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Amamentação no ambiente prisional: A experiência de detentas em penitenciárias do Estado de São Paulo / Breastfeeding in prison environment: The experience of inmates in penitentiaries in the state of São Paulo

Mariano, Grasielly Jeronimo dos Santos 24 October 2016 (has links)
Este estudo buscou compreender a experiência e os significados da amamentação para mães que amamentam seus filhos durante o cumprimento de pena. A pesquisa foi realizada em seis penitenciárias femininas do estado de São Paulo, de Fevereiro de 2014 à Maio de 2016. Objetivos: Caracterizar a prática de aleitamento materno realizada por mulheres reclusas em estabelecimentos prisionais femininos; Compreender o significado consciente da experiência de amamentar atribuído por mulheres privadas de liberdade e Compreender como os significados atribuídos pelas mulheres presas se manifestam nas ações em relação ao seu processo de amamentar. Metodologia: Essa pesquisa adotou o Interacionismo Simbólico e o modelo \"Pesando Riscos e Benefícios\" como referenciais teóricos e a Teoria Fundamentada nos Dados como referencial metodológico. Primeiramente, para o alcance do primeiro objetivo, foram entrevistadas 85 mulheres, sendo que dessas, 30 participaram da fase de obtenção de dados qualitativos. Resultados: As mulheres tinham entre 18 e 38 anos, a maioria era solteira (48,2%) e 82,3% com mais de um filho. As 82 (100%) crianças que conviviam com suas mães nas penitenciárias tinham entre 0 e 11 meses; 41( 50%) estavam entre 0 e 3 meses e entre essas, 65,9% estavam em aleitamento materno exclusivo; 28 (34,1%) crianças tinham entre três e seis meses de idade, sendo que 10 (35,7%) eram amamentadas exclusivamente. O uso de chupeta foi observado em 39 (47,5%) crianças. Dos dados qualitativos foram identificados três temas: BUSCANDO A REMISSÃO PELA MATERNIDADE, VIVENDO MAIS UMA CONDENAÇÃO e RECONHECENDO QUE HOUVE PERDAS, MAS QUE VALEU A PENA, os quais revelaram que, no conjunto das interações dessa mulher, no contexto prisional, a amamentação desempenha um papel relevante no desenvolvimento do vínculo entre mãe e filho e na promoção do bem estar materno. A nutriz encontra, nessa prática, uma fonte de proteção emocional. Nessa perspectiva, a sua vida deixa de ter a condição penal como foco da existência, projetando na criança o centro de suas atenções e nessa interação, a fonte de uma experiência plena e prazerosa, que possibilita mudanças de visão de mundo. Compreendeu-se que, para a mãe presa, a visão de que o cárcere é um lugar seguro, onde ela pode conviver e cuidar do filho perde-se por completo com a certeza da separação de seu filho. Nesse processo, a mãe vivencia a experiência de construção de vínculo com o seu filho, tendo como horizonte, uma futura ruptura, a certeza da separação que virá com o cumprimento do limite de permanência da criança no presídio. Os resultados desta investigação, fornecem subsídios aos profissionais do sistema penitenciário, para a necessária revisão ou construção de medidas e ambientes com fundamentos, sociais, jurídicos, que promovam não só a oportunidade de guarda do filho da presa, mas a continuidade de vínculos sociais familiares e segurança do exercício da maternidade, intra e extra muros prisional, incrementando as ações de acolhimento sensível, que permita às mulheres presas encontrarem caminhos para também reconstruir as relações com seus meios sociais. / This study aimed to understand the experience and meaning of breastfeeding for mothers who breastfed their children, while serving a custodial sentence. The study was conducted in six female penitentiaries in the state of São Paulo, between February 2014 and May 2016. Objectives: To describe the breastfeeding practices of female prisoners; To understand the meaning that breastfeeding had for women deprived of their freedom and to understand how it influenced their behavior. Methodology: This study adopted Symbolic Interactionism and the model \"Risks and Benefits\" as the theoretical underpinnings of the study and Grounded Theory as the methodological framework. To achieve the first objective, we collected quantitative data from 85 women, and of these, 30 participated in the second phase of the study to achieve the other objectives. Results: The women were between 18 and 38 years of age, most were single (48.2%) and 82.3% had more than one child. The 82 (100%) infants living with their mothers in prison were between 1 day and 11 months; 41 (50%) were between one day and 3 months and of these, 65.9% were breastfeeding exclusively; 28 (34.1%) infants were between three and six months, and 10 (35.7%) were exclusively breastfed. Pacifiers were used by 39 (47.5%) of the infants. Three themes were identified in the qualitative data: SEEKING REFUGE THROUGH MOTHERHOOD, SERVING TWO CONCURRENT SENTENCES and COMPROMISED BUT SATISFYING MOTHERING. For woman in the prison context, breastfeeding played a very important role in the development of the bond between mothers and infants and promoted the welfare of the woman. Breastfeeding was a source of emotional protection. From this perspective, the mothers´ lives ceased to have a criminal status as its focus, because the infant became the center of their attention. For them, this interaction became a fulfilling and enjoyable experience that enabled them to change their whole outlook on life to one of positivity. The ultimate separation from their infants made women change their view of prison as not a safe place to live and care for the infant. Their experience of bonding with the infant enabled women to realize that they had a positive future. The results of this study have the potential to be used to inform and ultimately change public policy in relation to how these women are dealt within the penitentiary system. It can increase the sensitivity of health care professions working within the penitentiary system to become much more sensitive to the needs of mothers and their infants thus enabling women to re-evaluate their lives, increase hope for a better future and change direction. The findings strongly support the idea of treating women with dignity and respect in the knowledge that this gives them hope and is the basis for changing their lives for the better.
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Amamentação no ambiente prisional: A experiência de detentas em penitenciárias do Estado de São Paulo / Breastfeeding in prison environment: The experience of inmates in penitentiaries in the state of São Paulo

Grasielly Jeronimo dos Santos Mariano 24 October 2016 (has links)
Este estudo buscou compreender a experiência e os significados da amamentação para mães que amamentam seus filhos durante o cumprimento de pena. A pesquisa foi realizada em seis penitenciárias femininas do estado de São Paulo, de Fevereiro de 2014 à Maio de 2016. Objetivos: Caracterizar a prática de aleitamento materno realizada por mulheres reclusas em estabelecimentos prisionais femininos; Compreender o significado consciente da experiência de amamentar atribuído por mulheres privadas de liberdade e Compreender como os significados atribuídos pelas mulheres presas se manifestam nas ações em relação ao seu processo de amamentar. Metodologia: Essa pesquisa adotou o Interacionismo Simbólico e o modelo \"Pesando Riscos e Benefícios\" como referenciais teóricos e a Teoria Fundamentada nos Dados como referencial metodológico. Primeiramente, para o alcance do primeiro objetivo, foram entrevistadas 85 mulheres, sendo que dessas, 30 participaram da fase de obtenção de dados qualitativos. Resultados: As mulheres tinham entre 18 e 38 anos, a maioria era solteira (48,2%) e 82,3% com mais de um filho. As 82 (100%) crianças que conviviam com suas mães nas penitenciárias tinham entre 0 e 11 meses; 41( 50%) estavam entre 0 e 3 meses e entre essas, 65,9% estavam em aleitamento materno exclusivo; 28 (34,1%) crianças tinham entre três e seis meses de idade, sendo que 10 (35,7%) eram amamentadas exclusivamente. O uso de chupeta foi observado em 39 (47,5%) crianças. Dos dados qualitativos foram identificados três temas: BUSCANDO A REMISSÃO PELA MATERNIDADE, VIVENDO MAIS UMA CONDENAÇÃO e RECONHECENDO QUE HOUVE PERDAS, MAS QUE VALEU A PENA, os quais revelaram que, no conjunto das interações dessa mulher, no contexto prisional, a amamentação desempenha um papel relevante no desenvolvimento do vínculo entre mãe e filho e na promoção do bem estar materno. A nutriz encontra, nessa prática, uma fonte de proteção emocional. Nessa perspectiva, a sua vida deixa de ter a condição penal como foco da existência, projetando na criança o centro de suas atenções e nessa interação, a fonte de uma experiência plena e prazerosa, que possibilita mudanças de visão de mundo. Compreendeu-se que, para a mãe presa, a visão de que o cárcere é um lugar seguro, onde ela pode conviver e cuidar do filho perde-se por completo com a certeza da separação de seu filho. Nesse processo, a mãe vivencia a experiência de construção de vínculo com o seu filho, tendo como horizonte, uma futura ruptura, a certeza da separação que virá com o cumprimento do limite de permanência da criança no presídio. Os resultados desta investigação, fornecem subsídios aos profissionais do sistema penitenciário, para a necessária revisão ou construção de medidas e ambientes com fundamentos, sociais, jurídicos, que promovam não só a oportunidade de guarda do filho da presa, mas a continuidade de vínculos sociais familiares e segurança do exercício da maternidade, intra e extra muros prisional, incrementando as ações de acolhimento sensível, que permita às mulheres presas encontrarem caminhos para também reconstruir as relações com seus meios sociais. / This study aimed to understand the experience and meaning of breastfeeding for mothers who breastfed their children, while serving a custodial sentence. The study was conducted in six female penitentiaries in the state of São Paulo, between February 2014 and May 2016. Objectives: To describe the breastfeeding practices of female prisoners; To understand the meaning that breastfeeding had for women deprived of their freedom and to understand how it influenced their behavior. Methodology: This study adopted Symbolic Interactionism and the model \"Risks and Benefits\" as the theoretical underpinnings of the study and Grounded Theory as the methodological framework. To achieve the first objective, we collected quantitative data from 85 women, and of these, 30 participated in the second phase of the study to achieve the other objectives. Results: The women were between 18 and 38 years of age, most were single (48.2%) and 82.3% had more than one child. The 82 (100%) infants living with their mothers in prison were between 1 day and 11 months; 41 (50%) were between one day and 3 months and of these, 65.9% were breastfeeding exclusively; 28 (34.1%) infants were between three and six months, and 10 (35.7%) were exclusively breastfed. Pacifiers were used by 39 (47.5%) of the infants. Three themes were identified in the qualitative data: SEEKING REFUGE THROUGH MOTHERHOOD, SERVING TWO CONCURRENT SENTENCES and COMPROMISED BUT SATISFYING MOTHERING. For woman in the prison context, breastfeeding played a very important role in the development of the bond between mothers and infants and promoted the welfare of the woman. Breastfeeding was a source of emotional protection. From this perspective, the mothers´ lives ceased to have a criminal status as its focus, because the infant became the center of their attention. For them, this interaction became a fulfilling and enjoyable experience that enabled them to change their whole outlook on life to one of positivity. The ultimate separation from their infants made women change their view of prison as not a safe place to live and care for the infant. Their experience of bonding with the infant enabled women to realize that they had a positive future. The results of this study have the potential to be used to inform and ultimately change public policy in relation to how these women are dealt within the penitentiary system. It can increase the sensitivity of health care professions working within the penitentiary system to become much more sensitive to the needs of mothers and their infants thus enabling women to re-evaluate their lives, increase hope for a better future and change direction. The findings strongly support the idea of treating women with dignity and respect in the knowledge that this gives them hope and is the basis for changing their lives for the better.
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Sexo, mulher e punição: a sexualidade feminina numa instituição penal

CARIDADE, Maria do Amparo Rocha 08 1900 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-31T18:22:10Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39C277s Dissertação.pdf: 8593030 bytes, checksum: f59162371709da3e6c4c8bbef2b4262c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-31T18:22:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39C277s Dissertação.pdf: 8593030 bytes, checksum: f59162371709da3e6c4c8bbef2b4262c (MD5) Previous issue date: 1988-08 / A sexualidade nas prisões femininas, tem sido pouco estudada no Brasil. Parece existir um pressuposto de que prisão implica negação do direito ao prazer, e o preconceito de que a satisfação sexual não é essencial para a mulher. A única penitenciaria feminina de Pernambuco, é dirigida pelas Irmãs do Bom Pastor. Nela não são permitidas as "visitas íntimas", direito já adquirido pelos presos, em todo o Brasil. Através das histórias de vida, pude constatar que a sexualidade vivida pelas detentas, antes da prisão, foi reprimida, sofrida e pouco realizadora. A repressão religiosa da instituição recai, especialmente, sobre a sexualidade das detentas, considerada como um desvio ou pecado. É estabelecido um processo de violência simbólica, visando a regeneração moral das mulheres. Esta violência, não física, destrói a identidade e culpabiliza o desejo. Apesar de todo o controle exercido pela vigilância e pelo ambiente religioso, a sexualidade é vivida intensamente pelas detentas. Estas formas de controle produzem manifestações sexuais específicas desta instituição. Embora produzidas por ela, estas formas de viver a sexualidade são recolocadas como desviantes e pecaminosas. A maneira transgressora de vivê-la é uma forma de contrapoder à ordem institucional estabelecida.
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Prisioneiras de uma mesma história : o amor materno atrás das grades / Prisioners from the same history : maternal love behind the jail

Lopes, Rosalice 23 September 2004 (has links)
O estudo enfoca o amor materno em mães presas da Penitenciária Feminina do Tatuapé - São Paulo, no período de 2001 a 2003. A partir dos relatos de 30 mães entrevistadas e com referência nas áreas de Psicologia, Direito, Sociologia, História e Filosofia, identificou-se que o discurso sobre o amor materno é uma construção social de gênero com matizes de inteligibilidade específicos. O amor materno descrito por essas mães evidencia, de um lado, valores de caráter mais arcaico e universal na cultura humana, os quais conferem à experiência amorosa qualidades sobre-humanas de onipotência, imortalidade e indivisibilidade. De outro lado, exprime valores tipicamente burgueses - o sonho da maternidade, o amor romântico, o ideal de família, filho como dom e a mãe modelar - presentes na cultura ocidental a partir dos séculos XVIII e XIX. A manifestação do amor dessas mães por seus filhos sofre a influência de suas experiências concretas enquanto filhas e da relação que puderam - ou não - construir com seus filhos antes do encarceramento. Mães presas que viveram pouco tempo com suas próprias mães ou com seus filhos tendem a manifestar um maior grau de idealização das qualidades amorosas da mãe e do amor materno. Mães que puderam experimentar o amor materno de forma consistente deixam evidente que ele é construído na relação presencial com o filho. As prisões não foram pensadas para abrigar mulheres e refletem, em suas práticas, valores androcêntricos. A forma atual como essa instituição media os contatos entre as mães presas e seus filhos indica a presença de estereótipos e preconceitos e pode ser considerada como um obstáculo à manutenção da relação amorosa. O estudo aponta que se faz necessário adotar medidas corretivas no sistema prisional, de modo a garantir o direito às mães de exercerem sua maternidade, e sugere alternativas para essa situação, tendo em vista, sobretudo, que a proximidade com os filhos é fator de saúde mental e estímulo no processo de reinserção social. / This study emphasizes the maternal love in women which are prisioned in a Feminine Jail in Tatuapé - São Paulo, in the period from 2001 to 2003. From 30 interviewed mothers\' tellings and with reference to the areas of Psychology, Laws, Sociology, History and Philosophy, it is identified that the speech about the maternal love is a social construction of genre with peculiarities of specific inteligibility. The maternal love which is described by these mothers evidences, by one side, values of archaic and universal character in the human culture, which confer to loving experience over human qualities of onipotency, immortality and indivisibility. By other side, it expresses values tipically belonged to middle-class - dream of the maternity, the romantic love, the ideal of the family, the son as a gift and the model mother - presented in the ocidental culture from the 18th century and the 19th centuries. The manifestation of these mothers\' love for their children suffers influence from their concrete experiences as daughters and the relationship which have lost - or not - with their sons before the prision. Jailed mothers who have lived little time with their own mothers or sons and have a tendency to show a greater grade of idealization of the tender qualities of the mother and the mother love. Mothers who can try the maternal love in a consistent way, they leave evident that this love is built in a presence relation with the child. The prisons aren\'t projected to sheld women and they reflect, in their practices, masculine values. The current way as this institution mediates the contacts between the prisioned mothers and their children indicates the presence of stereotypes and prejudices and this may be considered as an obstacle to the mantennance of the love relation. So, this research indicates that it is necessary to adopt corretive measures in the prision system, so as to garantee the rights to these mothers in order to exert their maternity , and it suggests alternatives to this situation emphasizing, overalls, that the proximity with the children is a factor of mental health and stimulation in the process of social reintegration.
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Prisioneiras de uma mesma história : o amor materno atrás das grades / Prisioners from the same history : maternal love behind the jail

Rosalice Lopes 23 September 2004 (has links)
O estudo enfoca o amor materno em mães presas da Penitenciária Feminina do Tatuapé - São Paulo, no período de 2001 a 2003. A partir dos relatos de 30 mães entrevistadas e com referência nas áreas de Psicologia, Direito, Sociologia, História e Filosofia, identificou-se que o discurso sobre o amor materno é uma construção social de gênero com matizes de inteligibilidade específicos. O amor materno descrito por essas mães evidencia, de um lado, valores de caráter mais arcaico e universal na cultura humana, os quais conferem à experiência amorosa qualidades sobre-humanas de onipotência, imortalidade e indivisibilidade. De outro lado, exprime valores tipicamente burgueses - o sonho da maternidade, o amor romântico, o ideal de família, filho como dom e a mãe modelar - presentes na cultura ocidental a partir dos séculos XVIII e XIX. A manifestação do amor dessas mães por seus filhos sofre a influência de suas experiências concretas enquanto filhas e da relação que puderam - ou não - construir com seus filhos antes do encarceramento. Mães presas que viveram pouco tempo com suas próprias mães ou com seus filhos tendem a manifestar um maior grau de idealização das qualidades amorosas da mãe e do amor materno. Mães que puderam experimentar o amor materno de forma consistente deixam evidente que ele é construído na relação presencial com o filho. As prisões não foram pensadas para abrigar mulheres e refletem, em suas práticas, valores androcêntricos. A forma atual como essa instituição media os contatos entre as mães presas e seus filhos indica a presença de estereótipos e preconceitos e pode ser considerada como um obstáculo à manutenção da relação amorosa. O estudo aponta que se faz necessário adotar medidas corretivas no sistema prisional, de modo a garantir o direito às mães de exercerem sua maternidade, e sugere alternativas para essa situação, tendo em vista, sobretudo, que a proximidade com os filhos é fator de saúde mental e estímulo no processo de reinserção social. / This study emphasizes the maternal love in women which are prisioned in a Feminine Jail in Tatuapé - São Paulo, in the period from 2001 to 2003. From 30 interviewed mothers\' tellings and with reference to the areas of Psychology, Laws, Sociology, History and Philosophy, it is identified that the speech about the maternal love is a social construction of genre with peculiarities of specific inteligibility. The maternal love which is described by these mothers evidences, by one side, values of archaic and universal character in the human culture, which confer to loving experience over human qualities of onipotency, immortality and indivisibility. By other side, it expresses values tipically belonged to middle-class - dream of the maternity, the romantic love, the ideal of the family, the son as a gift and the model mother - presented in the ocidental culture from the 18th century and the 19th centuries. The manifestation of these mothers\' love for their children suffers influence from their concrete experiences as daughters and the relationship which have lost - or not - with their sons before the prision. Jailed mothers who have lived little time with their own mothers or sons and have a tendency to show a greater grade of idealization of the tender qualities of the mother and the mother love. Mothers who can try the maternal love in a consistent way, they leave evident that this love is built in a presence relation with the child. The prisons aren\'t projected to sheld women and they reflect, in their practices, masculine values. The current way as this institution mediates the contacts between the prisioned mothers and their children indicates the presence of stereotypes and prejudices and this may be considered as an obstacle to the mantennance of the love relation. So, this research indicates that it is necessary to adopt corretive measures in the prision system, so as to garantee the rights to these mothers in order to exert their maternity , and it suggests alternatives to this situation emphasizing, overalls, that the proximity with the children is a factor of mental health and stimulation in the process of social reintegration.

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