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Campanhas políticas e repressão policial: as pichações na cidade do Recife (1979-1985)

Soares, Thiago Nunes 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T13:27:57Z No. of bitstreams: 2 Dissertação definitiva biblioteca.pdf: 3126325 bytes, checksum: f5247840a77f652c94f5da8aaea5fcb9 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T13:27:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação definitiva biblioteca.pdf: 3126325 bytes, checksum: f5247840a77f652c94f5da8aaea5fcb9 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / FACEPE / Entre os anos de 1979 e 1985, em Recife, pichar foi a prática de escrever, geralmente com spray, tinta e pincel, frases em paredes, muros e outros espaços da cidade. Na maioria das vezes, essas escritas possuíram discursos de forte cunho político, ao registrarem, sobretudo, a luta pelo fim da ditadura civil-militar, com o intuito de formar opiniões e mobilizar a população para lutar por melhorias sociais e pelo retorno à democracia no país, cerceada desde 1964. Essa atividade realizada por diversos segmentos sociais foi bastante perigosa de ser executada, pois foi proibida por leis e vigiada e reprimida pela polícia. Na presente dissertação analisamos o uso de pichações durante três campanhas políticas em Recife: a primeira foi a luta pela aprovação da Lei da Anistia em 1979; a segunda foram as eleições de 1982, quando após muitos anos a sociedade reconquistou o direito de poder escolher, por via direta, quase todos os seus candidatos, exceto presidente da República e prefeitos de capitais e de áreas consideradas de segurança nacional. A terceira foi a mobilização nacional pelo direito de escolher diretamente o presidente do Brasil, por meio da campanha das Diretas Já (1983-1984). Além disso, discutimos a respeito dos instrumentos de combate às pichações, com ênfase na criação dos Murais da Crítica, nas leis que proibiram essas atividades e na atuação da polícia política do DOPS-PE.
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“Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG

Soares, Mariana Schuchter 15 March 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-05-17T18:21:14Z No. of bitstreams: 1 marianaschuchtersoares.pdf: 20615931 bytes, checksum: 2873d36ceb31b42d2d3c4ffb1893edb9 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-05-22T11:51:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 marianaschuchtersoares.pdf: 20615931 bytes, checksum: 2873d36ceb31b42d2d3c4ffb1893edb9 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-22T11:51:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 marianaschuchtersoares.pdf: 20615931 bytes, checksum: 2873d36ceb31b42d2d3c4ffb1893edb9 (MD5) Previous issue date: 2018-03-15 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / O objetivo deste trabalho é compreender como a superdiversidade está presente na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG por meio dos grafismos urbanos (grafites e pichações), considerando que, em seus contornos locais, essas manifestações tornaram-se frequentemente plurilíngues – conforme percepção anterior nossa – apresentando fragmentos de línguas diversas. Sob a abordagem qualitativa, por meio de etnografia e etnografia visual, a partir de entrevistas com grafiteiros e pichadores da cidade, bem como de fotografias da paisagem sociolinguística, buscamos demonstrar como a superdiversidade (VERTOVEC, 2007; BLOMMAERT, 2010, 2012, 2013), produto de movimentos migratórios e do desenvolvimento da tecnologia, pode ser vivenciada por meio de repertórios cada vez mais diversificados. Consideramos, neste contexto, que os recursos linguísticos são móveis, assim como as pessoas (KROON, DONG & BLOMMAERT, 2011), e que esses recursos são absorvidos pelo meio ambiente sociolinguístico, adaptados a ele e influenciados por grafias já existentes, formas locais de pronúncia, padrões pragmáticos ou poéticos dominantes etc. (BLOMMAERT, 2012). Buscamos desconstruir, dessa forma, a ideia de que a cidade em questão é monolíngue por meio da observação de sua paisagem, que não é só linguística, mas também social. Nesse sentido, falamos de to language, i.e, de língua como verbo (SHOHAMY, 2006; MAKONY E PENNYCOOK, 2007; GARCÍA, 2009), das práticas que estão nas ruas, longe das instituições que propagam as formas normativas, e que estão muito mais ligadas à agentividade e criatividade linguísticas. As evidências encontradas e registradas (120 fotografias) apontam para a presença de manifestações plurais em línguas diversas (como italiano, latim, espanhol, francês, inglês, entre outras) e de codemeshing (CANAGARAJAH, 2013). Apesar de existirem pichações espalhadas por toda a área de 1.435,664 km2 da cidade, inclusive em bairros periféricos, o estilo delas geralmente se difere do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Belo Horizonte. Em vez de códigos, i.e., símbolos gráficos do tag reto, encontramos, em Juiz de Fora, com mais frequência, pichações em forma de palavras que podem facilmente ser lidas por um leigo, por alguém que está fora da “cultura do spray”. Neste contexto, além de “agredir a sociedade”, a pichação também “se comunica” com ela. A ideia é protestar sim (uma vez que a propriedade privada é utilizada), mas também compartilhar ideias e marcar presença na cidade. / El objetivo de este trabajo es comprender cómo la superdiversidad está presente en el paisaje sociolingüístico de la ciudad de Juiz de Fora / MG por medio de los grafismos urbanos (grafitos y pintadas), teniendo en cuenta que, en sus contornos locales, esas manifestaciones se vuelven frecuentemente plurilingües – según la percepción anterior nuestra –, exhibiendo fragmentos de lenguas diversas. Bajo el abordaje cualitativo, a través de etnografía y etnografía visual, a partir de entrevistas con grafiteros de la ciudad, así como de fotografías de paisaje sociolingüístico, se busca demonstrar como la superdiversidad (VERTOVEC, 2007; BLOMMAERT, 2010, 2012, 2013), producto de movimiento migratorio y del desarrollo de la tecnología, puede ser experimentada por medio de repertorios cada vez más diversificados. Consideramos, en este contexto, que los recursos lingüísticos son móviles, tanto como las personas (KROON, DONG & BLOMMAERT, 2011), y que eses recursos son absorbidos por el medio ambiente sociolingüístico, se adaptan a ese y son influenciados por grafías preexistentes, formas locales de pronunciación, patrones pragmáticos o poéticos dominantes etc. (BLOMMAERT, 2012). Buscamos deconstruir, así, la idea de que esta ciudad es monolingüe mediante la observación de su paisaje, que no es sólo lingüística, sino también social. En este sentido, hablamos de to language, i.e, de lengua como verbo (SHOHAMY, 2006; MAKONY E PENNYCOOK, 2007; GARCÍA, 2009), de las prácticas que están por las calles, lejos de las instituciones que propagan las formas normativas y que están mucho más asociadas a la agentividad y creatividad lingüística. Las evidencias encontradas y registradas (119 fotografías) señalan la presencia de manifestaciones plurales en lenguas diversas (como italiano, latín, español, francés, inglés entre otras) y de codemeshing (CANAGARAJAH, 2013). A pesar de existieren grafiti ubicadas por toda el área de 1.435,664 km² de la ciudad, incluso en las regiones periféricas, su estilo se difiere de Rio de Janeiro, São Paulo y Belo Horizonte. En vez de códigos, i.e., símbolos gráficos del tag reto, encontramos en Juiz de Fora, con más frecuencia, pintadas en forma de palabras que pueden fácilmente ser leídas por un lego, por alguien que no está dentro de la "cultura del spray". En este contexto, además de "agredir a la sociedad", la pintada también "se comunica con ella". La idea, sí, es protestar (ya que se utiliza la propiedad privada), pero también compartir ideas y marcar presencia en la ciudad.

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