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A psicoterapia como compromisso social, político e ético em sua dimensão afetivaPizzolante, Rose Lílian Curi Ramia 11 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-11 / This essay has the purpose to place psychotherapy in the context of social
inequalities, defending its importance when facing psychic questions derived
from such differences and the necessity to offer it to every citizen. Its specific
purpose is the analysis of a psychotherapy proposition built up in the course of 8
years of work with low-income people. Subjects are part of a psychotherapy
group this researcher works with at a medical health insurance center for lowincome
people. While attending them we have observed that many of their
complaints result from a life marked with inequalities and social injustices that
affect their psychic configuration in the sense called by Sawaia as an ethicalpolitical
suffering. Espinosa s and Vygotsky s theories and the way Sawaia
understands the dialog between the philosopher and the Russian author give the
basis for the reflection in this work as well Freud s reflections on the necessity to
give to the poor the benefits of a psychotherapeutic treatment. The
methodological support was based on research-action principles and its
procedures such as: elaboration of a field log by the researcher, another one by
a group of patients and the use of semi-structure, open-ended questionnaire for
all. Analysis of the reported and obtained information mediated by theoretical
reflections shows that it is possible to empower patients to change the way they
think and behave, in a short time, if compared to patients from private clinics. It
gave us material for a critical psychotherapy analysis and for the formulation of a
psychotherapy directed toward the suffering caused by social inequalities.
In this direction, they point to the necessity of a social commitment of the
psychotherapist and the inclusion of this group psychotherapy in questions of
public health / Este trabalho tem como objetivo situar a psicoterapia no contexto da
desigualdade social, defendendo a sua importância no enfrentamento das
questões psíquicas daí derivadas, e a necessidade de oferecê-las a todos os
cidadãos. Tem como objetivo específico a análise de uma proposta de
psicoterapia construída ao longo de oito anos de trabalho com pessoas de baixa
renda.
Esta pesquisa teve como pesquisados pessoas que se tratam conosco,
num convênio médico voltado para classes pobres.
No atendimento a pessoas pobres, observamos que, muito dos seus
sofrimentos psíquicos, procedem de seu contexto social, onde as desigualdades
e injustiças sociais constituem o seu cotidiano e sua configuração psíquica.
Além dos sofrimentos inerentes ao homem, tem o acréscimo daqueles provindos
de sua situação social, ao qual, segundo Sawaia, denomina-se de sofrimento
ético-político, criando, assim, uma categoria psicossocial para trabalhar os
afetos.
As teorias de Espinosa, Vygotsky e a forma como Sawaia compreende o
diálogo entre o filósofo e o autor russo, serviram de referência teórica para
desenvolver as questões acima referidas.
Baseada nos conceitos de Thiollent, pesquisa-ação deu-nos suporte
metodológico e, como procedimento de avaliação desta psicoterapia, foram
escolhidas técnicas próprias da pesquisa-ação, como: a construção de um
diário, por grupos de pacientes, a aplicação de um questionário semi-aberto1,
para todos os integrantes dos grupos atendidos por nós, e a elaboração de um
diário de campo, pela pesquisadora, que continha todas as sessões realizadas
de abril de 2002 a dezembro de 2005
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