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Gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde no município de São Paulo: desfechos de uma coorte de dados secundários / Pregnant users of the Unified Health System in the city of São Paulo: outcomes of a cohort of secondary data

Bárbara Laisa Alves Moura 10 March 2017 (has links)
Introdução: Apesar da melhoria dos indicadores da saúde materno infantil, os valores ainda são elevados, com a mortalidade neonatal respondendo pela mortalidade infantil e a mortalidade fetal pela perinatal. Apesar da melhoria da cobertura e qualidade dos dados dos sistemas de informação sobre nascidos vivos e mortalidade, esses não tem informação sobre a morbidade materna e do recém-nascido, disponíveis no Sistema de Informação Hospitalar do SUS e possíveis de serem vinculadas. Objetivo geral: Descrever e analisar o seguimento da gestação, do parto e dos desfechos dos nascimentos das gestantes usuárias do SUS residentes no município de São Paulo no período de 12/08/2011 a 27/01/2013. Objetivos específicos: Obter uma coorte de gestantes SUS com dados secundários. Identificar internações anteriores ao parto por complicações obstétricas, prevalência das gestações de alto risco, tipo de saída após o parto (alta, internação e uso de UTI e óbito materno) e tempo de permanência da internação do parto, no período de 12 de agosto de 2011 a 31 de dezembro de 2012. Caracterizar e estimar a razão de morte fetal e a mortalidade neonatal precoce dos nascidos vivos extraídos da coorte de gestantes SUS no município de São Paulo no período de 01 de junho de 2012 a 27 de janeiro de 2013. Identificar se há diferença da sobrevida dos óbitos neonatais segundo peso ao nascer e uso de UTI neonatal. Identificar potenciais fatores de risco para a mortalidade fetal e neonatal precoce para os nascimentos da coorte de gestante SUS. Metodologia: Tratou-se de um estudo do tipo coorte retrospectiva de população fixa das gestantes cujos nascimentos (nascido vivo e óbito fetal) ocorreram em hospitais da rede SUS no município de São Paulo no período de 01 de junho de 2012 a 31 de dezembro de 2012. Foram investigadas as internações e as readmissões hospitalares das gestantes atendidas nos hospitais SUS ocorridas no período de 12 de agosto de 2011 a dezembro de 2012. Como também, as internações dos recém-nascidos ocorridas no período de 01 de junho de 2012 a 27 de janeiro de 2013. Foram realizadas vinculações pelo método determinístico e probabilístico dos documentos base dos sistemas de informação em saúde (SIS). Foram conduzidas análises de regressão de Cox e regressão logística. Resultados: Foram vinculados 98,3 por cento das declarações de nascidos vivos (DNV) à autorização de internação hospitalar (AIH), 93,8 por cento dos óbitos fetais às AIHs, 93 por cento das AIHs dos recém-nascidos internados ao par anterior e 99,4 por cento dos óbitos neonatais a sequencia de eventos ditas anteriores. 4,3 por cento das gestantes foram internadas prévio ao parto por complicações obstétricas. Maior mortalidade neonatal, razão de morte fetal e internação dos RNs após o nascimento ocorreram em gestantes que internaram por complicações obstétricas. No estudo de sobrevida, houve aumento da sobrevida com o aumento do peso ao nascer. RNs internados em UTIN após o nascimento tiveram menor sobrevida que os RNs não internados. Os fatores de risco para a mortalidade neonatal foram: o número insuficiente de consulta de pré-natal, nascer em hospital de baixo volume de parto, prematuridade, baixo peso ao nascer, APGAR 5º < 7, presença de anomalia congênita e internação após o nascimento. Não realizar consulta de pré-natal, prematuridade extrema (<32 semanas), baixo peso ao nascer (<2499 gramas) e presença de malformação congênita foram fatores de risco comuns aos óbitos fetais e aos neonatais precoces. Raça/cor da mãe não branca e idade materna igual ou superior a 35 anos foram fatores de risco somente para os óbitos fetais. Nascimentos em hospitais com baixo e médio volume de parto foram associados à maior mortalidade neonatal precoce. Conclusão: Gestantes que apresentaram complicações obstétricas tiveram desfechos mais desfavoráveis da gestação, como internação pós-parto e mortalidade materna. Foi identificada também nesse grupo maior readmissão hospitalar dos RNs, maior prevalência de prematuridade e de baixo peso ao nascer, maior mortalidade fetal e neonatal. Internação na gestação e readmissão hospitalar do RN deve ser considerada como eventos sentinelas no monitoramento da assistência ao parto e ao recémnascido na população SUS. A concentração dos óbitos nos primeiros dias de vida refletem as fragilidades na assistência aos recém-nascidos, a gravidade das doenças dos recém-nascidos, as más condições de nascimento e a presença de malformações incompatíveis com a vida. Óbitos fetais e neonatais precoces são influenciados pelas mesmas características proximais dos recém-nascidos. Esforços devem ser direcionados para o aumento da adesão às consultas de pré-natal nas unidades básicas de saúde, com atenção especial para as gestantes não brancas / Introduction: Despite the improvement in maternal and child health indicators, values are still high, with neonatal mortality accounting for infant mortality and perinatal fetal mortality. Despite improved coverage and data quality of information systems on live births and mortality, these do not have information on maternal and newborn morbidity, available in the SUS Hospital Information System and possible to be linked. General objective: Describe and analyze the follow-up of gestation, delivery and outcomes of the births of pregnant women users of SUS residents in the city of São Paulo from August 12, 2011 to January 27, 2013. Specific objectives: Obtain a cohort of SUS pregnant women with secondary data. Identify hospitalizations prior to delivery for obstetric complications, prevalence of high-risk pregnancies, type of delivery after childbirth (discharge, hospitalization and use of ICU and maternal death) and length of hospital stay during the period of August 12, 2011 to December 31, 2012. Characterize and estimate the fetal death rate and early neonatal mortality of live births extracted from the cohort of pregnant women SUS in the city of São Paulo from June 1, 2012 to January 27, 2013. Identify if there is difference in survival of neonatal deaths according to birth weight and neonatal ICU use. Identify potential risk factors for early fetal and neonatal mortality for the births of the SUS pregnant cohort. METHODS: This was a retrospective cohort study of the fixed population of pregnant women whose births (live birth and fetal death) occurred in hospitals of the SUS network in the city of São Paulo from June 1, 2012 to December 31, 2012. The hospitalizations and the hospital readmissions of the pregnant women attended in the SUS hospitals were investigated during the period from August 12, 2011 to December 2012. As well as the hospitalizations of the newborns that occurred in the period from June 1, 2012 to 27 Of January of 2013. Links were made through the deterministic and probabilistic method of the basic documents of the health information systems (SIS). Cox regression and logistic regression analyzes were performed. Results: 98.3 per cent of live birth certificates (DNV) were linked to hospital admission authorization (AIH), 93.8 per cent of fetal deaths to AIHs, 93 per cent of AIHs of newborns hospitalized at the previous pair, and 99, 4 per cent of neonatal deaths in the sequence of events mentioned above. 4.3 per cent of pregnant women were hospitalized prior to delivery due to obstetric complications. Higher neonatal mortality, fetal death rate and hospitalization of newborns after birth occurred in pregnant women hospitalized for obstetric complications. In the survival study, there was an increase in survival with an increase in birth weight. RNs hospitalized at the NICU after birth had lower survival rates than the non-hospitalized NB. The risk factors for neonatal mortality were: insufficient number of prenatal visits, hospital birth with low birth volume, prematurity, low birth weight, APGAR 5 <7, presence of congenital anomaly and hospitalization after birth. Preterm consultation, extreme prematurity (<32 weeks), low birth weight (<2499 grams) and presence of congenital malformation were common risk factors for fetal deaths and early neonatal deaths. Race / color of non-white mother and maternal age equal to or greater than 35 years were risk factors only for fetal deaths. Births in hospitals with low and medium volume of delivery were associated with higher preterm neonatal mortality. Conclusion: Pregnant women who presented obstetric complications had more unfavorable outcomes of pregnancy, such as postpartum hospitalization and maternal mortality. Also in this group, greater readmission of the newborns of the newborns, greater prevalence of prematurity and of low birth weight, greater fetal and neonatal mortality were also identified. Nursing admission and hospital readmission of the newborn should be considered as sentinel events in the monitoring of delivery care and the newborn in the SUS population. The concentration of deaths in the first days of life reflects weaknesses in the care of newborns, the severity of newborn diseases, poor birth conditions and the presence of malformations incompatible with life. Early fetal and neonatal deaths are influenced by the same proximal characteristics of newborns. Efforts should be directed towards increasing adherence to prenatal consultations in basic health units, with special attention to non-white women. Key Words: Linkage, hospital admissions for obstetric complications, neonatal mortality, fetal mortality
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Mathematical models for educational simulation of uterine contractions during labor

Bastos, Luisa Ferreira January 2010 (has links)
Tese de mestrado. Engenharia Biomédica. Faculdade de Engenharia. Universidade do Porto. 2010
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A racionalização das condições de trabalho nos hospitais: uma análise crítica baseada em relatos de ginecologistas obstetras e pediatras atuantes na urgência e emergência / The rationalization of working conditions in hospitals: A critical analysis based on the report of gynecologists obstetricians and pediatricians that work in emergency rooms

Fachini, Flávia Granzotto 17 February 2016 (has links)
CAPES / As unidades hospitalares compõem grande parte do setor de serviços. Desta forma, esses locais são fortemente influenciados pela lógica de acumulação capitalista, pela tecnologia e pelas formas de organização do trabalho, em especial as organizações privadas. Com o movimento de reorganização produtiva e incorporação de tecnologias, são diversas as mudanças no processo de trabalho e, por conseguinte, nas atividades dos profissionais médicos. No decorrer da elaboração desse trabalho foram identificados elementos acerca da banalização do mal. Essa banalização e resignação dos profissionais frente a violência são desencadeadas pela adoção de estratégias coletivas de defesa. Sendo assim, esse trabalho tem por objetivo geral analisar como ocorre a racionalização das condições de trabalho por parte de ginecologistas obstetras e pediatras atuantes na urgência e emergência de hospitais públicos e privados de Curitiba e Região Metropolitana. Como procedimentos metodológicos, utilizou-se a abordagem de métodos mistos. A naturalização da violência, do sofrimento na qual os profissionais são submetidos, estão aliadas ao controle político-ideológico, controle burocrático, o imaginário construído acerca dos hospitais e as estratégias coletivas de defesa. Portanto, é possível compreender que as condições de trabalho de ginecologistas obstetras e pediatras na urgência e emergência são racionalizadas. Quando a injustiça social é naturalizada não são possíveis estratégias políticas de mudanças. Por isso, o primeiro passo é a tomada de consciência, é preciso desvelar a realidade, compreender os fenômenos em seu cerne e descartar superficialidades. É também necessário que as ações e as manifestações de indignação estejam aliadas a ações políticas com vistas a transformações. / Hospitals are a big part of the service sector. Thus, such institutions are highly influenced by the logic of the capitalist accumulation, technology and forms of labor organization, especially by private organizations. Starting with the restructuring process motion and incorporation of technologies, many changes in the working process occur, therefore, the activities of medical professionals as well. During the preparation of this research items regarding the banalization of evil were identified. This banalization and resignation of the professionals face to violence are caused by the adoption of collective defense strategies. Therefore, this research aims to analyze how the rationalization of working conditions by gynecologists obstetricians and pediatricians working in the emergency rooms of public and private hospitals in Curitiba and metropolitan region occurs. An approach of mixed methods was used as methodological procedures. The naturalization of violence, the suffering which professionals are submitted to, are combined with the political and ideological control, bureaucratic control, the imaginary built about hospitals and collective defense strategies. It is therefore possible to understand that labor conditions of gynecologists obstetricians and pediatricians in emergency rooms are rationalized. When social injustice is naturalized, political strategies for changes are not possible. For this reason, the first step is to gather awareness, there is a need to unveil the reality, to understand the phenomena at its core and discard superficialities. It is also necessary that the actions and expressions of indignation to come hand in hand with political actions in order to change to happen.
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Valvopatia mitral em gestantes: repercusões maternas e perinatais / Maternal and perinatal events in pregnant women with mitral valve disease

Fernandes, Alessandra Fernandez 05 April 2010 (has links)
Os objetivos deste estudo foram correlacionar o tipo de lesão valvar mitral com eventos maternos e neonatais. É um estudo retrospectivo, observacional, realizado na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo. Foram coletados dados de 117 gestações em 111 mulheres com valvopatia mitral e 117 recém-nascidos resultantes destas gestações. No grupo estudado, foram observados 71 casos de gestantes portadoras de insuficiência mitral e 46 casos de gestantes portadoras de estenose mitral e seus 117 recém-natos. O tipo de lesão valvar, a estenose mitral, esteve significantemente relacionado piores classes funcionais (com predominância de CF III/IV), a maior necessidade de uso de medicamentos cardiovasculares, à maior freqüência de internação para compensação do quadro cardíaco, a maiores índices de parto cesárea, a menor média ponderal ao nascimento e a maior incidência de RNs pequenos para idade gestacional. Entretanto, a lesão valvar predominante não influiu com relevância estatística quanto à presença de complicações obstétricas, presença de co-morbidades clínicas, a complicações fetais, índice de Apgar < 7, e necessidade de UTI neonatal. A presença de valvopatia mitral na gravidez, principalmente a estenose mitral, acompanha-se de riscos maternos e perinatais / PURPOSE: To evaluate the maternal (clinical e obstetrical) and perinatal events related to the predominant valvar lesion in pregnant women with mitral valve disease. This is a Observational and retrospective study of 117 pregnancies in 111 patients with mitral disease, followed in a single tertiary center from January 2004 until August 2008. Clinical and obstetrical data were reviewed and analyzed according to the main type of valvar lesion (stenosis or insufficiency). The statistical analysis of the results was performed by chi-square test, Fishers exact test, and Mann-Whitney test. Among the 117 pregnancies (and neonates), there were 71 cases of predominant mitral regurgitation (MR group) and 46 with predominant mitral stenosis. The MS group presented more severe heart failure symptoms (functional class III and IV) during pregnancy, received more cardiovascular drugs and needed more hospital admissions due to cardiac reasons . Concerning perinatal events, MS presented higher rates of cesarean sections, smaller birthweight and higher incidence of SGA (small for gestational age, babies. Nevertheless, the predominant valvar lesion was not significantly related to other clinical co-morbidities, obstetrical or perinatal complications. Mitral valve disease in pregnancy is related to clinical and perinatal events, especially in patients with predominant mitral stenosis
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Valvopatia mitral em gestantes: repercusões maternas e perinatais / Maternal and perinatal events in pregnant women with mitral valve disease

Alessandra Fernandez Fernandes 05 April 2010 (has links)
Os objetivos deste estudo foram correlacionar o tipo de lesão valvar mitral com eventos maternos e neonatais. É um estudo retrospectivo, observacional, realizado na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo. Foram coletados dados de 117 gestações em 111 mulheres com valvopatia mitral e 117 recém-nascidos resultantes destas gestações. No grupo estudado, foram observados 71 casos de gestantes portadoras de insuficiência mitral e 46 casos de gestantes portadoras de estenose mitral e seus 117 recém-natos. O tipo de lesão valvar, a estenose mitral, esteve significantemente relacionado piores classes funcionais (com predominância de CF III/IV), a maior necessidade de uso de medicamentos cardiovasculares, à maior freqüência de internação para compensação do quadro cardíaco, a maiores índices de parto cesárea, a menor média ponderal ao nascimento e a maior incidência de RNs pequenos para idade gestacional. Entretanto, a lesão valvar predominante não influiu com relevância estatística quanto à presença de complicações obstétricas, presença de co-morbidades clínicas, a complicações fetais, índice de Apgar < 7, e necessidade de UTI neonatal. A presença de valvopatia mitral na gravidez, principalmente a estenose mitral, acompanha-se de riscos maternos e perinatais / PURPOSE: To evaluate the maternal (clinical e obstetrical) and perinatal events related to the predominant valvar lesion in pregnant women with mitral valve disease. This is a Observational and retrospective study of 117 pregnancies in 111 patients with mitral disease, followed in a single tertiary center from January 2004 until August 2008. Clinical and obstetrical data were reviewed and analyzed according to the main type of valvar lesion (stenosis or insufficiency). The statistical analysis of the results was performed by chi-square test, Fishers exact test, and Mann-Whitney test. Among the 117 pregnancies (and neonates), there were 71 cases of predominant mitral regurgitation (MR group) and 46 with predominant mitral stenosis. The MS group presented more severe heart failure symptoms (functional class III and IV) during pregnancy, received more cardiovascular drugs and needed more hospital admissions due to cardiac reasons . Concerning perinatal events, MS presented higher rates of cesarean sections, smaller birthweight and higher incidence of SGA (small for gestational age, babies. Nevertheless, the predominant valvar lesion was not significantly related to other clinical co-morbidities, obstetrical or perinatal complications. Mitral valve disease in pregnancy is related to clinical and perinatal events, especially in patients with predominant mitral stenosis

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