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Estudo do comportamento dos gnaisses Casablanca, Juparaná Delicato e Giallo Falésia (Ceará - Brasil) em atmosfera salina /Lima, Maria Angélica Batista. January 2006 (has links)
Resumo: Nesta pesquisa procurou-se simular as condições de atmosfera quimicamente agressiva (atmosfera marinha) por meio da exposição dos gnaisses Casablanca, Juparaná Delicato e Giallo Falésia em duas distintas câmaras climáticas de névoa salina, que permitiram a realização de ensaios do tipo contínuo e cíclico. Os ensaios tecnológicos de controle e as análises realizadas visaram à compreensão e interpretação das alterações observadas ao final dos respectivos tempos de exposição. Para escolha das propriedades tecnológicas avaliadas foram considerados os graus de influência e/ou de dependências no processo de alteração das rochas, bem como o espaço físico da câmara que delimitou as dimensões das amostras que foram expostas e o número de corpos-de-prova que foi ensaiado. No ensaio contínuo foi utilizada a câmara Modelo Bass USC com a temperatura mantida em (35±2)°C, a pressão de ar comprimido em 70 KPa e a solução de ensaio a 5% de NaCl com pH entre 6,5 e 7,2. O acervo exposto nesta câmara salina compreendeu então 73 (setenta e três) corpos-de-prova representando os três gnaisses que foram retirados ao final de 360, 720 e 1080 horas de exposição para realização de ensaios tecnológicos de controle, com a finalidade de monitorar qualitativamente as alterações ocorridas durante os respectivos períodos de exposições. No ensaio cíclico foi utilizada a câmara Modelo BASS MP-GS-01/2004, tendo sido composto por 30 ciclos onde foram alternadas 6 horas de névoa salina com 12 horas de secagem para cada ciclo concluído. Para este ensaio a temperatura foi mantida em (40±5)°C, a pressão de ar comprimido em 70 KPa e a solução de ensaio a 10% de NaCl com pH entre 6,5 e 7,2. O acervo exposto compreendeu 18 (dezoito) corpos-de-prova na forma de cubos com 5cm de arestas, representando os gnaisses Casablanca, Delicato e Falésia... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: In this research, aggressive atmosphere conditions (marine atmosphere) were simulated using three commercial rock types (Casablanca, Delicato and Falésia). The gneisses were located in two different saline mist weathering chambers that operating in continuous and cyclical tests process type. The technological tests for control and analyses allowed the understanding and interpretation of the observed weathering processes after respective time of exposition of the stone. The choice of technological properties was guided by the influence and/or dependence degree of weathering processes with the saline chamber dimensions (influence on size and number of samples). The continuous test method have used a chamber Model Bass USC with the temperature kept in (35±2)°C, the air pressure compressed in 70 KPa and the saline solution (5% of NaCl) with pH values between 6.5 and 7.2. In that test, the gneisses were represented by 73 (seventy three) samples in the chambers that had been removed at the end of 360, 720 and 1080 hours of exposition hours to the control technological tests, in order to monitoring alterations occurred during the respective exposition. The cyclical test have used chamber Model BASS MP-GS- 01/2004. For this test, the samples passed by 30 cycles alternated with saline mist for 6 hours and 12 hours of drying for each concluded cycle. The temperature was kept in (40±5) °C, the air pressure compressed in 70 KPa and the saline solution (10% of NaCl) with pH between 6.5 and 7.2. In that test the gneisses were represented by 18 (eighteen) 5 cm cubic samples in the chambers. These samples had been removed after completing 15 cycles, for visual inspection and photographic register. After 30 cycles, the samples have been weighed in analytical scale and evaluated alterations during the respective exposition period. The two chosen ways (continuous and cyclic accelerated tests) allow... (Complete abstract click electronic access below) / Orientador: Antonio Carlos Artur / Coorientador: José de Araújo Nogueira Neto / Banca: Antônio Gilberto Costa / Banca: Francisco Wilson Hollanda Vidal / Banca: Tamar Bortolozzo Galembeck / Banca: Maria Heloísa Barros de Oliveira Frascá / Doutor
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Cartas pedogeoquímicas dos solos desenvolvidos sobre as rochas vulcânicas da Formação Serra Geral: utilização de um sistema de informação geográfica (SIG) / Not available.Vania Silvia Rosolen 14 March 1996 (has links)
A bacia sedimentar do Paraná tem sido objeto de muitos estudos cujos trabalhos enfocam tanto os aspectos humanos quanto os aspectos físicos da paisagem. As rochas da Formação Serra Geral, as vulcânicas básicas e ácidas, após submetidas aos processos de intemperismo resultam em solos que são bastante conhecidos, principalmente aqueles desenvolvidos a partir de basaltos. Os principais tipos são: a Terra Roxa Legítima e a Terra Roxa Estruturada que dominam na porção norte da bacia e os Latossolos Brunos, Planossolos, Vertissolos, Terras Brunas e Criptopodzólicos presentes na porção sul. Porém, as informações referentes a estes solos são pontuais e dispersas em vários trabalhos, não existindo nenhum trabalho de síntese. Neste trabalho, o enfoque é a compreensão global da evolução e distribuição dos solos formados sobre as rochas vulcânicas da Bacia do Paraná. Para isso, foi criado um banco de dados contendo informações mineralógicas, físicas, químicas e físico-químicas dos solos estudados que serviram de base para a elaboração de cartas pedogeoquímicas da área. Estas cartas foram feitas utilizando um Sistema de Informação Geográfica. Com base nestas cartas foi possível estabelecer a repartição dos principais meios de alteração presentes na bacia e correlacioná-los com as condições ambientais. São eles: meio laterítico dessaturado, meio laterítico aluminizado e meio saturado. / Not available.
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Mapeamento e investigaçào petrológica e geocronológica dos litotipos da região do Alto Rio Negro (PR-SC): um exemplo de sucessivas e distintas atividades magmáticas durante o Neoproterozóico III / Not available.Ossama Mohamed Milad Harara 06 November 2001 (has links)
Estudos geológicos detalhados na região do alto Rio Negro permitiram a identificação de sucessivas e distintas atividades magmáticas durante o Neoproterozóico III, entre 630 e 585 Ma. As principais unidades geológicas mapeadas são: Terreno Gnáissico Granulítico (TGG), Suite Máfica Ultramáfica Piên (SMUP), Suite Granítica Piên-Mandirituba (SGPM), Granito Palermo (GP), Granito Agudos do Sul (GAS) e Granito Rio Negro (GRN). O TGG é constituído principalmente por ortogranulitos máficos e félsicos, metamorfisados em alto grau ao redor de 2060 \'mais ou menos\' 6 Ma (idades U-Pb em zircões esféricos), tendo permanecido estável e frio desde 1800 Ma (idades K-Ar e Sm-Nd) até o Neoproterozóico, quando ocorreu a sua reativação tectono-metamórfica. A SMUP é um ofiolito tipo SSZ (Supra Subduction Zone) incompleto, com peridotitos serpentinizados, serpentinitos, piroxenitos e gabros toléiticos formados em 631 \'mais ou menos\'17 Ma (idades U-Pb SHRIMP em zircões). A SGPM é constituída por três suites graníticas cálcio-alcalinas de alto K. A suíte granítica pré-colisional, formada entre 620 e 610 Ma (idades U-Pb em zircões), é constituída por quartzo monzodioritos e granodiorites sem epídoto magmático e deformados. A suite granítica sin-colisional, formada entre 605-595 Ma (idades U-Pb em zircões e titanitas), é constituída por quartzo monzodioritos, granodioritos e leuco-granodioritos com epídoto magmático e deformados. A terceira suite sin-colisional éconstituída por monzogranitos sem epídoto magmático e deformados. As idades K-Ar (biotita) entre 605 e 595 Ma em todas as suites graníticas indicam o período da deformação e do resfriamento da SGPM e representam o período da colisão nesta região. O conteúdo em elementos traços (alto Ba e Sr e baixos Rb, Nb, Ta, Zr e Y) das suites graníticas sem e com epídoto é compatível com granitos tipo I de arcos magmáticos (VAG). Os dados isotópicos (Nd, Sr e \'delta POT.18\'O \"Zrc\") e litoquímicos mostram claras diferenças entre as suítes graníticas sem e com epídoto e sugerem rochas fontes máficas com maior e menor contaminação por componentes infracrustais paleoproterozóicos. O GP e o GRN são constituídos por monzo-sienogranitos, quartzo monzonitos/quartzo sienitos, monzogabros e rochas graníticas híbridas máficas e félsicas. O GAS é constituído por leuco-granodioritos a duas micas. As rochas híbridas exibem texturas típicas de mistura de magmas: quartzo ocelar manteado por anfibólio com biotita e piroxênio, concentrações máficas e texturas rapakivi e anti-rapakivi. Os monzo-sienogranitos, quartzo monzonitos/quartzo sienitos e leuco-granodioritos apresentam características mineralógicas, texturais e litoquímicas (baixos Al\'ANT.2\'O\'ANT.3.\', CaO, Sr, Ba, Eu e altos Rb, Ga, Ta, Nb, Th, Zr, HREE) típicas de granitos intraplaca (WPG) da tipologia A/PA. Os monzogabros apresentam características litoquímicas (alto conteúdo em elementos LILE e HFSE) típicas de basaltos intraplaca (WPB) ou basaltos continentais(CFB). Os dados geocronológicos (U-Pb em zircões) indicaram idades de 593 \'mais ou menos\' 12 Ma e 593 \'mais ou menos\' 6 Ma para a formação dos monzo-sienogranitos do GP e do GRN e idade de 584\'mais ou menos\' 7 Ma para a formação e o resfriamento dos monzogabros destas unidades. As idades K-Ar (biotita) entre 580 e 570 Ma indicaram o período do resfriamento do GP e do GRN e a estabilidade tectônica da região. Os dados isotópicos (Nd e Sr) para os monzogabros são compatíveis com basaltos WPB ou CFB originados do manto e com contribuição crustal, enquanto os valores de \'delta POT.18\'O (Zrc) indicam somente a origem mantélica. Estes dados isotópicos sugerem ainda a geração dos monzo-sienogranitos, quartzo monzonitos/quartzo sienitos e das rochas híbridas por mistura entre rochas provenientes do manto e rochas infracrustais ou por fusão de monzogabros contaminados. As contínuas e distintas atividades magmáticas nesta região são respostas à mudança do cenário geotectônico, de ambiente de subducção e colisão continental transpressional para um ambiente transtensional tarde a pós-colisional. A SGPM é um arco magmático formado por subducção de uma crosta oceânica para NW. Como conseqüência do fechamento o oceano, da delaminação e da colisão continental entre a SGPM e o TGG, a SGPM seria deformada e a SMUP deformada e obductada, formando a zona de cisalhamento (sutura) Piên-Tijucas. O GP, GRN e o GAS são formados tardiamente e alojados em regime extensional tardi a pós colisional. Neste ambiente, estas unidades foram formadas por \"underplating\" e \"intraplating\" de fusões máficas originadas do manto que causariam fusão parcial da crosta inferior e produção e alojamento de granitos da tipologia A/PA misturados com rochas máficas. O ambiente geotectônico apropriado para este tipo de atividade tectônica e magmática seria esta região pré-suturada e delaminada. / New and recente geological investigations around Piên-Tijucas (suture) shear zone led to the identification of successive and different Neoproterozoic magmatic activities between 630 and 585 Ma. These magmatic activities are continuous responses to geotectonic scenery, which changes from subduction to collision and to late and post-collision extensional settings. The main geological units that were mapped and investigated by geochronological and petrological studies are: Gneiss-granulite Terrain, the Piên Mafic-ultramafic Suite, the Piên-Mandirituba Granite Belt, and the Palermo, Agudos do Sul, Rio Negro and Tarumã Granites. The Piên-Mandirituba calc-alkaline I-type Granite Belt is a magmatic arc-relates toward NW subduction zone. The suture zonre results from oblique collision between the Piên-Mandirituba Granite Belt, to the north, and the reworked Neo-Archean-?Paleoproterozoic Geneiss-granulite Terrain, to the south. As a consequence, the Neoproterozoic supra subduction zone (SSZ) Piên Mafic-ultramafic Suite is tectonically emplaced between these units. The Palermo, Agudos do Sul and Rio Negro Granites are late to post-collision A-PA type granites with mafic rocks and magma mixing processes. The Piên-Mandirituba Granite Belt is formed by three main granite suites. The older (620-610 Ma, U-Pb zircon and titanite ages), pre-collisional granite suite is constituted by magmatic epidote-free deformed quartz monzodiorites to granodiorites and the younger (605-595 Ma, U-Pb zircon and titanite ages), sin-collisional granite suite is constituted by epidote-bearing deformed quartz monzodiorites, granodiorites and leuco-granodiorites. The third sin to late collisional granite suite is constituted by deformed biotite \'+OU-\' amphibole monzogranites. Trace element content such as Rb, Y, and Nb, are compatible with continental arc-related granites both for the epidote-free and epidote-bearing granite suites. Nd, Sr and \'delta POT.18\'O (Zrc) isotopic data show clear diferences between both suites and suggest mantle-derived mafic sources (amphibolitic, basaltic), more (epidote-free) or less contaminated (epidote-bearing) by infracrustal paleoproterozoic component (Gneiss-granulite Terrain). The K-Ar biotite ages between 607-595 and represent the principal collision age. The Piên Mafic-Ultramafic Suite is an incomplete ophiolite sequence, composed by two ultramafic bodies tectonically emplaced along the Piên-Tijucas (Suture) shear zone and constituted by serpentinized peridotites, pyroxenites and rare tholeiitic gabbros. The supra subduction zone (SSZ-type) residual mantle characteristics are indicated by the lithochemical signature such as TiO2, Cr, Co, Y, and Yb contents of the peridotites. New U-Pb geochronological data (SHRIMP) on zircons of the tholeiitic gabbros yielded crystallization ages of 631-632 \'+OU-\' 17/18 Ma. The Palermo, Agudos do Sul, and Rio Negro Granites are components of the expressive Neoproterozoic volcanic and plutonic alkaline-peralkaline Serra do mar Suite (Kaul 1997), which was emplaced along the central and northern border of the Paleoproterozoic Gneiss-granulite Terrain, in extensional, late to post-collisional and anorogenic settings. The Palermo Granite is constituted mainly by non-deformed A-type amphibole-biotite and biotite\'+OU-\' amphibole monzo-syenogranites. Slightly peralkaline (PA-type), sodic amphibole- and pyroxene-bearing quartz monzonites/quartz syenites and small intrusions of monzogabbros associated with mafic and felsic hybrid granites occur secondarily. The Rio Negro Granite exhibits a concentric zonation characterized by the presence, in the internal portion, of a high quantity small intrusions of monzogabbros and associated mafic and felsic hybrid granite rocks. In the external portion occur non-deformed, A-type biotite \'+OU-\'amphibole monzo-syenogranites. The mafic and felsic hybrid granite rocks and associated monzogabbros occur more extensively in this granite than in the Palermo. The Agudos do Sul Granite is essentially constituted by A-type leucogranodiorites with low contents of biotite and muscovite and miarolitic cavities with fluorite. The main accessories minerals are zircon, titanite, and apatite. The A-type monzo-syenogranites of Palermo and Rio Negro are high silica (SiO2 70-80%), aluminous with low Al2O3, CaO, MgO, Sr, and Ba contents and high K2O, Rb, Ga, Ta, Nb, Zr, Hf, U, Th, LREE, and HREE contents, with high Eu negative anomalies. These whole lithochemical characteristics, clearly indicate intraplate signature that are similar to all Serra do mar volcanic and plutonic suite and to many world-wide A-PA type granites. The tarumã Granite represents the continuous magmatic activity between these contrasting I and A granite typology. The monzogabbros intraplated in the Palermo and Rio Negro granites are alkaline and the main trace elements such as Nb, Ta, Th, and Yb clearly indicate within plate signatures. U-Pb zircon dating yielded an age of 593\'+OU-\' 12 Ma for the monzo-syenogranites of Palermo Granite and 593.1\'+OU-\'6.3 Ma for the monzo-syenogranites of tjr Rio Negro Granite, interpreted as the crystallization age of these rocks. For the monzogabbros of the Rio Negro Granite, U-Pb zircons isotopic data yielded an upper intercept age of 584 \'+OU- \'7 Ma, interpreted as the crystallization and cooling of the these rocks. The ENd(T) and Sr87/Sr86(T) of the Palermo and Rio Negro monzogabbros are compatible with the contaminated intraplate and rift zone basalts. The same ENd(T) for the monzo-syenogranites, hybrid rocks and monzogabbros of the Rio Negro and Palermo granites suggest mixing, homogenization and infracrustal contamination and probably generation of A-type monzo-syenogranites by melting of the contaminated monzogabbros. The average \'delta POT.18\'O (Zrc) 0f 5.5 per %0 for monzogabbros are similar to the amntle values and do not indicate crustal contamination or contribution. The Gneiss-granulite Terrain is constituted mainly by LILE depleted mafic and felsic orthogranulites and biotitic and amphibolitic gneiss. Biotite and amphibole-rich mafic orthogranulite also occur. Garnet-rich mafic orthogranulites occur mainly along the Piên-Tijucas shear zone. New U-Pb geochronological data on rounded and elliptical (potato-type) zircon of mafic and felsic orthogranulites yielded ages between 2.1 and 2.0 Ga, interpreted as representative of high grade metamorphism period in the Gneiss-granulite Terrain. In the mafic granulite, elliptical and rounded zircons yielded an upper intercept age of 2062 \'+OU-\' 65 Ma with a zircon concordant age of 2059 \'+OU-\' 6.6 Ma, when in the felsic granulites, rounded zircons yielded upper intercept age of 2.060 \'+OU-\' 19 Ma and the elliptical zircons yielded an upper intercept age of 2115 \'+OU-\' 31 Ma. The age around 2060 Ma of rounded metamorphic zircons in both mafic and felsic orthogranulites (or concordant rounded zircon age of 2059 \'+OU-\' 6.6 Ma) is interpreted as the age of high grade metamorphism peak. Elliptical and acicular zircons extracted from biotite and amphibole- rich chernockites yielded similar upper intercept age of 2200 \'+OU-\' 7.3 / 9.9. This age probably represents and indicates a previous high grade metamorphism. The time gap between K-Ar and the U-Pb rounded metamorphic zircon ages suggests a slow cooling path after the high grade metamorphism peak, in the Gneiss-granulite Terrain. This terrain remained tectonically stable until Neoproterozoic period, between 630 and 585 Ma, when its northern portion was heated (K-Ar ages) and involved by Neoproterozoic subduction, collision and post-collision tectonic-magmatic activities. Sm-Nd isotopic data indicate Neoarchean-paleoproterozoic depleted mantle Ages between 2.7 and 2.5 Ga and suggesting the principal period of the mantle differentiation of the gneiss and granulite protholites.
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Aspectos mineralógicos, genéticos e econômicos das ocorrências diamantíferas da região nordeste do Paraná e sul de São PauloLuiz Antonio Chieregati 16 October 1989 (has links)
As ocorrências diamantíferas do nordeste paranaense e sul do Estado de São Paulo são conhecidas desde meados do século passado, e vem sendo exploradas, de modo intermitente, até os dias de hoje. O diamante ocorre tanto em cascalheiros do leito atual dos rios, como também em aluviões recentes e antigos, constituindo os denominados \"monchões\". Os depósitos são em geral de pequenas dimensões, sendo raros aqueles que suportam um trabalho mecanizado de lavra e beneficiamento. O conteúdo de diamantes nos depósitos também é pequeno, variando os teores entre 0,04 e 0,08 ct/m³. A produção total dos garimpos oscila entre 400 e 1.000 ct/ano de diamantes além de pequena quantidade de ouro obtido como subproduto. As principais ocorrências situam-se na bacia do rio Tibaji, desde os arredores da cidade homônima até cerca de 50 Km a jusante de Telêmaco Borba. Outros rios diamantíferos são o Laranjinha, Cinzas, Jaguariaíva, Jaguaricatu, Itararé e Verde, este último integralmente no Estado de São Paulo. Do ponto de vista geológico, as ocorrências estão posicionadas sobre unidades estratigráficas do Devoniano, permo-Carbonífero e Permiano da bacia do Paraná, sendo rara a presença de depósitos mineralizados, sobre terrenos geologicamente mais antigos ou mais novos do que os mencionados. Além dos parâmetros econômicos e geológicos, os depósitos foram estudados quanto ao seu conteúdo minerológico, buscando-se caracterizar a fonte desses sedimentos bem como a eventual presença de minerais paragenéticos do diamante, indicativos de suas fontes primárias. Entre os minerais pesados verificou-se a predominância das fases ultra-estáveis, Zircão, Turmalina e Rutilo, além da presença marcante de ilmenita, magnetita, goethita, cromita e monazita. Subsidiariamente verificou-se a presença de granadas de cores variadas, anfibólitos, piroxênios, epidoto, estaurolita, apatita, xenotima, anatásio, espinélio verde, ouro e o próprio diamante. Determinações químicas por meio de microssonda eletrônica, efetuadas em granadas, ilmenitas e espinélios da região, não revelaram, entretanto, indícios da presença de kimberlitos. As granadas são constituídas principalmente da molécula de almandina, com pequenas proporções das moléculas de piropo e grossulária. As ilmenitas por sua vez apresentam baixo conteúdo de magnésio, não correspondendo às de natureza kimberlítica. Quanto à presença de minerais de lamproítos na área, os dados obtidos com os espinélios não permitem avançar muito nessa hipótese, já que as características dos mineirais-índice utilizados na prospecção dessas rochas não se encontram suficientemente divulgados na literatura especializada. No que se refere ao diamante, o mesmo é de pequenas dimensões, com peso médio de 0,10 ct não obstante termos registrados o achado de pedras com peso de até de 10 ct. O hábito predominante é o rombodecaédrico, seguido das formas de transição para o octaédro. Subordinadamente ocorrem cristais geminados, agregados policristalinos e o próprio octaédro, além de exemplares irregulares e fraturados. O diamante é predominantemente incolor e de qualidade gemológica. A origem desse diamante tem sido motivo de controvérsia ao longo dos tempos. A distribuição das ocorrências conhecidas, invariavelmente situadas sobre os terrenos paleozóicos da bacia do Paraná, sugere que o diamante esteja sendo liberado dos sedimentos rudáceos dessas unidades. Por outro lado, o balizamento das ocorrências pelas estruturas tectônicas do arco de Ponta Grossa e a presença de rochas alcalinas e alcalino-ultra-básicas na porção central dessa estrutura, permite supor a existência de rochas matrizes primárias do diamante, a elas associadas. Apesar das evidências apontarem para um modelo de reciclagem do diamante, a localização espacial e temporal de suas fontes primárias não deve ser abandonada, uma vez que seu entendimento traz uma importante contribuição para o conhecimento da evolução tectônica dessa porção de nosso continente. / Diamonds have been exploited in northeastern Paraná and southern São PauIo states since the middIe of the Iast century. The mineral occurs in alluvial, elluvial and colluvial deposits, in concentrations ranging from 0.04 up to 0.60 ct/m³, with annual output fIuctuating around 1000 ct/year. In addition, gold has been recovered as a by product of concentrates in many localities. The main occurences and deposits are located in the basins of Tibaji, Laranjinhas, Cinzas, Jaguariaíva and Itararé Rivers. Field surveys revealed that the deposits are reIated to the lower (Furnas Formation) and middle (ltararé Subgroup) portions of the Paleozoic sequences of the sedimentary Paraná Basin. Occurences on Precambrian basement seem to be rare and sporadic. In order to investigate the source of local diamonds, mineral concentrates were sistematically sampled at more then one hundred different targets within the area of recorded diamond exploitation. As identifìed by optical microscopy and X-ray diffraction the mineralogical assemblage comprises mgnetite, goethite, hematite, Iimonite, ilmenite, zircon, rutile, tourmaline, chromite, monazite, garnets, hornblende, epidote, staurolite, apatite, xenotime, anatase, gahnite, corundum, kyanite, gold and diamond. Garnets and ilmenites were analysed in the electron micro probe, in order to search for the primary source of local diamonds. Garnets are mainly magnesium-poor and chromium-depleted almandine. Magnesium and chromium are absent in ilmenites as well. There fore, the absence of Cr-pyrope garnet and Mg-ilmenite, the common mineral indicators of kimberlite, reinforces the hypothesis based on field work that the studied diamonds have been recycIed from the rudaceous units of the Paraná Basin. The study of several parceIs of diamonds from local deposits (garimpos) revealed grain sizes granulometry from 0.01 to 5.0 ct. Diamonds wejghing 10 or more carats have been recorded Occasionally. However, large stones of tens or even hundreds carats Iike those found in western Minas Gerais, have never been recorded in the Tibaji and neighboring areas. As commonly observed elsewhere in Brazil and most worlwide localities dodecahedra is the most common crystal Morphology, foIIowed by forms intermedi ate between dodecahedral and octahedral crystals. Unrounded octahedra, flat twins, pyramidal cube, polycrystalline aggregates, cleavage fragments and borts are less common. As previously observed crystalIine inclusions are mainlly olivine, garnet, spinel and sulphides. The great majority of the diamonds are colorless (90%), the remainder showing variations of green brown and yellow. It is estimated from the examination of parcels totalizing 5,000 carats that 70% are gemological diamonds. The origin of the diamond from Tibaji and neighboring areas has always been a matter of discussion. Apart from old ideas linking these diamonds to acid rocks or kimberlite sources Iocated in Southern Africa via pre-drift glacial transport, current hypothesis are centered on the possibility (or not) of primary sources in the area. Unfortunately, there is still little informations on the nature and distribution of the heavy minerals found together with the diamond, as well as on the geological and tectonics characteristics of the area. Although no kimberlite mineral was found during this research enhancing the possibiIity that the diamond has been recycled from the rudaceous units of the Paraná Basin, this result has to be interpreted in the light of the large size of the area investigated. On the other side until systematic surveys permit a firm conclusion as to the presence or absence of primary sources, the possibility of the presence of kimberlite and/or lamproite intrusions in the area can not be excluded, given the huge amount of basic/ultrabasic dikes associated with the ponta Grossa Arch.
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Aspectos mineralógicos e petrológicos de nefelina sienitos do Maciço Alcalino de Poços de Caldas, MG-SP. / Not available.Mabel Norma Costas Ulbrich 15 February 1984 (has links)
Os nefelina sienitos do distrito alcalino de Poços de Caldas, MG-SP afloram principalmente na parte setentrional e central do maciço, onde constituem corpos discretos de colocação rasa. Mudanças na textura e mineralogia das rochas, como também na estrutura dos corpos, permitem a distinção de vários tipos faciológicos. Os minerais mais abundantes dessas rochas são feldspato potássico e nefelina, acompanhados por quantidades variáveis de piroxênio sódico, e às vezes, por biotita ou anfibólio arfvedsonítico. Os minerais acessórios variam nos diferentes corpos; em alguns acha-se presente uma mineralogia de rochas agpaíticas, com silicatos de metais raros (principalmente eudialita), enquanto que outros são portadores de minerais típicos de rochas miasquíticas, tais como, titanita, biotita opacos e fluorita. A petrografia permite definir o caráter agpaítico ou miasquítico das rochas, cujas evoluções diferentes explicam algumas particularidades químicas dos minerais, especialmente dos máficos. O estudo detalhado do quimismo dos minerais mais importantes fornece elementos para interpretações petrológicas mais abrangentes. Os feldspatos potássicos são geralmente ricos em Or e de estado estrutural variável nos diferentes fácies petrográficos. Na maioria dos casos coexistem microclínio de alta triclinicidade com estados menos ordenados nos mesmos cristais de feldspato, ou em diferentes cristais da mesma amostra. Esta feição, somada à presença de microclínio máximo como único estado estrutural em aguns fácies, sugere ordenamento estrutural submagmático controlado pela natureza peralcalina dos magmas e/ou soluções tardias. A nefelinas são \"meio-potássicas\"; nas rochas de granulação fina a média apresentam teores elevados de excesso de sílica, indicando temperaturas de cristalização superiores a 700°C ou mesmo 800°C nas rochas miasquíticas e de aproximadamente 600°C nas agpaíticas. As nefelinas de rochas ) de granulação grossa concentram-se quimicamente no \"campo de convergência de Morozewicz-Buerger\", correspondente a temperaturas menores de 500 °C, sugerindo provável reequilíbrio submagmático. Os piroxênios variam de egirina-augitas a eriginas. Em alguns fácies minasquíticos nota-se a presença de zoneamento contínuo de soda-augitas \'SETA\' egirina-augitas \'SETA\' egirinas. As biotitas exibem variações químicas marcantes, passando de ricas em Mg (biotitas iniciais) a portadora de teores elevados de annita; na maioria dos casos são manganesíferas. O único anfibólio presente corresponde a uma magnésio arfvedsonita manganesífera rica em F e cuja temperatura mínima de cristalização é estimada em 500-540° C. No maciço alcalino distinguem-se vários fácies petrográficos, existindo, porém, poucos tipos de magma. Tentativamente, sugerem-se apenas dois, o miasquítico e o agpaítico. Estes magmas invadem rochas supracrustais de cobertura (em parte piroclásticas) e tinguaíticos cogenéticos, cristalizando-se a profundidade de poucos quilômetros, e provavelmente em câmaras fechadas. A ausência de enigmatita e faialita entre os minerais máficos das rochas menos agpaíticas indica que em geral os magmas cristalizaram sob condições de \'f IND. O2\' superiores às do \"buffer\" FMQ. / Nepheline syenites in the Poços de Caldas alkaline district crop out mainly in the northern half of the nassif as discrete bodies that were emplaced at shallow depths. Several facies types can be identified in the field based on slight tex tural and mineralogical variations. The mai-n rock-forming minerals are potash feldspar and nepheline, with variable but usually subordinate amounts sodic pyroxene and, occasionally, biotite or arfvedsonite as well. Accessory minerals vary according to rock type: agpaitic nepheline syenite are characterized by rare-metal silicates (mainly eudialite), while miaskitic varieties exhibit sphene, fluorite, and ores. Some variations in mineral chemistïy, especially in pyroxenes, are best explained as differences inherited from the miaskitic or agpaitic parent magmas. Trends in magmatic evolution can best be followed by detailed studies of mineral chemistry. Potash feldspars in these rocks are usually Or-rich, with variable structural states in the different petrographic facies. Highly ordered microcline coexists with less ordered feldspars, sometimes in the same grain, whereas in other facies only maximum microcline is found. These features suggest late-magmatic or submagmatic re- equilibration, directly controlled by the peralkaline Character of the magma or its residual solutions. Nephelinas are of the \"mediopotassic\" variety; large amounts of excess silica are exhibited by nephelines in fine-grained nepheline syenites, indicating true magmatic crystallization temperatures of about 700°C to more than 800°C in miaskitic types and about 600°C in agpaitic types. Compositions of nephelines from coarser rocks cluster within the \"Morozewicz - Buerger convergence field\" evidencing temperatures of 500° or less, thus suggesting subsolidus re-equilibration. Pyroxenes vary from aegirine-augites to aegirines. In some miaskitic facies, continuous zoning from soda augite to aegirine-augite to aegirine is observed. Biotites range from early Mg-rich varieties to late Fe-rich types with substancial Mn contents. Mn-rich Mg-arfvedsonite is the only amphibole found in some agpaitic rocks , a mini mum estimate of crystallization temperature for this mineral is around 500-540°C. Although several lithological facies have been mapped, only two principal magma types are tentatively recognized herein, the miaskitic and the agpaitic types. Nepheline syenites, which are intrusive into genetically related volcano-clastic rocks, now mainly eroded, and tinguaites, probably crystallized in closed magma chambers at depths of only a few km. Lack of fayalite and aenigmatite in miaskitic varieties indicates that crystallization proceed at \'f IND.O2\' values higher than those of the FMQ buffer.
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Geologia e petrologia dos granitóides de Morungaba/SPSilvio Roberto Farias Vlach 20 May 1993 (has links)
Os granitóides de Morungaba (biotita granitos predominantes, dioritos muito subordinados) afloram na região de Morungaba, leste do Estado de São Paulo, por uma área com cerca de 330 km2, ao longo de uma faixa (~ 15 x 35 km2) com orientação NNE. São intrusivos em seqüências orto- e parametamórficas de idades meso- a neoproterozóicas da Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé, ao Sul, e da Faixa Alto Rio Grande, ao Norte. Foram mapeados com critérios faciológicos em escalas 1:50.000 e 1:10.000. Sete unidades estatigráficas constituídas por algumas associações petrográficas principais são reconhecidas e caracterizadas pela suas variabilidades petrográficas e pelos seus mecanismos de colocação. Estas unidades marcam parte importante do magmatismo brasiliano tardi- a posorogênico do Cinturão ltu, no período entre 610 e 590 (\'+OU-\' 20) Ma, cerca de 10-50 Ma após o magmatismo sinorogênico regional. A primeira associação apresenta em geral fácies equigranulares cinzentas (moderadamente) peraluminosas (biotita \'+OU-\' muscovita \'+OU-\' granada \'+OU-\' ilmenita \'+OU-\' magnetita), com %Si\'O IND. 2\' entre 70 e 75, proporções constantes entre os minerais félsicos e baixas suscetibilidades magnéticas (k < 0,2. \'10POT.-3\' emu). As outras duas incluem rochas róseas marginalmente peraluminosas (biotita \'+OU-\' hornblenda \'+OU-\' titanita \'+OU-\' magnetita \'+OU-\' ilmenita \'+OU-\' allanita \'+OU-\' muscovita) com \'k IND. S\' moderadas a baixas [0,0 - 2,0 (.\'10POT.-3\') emu]; em uma delas, a mais félsica (69< %Si\'O IND. 2\' <77), predominam as rochas equigranulares pouco expandidas; na outra aparecem rochas microporfiríticas, porfiríticas e porfiróides, com %Si\'O IND. 2\' entre 64 e 75, moderadamente expandidas, cujos termos mais máficos contêm hornblenda. Na área setentrional, a unidade mais antiga é o Plúton Areia Branca, com forma irregular a alongada; apresenta corpos concordantes de (leuco) monzogranitos peraluminosos, as fácies mais máficas aflorando em zonas marginais. O Complexo Ouro Verde é formado por inúmeros corpos laminares alongados a curvilaminares NW-W/E-NE ou mais irregulares, intercalados concordantemente com as rochas encaixantes; tem forma irregular a alongada NE-NNE; inclui por um lado, monzogranitos peraluminosos e, pelo outro, quartzo monzodioritos, quartzo monzonitos, monzo- e sienogranitos microporfiríticos e porfiríticos marginalmente peraluminosos, os porfiríticos seguramente mais jovens que o Plúton Areia Branca. As duas unidades mostram estruturas pré-cristalização total, às quais podem se sobrepor deformação plástica variável. São sin- a tardicinemáticas e a sua colocação, ora mais permissiva ora mais forçada, foi controlada por movimentos dextrais na Zona de Cisalhamento Monte Sião. Para sudoeste aflora o Plúton Jaguari, a unidade mais nova e a maior desta área, alongado na direção NNE; sua forma é a de um funil assimétrico, com superposição de diques semianelares e corpos irregulares mais jovens. Predominam granodioritos, quartzo monzonitos, monzo- e sienogranitos porfiríticos e porfiróides marginalmente peraluminosos. Os corpos magmáticos são discordantes e invadiram sob influência de movimentos dextrais na Zonas de cisalhamento Monte Sião e Campinas-Pedreira; os mais antigos se colocaram de modo relativamente mais forçado, os mais jovens de modo mais permissivo, associado à stoping e/ou abatimento e a zonas transtensionais. Na área meridional, as associações mais antigas são as das Ocorrências Meridionais, formadas por corpos lenticulares a irregulares de leucomonzogranitos peraluminosos, orientados N-S e NNE, e por variedades híbridas, repartidas irregularmente. Estas rochas são, em parte, teto para os plútons meridionais (Plútons Meridional, Oriental e Itatiba) mais jovens e discordantes. Estes úItimos contêm monzogranitos, com quartzo monzonitos e sienogranitos subordinados, equigranulares a inequigranulares, marginalmente peraluminosos, e são mais jovens que as rochas mais antigas do Plúton Jaguari. O Plúton Meridional, o principal, tem forma quadrangular irregular a lobada para sul e mostra típico zoneamento assimétrico e irregular. O Plúton Oriental, com leve zoneamento irregular parcial é alongado NNE e o Plúton ltatiba, o menor deles, situado a sudeste, apresenta zoneamento concêntrico irregular. Os plútons maiores se colocaram por mecanismos de stoping e subsidência, talvez associados a zonas transtensionais criadas por movimentos sinistrais na Zona de Cisalhamento Campinas-Pedreira. Os quartzo dioritos e quartzo monzodioritos, com granulações e texturas variadas, afloram em pequenos corpos irregulares, diques e enclaves, mais associados aos granitóides mais jovens do Plúton Jaguari, aos leucomonzogranitos das Ocorrências Meridionais e aos granitoides marginais mais antigos do Plúton Meridional. Nos primeiros casos, rochas de natureza híbrida são comuns. Os principais corpos dioríticos invadiram sincronicamente às atividades magmáticas finais e iniciais nas áreas setentrionais e meridionais, respectivamente. Diques contemporâneos ou pouco mais jovens monzograníticos (predominantes) e dioríticos (subordinados) são comuns nas áreas centro-oeste e sudoeste (com enxames orientados N-S/NNE e NW, respectivamente). Representam, em grande parte, o final do magmatismo Morungaba e se colocaram em zonas distensivas que cortam as outras unidades, geradas por movimentação sinistral na Zona de Cisalhamento Campinas-Pedreira. As associações porfiríticas são álcali-cálcicas potássicas, enriquecidas em elementos LIL, com razões LIL/HSF relativamente altas, padrões fracionados de ETR e anomalias negativas pequenas a moderadas de Eu. Os granitóides meridionais marginalmente peraluminosos apresentam afinidades alcalinas, com teores mais baixos em K e algo mais elevados em Na; o fracionamento dos ETR é mais moderado e as anomalias de Eu são mais marcadas. Parte das variedades ocidentais mais félsicas do Plúton Jaguari lhes são similares. Em cada associação, as rochas progressivamente mais máficas são mais ricas em elementos LIL e ETR, com anomalias negativas menos expressivas de Eu. Os monzogranitos peraluminosos apresentam fracionamento moderado de ETR e anomalias negativas acentuadas de Eu. Os quartzo monzodioritos têm similaridades químicas com os granitóides potássicos. A evolução magmática nas principais unidades resulta da combinação de mecanismos de ascenção e colocação de magmas e de cristalização fracionada modal e não modal, destacando-se os mecanismos de mistura e/ou desmistura entre Iíquidos e sólidos, diferenciação por fluxo e cristalização in situ. As variedades híbridas são originadas através da mistura de magmas e/ou de mushes dioríticos e graníticos diferenciados. A cristalização final dos magmas de Morungaba ocorreu sob pressões litostáticas entre 2,0 e 3,0 kbar. As rochas dioríticas e as graníticas marginalmente peraluminosas foram formadas em ambientes oxidantes, com \'delta maiúsculo\'\'IND. NNO(740)\' ~2,0(+1,0 -0,5), com progressivo aumento da ?\'O IND. 2\' e da ? \'IND. H 2O\' com a diminuição de temperatura. Os monzogranitos peraluminosos representam ambientes mais redutores, com \'delta maiúsculo\'\'IND. NNO(670)\' ~0,0 (\'+OU-\' 1,0), a ?\'IND. H2O\' aumentando nas rochas mais félsicas. As temperaturas de saturação para Zr sugerem magmas parentais predominantemente liquidus. Nas rochas graníticas, as relações entre a ?\'IND. H2O\' e a ?\'IND.HF\' se mantiveram no intervalo entre 10 \'POT. 3,2\' e 10\'POT. 4,0\'. As características geoquímicas destas rochas refletem a combinação de fatores herdados das rochas-fonte e adquiridos durante a geração e a cristalização dos respectivos magmas. A gênese dos magmas das rochas potássicas e alcalinas é relacionado a um evento maior de underplating, formado por injeções sucessivas de magmas básico-intermediários oxidados, provenientes de manto litosférico heterogêneo, com diferentes graus de enriquecimento e evolução isotópica. A fusão da parte menos enriquecida deste manto, gerou o magmatismo diorítico de Morungaba com razões (\'ANTPOT.87\'Sr/\'ANTPOT.86\'Sr)\'IND.0\' entre 0,7060 e 0,707 e \'épsilon\'\'IND.Nd(CHUR)\' ~-12,5. As associações petrográficas alcalinas ((\'ANTPOT.87 Sr/\'ANTPOT.86\'Sr)\'IND.0\' entre 0,70-0,707; \'épsilon\'\'IND.Nd(CHUR) entre -13,0 e -10,0) derivam de fontes infracrustais ígneas em fácies granulito, submetidas à fusão por influência destes magmas dioríticos. As rochas potássicas ((\'ANTPOT.87 Sr e \'ANTPOT.86\'Sr) \'IND.0\' entre 0,7070 e 0,7080; \'épsilon\'\'IND. Nd(CHUR)\' entre -14,0 e -13,0) são, provavelmente, originadas da cristalização de magmas básico-intermediários pouco mais antigos e algo mais evoluídos isotopicamente, contaminados por materiais ígneos infracrustais. As associações petrográficas peraluminosas foram derivadas a partir de magmas gerados em ambientes cata- a mesozonais (fácies anfibolito) por fusão parcial de sequências (leuco) meta-tonalíticas a meta-granodioríticas. As idades modelo Sm/Nd sugerem diferentes eventos de reorganização geoquímica na litosfera. Postula-se, em uma primeira etapa, a formação de crosta tonalítica-granodiorítica, a rocha-fonte para as fácies peraluminosas (há cerca de 2,3 Ga). Uma segunda etapa, mais jovem (~2,0 Ga), seria marcada por extenso underplating básico-intermediário, que teria gerado os materiais-fonte para as rochas alcalinas, com paralelo (?) enriquecimento do manto litosférico em elementos LIL. Este manto, heterogeneamente enriquecido, foi a fonte predominante para as rochas dioríticas e teve participação significativa na gênese dos granitóides potássicos. O magmatismo álcali-cálcico e a sua passagem para o magmatismo alcalino marcariam, respectivamente, uma transição relativamente rápida entre os períodos sin- a tardiorogênico e tardi- a posorogênico na região leste do Estado de São Paulo. Estes fenômenos são interpretados como respostas à evolução do manto litosférico e conseqüente estiramento litosférico regional, provocando a fusão de materiais-fontes progressivamente menos férteis. / The Morungaba granitoids crop out in the Morungaba region, eastern part of the State of São Paulo, southeastern Brazil as an irregular-elongated NNE belt (appr. 15 x 35 km2), covering about 330 km2. The rocks intruded into Meso- to Neoproterozoic ortho- and parametamorphic sequences belonging, in the southern area, to the Socorro-Guaxupé Nappe and, to the north, to the Alto Rio Grande Belt. Detailed mapping was performed using 1:50.000 and 1:10.000 scales. Seven intrusive stratigraphic units were recognized, constituted by some petrographic associations, each with distinct petrographic ranges and intrusion styles. The units are important constituents of the Late- to postorogenic Brasiliano magmatism of the regional granitoid Itu Belt, with intrusion ages around 610 to 590 (\'+OU-\' 20) Ma, postdating by about 10 to 50 Ma the earlier sinorogenic events. The first association presents grey equigranular, moderately peraluminous, granitoids (with biotite (\'+OU-\' muscovite \'+OU-\' garnet \'+OU-\' ilmenite \'+OU-\' magnetite), with a Si\'O IND. 2\' range of 70-75%, little variation in proportions of felsic minerals, and low magnetic susceptibilities (k < 0,2 . \'10PONT.-3\' emu). The other two associations, include mostly pink, metaluminous to peraluminous ( marginally peraluminous) granitoids (with biotite \'+OU-\' hornblende \'+OU-\' sphene \'+OU-\' magnetite \'+OU-\' ilmenite \'+OU-\' allanite \'+OU-\' muscovite), both showing low to moderate k values [0,0 - 2,0 (.\'10PONT.-3\' emu)]; one of them, mostly with equigranular, more felsic varieties (Si\'O IND. 2\' about 69-77%), shows litle modal variation, while the other is mainly constituted by more varied, microporphyritic to porphyroid granitoids (Si\'O IND. 2\' between 64-75%) with hornblende present in the more mafic members. In the northern area, the oldest unit is the Areia Branca Pluton, irregular to elongated, made up of concordant intrusions of zoned peraluminous leucomonzogranites (more mafic facies located at the outside). The Ouro Verde Complex, also irregular to elongated to the NE-NNE, presents many elongated granitic laminar bodies (oriented NW-W to E-NE) concordantly interleaved with country rocks; the granites of the complex are, on the one hand, peraluminous monzogranites and on the other hand an assorted set of marginally peraluminous granitoids (quartz monzodiorites and monzonites; monzo- and syenogranites); the last set is younger than the rocks of the Areia Branca pluton. Both the cited units present pre-crystallization structures, sometimes overprinted by later plastic deformation; they intruded in a sin- to latekinematic (\"forceful\" to \"permissive\") regime and their emplacement was apparently controlled by dextral movements of the Monte Sião shear-zone. To the SW of these units, the Jaguari Pluton is found, the youngest and largest intrusion in this area, elongated to the NNE. The pluton shows the form of an asymmetric funnel, cut by ring dikes and irregular bodies. Its main granitoids are marginally peraluminous porphyritic to porphyroid granodiorites, quartz monzonites and monzo- and syenogranites. The individual bodies are discordant and were emplaced on account of dextral displacement of the Monte Sião and Campinas-Pedreira shear zones, the earliest ones under the influence of more forceful regime, the youngest ones more permissively with several evidences of marginal stoping and local or regional block foundering. In the southern region, the oldest association are that present in the Southern Occurrences, made up of lenticular to irregular bodies, oriented N-S to NNE, of peraluminous leucomonzogranites and hybrid rocks, the last ones with more irregular distribution. These rocks are in part roof rocks for the younger and discordant southern intrusions (Meridional, Oriental and Itatiba Plutons). These plutons are constituted by predominant monzogranites, with subordinate quartz monzonites and syenogranites, marginally peraluminous, equigranular to inequigranular rocks, and younger than the older rocks of the Jaguari Pluton. The main occurrence is the Meridional Pluton, with a squarish to irregular outline and southern lobate projections; it shows irregular to asymmetric zonation. The slightly zoned Oriental Pluton is somewhat elongated to the NNE, while the Itatiba occurrence, also showing a concentric zoning, is the smallest of the three. The largest pluton of this area invaded permissively by means of stoping and subsidence of country rocks, perhaps related to transtencional zones created by sinistral movements of the Campinas-Pedreira shear zone. Quartz diorites and quartz monzodiorites, presenting variyng grain sizes and textures, are observed as enclaves, dikes and smaller irregular occurrences, more so in the younger granitois of the Jaguari Pluton, within the leucomonzogranites of the Southern Occurences more so in the younger granitos of the Jaguri Pluton, within the leucomonzogranites of the southern Occurences (where hybrid rocks are commmon), and in the older border granitoids of the Meridional Pluton. The main diorite occurrences are contemporaneous with the initial southern magmatic intrusions and with the waning stages of the northern magmatism. Contemporaneous or somewhat younger monzogranitic predominant and subordinate dioritic dike swarms are frequently observed in the central-western and SW parts of the district, repectively oriented to the N-S/NNE and to the NW. They represent the last events of the Morungaba magmatism ad were emplaced within extensional fractures created by sinistral movement of the Campinas-Pedreira shear zone. All porphyritic rock associations are alkali-calcic, potassic, with enrichment in LIL elements ad relatively high LIL/HFS elemental ratios, also showing fractionated REE patterns and small to moderate negative Eu anomalies. The marginally peraluminous southern granitoids present alkaline affinities, with lower K and higher Na values; REE fractionation is moderate, with increased negative Eu anomalies. Some of the more felsic facies of the Jaguari Pluton are chemically similar. In each rock association, the more mafic members are more REE enriched, with lesser marked Eu anomalies. The quartz diorites are chemically similar to the potassic granitoids. Magmatic evolution in the principal units results from a combination of several mechanisms, involving ascent and emplacement of magmas together with fractional (modal and non-modal) crystallization. The hybrid facies form by mixing of dioritic and differentiated granitic magmas or mushes. The final crystallization of the Morungaba magmas took place under pressures of 2 to 3 kbar. The diorites and the marginally peraluminous granites crystallized in an oxidizing environment, at \'(delta) IND. NNO(740)\' = 2,0 (+ 1,0, -0,5), with a progressive increase in ?\' IND. O2\', and ?\' IND. H2O\' as temperature decreased. The peraluminous monzogranites were formed under more reducing conditions \'delta IND. NNO(670)\' = 0 (\'+OU-\' 1), the Areia Branca Pluton showing decreasing ?\'O IND. 2\' in the more felsic rocks. The Zr saturation temperatures suggest that the corresponding magmas were probably largely liquid. In the granites, the ?\' IND. H2O\'/ ? \'IND. HF\' ratios remained between \'10 POT. 3,2\' and \'10 POT. 4,0\'. The main geochemical features of these rocks are a conbination of original source characteristics and those acquired during the melting episode and subsequent evolution. The generation of the more potassic and alkaline magmas is attributed to a major underplating event caused by successive intrusions of oxidized basic-intermediate magma, realeased from a heterogeneous Iithospheric mantle showing different degrees of enrichment and of isotopic evolution. The less enriched portion of this mantle (\'ANTPOT. 87 Sr/\'ANTPOT. 86 Sr\' between 0,7060 and 0,7070; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' ~-12,5) was the source for the dioritic magmatism. The alkaline associations were derived from lower crustal granulitic layers of igneous orign ((\'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\'\')IND. 0\' between 0,7070; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' between -13 and -10), during a melting episode triggered by the basic-intermediate magmas. The potassic rocks ((\'ANTPOT. 87Sr\'/\'ANTPOT. 86Sr\'\')IND. 0\' between 0,7070 and 0,7080; \'épsilon IND. Nd(CHUR)\' between ~-14 and -13) and were probably formed by crystallization of somewhat and isotopically evolved basic-intermediate magamas, contamined by crustal material. The peraluminous associations were generated by melting of amphibolite-facies cata-to mesozonal crustal igneous rocks, representing the metamorphic equivalents of tonalites and granodiorites. The Sm/Nd model ages indicate at least two events of lithospheric geochemical reorganization. At about 2,3 Ga, a tonalitic-granodioritic crust was formed, later on converted into the source rocks for the peraluminous Morungaba granites. A second stage occurred at about 2,0 Ga, with extensive underplating by basic-intermediate materials and simultaneous enrichment of the lithospheric mantle in LIL elements, wich was the main source rocks for the alkaline and (in part) the potassic Morungaba sequences. The alkali-calcic Morungaba magmatism marks the transition between the sin-to lateorogenic stages, and the alkaline granite intrusions determine the postorogenic Brasiliano phase in the eastern State of São Paulo. These geologic phenomena are interpreted as a response to the evolution of the lithospheric mantle, coupled with a regional lithospheric stretching and melting of progressively less fertile source rocks.
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Geologia e Petrologia do Distrito Alcalino de Lages, SC / Not available.Luiz Fernando Scheibe 15 August 1986 (has links)
Em mapa geológico na escala de 1:100.000 estão representadas as principais áreas dos 50 km2 de afloramentos das rochas alcalinas leucocráticas, rochas ultrabásicas alcalinas, carbonatitos e brechas vulcânicas intrusivos nas camadas sedimentares gondwânicas e com idades restritas a um pequeno intervalo que caracterizam o Distrito Alcalino de Lages. As rochas alcalinas leucocráticas constituem os corpos maiores e compreendem analcita traquitos, fonolitos (agpaíticos) e nefelina sienitos porfiríticos (miasquíticos), na porção sudeste, e fonolitos porfiríticos, mais a noroeste do distrito. As rochas ultrabásicas são olivina melilititos e olivina nefelinitos, geralmente ricos em flogopita, que ocorrem como diques ou formando a matriz de brechas vulcânicas. Estas estão distribuídas por todo o distrito, e pelo menos quatro apresentam mineralogia indicativa de caráter kimberlítico. Os carbonatitos da Fazenda Varela têm composição ankerítica, com muita barita e synchisita, e são intrusivos em brechas feldspáticas resultantes da fenitização de rochas sedimentares. Na microssonda eletrônica foram analisados feldspatos; nefelinas de alta e baixa temperaturas; clinopiroxênios com forte zonação devido à variação nos teores de diopsídio e hedembergita; egirina-augitas e mangano-pectolitas de cristalização tardia nos fonolitos; olivinas magnesianas e melilitas magmáticas nas rochas ultrabásicas alcalinas. Um estudo mais abrangente das flogopitas mostrou que as dos olivina melilititos e olivina nefelinitos são respectivamente semelhantes às micas dos kimberlitos e dos lamproítos; as dos nefelina sienitos porfiríticos às dos lamprófiros calcoalcalinos; e que ocorrem altos teores de BaO e TiO2, correspondendo a um enriquecimento extremo desses elementos nas soluções finais de cristalização da rocha. As granadas, ilmenitas e clinopiroxênios de algumas brechas de chaminé apresentam características compatíveis com uma origem kimberlítica. As análises químicas de 33 amostras de rocha total confirmam a definição dos tipos petrográficos, mas os índices agpaíticos, quase sempre inferiores à unidade, não refletem adequadamente as variações mineralógicas entre as variedades alcalinas leucocráticas. Dentre estas, os fonolitos porfiríticos têm comportamento químico anômalo, sugerindo condições diversas de cristalização. Tanto os fonolitos porfiríticos como os fonolitos, por outro lado, mostram acentuada dicotomia quanto aos teores de NA2O. Análises apenas parciais indicam tendência dos teores das terras raras leves e pesadas de declinar dos termos básicos para os mais evoluídos, mantendo-se aproximadamente constante a relação La/Y, exceto para poucas amostras dos fonolitos, analcita traquito e um fonolito porfirítico. Teores elevados de terras raras leves nas rochas ultrabásicas alcalinas são interpretados como indicadores de diferenciação. Onze novas idades K/Ar de amostras de nefelina sienitos porfiríticos, fonolitos porfiríticos, fonolitos, rochas ultrabásicas alcalinas e de brechas de chaminé, somadas às seis anteriormente conhecidas, apontam para uma concentração entre 65 e 75 Ma, com a moda em torno dos 70 Ma. Uma isócrona de referência Rb/Sr fornece no entanto uma idade de 82 \'+ OU -\' 6 Ma para os fonolitos da Chapada, cujo caráter agpaítico sugere formação posterior à dos nefelina sienitos porfiríticos. Razões iniciais \'Sr POT.87\'/Sr POT.86\' entre 0,705 e 0,706 são consideradas compatíveis com uma origem mantélica subcontinental, sem evidências de contaminação crustal. A localização do Distrito Alcalino de Lages está governada pelo levantamento de um grande bloco crustal limitado a norte pelo alinhamento de Corupá, e a sul, pelo Rio Engano; no interior desse bloco, a maioria dos afloramentos se concentra segundo uma faixa de direção N60°E. Um modelo petrogenético desenvolvido com base em diagramas de subtração e levando em conta as características geológicas, petrográficas, mineralógicas e petroquímicas das rochas alcalinas de Lages compreende fusão parcial limitada, com contribuição de CO2, do manto superior previamente metassomatizado, numa região submetida a descompressão. Da cristalização fracionada dos líquidos parentais nefeliníticos resultariam as rochas ultrabásicas alcalinas; frações carbonatadas imiscíveis dariam origem aos carbonatitos, e os líquidos residuais evoluiriam por cristalização fracionada formando as rochas alcalinas leucocráticas miasquíticas e as agpaíticas. Os kimberlitos e demais brechas de chaminé resultariam de atividade vulcânica final, com alta proporção de voláteis. / A 1:100.000 geological map shows the main outcrops, covering about 50 km2, of the leucocratic alkaline rocks, ultrabasic alkaline rocks, carbonatites and volcanic breccias which intruded the Gondwanic sedimentary rocks within a short time interval and characterize the Alkaline District of Lages. The leucocratic alkaline rocks form the largest bodies and consist of analcite trachytes, phonolites (agpaitic) and porphyritic nepheline syenites (miaskitic) in the southeast and porphyritic phonolites in the northwest. The ultrabasic alkaline rocks are olivine melilitites and olivine nephelinites, usually rich in phlogopite, which occur as dikes or as the matrix in volcanic breccias. These breccias are distributed over the whole district, and at least four of them have a kimberlitic character, as indicated by their mineralogy. The Fazenda Varela carbonatites intruded fenites (feldspathic breccias) and consist of heterogeneous bodies made up mostly of ankerite, barite, k-feldspar and synchisite. Analyses with the microprobe were done on feldspars; high and low temperature nephelines; strongly Di-Hd-zoned clinopyroxenes, late-crystallized aegirine-augites and manganopectolites from the phonolites; high-Mg olivines and magmatic melilites from the ultrabasic alkaline rocks. A more comprehensive survey on the phlogopites showed that those from the olivine-melilitites and olivine-nephelinites are similar, respectively, to those from kimberlites and lamproites; those from the porphyritic nepheline syenites, to those from the calc-alkaline lamprophyres, and those from an auto-brecciated nephelinite are very BaO - and TiO2 - rich, indicating extreme enrichment of these elements in the late-crystallizing liquids. The garnets, ilmenites and clinopyroxenes from some pipe-breccias show characteristics compatible with a kimberlitic origin. Chemical analyses of 33 whole-rock samples confirm the petrographic classification, but the agpaitic indexes, mostly below 1.0, do not reflect the mineralogical variations of the leucocratic alkaline rocks adequately. Among these rocks, the porphyritic phonolites display an accentuated dichotomy with respect to Na2O content. Partial REE analyses indicate that the light as well as the heavy rare earth contents decrease from the basic to the more evolved rocks, the La/Y ratio remaining approximately constant, except for a few phonolites, the analcite-trachyte and one porphyritic phonolite. High contents of light rare earths in the ultrabasic alkaline rocks are interpreted as indicative of differentiation. Eleven new K/Ar ages from porphyritic nepheline syenites, porphyritic phonolites, ultrabasic alkaline rocks and pipe-breccias, together with six already available ages, show a major concentration in the range 65 to 75 Ma, with a mode at ca. 70 Ma. But one Rb/Sr whole-rock reference isochron diagram gives an age of 82 \'+ OU -\' 6 Ma for the agpaitic phonolites of the Serra da Chapada, which are considered younger than the miaskitic porphyritic nepheline syenites. The \'ANTPOT .87 Sr/ ANTPOT.86 Sr\' ratios of 0.705-0.706 are compatible with a subcontinental mantellic origin, devoid of crustal contamination. The localization of the Alkaline District of Lages was governed by the uplift of a large crustal block limited to the north by de Corupá and to the south by Rio Engano lineaments; within this block, most of the outcrops are concentrated along a N60E trend. A petrogenetic model based on subtraction diagrams and taking into consideration the geologic, petrographic, mineralogic and petrochemical characteristics of the alkaline rocks of Lages consists of limited partial melting with CO2 contribution of the previously metasomatized upper mantle, in a region submitted to decompression. The ultrabasic alkaline rocks would result from the fractional crystallization of the nephelinitic parental liquids; imiscible carbonated fractions would give rise to the carbonatites, and residual melts could evolve by fractional crystallization, thus generating the miaskitic and agpaitic leucocratic alkaline rocks. Kimberlites and other pipe-breccias would result from terminal volcanic activity with a high proportion of volatiles.
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Geologia da porção basal do \"Greenstone Belt\" de Piumhi-MG / Not available.Alexandre Patricio Chiarini 17 August 2001 (has links)
A porção da seqüência metavulcano-sediemntar (SVS) de Piumhi enfocada neste trabalho representa a parte basal de um greestone belt arqueano a paleoproterozóico, e foi estudada em seus aspectos estruturais, petrográficos, geoquímicos e metalogenéticos. A análise estrutural propiciou uma melhor compreensão da evolução tectônica geométrica/estratigráfica, e da cinemática interna da SVS, e da relação com as outras unidades precambrianas justapostas em contato direto. A SVS ocorre cavalgando o corpo granítico TTG a norte, em zonas de cisalhamento com forte milonitização junto ao contato. Este conjunto forma o embasamento do Grupo Bambuí, que o recobre com contatos sedimentares, apresentando apenas alguns distúrbios tectônicos locais na forma de falhas inversas menores e pequenas transcorrências rúpteis. Num último evento tectônico regional importante, este conjunto autóctone TTG-greenstone belt e suas coberturas plataformais (Grupo Bambuí), foram recobertas pelas seqüências quartzíticas alóctones de nappe do Grupo Canastra. Os estudos petrográficos e geoquímicos mostraram a necessidade de se redefinir a classificação e nomenclatura utilizadas na literatura sobre a SVS. Conduziram também à revisão da evolução magmática da SVS e à caracterização dos processos de alteração hidrotermal que modificaram sua associação litológica original. Por fim, foi estudada a relação destes processos com a metalogênese, na geração de hidrotermalitos e rochas sedimentares exalativas, portadoras de indícios de mineralizações de ouro e metais-base. A unidade basal mapeada é constituída por rochas vulcânicas de composição intermediária a ácida (andesitos basálticos, dacitos e riolitos), de caráter toleiítico a transicional para cálcio-alcalino. Cálculos e modelamentos litogeoquímicos sustentam a evolução cogenética destes litotipos através de diferenciação por fracionamento magmático. A maior parte destas rochas foi alterada ) hidrotermalmente por processos de espilitização, epidotização, keratofirização e silicificação. A unidade sobreposta é constituída por rochas vulcânicas basálticas magnesianas, com texturas spinifex bem desenvolvidas, embora estejam sempre pseudomorfisadas por paragêneses secundárias metamórficas, de fácies xisto verde média a superior. Na literatura estas rochas são referidas notoriamente como komatiítos, entretanto, não o são nem mineralogicamente e nem geoquimicamente. Apresentam majoritariamente texturas spinifex aciculares, segundo clinopiroxênios, e muito raramente spinifex em placas, segundo olivinas. Além disso, seus teores de sílica são muito elevados, alcançando até teores intermediários. Por fracionamento, que ocorre em derrames diferenciados, estes basaltos magnesianos dão origem a andesitos basálticos. Admite-se aqui, com base em dados geoquímicos, que estas rochas possam representar equivalentes extrusivos dos magmas mais primitivos, a partir dos quais as rochas vulcânicas intermediárias da unidade basal teriam se diferenciado em profundidade. Os basaltos magnesianos, pouco alterados, mostram características toleiíticas, de evolução em ambiente de retro-arco, numa crosta continental pouco espessa. Intercaladas nesta unidade, encontram-se ainda a maioria das formações ferríferas bandadas (BIF), às quais constituem importantes alvos metalogenéticos. A composição química destas formações ferríferas foi comparada aos elementos mobilizados das rochas vulcânicas nos processos de alteração, identificados e quantificados através de cáculos de balanço de massa. O quimismo dos BIF mostrou forte correlação principalmente com os elementos lixiviados na espilitização dos andesitos basálticos. Verificou-se assim, com a aplicação dos modelos numéricos às ocorrências naturais de Piumhi, a possível ligação destes processos de alteração hidrotermal de fundo oceânico com a gênese dos fluidos ) exalativos que deram origem, e eventualmente, mineralizaram, as formações ferríferas. Ouro ocorre nestas formações ferríferas, conforme mostrado por análises geoquímicas realizadas por ICP-AES em extrações seletivas, por vezes, com fortes anomalias (efeitos-pepita). Cálculos indicam correlação positiva do Au, com Co, As, Zn, Ni e Sb, confirmando-os neste estudo como elementos traçadores na prospecção. / The metavulcano-sedimentary sequence (VSS) portion of Piumhi, focused in this work, represents the basal part of an Archean to Paleoproterozoic greenstone belt, and has been studied in its structural, petrographical, geochemical and metalogenetic aspects. The structural analysis provided a better understanding of the geometric/stratigraphic tectonic evolution and internal kinetics of the VSS, and of its relationship with the other juxtaposed precambrian units in direct contact. The VSS occurs thrusting a TTG granitic body to the north, in shear zones with strong milonitization near the contact. This set corresponds to the basement of the Bambuí Group, that covers it with sedimentary contacts, presenting only some tectonic local disturbances, represented by some small reverse and transcurrent ruptile faults. In the last important regional tectonic event, this autoctonous TTG-greenstone belt set, and its plataformal cover (Bambuí Group), were covered by the quartzitic aloctonous sequences of the Canastra Group nappe. The petrographical and geochemical studies showed the necessity of a redefinition on the classification and nomenclature used in the literature for the VSS. They also lead to the revision on the magmatic evolution of the VSS, and to the characterization of the hydrothermal alteration that modified the original litologic association. Still, the relation among these processes with the metalogenetic aspects has been studied, in the generation of hydrothermalites and exalative sedimentary rocks, containing traces of gold and base metals mineralizations. The mapped basal unit is constituted by volcanic rocks of acid to intermediate composition (basaltic andesites, dacites and rhyolites), of toleiitic to transitional calcalkaline feature. Litogeochemical calculations and modeling support the cogenetic evolution of these litotypes through differentiation by magmatic fractionating. Most of these rocks were altered hydrothermally by espilitization, epidotization, keratophyrization and silicification processes. The uppermost unit is composed by magnesian basaltic volcanic rocks, with well developed spinifex textures, although they are always in pseudomorphs replaced by metamorphic secondary paragenesis of medium to high greenschist facies. In literature, these rocks are referred notoriously as komatiites, however, their mineralogical and geochemical aspects indicate that they are not these litotypes. They present acicular spinifex textures, as clinopyroxene shapes, and rarely blade spinifex, as olivine shaped crystals. Besides, their silica rates are high, reaching intermediate rock values. Through fractionating, that occurs in differentiated basaltic flows, these magnesian basalts originated basaltic andesites. It is assumed here, based on geochemical data, that these basaltic rocks may represent extrusive equivalents of the most primitive magmas, which originated the intermediate volcanic rocks of the basal unit, differentiated in depth. The magnesian basalts, less altered, show toleiitic characteristics, evolving in a back-arc environment, in a thin continental crust. Intercalated in this unit is the majority of the banded iron formations (BIF) in the VSS, which constitutes important metalogenetic targets. The chemical composition of the iron formations was compared to the mobilized elements of the volcanic rocks in the alteration processes, identified and quantified through mass balance calculations. The chemical characteristics of the BIF showed strong correlation mainly with the leached elements in the espilitization processes suffered by the basaltic andesites. Therefore, with the application of numerical models to the natural occurrences in Piumhi, is suggested the possible link of these processes of deep-sea hydrothermal alterations, with the exalative fluids that originated and eventually mineralized the iron formations. Gold occurs in these iron formations, as verified in geochemical analysis made by ICP-AES in selective extractions, sometimes, with strong anomalies (nugget effects). Calculations indicated positive correlation of Au, with Co, As, Zn, Ni and Sb, confirming them as tracer elements in prospection.
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Investigacoes geológicas e petrológicas das brechas vulcânicas do Maciço de Tunas, PR / Not available.Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos 18 April 1991 (has links)
As brechas vulcânicas do maciço alcalino de Tunas são estudadas detalhadamente com base na sua petrografia e análise de minerais da matriz por microssonda. O maciço é formado de sienitos, sienitos alcalinos, gabros, monzogabros, dioritos, monzodioritos, veios pegmatóides e diques alcalinos (traquitos, microssienitos e bostonitos). Essas rochas consistem de feldspatos, clinopiroxênios, biotitas e anfibólios em maior quantidade e, subordinadamente, de olivina, feldspatóides ou quartzo, opacos, zircão e apatita. São descritos sete corpos de brechas aflorando em localidades diferentes do maciço, quatro na sua porção noroeste e três na parte central. As brechas, classificadas como intrusivas de conduto e tufisíticas, são constituídas por clastos de rochas formadoras do maciço, rochas encaixantes e por fragmentos essenciais. Elas são também separadas com base no tipo de matriz. O cálculo da proporção dos clastos em relação à matriz para fins de classificação textural, efetuado em diversas etapas, permite distinguir brechas suportadas por matriz, por matriz e clastos e somente clasto(tipo menos comum). Análises de fedspatos e piroxênios por microssonda revelam a estreita associação dessas rochas com as demais litologias alcalinas do maciço. O modo de ocorrência, o tamanho, a forma e a composição dos clastos e o tipo de matriz das brechas de Tunas são comparados com dados de literatura. Para a sua formação propõe-se uma origem com base nos processos de fluidização, com participação de correntes fluidizadas. / The volcanic breccias of the Tunas álcali massif are studied in details through their petrography and analysis of the matrix minerals by microprobe. The massif is formed by syenites, alkali syenitesm pegmatoides veins and alkali dikes (trachytes, microsyenites and bostonites). These rocks are fundamentally composed of feldspars, clinopyroxenes, biotites and amphiboles and, subordinately, of olivines, feldspatoids or quartz, opaques, zircon and apatite. Seven breccia bodies are described in different outcrops of the massif, four bodies in the northwest portion and three bodies in the central portion. The breccias are classified as intrusives of conduit and \"tufisiticas\". They are constituted of clasts of rocks that form the massif of country rocks and of essencial fragments. These rocks are also classified by the kind of matrix. The proportional balance of the clasts about the matriz (based on textural classification) permits the distinction of the breccias as: \"matrix-supported\", \"clast-matrix-supported\" and \"clast-supported\". The microprobe analysis of feldspars and pyroxenes shows the association of these rocks with the other alkali lithologys of the massif. The kind of matrix, the size, the form, the composition and how the clasts appear are compared with information from literature. We propose (for its formation) a fluidization process with fluidity currents.
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Petrologia de rochas ultramáficas associadas ao Grupo Andrelândia e seu embasamento, na região de Liberdade, Arantina, Andrelândia, São Vicente de Minas e Carrancas, MG / not availableSoraya Almeida 18 November 1998 (has links)
Este trabalho compreende o estudo de rochas ultramáficas inseridas em seqüências metassedimentares proterozóicas do Grupo Andrelândia e em seu embasamento, nas regiões de Liberdade, Arantina, Andrelândia, São Vicente de Minas e Carrancas, Minas Gerais. Dois conjuntos foram reconhecidos entre os litotipos estudados. O primeiro é constituído por rochas ultramáficas cujas características indicam uma origem por cristalização de magmas toleíticos, com alta razão MgO/FeO, sob condições elevadas de pressão, e, o segundo, por tipos mais diferenciados, com características de cristalização em níveis mais rasos, de origem vulcânica/subvulcânica. Ambos os tipos estão representados nos Domínios II e III, definidos por Ribeiro et al., (1990). Rochas do primeiro grupo são interpretadas como produtos de cristalização fracionada de fusões retidas na base da crosta (underplated). A ascensão dos líquidos residuais gerados por este processo, ao longo da evolução da bacia proterozóica, dariam origem às rochas que compõem o segundo grupo, com as quais demonstram afinidades químicas. Ambos os grupos foram, posteriormente, submetidos a processos metamórficos polifásicos e justapostos, em algumas áreas, por falhas de empurrão relacionadas ao fechamento da bacia. Os registros metamórficos indicam que condições semelhantes de pressão foram atingidas, por ambos os conjuntos, nos Domínios II e III. As assembléias ultramáficas de mais alto grau, apresentam, entretanto, diferentes condições de pico térmico nestas regiões, com temperaturas máximas em torno de \'600 GRAUS\'C (facies anfibolito), no Domínio II, e de \'800 GRAUS\'C (facies granulito), no Domínio III. / Ultramafic rocks from the region of Liberdade, Arantina, Andrelândia, São Vicente de Minas and Carrancas, at Minas Gerais State, were the subject of this work. Two different groups of rocks were recognized, both emplaced in Proterozoic terrain of Andrelândia Group and in its embasement. The first group is composed by ultramafic rocks originated from fractional crystallization of tholeiitic liquids, with high MgO/FeO, under high pressure conditions. The second group is made of more differentiated rocks, crystallised at high levels as volcanic/subvolcanic rocks Both groups are found in Domains II and III (tectonics domains defined by Ribeiro et al., 1990). Origin by fractional crystallization as underplated magmas, related to rifting episodes, is attributed to the first group. The uplift of differentiated magmas would build up the rocks of the second suite. Multiple metamorphic processes acted over these rocks. They reached pressures between 7 and 11 KB in Domain II and III with maximum temperatures of 600°C in Domain I (anfibolite facies) and 800°C in Domain II (granulite facies).
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