitic layers of igneous orign ((\'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\'\')IND. 0\' between 0,7070; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' between -13 and -10), during a melting episode triggered by the basic-intermediate magmas. The potassic rocks ((\'ANTPOT. 87Sr\'/\'ANTPOT. 86Sr\'\')IND. 0\' between 0,7070 and 0,7080; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' between ~-14 and -13) and were probably formed by crystallization of somewhat and isotopically evolved basic-intermediate magamas, contamined by crustal material. The peraluminous associations were generated by melting of amphibolite-facies cata-to mesozonal crustal igneous rocks, representing the metamorphic equivalents of tonalites and granodiorites. The Sm/Nd model ages indicate at least two events of lithospheric geochemical reorganization. At about 2,3 Ga, a tonalitic-granodioritic crust was formed, later on converted into the source rocks for the peraluminous Morungaba granites. A second stage occurred at about 2,0 Ga, with extensive underplating by basic-intermediate materials and simultaneous enrichment of the lithospheric mantle in LIL elements, wich was the main source rocks for the alkaline and (in part) the potassic Morungaba sequences. The alkali-calcic Morungaba magmatism marks the transition between the sin-to lateorogenic stages, and the alkaline granite intrusions determine the postorogenic Brasiliano phase in the eastern State of São Paulo. These geologic phenomena are interpreted as a response to the evolution of the lithospheric mantle, coupled with a regional lithospheric stretching and melting of progressively less fertile source rocks.
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Tectônica proterozóica no alto e médio Vale do Ribeira, estados de São Paulo e Paraná

Campanha, Ginaldo Ademar da Cruz 10 March 1992 (has links)
Foi estudada uma área-chave no Vale do Ribeira para a compreensão da estratigrafia e tectônica das seqüências de rochas supracrustais de idade proterozóica aflorantes na região, e também para a correlação entre as unidades estratigráficas definidas nos estados de São Paulo e Paraná. Procurou-se integrar dados estruturais, estratigráficos, metamórficos, petroquímicos e geocronológicos dentro de modelos de evolução tectônica para a região. A área escolhida corta as principais estruturas geológicas regionais, abrangendo as cidades de Apiaí , Iporanga e Barra do Turvo. Além de compilação e integração geológicas regionais, desenvolveu-se integração e complementação de mapeamentos geológicos em semidetalhe já existentes, e estudos de detalhe em sub-áreas selecionadas. Foram realizados estudos específicos de análise estrutural de rochas metamórficas polideformadas, análise de orientação, análise de deformação, petrografia, recomposição da macroestrutura e da estratigrafia original, petrografia, petroquímica de rochas básicas, e análises geocronológicas pelo método isocrônico Rb/Sr. / A Key area in the Vale do Ribeira region has been studied with the purpose of understanding the stratigraphy and tectonics printed on its Proterozoic supracrustal rock units, and to correlated them to the stratigraphic units previously defined in the neighboring regions of São Paulo and Paraná. Structural, stratigraphic, petrochemical, metamorphic and geochronological data were integrated within the accepted models of tectonic evolution for the region. The choose area crosscut the main regional structures, comprehending Apiaí, Iporanga and Barra do Turvo towns. Besides compilation and integration of regional geological data, completion and integration of existing semidetail geological maps and detail studies has been made. Specific studies include structural analysis of multideformed rocks (morphologic, orientation and strain analysis), restoration of the macroscopic structure and original stratigraphy, petrography, petrochemical analysis of basic rocks, and Rb/Sr geochronological analysis.
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Prospecção litogeoquímica na mina do Perau, Paraná

Macedo, Arlei Benedito 28 April 1987 (has links)
A jazida do Perau situa-se no município de Adrianópolis, 30 km a Sul da divisa São Paulo-Paraná. Consiste de galena, pirita, calcopirita e blenda como minerais de minério principais, com uma reserva inferida de 1,9 milhões de toneladas de minério, com 4% de Pb, 2% de Zn e 85 g/t de Ag, além de uma mineralização associada de 830.000 t de minério com 2% de Cobre. O corpo de minério de chumbo está encaixado em rochas calciossilicáticas, estando estas assentadas sobre quartzitos e cobertas por xistos com intercalações de anfibolitos, compondo todo este conjunto a formação do Perau do Grupo Setuva, que se encontra sobreposta a xistos e gnaisses do embasamento pré-Setuva. O minério apresenta zoneamento, com aumento de Zn para NW, de Pb, Ag e Au para SE e de cobre para NE, revelados por análise de superfícies de tendência. O halo geoquímico em rocha, estudado por gráficos teor-distância à mineralização, análise de agrupamentos, regressão múltipla e análise discriminante, mostra forte enriquecimento, com a proximidade da mineralização, dos teores de La, B, e Cu na lapa e de Pb, B, Mg, Cu e K na capa, e forte empobrecimento de Co e Sn na lapa e de Sn, Zn, Be, Ni, Cr, e Mo na capa. O comportamento dos elementos e o controle estratigráfico e estrutural da jazida reforçam a interpretação da sua gênese como sedimentar-exalativa. O halo secundário da mineralização em solo é expresso nos teores de Cu, Pb, e Zn. O custo de detecção do halo em solo e rocha é aproximadamente o mesmo, sendo recomendada a coleta de amostras de rocha em perfis perpendiculares às estruturas principais, com espaçamento entre amostras de 100 m, integrada a levantamento geológico. Devem ser analisados pelo menos Cu, Pb, Zn, B, Mg, K, Fe, Mn e Ca. / The Perau deposit is located in Adrianopolis township, 30 km south of the São Paulo-Paraná border. The ore is mainIy composed by galena, pyrite, chalcopyrite and sphalerite and has an inferred reserve of 1.9 million metric tons, with 4 % Pb, 2% Zn and, 85 g/t Ag, and an associated copper deposit with 830 000 metric tons of ore with 2% Cu. The stratabound orebody is intercalated in calc-silicatic rocks, inderlain by quartzites and overlain by mica-schist with intercalations of amphibolites, this sequence forming the Perau formation of Setuva group, underlain by pre-Setuva schists and gneisses. The orebody displays zoning, revealed by trend surface analysis, with Zn increasing to NW, Pb, Ag and Au to SE and Cu to NE. The geochemical halo in rock was studied by concentration-distance to ore diagrams, cluster analysis, multiple regression and discriminant analysis. At short distances to ore there is strong enrichment of La, B, and Cu in footwall rocks and Pb, B, Mg, Cu and K in hangingwall rocks. The behavior of chemical elements and the stratigraphical and structural controls of the deposit support the sedimentary-exhalative origin. The secondary halo in soils is expressed in Cu, Pb and Zn concentrations. The cost of detection of the halo in rocks and soils is nearly the same for the two sampling media. The sampling of rocks in traverses perpendicular to the main structures, with sample spacing of 100 m, integrated with geological survey, and analysis for Cu, Pb, Zn, B, Mg, K, Fe, Mn and Ca are recommended.
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Análise geométrica e cinemática dos metassedimentos da Klippe de Ijaci, Sul de Minas Gerais

Nolan Maia Dehler 18 June 1996 (has links)
O presente trabalho foi desenvolvido na região de Ijaci, sul do estado de Minas Gerais, enfatizando a análise estrutural (geométrica e cinemática) e microtectônica, de rochas metassedimentares correlacionáveis ao Grupo São João Del Rei, na região. Para tanto realizou-se mapeamento geológico-estrutural na escala de detalhe (1:25000). Foram separados dois domínios litoestruturais na área estudada: o domínio do embasamento, composto por ortognaisses graníticos a granodioríticos com graus variados de gnaissificação, caracterizado por uma foliação tectônica de direção E-W e mergulhos íngremes para sul ou para norte; e o domínio da cobertura metassedimentar, composta por mármores na base, com intercalações de níveis ou lentes de rochas metapelíticas, e, no topo, por uma sequência estratificada de quartzitos micáceos e muscovita-clorita filitos, localmente grafitosos. A pirita está presente como porfiroblastos por toda e sequência metassedimentar, e os mármores são localmente ricos em H2S. A cobertura metassedimentar é caracterizada por uma foliação tectônica principal, com caimento suave, predominantemente para sul. Associados à foliação principal ocorre uma lineação de estiramento-mineral de mergulho (dip), ou levemente oblíqua, e indicadores cinemáticos, como pares de foliações S-C, dobras consistentemente assimétricas e dobras em bainha, indicando conjuntamente um transporte tectônico para NNW. A presença destas estruturas demonstra a natureza não-coaxial da deformação cisalhante, associada à geração da foliação principal. A ausência deste estilo estrutural nas rochas do embasamento, juntamente com a diferença de ductibilidade entre os dois domínios litoestruturais e as estruturas acima descritas, sugere uma aloctonia das rochas da cobertura. A paragênese das foliações S-C, constituída por muscovita + clorita + biotita + quartzo nos metapelitos, indicam que ambas as foliações foram originadas sob as mesmas condições de P e T, características do fácies xisto-verde, zona da biotita. Num estágio tardio, mas ainda associado à fase de deformação principal, desenvolveram-se dobras assimétricas, com vergência para norte e eixos de direção E-W e WSW-ENE, e provavelmente planos de cisalhamento rúpteis, subparalelos à foliação principal, associados ao crescimento de fibras, indicando mesma vergência da tectônica dúctil. Posteriormente ao desenvolvimento das dobras E-W, houve a instalação de planos de cisalhamento discretos (shear bands), com assimetria indicando uma movimentação extensional. Estes planos, assim como as demais estruturas previamente formadas, foram afetadas por dobras suaves, com eixos na direção N-S e com mergulhos suaves para sul. Outras estruturas, provavelmente as mais jovens encontradas na área estudada, são zonas de cisalhamento rúpteis-dúcteis, nas direções E-W e NNE, associadas à reativações de direções estruturais mais antigas, presentes nas rochas do embasamento. Estas estruturas provavelmente tiveram um importância fundamental na preservação dos metassedimentos estudados. A fase de deformação principal observada nas rochas da cobertura, não envolveu as rochas do embasamento, sugerindo que as rochas da cobertura tenham sofrido uma deformação do tipo epidérmica (thinn skin), localizando assim a região, do ponto de vista geotectônico, na zona externa do orógeno, cuja parte mais interna estaria a sul. / The present work was undertaken in the Ijaci region, southern Minas Gerais state, and involved geological maping, emphasizing geometric and kinematic analysis of the structures in the meta-sedimentary cover. Two litostructural domains were distinguished: the basement domain, composed by granitic and granodioritic orthogneisses, with a steep plunging EW tectonic foliation; and the meta-sedimentary cover domain, composed by marbles at the base, and pelites and quartzites at the top. The meta-sedimentary cover is characterized by a sub-horizontal tectonic foliation, that plunges gentlly to the south. In the plane of tectonic foliation of the metasediments, a down plunge mineral-streching lineation was recognized with shear sense indicators, such as S-C foliations planes, assymetrical folds and sheath folds, that indicates top to NNW sense of shear. Microtectonic data suggest that the S and C foliation planes formed at the same time, under greenschist metamorphic conditions ( biotite zone ). This structural style is absent from in the basement rocks. This fact and the ductility contrast between the two lithostructural domains suggest a allocthonous character for the meta-sedimentary cover. In the late stage of the compressive evolution, folds with sub-horizontal hinge lines, plunging to the WSW direction were developed. After the compressive evolution, conjugated assymetrical extensional shear bands, with NE-SW general trend, and open folds, with hinge lines plunging gently to the south were developed. Probably the youngest structures observed in the cover are ductil-ruptil shear zones, subparallel to the old structural trend of the basement domain. Finally, it is concluded that the meta-sedimentary cover forms a klippe, and that it was affected by thin-skin tectonics, with thrust movements vergent to the foreland. Hence, the studied rocks may be localized in the extemal parts of a orogen, with internal parts localized in the south.
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O registro sedimentar clástico associado aos sistemas de cavernas Lapa Doce e Torrinha, Município de Iraquara, Chapada Diamantina (BA)

Fernando Verassani Laureano 21 December 1998 (has links)
A região de Iraquara situa-se na porção meridional da Bacia de Irerê, onde afloram as rochas carbonáticas neoproterozóicas da Formação Salitre (Grupo Una), formando um planalto bordeado pelas serras e morros desenvolvidas, principalmente, nas sequências mesoproterozóicas do Supergrupo Espinhaço. Neste platô carbonático são conhecidas dezenas de cavernas de grande porte, onde associam-se extensas pilhas de sedimentos clásticos, muitas vezes, preenchendo os condutos até o teto. O enfoque do presente trabalho foi de aplicar a metodologia de análise de fácies a estes sedimentos, nos dois maiores sistemas de cavernas desta região (Lapa Doce e Torrinha), de forma a promover uma caracterização sedimentológica e estratigráfica dos mesmos, disponibilizando sua inserção no quadro de evolução das cavernas e do relevo local. Foram individualizadas treze fácies sedimentares descritivas, baseando-se em critérios texturais e estruturas internas, as quais podem ser agrupadas em brechas, areias e lamas. Sucessões verticais destas fácies permitiram o reconhecimento de três associações de fácies (A, B e C), com a predominância de depósitos por suspensão, tração e por gravidade, respectivamente. Três estágios de sedimentação são propostos: (i) por atuação de rios subterrâneos; (ii) por atuação de cursos efêmeros em enchentes bruscas e (iii) pela injeção gradativa de fluxos de lama em condutos inundados. Os dados cronológicos disponíveis indicam a atuação deste último estágio a até o Pleistoceno terminal. A expressão regional deste registro leva a sugestão de mudanças climáticas envolvidas nas transições entre os estágios de sedimentação. Os dois primeiros estágios de sedimentação requerem um vazio inicial, com exposição sub-aérea, para instalação de rios subterrâneos, sendo característicos da zona vadosa. Uma ampliação paragenética é assumida durante o último estágio, dado as características dos sedimentos e a posição relativa do nível d\'água. A exposição vadosa destes condutos e o seu assoreamento estão temporalmente situados entre o início do entalhamento da Superfície Sul-Americana e a instalação da superfície desenvolvida sobre os carbonatos. A erosão parcial destes sedimentos está vinculada ao rebaixamento do nível de base local, gerado pela conexão do aquífero cárstico à bacia hidrográfica do rio Paraguaçu, através do entalhamento vertical da rochas siliclásticas, na borda leste do sinforme de Iraquara. / Neoproterozoic carbonate rocks of the Salitre Formation (Una Group), form an elevated plain in the Iraquara region, southern portion of the Irece Basin. Several kilometric caves are known in this area, most of which exhibit a sedimentary infilling which usually reaches the top of the conduits. This dissertation applied facies analysis to the sediments, along the tow longest cave systems of this region (Lapa Doce and Torrinha) in order to understand the sedimentology and stratigraphy of the caves, as well to relate sedimentation with cave development and geomorphological evolution. Thirteen facies have been described, based on textural parameters and internal structures. These facies fall into three groups: breccias, sands and muds. Vertical successions of these facies allowed the distinction of three facies associations, relate to suspension, traction, and gravity deposits. Three successive stages of sedimentation are proposed: (i) by subterranean rivers; (ii) by the action of ephemeral streams and (iii) by the gradual injection of mud flows through flooded conduits. Available chronological data indicate that this last stage was active until the end of Late Pleistocene. Climatic changes are invoked as responsible for these different sedimentary environments. The two first stages of sedimentation, of necessity, require the presence of air in the conduits, so that, deposition did not take place within a water-filled cavities. The third stage is compatible with hydraulic a paragenetic conditions leading to the upward expansion of the cave systems. Vadose exposure of these conduits and their silting-up were part of a continuous event, that occurred between the start of erosion of the Sul-Americana Surface and the installation of a younger surface, developed upon the carbonate rocks. Partial erosion of the cave sediments is linked to the lowering of the local base level, associated with the connection of the karstic aquifer to the Rio Paraguaçu basin, with the entrenchment of the underlying terrigenous rocks (Espinhaço Supergroup), that crop out along the eastern border of the Iraquara synform.
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Geologia e petrologia dos granitóides de Morungaba/SP

Silvio Roberto Farias Vlach 20 May 1993 (has links)
Os granitóides de Morungaba (biotita granitos predominantes, dioritos muito subordinados) afloram na região de Morungaba, leste do Estado de São Paulo, por uma área com cerca de 330 km2, ao longo de uma faixa (~ 15 x 35 km2) com orientação NNE. São intrusivos em seqüências orto- e parametamórficas de idades meso- a neoproterozóicas da Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé, ao Sul, e da Faixa Alto Rio Grande, ao Norte. Foram mapeados com critérios faciológicos em escalas 1:50.000 e 1:10.000. Sete unidades estatigráficas constituídas por algumas associações petrográficas principais são reconhecidas e caracterizadas pela suas variabilidades petrográficas e pelos seus mecanismos de colocação. Estas unidades marcam parte importante do magmatismo brasiliano tardi- a posorogênico do Cinturão ltu, no período entre 610 e 590 (\'+OU-\' 20) Ma, cerca de 10-50 Ma após o magmatismo sinorogênico regional. A primeira associação apresenta em geral fácies equigranulares cinzentas (moderadamente) peraluminosas (biotita \'+OU-\' muscovita \'+OU-\' granada \'+OU-\' ilmenita \'+OU-\' magnetita), com %Si\'O IND. 2\' entre 70 e 75, proporções constantes entre os minerais félsicos e baixas suscetibilidades magnéticas (k < 0,2. \'10POT.-3\' emu). As outras duas incluem rochas róseas marginalmente peraluminosas (biotita \'+OU-\' hornblenda \'+OU-\' titanita \'+OU-\' magnetita \'+OU-\' ilmenita \'+OU-\' allanita \'+OU-\' muscovita) com \'k IND. S\' moderadas a baixas [0,0 - 2,0 (.\'10POT.-3\') emu]; em uma delas, a mais félsica (69< %Si\'O IND. 2\' <77), predominam as rochas equigranulares pouco expandidas; na outra aparecem rochas microporfiríticas, porfiríticas e porfiróides, com %Si\'O IND. 2\' entre 64 e 75, moderadamente expandidas, cujos termos mais máficos contêm hornblenda. Na área setentrional, a unidade mais antiga é o Plúton Areia Branca, com forma irregular a alongada; apresenta corpos concordantes de (leuco) monzogranitos peraluminosos, as fácies mais máficas aflorando em zonas marginais. O Complexo Ouro Verde é formado por inúmeros corpos laminares alongados a curvilaminares NW-W/E-NE ou mais irregulares, intercalados concordantemente com as rochas encaixantes; tem forma irregular a alongada NE-NNE; inclui por um lado, monzogranitos peraluminosos e, pelo outro, quartzo monzodioritos, quartzo monzonitos, monzo- e sienogranitos microporfiríticos e porfiríticos marginalmente peraluminosos, os porfiríticos seguramente mais jovens que o Plúton Areia Branca. As duas unidades mostram estruturas pré-cristalização total, às quais podem se sobrepor deformação plástica variável. São sin- a tardicinemáticas e a sua colocação, ora mais permissiva ora mais forçada, foi controlada por movimentos dextrais na Zona de Cisalhamento Monte Sião. Para sudoeste aflora o Plúton Jaguari, a unidade mais nova e a maior desta área, alongado na direção NNE; sua forma é a de um funil assimétrico, com superposição de diques semianelares e corpos irregulares mais jovens. Predominam granodioritos, quartzo monzonitos, monzo- e sienogranitos porfiríticos e porfiróides marginalmente peraluminosos. Os corpos magmáticos são discordantes e invadiram sob influência de movimentos dextrais na Zonas de cisalhamento Monte Sião e Campinas-Pedreira; os mais antigos se colocaram de modo relativamente mais forçado, os mais jovens de modo mais permissivo, associado à stoping e/ou abatimento e a zonas transtensionais. Na área meridional, as associações mais antigas são as das Ocorrências Meridionais, formadas por corpos lenticulares a irregulares de leucomonzogranitos peraluminosos, orientados N-S e NNE, e por variedades híbridas, repartidas irregularmente. Estas rochas são, em parte, teto para os plútons meridionais (Plútons Meridional, Oriental e Itatiba) mais jovens e discordantes. Estes úItimos contêm monzogranitos, com quartzo monzonitos e sienogranitos subordinados, equigranulares a inequigranulares, marginalmente peraluminosos, e são mais jovens que as rochas mais antigas do Plúton Jaguari. O Plúton Meridional, o principal, tem forma quadrangular irregular a lobada para sul e mostra típico zoneamento assimétrico e irregular. O Plúton Oriental, com leve zoneamento irregular parcial é alongado NNE e o Plúton ltatiba, o menor deles, situado a sudeste, apresenta zoneamento concêntrico irregular. Os plútons maiores se colocaram por mecanismos de stoping e subsidência, talvez associados a zonas transtensionais criadas por movimentos sinistrais na Zona de Cisalhamento Campinas-Pedreira. Os quartzo dioritos e quartzo monzodioritos, com granulações e texturas variadas, afloram em pequenos corpos irregulares, diques e enclaves, mais associados aos granitóides mais jovens do Plúton Jaguari, aos leucomonzogranitos das Ocorrências Meridionais e aos granitoides marginais mais antigos do Plúton Meridional. Nos primeiros casos, rochas de natureza híbrida são comuns. Os principais corpos dioríticos invadiram sincronicamente às atividades magmáticas finais e iniciais nas áreas setentrionais e meridionais, respectivamente. Diques contemporâneos ou pouco mais jovens monzograníticos (predominantes) e dioríticos (subordinados) são comuns nas áreas centro-oeste e sudoeste (com enxames orientados N-S/NNE e NW, respectivamente). Representam, em grande parte, o final do magmatismo Morungaba e se colocaram em zonas distensivas que cortam as outras unidades, geradas por movimentação sinistral na Zona de Cisalhamento Campinas-Pedreira. As associações porfiríticas são álcali-cálcicas potássicas, enriquecidas em elementos LIL, com razões LIL/HSF relativamente altas, padrões fracionados de ETR e anomalias negativas pequenas a moderadas de Eu. Os granitóides meridionais marginalmente peraluminosos apresentam afinidades alcalinas, com teores mais baixos em K e algo mais elevados em Na; o fracionamento dos ETR é mais moderado e as anomalias de Eu são mais marcadas. Parte das variedades ocidentais mais félsicas do Plúton Jaguari lhes são similares. Em cada associação, as rochas progressivamente mais máficas são mais ricas em elementos LIL e ETR, com anomalias negativas menos expressivas de Eu. Os monzogranitos peraluminosos apresentam fracionamento moderado de ETR e anomalias negativas acentuadas de Eu. Os quartzo monzodioritos têm similaridades químicas com os granitóides potássicos. A evolução magmática nas principais unidades resulta da combinação de mecanismos de ascenção e colocação de magmas e de cristalização fracionada modal e não modal, destacando-se os mecanismos de mistura e/ou desmistura entre Iíquidos e sólidos, diferenciação por fluxo e cristalização in situ. As variedades híbridas são originadas através da mistura de magmas e/ou de mushes dioríticos e graníticos diferenciados. A cristalização final dos magmas de Morungaba ocorreu sob pressões litostáticas entre 2,0 e 3,0 kbar. As rochas dioríticas e as graníticas marginalmente peraluminosas foram formadas em ambientes oxidantes, com \'delta maiúsculo\'\'IND. NNO(740)\' ~2,0(+1,0 -0,5), com progressivo aumento da ?\'O IND. 2\' e da ? \'IND. H 2O\' com a diminuição de temperatura. Os monzogranitos peraluminosos representam ambientes mais redutores, com \'delta maiúsculo\'\'IND. NNO(670)\' ~0,0 (\'+OU-\' 1,0), a ?\'IND. H2O\' aumentando nas rochas mais félsicas. As temperaturas de saturação para Zr sugerem magmas parentais predominantemente liquidus. Nas rochas graníticas, as relações entre a ?\'IND. H2O\' e a ?\'IND.HF\' se mantiveram no intervalo entre 10 \'POT. 3,2\' e 10\'POT. 4,0\'. As características geoquímicas destas rochas refletem a combinação de fatores herdados das rochas-fonte e adquiridos durante a geração e a cristalização dos respectivos magmas. A gênese dos magmas das rochas potássicas e alcalinas é relacionado a um evento maior de underplating, formado por injeções sucessivas de magmas básico-intermediários oxidados, provenientes de manto litosférico heterogêneo, com diferentes graus de enriquecimento e evolução isotópica. A fusão da parte menos enriquecida deste manto, gerou o magmatismo diorítico de Morungaba com razões (\'ANTPOT.87\'Sr/\'ANTPOT.86\'Sr)\'IND.0\' entre 0,7060 e 0,707 e \'épsilon\'\'IND.Nd(CHUR)\' ~-12,5. As associações petrográficas alcalinas ((\'ANTPOT.87 Sr/\'ANTPOT.86\'Sr)\'IND.0\' entre 0,70-0,707; \'épsilon\'\'IND.Nd(CHUR) entre -13,0 e -10,0) derivam de fontes infracrustais ígneas em fácies granulito, submetidas à fusão por influência destes magmas dioríticos. As rochas potássicas ((\'ANTPOT.87 Sr e \'ANTPOT.86\'Sr) \'IND.0\' entre 0,7070 e 0,7080; \'épsilon\'\'IND. Nd(CHUR)\' entre -14,0 e -13,0) são, provavelmente, originadas da cristalização de magmas básico-intermediários pouco mais antigos e algo mais evoluídos isotopicamente, contaminados por materiais ígneos infracrustais. As associações petrográficas peraluminosas foram derivadas a partir de magmas gerados em ambientes cata- a mesozonais (fácies anfibolito) por fusão parcial de sequências (leuco) meta-tonalíticas a meta-granodioríticas. As idades modelo Sm/Nd sugerem diferentes eventos de reorganização geoquímica na litosfera. Postula-se, em uma primeira etapa, a formação de crosta tonalítica-granodiorítica, a rocha-fonte para as fácies peraluminosas (há cerca de 2,3 Ga). Uma segunda etapa, mais jovem (~2,0 Ga), seria marcada por extenso underplating básico-intermediário, que teria gerado os materiais-fonte para as rochas alcalinas, com paralelo (?) enriquecimento do manto litosférico em elementos LIL. Este manto, heterogeneamente enriquecido, foi a fonte predominante para as rochas dioríticas e teve participação significativa na gênese dos granitóides potássicos. O magmatismo álcali-cálcico e a sua passagem para o magmatismo alcalino marcariam, respectivamente, uma transição relativamente rápida entre os períodos sin- a tardiorogênico e tardi- a posorogênico na região leste do Estado de São Paulo. Estes fenômenos são interpretados como respostas à evolução do manto litosférico e conseqüente estiramento litosférico regional, provocando a fusão de materiais-fontes progressivamente menos férteis. / The Morungaba granitoids crop out in the Morungaba region, eastern part of the State of São Paulo, southeastern Brazil as an irregular-elongated NNE belt (appr. 15 x 35 km2), covering about 330 km2. The rocks intruded into Meso- to Neoproterozoic ortho- and parametamorphic sequences belonging, in the southern area, to the Socorro-Guaxupé Nappe and, to the north, to the Alto Rio Grande Belt. Detailed mapping was performed using 1:50.000 and 1:10.000 scales. Seven intrusive stratigraphic units were recognized, constituted by some petrographic associations, each with distinct petrographic ranges and intrusion styles. The units are important constituents of the Late- to postorogenic Brasiliano magmatism of the regional granitoid Itu Belt, with intrusion ages around 610 to 590 (\'+OU-\' 20) Ma, postdating by about 10 to 50 Ma the earlier sinorogenic events. The first association presents grey equigranular, moderately peraluminous, granitoids (with biotite (\'+OU-\' muscovite \'+OU-\' garnet \'+OU-\' ilmenite \'+OU-\' magnetite), with a Si\'O IND. 2\' range of 70-75%, little variation in proportions of felsic minerals, and low magnetic susceptibilities (k < 0,2 . \'10PONT.-3\' emu). The other two associations, include mostly pink, metaluminous to peraluminous ( marginally peraluminous) granitoids (with biotite \'+OU-\' hornblende \'+OU-\' sphene \'+OU-\' magnetite \'+OU-\' ilmenite \'+OU-\' allanite \'+OU-\' muscovite), both showing low to moderate k values [0,0 - 2,0 (.\'10PONT.-3\' emu)]; one of them, mostly with equigranular, more felsic varieties (Si\'O IND. 2\' about 69-77%), shows litle modal variation, while the other is mainly constituted by more varied, microporphyritic to porphyroid granitoids (Si\'O IND. 2\' between 64-75%) with hornblende present in the more mafic members. In the northern area, the oldest unit is the Areia Branca Pluton, irregular to elongated, made up of concordant intrusions of zoned peraluminous leucomonzogranites (more mafic facies located at the outside). The Ouro Verde Complex, also irregular to elongated to the NE-NNE, presents many elongated granitic laminar bodies (oriented NW-W to E-NE) concordantly interleaved with country rocks; the granites of the complex are, on the one hand, peraluminous monzogranites and on the other hand an assorted set of marginally peraluminous granitoids (quartz monzodiorites and monzonites; monzo- and syenogranites); the last set is younger than the rocks of the Areia Branca pluton. Both the cited units present pre-crystallization structures, sometimes overprinted by later plastic deformation; they intruded in a sin- to latekinematic (\"forceful\" to \"permissive\") regime and their emplacement was apparently controlled by dextral movements of the Monte Sião shear-zone. To the SW of these units, the Jaguari Pluton is found, the youngest and largest intrusion in this area, elongated to the NNE. The pluton shows the form of an asymmetric funnel, cut by ring dikes and irregular bodies. Its main granitoids are marginally peraluminous porphyritic to porphyroid granodiorites, quartz monzonites and monzo- and syenogranites. The individual bodies are discordant and were emplaced on account of dextral displacement of the Monte Sião and Campinas-Pedreira shear zones, the earliest ones under the influence of more forceful regime, the youngest ones more permissively with several evidences of marginal stoping and local or regional block foundering. In the southern region, the oldest association are that present in the Southern Occurrences, made up of lenticular to irregular bodies, oriented N-S to NNE, of peraluminous leucomonzogranites and hybrid rocks, the last ones with more irregular distribution. These rocks are in part roof rocks for the younger and discordant southern intrusions (Meridional, Oriental and Itatiba Plutons). These plutons are constituted by predominant monzogranites, with subordinate quartz monzonites and syenogranites, marginally peraluminous, equigranular to inequigranular rocks, and younger than the older rocks of the Jaguari Pluton. The main occurrence is the Meridional Pluton, with a squarish to irregular outline and southern lobate projections; it shows irregular to asymmetric zonation. The slightly zoned Oriental Pluton is somewhat elongated to the NNE, while the Itatiba occurrence, also showing a concentric zoning, is the smallest of the three. The largest pluton of this area invaded permissively by means of stoping and subsidence of country rocks, perhaps related to transtencional zones created by sinistral movements of the Campinas-Pedreira shear zone. Quartz diorites and quartz monzodiorites, presenting variyng grain sizes and textures, are observed as enclaves, dikes and smaller irregular occurrences, more so in the younger granitois of the Jaguari Pluton, within the leucomonzogranites of the Southern Occurences more so in the younger granitos of the Jaguri Pluton, within the leucomonzogranites of the southern Occurences (where hybrid rocks are commmon), and in the older border granitoids of the Meridional Pluton. The main diorite occurrences are contemporaneous with the initial southern magmatic intrusions and with the waning stages of the northern magmatism. Contemporaneous or somewhat younger monzogranitic predominant and subordinate dioritic dike swarms are frequently observed in the central-western and SW parts of the district, repectively oriented to the N-S/NNE and to the NW. They represent the last events of the Morungaba magmatism ad were emplaced within extensional fractures created by sinistral movement of the Campinas-Pedreira shear zone. All porphyritic rock associations are alkali-calcic, potassic, with enrichment in LIL elements ad relatively high LIL/HFS elemental ratios, also showing fractionated REE patterns and small to moderate negative Eu anomalies. The marginally peraluminous southern granitoids present alkaline affinities, with lower K and higher Na values; REE fractionation is moderate, with increased negative Eu anomalies. Some of the more felsic facies of the Jaguari Pluton are chemically similar. In each rock association, the more mafic members are more REE enriched, with lesser marked Eu anomalies. The quartz diorites are chemically similar to the potassic granitoids. Magmatic evolution in the principal units results from a combination of several mechanisms, involving ascent and emplacement of magmas together with fractional (modal and non-modal) crystallization. The hybrid facies form by mixing of dioritic and differentiated granitic magmas or mushes. The final crystallization of the Morungaba magmas took place under pressures of 2 to 3 kbar. The diorites and the marginally peraluminous granites crystallized in an oxidizing environment, at \'(delta) IND. NNO(740)\' = 2,0 (+ 1,0, -0,5), with a progressive increase in ?\' IND. O2\', and ?\' IND. H2O\' as temperature decreased. The peraluminous monzogranites were formed under more reducing conditions \'delta IND. NNO(670)\' = 0 (\'+OU-\' 1), the Areia Branca Pluton showing decreasing ?\'O IND. 2\' in the more felsic rocks. The Zr saturation temperatures suggest that the corresponding magmas were probably largely liquid. In the granites, the ?\' IND. H2O\'/ ? \'IND. HF\' ratios remained between \'10 POT. 3,2\' and \'10 POT. 4,0\'. The main geochemical features of these rocks are a conbination of original source characteristics and those acquired during the melting episode and subsequent evolution. The generation of the more potassic and alkaline magmas is attributed to a major underplating event caused by successive intrusions of oxidized basic-intermediate magma, realeased from a heterogeneous Iithospheric mantle showing different degrees of enrichment and of isotopic evolution. The less enriched portion of this mantle (\'ANTPOT. 87 Sr/\'ANTPOT. 86 Sr\' between 0,7060 and 0,7070; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' ~-12,5) was the source for the dioritic magmatism. The alkaline associations were derived from lower crustal granulitic layers of igneous orign ((\'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\'\')IND. 0\' between 0,7070; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' between -13 and -10), during a melting episode triggered by the basic-intermediate magmas. The potassic rocks ((\'ANTPOT. 87Sr\'/\'ANTPOT. 86Sr\'\')IND. 0\' between 0,7070 and 0,7080; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' between ~-14 and -13) and were probably formed by crystallization of somewhat and isotopically evolved basic-intermediate magamas, contamined by crustal material. The peraluminous associations were generated by melting of amphibolite-facies cata-to mesozonal crustal igneous rocks, representing the metamorphic equivalents of tonalites and granodiorites. The Sm/Nd model ages indicate at least two events of lithospheric geochemical reorganization. At about 2,3 Ga, a tonalitic-granodioritic crust was formed, later on converted into the source rocks for the peraluminous Morungaba granites. A second stage occurred at about 2,0 Ga, with extensive underplating by basic-intermediate materials and simultaneous enrichment of the lithospheric mantle in LIL elements, wich was the main source rocks for the alkaline and (in part) the potassic Morungaba sequences. The alkali-calcic Morungaba magmatism marks the transition between the sin-to lateorogenic stages, and the alkaline granite intrusions determine the postorogenic Brasiliano phase in the eastern State of São Paulo. These geologic phenomena are interpreted as a response to the evolution of the lithospheric mantle, coupled with a regional lithospheric stretching and melting of progressively less fertile source rocks.
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Os diques basicos e ultrabasicos da região costeira entre as cidades de São Sebastião e Ubatuba, Estado de São Paulo

Gianna Maria Garda 14 December 1995 (has links)
A região costeira entre as cidades de São Sebastião e Ubatuba e os costões das ilhas de São Sebastião, Anchieta e Mar virado (Estado de São Paulo) são cortados por numerosos pequenos enxames e diques isolados de direção N55E. Os litotipos principais variam de básicos a intermediários. Entretanto, também ocorre uma variedade de lamprófiros alcalinos lado a lado com o grupo principal. As espessuras dos diques básicos a intermediários é muito variável, desde alguns centímetros a vários metros, enquanto os lamprófiros são menos espessos (algumas dezenas de centímetros). Plagioclásio (labradorita/andesina), piroxênio (augita e rara pigeonita) e minerais opacos constituem os diques básicos a intermediários. Biotita com F e Cl é mineral acessório e edenita-hornblenda pode substituir o piroxênio. As bordas de alguns diques apresentam texturas de resfriamento rápido. Os centros dos diques mais espessos são faneríticos, apresentando cristais de plagioclásio rodeados por intercrescimentos granofíricos de quartzo e feldspato alcalino, dando à composição total da rocha um caráter mais intermediário. As temperaturas mínimas de cristalização dos pares augita-pigeonita são de 1000°- 1100°C. Ilmenita somente aparece nestas rochas; as temperaturas de exsolução desse mineral em espinélios de Fe e Ti são de 740°C ± 30°C e log10fO2 de 16 ± 2. Os lamprófiros, por sua vez, apresentam abundantes megacristais de olivina pseudomorfizada e clinopiroxênio. A matriz é formada por augita titanífera rica em Ca, plagioclásios cálcicos, minerais óxidos e vidro. Kaersutita, flogopita/bioita, analcima e melilita distinguem um tipo de lamprófiro de outro (camptonitos, monchiquitos, lamprófiros picríticos, biotita lamprófiros e um alnöito). calcita é comum e forma, com analcima, estruturas globulares (ocelli), indicativas de altas pressões de H2O, que também favorecem a cristalização de kaersutita. Al tem um papel importante na química mineral do alnöito, pois compensa sua deficiência em sílica. Por exemplo, os cromoespinélios zonados possuem bordas com composições de titanomagnetitas ricas em Al. Flogopitas e cromoespinélios zonados do alnöito e dos biotita lamprófiros mostram comportamentos químicos semelhantes dos núcleos para as bordas, sugerindo que estas variações composicionais ocorreram simultaneamente em ambos os minerais. As composições dos núcleos frescos das olivinas são \'FoIND.84\'\'Fa IND.16\'. A geotermometria aplicada às inclusões de cromoespinélios em megacristais de olivina indicam temperaturas da ordem de 1000° 1200°C. Os Mg# dos diques básicos a intermediários são baixos (\'<OU=\' 39), contrapondo-se aos dos lamprófìros (Mg# = 51-73, ca. 80 para os lamprófiros picríticos). Os primeiros são classificados como basaltos, traquibasaltos, traquiandesitos basálticos e traquiandesitos. As quantidades de \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'Na IND.2 O\' e \'K IND.2 O\' aumentam, enquanto as de \'TiO IND.2\', \'FeO IND.t\', MgO e CaO diminuem dos tipos básicos aos intermediários. Os lamprófiros são classificados como foiditos, com \'SiO IND.2\' < 47%, \'Al IND.2\'\'O IND.3\' variando entre 5% a 14%, MgO > 7% e com quantidades elevadas de H2O e CO2. Além disso, os lamprófiros picríticos classificados como picrobasaltos apresentam os mais baixos conteúdos de \'TiO IND.2\', \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'FeO IND.t\', \'Na IND.2 O\' e \'K IND.2\' O. A classificação química também distingue um grupo de tefritos composicionalmente intermediários entre os lamprófiros e as rochas básicas a intermediárias. Os diques básicos a intermediários apresentam \'(La/Yb) IND.N\' = l6 e anomalias negativas de Nb, Ta e Sr. O alnöito apresenta \'(La/Yb) IND.N\' = 42 e está enriquecido em P, Ba, Sr, Th, U, Nb, Ta e elementos terras raras leves comparativamente aos outros litotipos. Também difere dos demais lamprófiros por apresentar anomalia negativa de Ti. Os lamprófiros picríticos mostram os perfis menos inclinados nos diagramas multielementares e são os menos enriquecidos em elementos incompatíveis. Análises pelo método dos mínimos quadrados e cálculos de cristalização fracionada mostram que os lamprófiros picríticos são fases cumuláticas na evolução dos lamprófiros. Por outro lado, não foi possível derivar as rochas intermediárias das basálticas, sugerindo contaminação crustal, respaldada pelo hiato composicional de \'SiO IND.2\' de 8-9%. Os diques básicos a intermediários apresentam \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT.(i)\' \'quase igual\' -5 e \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86\'Sr inicial de 0,706 a 0,707, caindo num campo intermediário entre os basaltos de baixo e alto Ti da Bacia do Paraná. Por outro lado, os lamprófiros apresentam \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT.(i)\' entre +1 e +2 e \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' inicial de cerca de 0,705, que indicam uma fonte mantélica mais profunda com maiores proporções de fusão derivadas da astenosfera. O alnöito está fortemente enriquecido em Pb radiogênico (\'ANTPOT.206 Pb\'/\'ANTPOT.204 Pb\' = 1994). Todas as amostras plotam acima da Linha de Referência do Hemisfério Norte (NHRL) nos diagramas Pb/Pb. Os dados de isótopos de Pb para as rochas básicas a intermediárias (incluindo alguns diorito pórfiros e diabásios da região de Bairro Alto), biotita lamprófiros e um traquito da llha de São Sebastião evidenciam a anomalia DUPAL, o que não é o caso do alnöito e dos camptonitos/monchiquitos. Os dados geoquímicos corroboram, portanto, para contribuições de diferentes componentes mantélicos na geração dos diques básicos a intermediários e lamprofíricos. Enquanto os primeiros parecem estar relacionados com o magmatismo da Bacia do Paraná, os últimos podem estar associados a um evento magmático alcalino de idade intermediária entre a da intrusão dos diques básicos a intermediários (130 Ma) e aquela do complexo sienítico da llha de São Sebastião (80 Ma), como indicado pelas isócronas \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\'. / The coastline between São Sebastião and Ubatuba cities and the shores of São Sebastião, Anchieta and Mar Virado islands (São Paulo State, Brazil) are crosscut by several small swarms and isolated dykes trending N55E. The main rock types range from basic to intermediate, but also a conspicuous variety of alkaline lamprophyres occur side by side with the main group. The thicknesses of the basic to intermediate dykes vary widely, from a few centimetres to several metres, while the lamprophyres are a few tens of centimetres thick. Plagioclase (labradorite/andesine), pyroxene (augite and rare pigeonite) and iron ores are the rock-forming minerals of the basic to intermediate dykes. Cl- and F-bearing biotite is an accessory mineral and edenite-hornblende may substitute for pyroxene. Quenching lextures are found in the rims of some the dykes. The cores of the thicker dykes are usually coarser grained and granophyric intergrowths of quartz and alkali feldspar usually surround plagioclase crystals, Ieading to more intermediate whole-rock compositions. The minimum augite-pigeonite crystallization temperatures are 1000º-1100°C. Ilmenites only appear in these rocks and temperatures of exsolution in Ti-Fe spinel are 740ºC ± 30ºC and log10 fO2 of I6 ± 2. In turn, the lamprophyres present abundant megacrysts of pseudomorphosed olivine and linopyroxene. The groundmass is composed by titaniferous Ca-rich augite, calcic plagioclases, oxide minerals and evitrified glass. Kaersutite, phlogopite/biotite, analcime and melilite distinguish one type of lamprophyre from another (camptonites, monchiquites, picritic lamprophyres, biotite lamprophyres and an alnöite). Calcite is fairly common and forms, with analcime, globular structures (ocelli), indicative of high H2O pressures, which also favours kaersutite crystalIization. Al plays an important role in the mineral chemistry of the alnöite, to compensate for its deficiency in silica. For example, zoned Cr-spinels have rims of At-rich titanomagnetite compositions. Zoned phlogopites and Cr-spinels from the alnoite and biotite lamprophyres show similar chemical behaviour from cores to rims, suggesting that these compositional variations occurred simultaneously in both minerals. Compositions of fresh cores of olivines are Fo84Fa16. Geothermometry applied to the Cr-spinels inclusions in olivine megacrysts indicates temperatures of the order of 1000º-1200°C. The basic to intermediate dykes have low Mg# ( \'<OU=\' 39) as opposed to the lamprophyres (Mg# = 5l-73; ca. 80 for picritic lamprophyres). The former are classified as basalts, trachybasalts, basaltic trachyandesites and trachyandesites. \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'Na IND.2 O\' and \'K IND.2 O\' contents increase while \'TiO IND.2\', \'FeO IND.t\', MgO and CaO decrease from basic to intermediate types. The lamprophyres are classified as foidites, with \'SiO IND.2\' < 47%, \'AI IND.2\'\'O IND.3\' varying from 5% to I4%, MgO > 7% and with H2O and CO2 contents. Futhermore, the picritic lamprophyres classified as picrobasalts have the lowest \'TiO IND.2\', \'Al IND.2\'\'O IND.3\', \'FeO IND.t\', \'Na IND.2 O\' and \'K IND.2 O\' contents. The chemical distinguishes a tephrite group, compositionally intermediate between lamprophyres and basic to intermediate rock types. The basic to intermediate dykes have \'(La/Yb) IND.N\' = 16 and negative Nb,Ta and Sr anomalies. The alnoite has \'(La/Yb) IND.N\' = 42 and is enriched in P, Ba, Sr, Th, U, Nb, Ta and LREE comparatively to the other rock types. It also differs from the other lamprophyres by a negative Ti anomaly. The picritic lamprophyres show the flattest profiles in the multielement diagrams and are the least enriched in incompatible elements. Least-square analyses and crystal fractionalion calculations show that the picritic lamprophyres are cumulate phases in the evolution of the lamprophyres. On the other hand, it was not possible to derive intermediate rocks from basaltic ones, suggesting crustal contamination supported by a silica gap of 8-9%. The basic to intermediate dykes have \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT. (i)\' of \'quase igual\' -5 and initial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' of 0.706 to 0.707, falling in a range between the low- and high-Ti Paraná basalts. In contrast, the lamprophyres show \'épsilon\' IND.Nd\'\'POT.(i)\' between +1 and +2 and inicial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' around 0.705, which indicate a deeper mantle source with greater proportions of asthenospheric-derivedmelts. The alnoite is highly enriched in radiogenic Pb (\'ANTPOT.206 Pb\'/\'ANTPOT.204 Pb\' = 19.94). All samples lie well above the Northern Hemisphere Reference Line (NHRL) on Pb/Ph plots. Isotope Pb data for basic to intermediate rocks (including some diorite porphyries and diabases from the inland Bairro Alto region), biotite lamprophyres and a trachyte from São Sebastião Island put the DUPAL anomaly in evidence for these rocks; it is not the case with the alnoite and the camptonites/monchiquites. The geochemical data support a distinct input of mantle components in the generation of the basic to intermediate and lamprophyric dykes. Whereas the former seem to be related to the Paraná Basin magmatism, the latter may be associated with an alkaline magmatic event intermediate in age between the intrusion of the basic to intermediate dykes (130 Ma) and that of the syenite complex of São Sebastião Island (80 Ma), as indicated by \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' isochrons.

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