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Para um pedagogia da pichaçãoGARCEZ, Rita de Cássia Costa 03 1900 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-25T18:11:31Z
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Previous issue date: 2000-03 / Esta dissertação pretende contribuir com os estudos desenvolvidos na área educacional no Estado de Pernambuco. Contando com um embasamento antropológico, e especificamente, com a Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand, e ainda, utilizando como método ã "arquitetura sensível" (elaborada pela Prof. Dra. Danielle Perin Rocha Pitta) e o AT-9 (arquétipo teste de
nove elementos criado por Yves Durand), buscou-se conhecer e compreender a visão de escola, bem como a apropriação do seu espaço, junto a um grupo de estudantes pichadores, de uma escola pública localizada na Região Metropolitana do Recife.
A Pesquisa permitia perceber que o espaço, para o grupo, torna-se um espaço/cemitério, ou melhor, cemitério/escola, pátio sendo o lugar mais freqüentado pelo grupo, e que as pichações podem ser compreendidas, substancialmente como forma de protesto contra a hierarquia escolar e um futuro sem perspectivas. Ogrupo demonstra sentimentos de revolta rejeição, e descrença no devir, no futuro oferecido pelo projeto escolar, e constrói assim, cotidianamente, com escola na escola relações conflituosas, de transgressão, porém complementares, que permitem um desenvolvimento de uma dinâmica sócio-cultural-específica e a existência e a convivência de duas forças opostas, antagônicas que perduram em uma "harmonia conflitual" necessária à vida.
Delineam-se desta forma, perspectivas para a elaboração de novos elementos em termos de educação, que venham integrar o Novo Espírito Pedagógico.
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Os tipos gráficos da pichação: desdobramentos visuaisSilva, Gustavo Lassala 06 February 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-02-06 / As artes gráficas e visuais....
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O sujeito pixador : tensões acerca da prática da pichação paulista /Mittmann, Daniel. January 2012 (has links)
Orientador: Maria Rosa Rodrigues Martins de Camargo / Banca: César Donizetti Pereira Leite / Banca: Antônio Carlos Rodrigues de Amorim / Resumo: A pesquisa em mãos discute acerca da dimensão cultural e social da prática da pichação paulista, conhecido como "pixo" e ou Escola Paulista de Pichação, bem como da sua relação com as questões do ordenamento jurídico e dos movimentos de positivação da ilegalidade e da marginalidade por parte dos pichadores. Para tal empreitada partimos de alguns momentos destacáveis na história e no espaço que percebemos serem importantes de ênfase, momentos em que a escrita no espaço público urbano ganhou forma e fora posteriormente repelida pelo ordenamento e pelos governamentos locais. Falamos nas pichações políticas de Paris no maio de 1968, do grafite étnico e racial da cidade de Nova Iorque dos anos de 1970, da pichação de protesto político dos Palestinos, bem como do surgimento da pichação poética na capital paulista no final dos anos da década de 1970. A partir dessas primeiras diferenciações foi possível entendermos as características e particularidades da "pixação" paulista, o "pixo", oriunda dos primeiros anos de 1980 e presente até hoje pelas grandes cidades do estado de São Paulo. Focando no movimento da "pixação" paulista - sobretudo nas cidades de São Paulo e de Campinas - procuramos entender as relações desse circuito e de seus atores - os pichadores - para com os programas de combate a prática da pichação, tão em voga nos municípios paulistas. Partindo do exemplo de Campinas, cidade que conta com este formato de programa anti-pichação desde março de 2009, arriscamos entender qual a relação do pichador e de sua prática - a escritura ilegal de nomes - com os diversos cerceamos jurídicos e morais que atingem esta forma de agir no espaço urbano. Buscamos em autores como Michel Foucault... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The research discusses about the cultural and social dimension of the practice of pichação in São Paulo, known as "Pixo" or Paulista School of Pichação, its relationship with the issues of legal and illegal movements and the positive illegality and marginality by the writers. For this task we set off from moments in history and space we perceive to be important: times when the writing on urban public space took shape and was subsequently repealed by the local people and by local governing. We talk about political graffiti in Paris on May 1968, ethnic and racial graffiti in the city of New York in the 1970s, the graffiti of political protest by Palestinians, as well as the emergence of poetic graffiti in downtown São Paulo at the end of the decade of 1970. From these early differentiations it was possible to understand the characteristics and peculiarities of pichação in São Paulo, the "Pixo", which derived from the early 1980s and continued until now at big cities in São Paulo state. Focusing on the movement of "pichação" - especially in the cities of São Paulo and Campinas - we try to understand the relations of the Paulista circuit and its actors - taggers - with local programs against the practice of pichação, popular among local government officials/municipal officials/city managers. Following the example of Campinas, a city that has such a program since March 2009, we try to understand the relationship between the writer and their practice - writing illegal names - among various legal and moral limits that reach this act in the form of urban space. We turn to authors like Michel Foucault, Gilles Deleuze and Felix Guattari and others for theoretical tools and support to target that practice, trying to understand how self-writing and machine-war can be... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Graffiti: um estudo da consolidação da cena da pixação em Vitória / Graffiti: a study of the consolidation of the tagging scene in VitóriaAugusto, Tuani Guimarães de Ávila 05 June 2018 (has links)
A categoria cena é utilizada neste trabalho para auxiliar na descrição da sociabilidade e dos espaços usados pelos pixadores em Vitória. Esta categoria de análise é descrita tanto a partir de uma abordagem do conceito de Will Straw, e da forma como o termo aparece nas interlocuções. A pixação é compreendida nesta pesquisa como uma das vertentes do graffiti, e por isso trazemos uma discussão bibliográfica sobre os usos dos termos graffiti e pixação. Para apresentar a cena da pixação em Vitória, partimos territorialmente do aglomerado metropolitano de Vitória. Devido à maneira como a cena da pixação se conforma em Vitória realizamos uma aproximação histórica da cena do graffiti e sobre o entrelaçamento das cenas do graffiti e da pixação ao longo do tempo e os momentos em que tornam-se autônomas, a cena do graffiti em relação ao hip hop e a da pixação em relação ao graffiti. / The scene category is used in this work to assist in describing the sociability and spaces used by the pixadores in Vitoria. This category of analysis is described both from an approach to the concept of Will Straw, and from the way the term appears in interlocutions. The pixação is understood in this research like one of the slopes of the graffiti, and therefore we bring a bibliographical discussion on the uses of the terms graffiti and pixação. In order to present the scene of the pixação in Vitoria, we depart territorially of the agglomerate metropolitan of Vitoria. Due to the way in which the scene of the pixação is conformed in Vitoria we make a historical approximation of the graffiti scene and the interweaving of the scenes of graffiti and the pixação through the time and the moments in which they become autonomous, the graffiti scene in relation to hip hop and graffiti.
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Graffiti: um estudo da consolidação da cena da pixação em Vitória / Graffiti: a study of the consolidation of the tagging scene in VitóriaTuani Guimarães de Ávila Augusto 05 June 2018 (has links)
A categoria cena é utilizada neste trabalho para auxiliar na descrição da sociabilidade e dos espaços usados pelos pixadores em Vitória. Esta categoria de análise é descrita tanto a partir de uma abordagem do conceito de Will Straw, e da forma como o termo aparece nas interlocuções. A pixação é compreendida nesta pesquisa como uma das vertentes do graffiti, e por isso trazemos uma discussão bibliográfica sobre os usos dos termos graffiti e pixação. Para apresentar a cena da pixação em Vitória, partimos territorialmente do aglomerado metropolitano de Vitória. Devido à maneira como a cena da pixação se conforma em Vitória realizamos uma aproximação histórica da cena do graffiti e sobre o entrelaçamento das cenas do graffiti e da pixação ao longo do tempo e os momentos em que tornam-se autônomas, a cena do graffiti em relação ao hip hop e a da pixação em relação ao graffiti. / The scene category is used in this work to assist in describing the sociability and spaces used by the pixadores in Vitoria. This category of analysis is described both from an approach to the concept of Will Straw, and from the way the term appears in interlocutions. The pixação is understood in this research like one of the slopes of the graffiti, and therefore we bring a bibliographical discussion on the uses of the terms graffiti and pixação. In order to present the scene of the pixação in Vitoria, we depart territorially of the agglomerate metropolitan of Vitoria. Due to the way in which the scene of the pixação is conformed in Vitoria we make a historical approximation of the graffiti scene and the interweaving of the scenes of graffiti and the pixação through the time and the moments in which they become autonomous, the graffiti scene in relation to hip hop and graffiti.
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O DUALISMO GRAFITE VS PICHAÇÃO: ARTE GRAFITE, TAGGING, PICHAÇÃO E PIXOARAUJO, M. A. C. 10 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-10 / Nesta pesquisa, buscamos explorar o grafite em sua discursividade e historicidade por meio do gênero discursivo tag, uma espécie de assinatura estilizada, tecendo uma análise de discurso sobre os enunciados concretos recolhidos como corpus na Grande Vitória-ES. Isso foi procedido com a finalidade de compreender como a sociedade brasileira constituiu o dualismo grafite/ pichação em sua Formação Discursiva. Serviram-nos de suporte teórico conceitos chave da Análise de Discurso (AD), como ideologia, sujeito, história e memória discursiva sempre em diálogo com a Linguística Aplicada (LA), em especial os estudos acerca do letramento, bem como a análise comparativa do par ocupação/ invasão. O cotejo da tag com os conceitos mencionados, ocorrido em concomitância com a pesquisa de campo (entrevistas e coleta de material textual do grafite capixaba), nos permitiu perceber como uma análise discursiva contrasta com o senso comum em torno do dualismo grafite/ pichação o qual materializa, no plano enunciativo, um conflito existente no plano ideológico. Na medida em que formulamos análises de um ponto de vista histórico e discursivo sobre o assunto, expusemos a perspectiva de movimentos sociais que praticam o grafite-tagging discordando da oposição entre esses dois termos.
Palavras-chave: Grafite, Pichação, Tag, Discurso, Ideologia, História.
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O sujeito pixador: tensões acerca da prática da pichação paulistaMittmann, Daniel [UNESP] 21 August 2012 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2012-08-21Bitstream added on 2014-06-13T20:12:27Z : No. of bitstreams: 1
mittmann_d_me_rcla.pdf: 1145683 bytes, checksum: 0b716e32520c59b77bcc519a19caa0d9 (MD5) / Secretaria de Educação do Estado de São Paulo / A pesquisa em mãos discute acerca da dimensão cultural e social da prática da pichação paulista, conhecido como “pixo” e ou Escola Paulista de Pichação, bem como da sua relação com as questões do ordenamento jurídico e dos movimentos de positivação da ilegalidade e da marginalidade por parte dos pichadores. Para tal empreitada partimos de alguns momentos destacáveis na história e no espaço que percebemos serem importantes de ênfase, momentos em que a escrita no espaço público urbano ganhou forma e fora posteriormente repelida pelo ordenamento e pelos governamentos locais. Falamos nas pichações políticas de Paris no maio de 1968, do grafite étnico e racial da cidade de Nova Iorque dos anos de 1970, da pichação de protesto político dos Palestinos, bem como do surgimento da pichação poética na capital paulista no final dos anos da década de 1970. A partir dessas primeiras diferenciações foi possível entendermos as características e particularidades da “pixação” paulista, o “pixo”, oriunda dos primeiros anos de 1980 e presente até hoje pelas grandes cidades do estado de São Paulo. Focando no movimento da “pixação” paulista – sobretudo nas cidades de São Paulo e de Campinas – procuramos entender as relações desse circuito e de seus atores – os pichadores – para com os programas de combate a prática da pichação, tão em voga nos municípios paulistas. Partindo do exemplo de Campinas, cidade que conta com este formato de programa anti-pichação desde março de 2009, arriscamos entender qual a relação do pichador e de sua prática – a escritura ilegal de nomes – com os diversos cerceamos jurídicos e morais que atingem esta forma de agir no espaço urbano. Buscamos em autores como Michel Foucault... / The research discusses about the cultural and social dimension of the practice of pichação in São Paulo, known as Pixo or Paulista School of Pichação, its relationship with the issues of legal and illegal movements and the positive illegality and marginality by the writers. For this task we set off from moments in history and space we perceive to be important: times when the writing on urban public space took shape and was subsequently repealed by the local people and by local governing. We talk about political graffiti in Paris on May 1968, ethnic and racial graffiti in the city of New York in the 1970s, the graffiti of political protest by Palestinians, as well as the emergence of poetic graffiti in downtown São Paulo at the end of the decade of 1970. From these early differentiations it was possible to understand the characteristics and peculiarities of pichação in São Paulo, the “Pixo”, which derived from the early 1980s and continued until now at big cities in São Paulo state. Focusing on the movement of “pichação” – especially in the cities of São Paulo and Campinas – we try to understand the relations of the Paulista circuit and its actors – taggers – with local programs against the practice of pichação, popular among local government officials/municipal officials/city managers. Following the example of Campinas, a city that has such a program since March 2009, we try to understand the relationship between the writer and their practice – writing illegal names – among various legal and moral limits that reach this act in the form of urban space. We turn to authors like Michel Foucault, Gilles Deleuze and Felix Guattari and others for theoretical tools and support to target that practice, trying to understand how self-writing and machine-war can be... (Complete abstract click electronic access below)
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O Muro de fora: Matrizes e desenvolvimentos da pintura e escritura mural paulistana / The outside Wall: origins and development of São Paulos mural painting and writingGraça, Pedro Moreira 11 April 2018 (has links)
A multiplicidade das pinturas e escrituras murais na cidade de São Paulo desde os anos 1970 até os dias de hoje não evidencia uma ordem ou hierarquias que permitam separar uma assinatura rabiscada com um giz de cera em um muro de uma pintura de várias cores com tinta spray, pichação enquanto mero vandalismo do graffiti enquanto pintura mural elaborada. O que o presente trabalho busca mostrar é que cada um dos grandes grupos que compõe as diversas vertentes de pintura e escritura mural praticadas na cidade de São Paulo tem suas próprias matrizes, exemplos e muitas vezes regras estritas de procedimento e valoração interna. A busca por uma separação entre grandes grupos se dá na primeira parte da dissertação, ao sugerir uma história em ordem cronológica dos maiores grupos que se estabeleceram durante o final da década de 1970 e toda a década de 1980, traçando referências e pontos de contato desses grupos com outras práticas análogas no resto do mundo. A segunda parte do trabalho busca estabelecer alguns conceitos que podem ajudar a entender o desenvolvimento de alguns desses grupos e indivíduos. Em seguida o trabalho de alguns praticantes será analisado a fim de propor uma quebra com a linhagem formadora inicial desses mesmos. / The multiplicity of mural paintings and writings practiced in the city of São Paulo, starting in the 1970s until today, could elude a certain order or hierarchies that could allow the distinction between a scribble made with crayon on a wall or a painting made with various spray paint colors, between tagging (often called pichação in Brazil) and graffiti (usually the name given to more elaborate mural paintings). What this work tries to achieve is to show that every major group that forms the different strands of mural painting and writing practiced in the city of São Paulo has its own roots, visual examples, and oftentimes strict rules of proceeding and internal valuation. The search for the separation of these groups will be presented in the first part of the dissertation, which suggests a chronological story of the main groups that were established during the end of the 1970s and throughout the 1980s in São Paulo, tracing the main references and points of contact between these groups and its analogue practices around the world. The second part is concerned with presenting certain concepts that try to help and understand the development of some of those groups and individuals. Following, the work of certain particular individuals will be analysed in order to propose a certain break from the formative lineage of these practitioners.
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Estética spray: o grafite no campo da arte contemporânea / Aesthetic spray: graffiti in the field of contemporary artBraga, Felipe Eduardo Lazaro 17 December 2018 (has links)
A investigação apresenta os processos de aproximação do grafite e da arte urbana em direção aos espaços de legitimação da arte contemporânea museus, galerias, bienais, feiras, etc. Para tanto, a pesquisa considera as variáveis de recepção, produção, e institucionalização da linguagem ao longo de 40 anos de publicações sobre a temática, entre textos jornalísticos, acervos de museus e centros culturais que receberam exposições grafiteiras, e manifestações jurídicas ou oficiais atinentes ao objeto. O texto analisa as propriedades estéticas que a linguagem elabora para além da imagem imediatamente realizada, levando em consideração os aspectos agenciais de conquista dos espaços urbanos, e a localização cênica das intervenções responsáveis por evocar chaves semânticas de interpretação. A partir da composição figurativa e colorida, o grafite virtuoso desenvolve relações de pertencimento e entusiasmo com seus respectivos entornos vicinais, e passa a ser apoiado por parcela significativa da população, com repercussões sensíveis na administração oficial da visualidade coletiva. A gestão municipal, ao endossar políticas públicas de fomento à arte urbana, seleciona o tipo de imagem autorizada a reivindicar a atenção transeunte, hierarquizando as intervenções com base no respaldo jurídico de atuação. A despeito disso, a recepção crítica, especializada e erudita, ao contrário dos agregados de opinião majoritária, busca nos assaltos de rebeldia e agressividade o elemento de interesse e relevância que a linguagem desenvolve, e que a compatibiliza com a gramática de provocação do paradigma contemporâneo de arte. Nesse sentido, as instituições legítimas desenvolvem estratégias expográficas que, no plano discursivo e curatorial, aproximam a prática grafiteira das urgências do mundo da vida, negando, portanto, sua condição de mera imagem festiva e virtuosa. O acúmulo de prestígio e notoriedade que o grafite recolhe no trânsito institucional repercute significativamente na dinâmica da cidade, que passa a adotar os repertórios de conservação, curadoria e especulação artística característicos dos espaços de legitimidade. No plano metodológico, a linguagem da pichação será constantemente evocada como um contra-fato analítico, dado que o relativo parentesco agencial entre as duas práticas nos permite inferir algumas das especificidades do reconhecimento do grafite. / The research presents the processes of approximation of graffiti and urban art towards the spaces of legitimation of contemporary art museums, galleries, biennials, fairs, etc. To do so, this study considers the variables of reception, production, and institutionalization of the language over 40 years of publications on the subject, among journalistic texts, documents belonging to museums that have received graffiti exhibitions, and legal or official archives related to the object. The text analyzes the aesthetic properties of the language beyond the immediately performed image, taking into account the aspects of subversive conquest of urban spaces, and the scenic location of the interventions, which is responsible, ultimately, for evoking different kinds of interpretation. From its colorful and figurative composition, virtuous graffiti develops relationships of belonging and enthusiasm with their respective surroundings, with significant repercussions on the official administration of visuality. The municipal authority, when endorses public policies to promote urban art, selects the type of image authorized to claim the attention of pedestrians, hierarchizing the interventions based on their legal support. In spite of this, the critical, specialized and erudite reception, contrary to the majority opinion of population, seeks in rebellion and aggressiveness the elements of interest and relevance that the language develops, and that reconciles graffiti with the provocative grammar of the contemporary art. In this sense, art institutions develop exhibition strategies that, at the discursive and curatorial level, bring the graffiti practice closer to the urgencies of life, denying, therefore, its condition of mere festive and virtuous image. The accumulation of prestige and notoriety that graffiti collects in the institutional circuit has significant repercussions on the dynamics of the city, which begins to adopt the repertoires of conservation, curation and artistic speculation that characterize the spaces of legitimacy. Methodologically, the language of pichação will be constantly evoked as an analytical counterfactual, given that the relative similarities between the two practices allow us to infer some of the specificities of graffiti recognition.
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O Muro de fora: Matrizes e desenvolvimentos da pintura e escritura mural paulistana / The outside Wall: origins and development of São Paulos mural painting and writingPedro Moreira Graça 11 April 2018 (has links)
A multiplicidade das pinturas e escrituras murais na cidade de São Paulo desde os anos 1970 até os dias de hoje não evidencia uma ordem ou hierarquias que permitam separar uma assinatura rabiscada com um giz de cera em um muro de uma pintura de várias cores com tinta spray, pichação enquanto mero vandalismo do graffiti enquanto pintura mural elaborada. O que o presente trabalho busca mostrar é que cada um dos grandes grupos que compõe as diversas vertentes de pintura e escritura mural praticadas na cidade de São Paulo tem suas próprias matrizes, exemplos e muitas vezes regras estritas de procedimento e valoração interna. A busca por uma separação entre grandes grupos se dá na primeira parte da dissertação, ao sugerir uma história em ordem cronológica dos maiores grupos que se estabeleceram durante o final da década de 1970 e toda a década de 1980, traçando referências e pontos de contato desses grupos com outras práticas análogas no resto do mundo. A segunda parte do trabalho busca estabelecer alguns conceitos que podem ajudar a entender o desenvolvimento de alguns desses grupos e indivíduos. Em seguida o trabalho de alguns praticantes será analisado a fim de propor uma quebra com a linhagem formadora inicial desses mesmos. / The multiplicity of mural paintings and writings practiced in the city of São Paulo, starting in the 1970s until today, could elude a certain order or hierarchies that could allow the distinction between a scribble made with crayon on a wall or a painting made with various spray paint colors, between tagging (often called pichação in Brazil) and graffiti (usually the name given to more elaborate mural paintings). What this work tries to achieve is to show that every major group that forms the different strands of mural painting and writing practiced in the city of São Paulo has its own roots, visual examples, and oftentimes strict rules of proceeding and internal valuation. The search for the separation of these groups will be presented in the first part of the dissertation, which suggests a chronological story of the main groups that were established during the end of the 1970s and throughout the 1980s in São Paulo, tracing the main references and points of contact between these groups and its analogue practices around the world. The second part is concerned with presenting certain concepts that try to help and understand the development of some of those groups and individuals. Following, the work of certain particular individuals will be analysed in order to propose a certain break from the formative lineage of these practitioners.
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