Made available in DSpace on 2016-12-08T16:03:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 113147.pdf: 3048622 bytes, checksum: f3fc0e06a62a533041c52942331e9dfb (MD5) Previous issue date: 2013-05-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis investigates the occupation of interstitial spaces in the creation of artists connected to The Magdalena Project - international network of women in theatre - understanding that the dilution of borders between languages, between cultures, between genders and geographies has contributed to the creation of genuine and authorial works, permeated by an intense relationship with otherness. The notion of interstitial space, or in-between space, is discussed from various authors, fostering an interdisciplinary dialogue. The concept of nomadic subject, proposed by Italian philosopher Rosi Braidotti, is used as a notion that helps think through the in-between from a feminine subjectivity perspective. Throughout the text, works by artists connected to the network are presented in order to discuss and highlight these issues. In the third chapter a more thorough analysis of the creative process of the actresses/directors Jill Greenhalgh and Julia Varley is proposed in order to observe the procedures adopted in their path and what they generate at the scene. Aspects related to the form of network organization are also analyzed, as horizontality, decentering and displacement of borders in order to verify the hypothesis that the network phenomenon, while organizational system, reverberates in their members creation and also the opposite: issues involved in artistic creation, such as the use of hybrid languages and multiple identities, reverberate in and modify the network structure, in a continuous flow of mutual contamination. / Esta tese investiga a ocupação de espaços intersticiais na criação de artistas ligadas ao Projeto Magdalena ¿ rede internacional de mulheres de teatro ¿ entendendo que a diluição de fronteiras entre linguagens, entre culturas, entre gêneros, entre geografias e línguas tem contribuído para a criação de trabalhos genuínos e de forte carga autoral, permeados por uma intensa relação com a alteridade. A noção de espaço intersticial, ou espaço do entre, é discutida a partir de vários autores, promovendo um diálogo interdisciplinar. O conceito de sujeito nômade, cunhado pela filósofa italiana Rosi Braidotti, é utilizado como uma noção que ajuda a pensar as questões lançadas pelo in-between a partir de uma perspectiva da subjetividade feminina. No decorrer de todo o texto, são apresentados trabalhos de artistas ligadas à rede visando discutir ou evidenciar estes aspectos. No terceiro capítulo é proposta uma análise mais minuciosa do processo criativo das atrizes/diretoras Jill Greenhalgh e Julia Varley com o intuito de observar os procedimentos adotados em seu percurso e o que eles geram na cena. Aspectos ligados à forma de organização em rede também são analisados, como a horizontalidade, o descentramento e o deslocamento de fronteiras, visando averiguar a hipótese de que o fenômeno rede, enquanto sistema organizacional, reverbera na forma de criar de suas integrantes e também o contrário: aspectos presentes na criação artística, como o uso de linguagens híbridas e identidades múltiplas, reverberam na e modificam a estrutura reticular, num fluxo contínuo de contaminação mútua.