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[pt] DAS FRONTEIRAS DO INTERNACIONAL ÀS CIDADES (IN)VISÍVEIS: CRIANÇAS E O ESPAÇO-TEMPO URBANO EM MACHUCA E PIXOTE / [en] FROM THE LIMITS OF THE INTERNATIONAL TO THE (IN)VISIBLE CITIES: CHILDREN AND THE URBAN SPACE-TIME IN MACHUCA AND PIXOTE08 May 2017 (has links)
[pt] A partir de uma desestabilização de entendimentos comuns sobre o que chamamos de internacional, esta dissertação se propõe a interrogar as distinções entre os espaços da política internacional e os espaços vividos pelas pessoas, tendo como foco específico as vidas das crianças nos espaços urbanos. Para tanto, optou-se por uma estratégia de pensar com o cinema, procurando efetuar deslocamentos simultâneos e delineando caminhos que nos aproximam e nos afastam da possibilidade de entrever na criança este Outro, que nas narrativas da modernidade está sempre inevitavelmente destinado a ser domesticado, trazido para dentro, ou então, eliminado. Ao seguir as trajetórias de personagens-crianças enquanto sujeitos estéticos, nos filmes Machuca (Andrés Wood, 2004) e Pixote: a lei do mais fraco (Hector Babenco, 1980), é possível desafiar representações do espaço que naturalizam ordenamentos hierarquizantes, e ao mesmo tempo, revelar múltiplas espacialidades, temporalidades e subjetividades em disputa. As análises propostas enfatizam aspectos de contingência, e se desdobram à luz de uma discussão sobre concepções de espaço internacional e urbano mediante uma breve intervenção da obra As cidades invisíveis, de Ítalo Calvino, que nos provoca a pensar sobre as relações entre visibilidade e invisibilidade na produção do espaço urbano, de suas materialidades e representações. Neste sentido, a questão urbana é abordada em termos de suas dinâmicas de visibilidade e invisibilidade, que não se referem apenas à fragmentação socioespacial expressa nos ambientes construídos, mas também às próprias disputas pela produção de sentidos que interferem nas materialidades urbanas. / [en] Starting from a destabilization of common understandings about what we call international, this dissertation proposes to interrogate distinctions between the spaces of international politics and people s lived spaces, with a specific focus on the lives of children in urban spaces. With this purpose, we opted for a strategy of thinking with cinema, attempting to effect simultaneous displacements and delineating paths that bring us closer to and apart from the possibility of glimpsing in the child this Other, which in the narratives of modernity is always inevitably destined to be tamed, brought in, or otherwise eliminated. In following the trajectories of child characters as aesthetic subjects, in the films Machuca (Andrés Wood, 2004) and Pixote: the law of the weakest (Hector Babenco, 1980), it is possible to challenge representations of space that naturalize hierarchical orderings, and at the same time, reveal disputes between multiple spatialities, temporalities and subjectivities. The proposed analyses emphasize aspects of contingency, and unfold in the light of a discussion of conceptions of the international and the urban through a brief intervention of Italo Calvino s The invisible cities, which provokes us to think about the relations between visibility and invisibility in the production of urban space, its materialities and representations. In this sense, the urban question is approached in terms of its dynamics of visibility and invisibility, which do not refer only to the social and spatial fragmentation expressed in built environments, but also to the very struggles for the production of meanings that interfere in urban materialities.
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