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Estudo do comportamento territorial da ariranha (Pteronura Brasiliensis, Carnivora: Mustelidae, Zimmermann 1780) no Parque Estadual do Cantão, Estado do Tocantins

Almeida, Samara Bezerra 25 June 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2015-12-14T18:16:36Z No. of bitstreams: 1 samarabezerraalmeida.pdf: 5720266 bytes, checksum: 14442bebdfa71c2598d6a37e841a2852 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2015-12-14T20:39:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 samarabezerraalmeida.pdf: 5720266 bytes, checksum: 14442bebdfa71c2598d6a37e841a2852 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-14T20:39:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 samarabezerraalmeida.pdf: 5720266 bytes, checksum: 14442bebdfa71c2598d6a37e841a2852 (MD5) Previous issue date: 2015-06-25 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A ariranha é uma espécie reconhecidamente social, vivendo em grupos de 2 a 16 indivíduos com cooperação reprodutiva. Os indivíduos do mesmo grupo costumam realizar a maioria das atividades diárias em conjunto. Uma das formas de organização espacial de animais que vivem em sociedade é a defesa de um território. Os grupos de ariranhas defendem ativamente seu território com vocalizações e encontros agonistico. O objetivo deste estudo foi saber como a organização social está relacionado ao espaço e tempo. Avaliar se existe mudança na composição e tamanho do grupo, e se há diferença entre o tamanho dos territórios nas estações (seca e cheia). Foram observados 48 indivíduos distribuídos em 12 grupos (35 adultos ou subadutos e 13 filhotes do ano) e 1 solitário, totalizando 49 indivíduos estudados, 40 destes foto-identificados. O tamanho dos grupos variou entre 2 e 12 indivíduos, e um indivíduo solitário identificado. O estudo ocorreu entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014 no Parque Estadual do Cantão, estado do Tocantins. Foram registrados 130 eventos de marcação territorial em 5 grupos, sendo 80 eventos no período de cheia e 50 eventos no período de seca. No período de cheia, 100% dos registros de marcação foi em latrinas comunais, e em contra partida, a maioria dos registros de marcação no período seco foi em complexos de locas e latrinas. Foi observado um total de marcação de territórios no período de cheia de 10,2 minutos e no período de seca de 8 minutos. Durante a cheia, foi registrado o tempo em horas continuas na presença dos grupos que correspondeu a 4h34minutos (n=10) e durante a seca o tempo foi de 52h41minutos (n=5). Para estimar os territórios de cada grupo, foi o utilizado o método MPC 100%. Os tamanhos dos territórios na cheia (0.1 - 16.2 km2) foram de 2 a 27 vezes maiores do que na estação seca (0.4 -1.49 km2) e a média da estimativa linear no período de cheia foi de 12,44 km e na seca de 4,19 km. Houve uma correlação significativa entre o tamanho de territórios e tamanho de grupos no período de cheia (r= 0.81, t = 3.16, p= 0.02), não apresentando, porém, relação significativa para o período seco (r= -0.26, t = -0.47, p= 0.66). Nos meses de seca, foi observada uma forte correlação negativa entre o tamanho do território e o tamanho da ninhada (r= -0.76, t= -1.19, p= 0.44). No Cantão, especialmente no período de cheia, a maioria dos grupos em algum momento sobrepôs os territórios de outros grupos, chegando até 4 grupos diferentes patrulhando o mesmo lago e em espaços de tempo curto. As sobreposições territoriais variaram de 6% a 28%. Sociedades de ariranhas são provavelmente moldadas pela dispersão espacial de lagos combinada com a abundância de alimentos e dispersão destes dentro de floresta de igapó no período de cheia. O partilhar de latrinas utilizadas nos lagos aponta para um caminho interessante para uma nova pesquisa sobre os comportamentos que podem surgir quando grupos diferentes de ariranhas patrulham ou usam suas escalas ampliadas na estação cheia. / The giant otter is a recognized social species, living in groups of 2 to 16 individuals with reproductive cooperative. Individuals of the same group often perform most of daily activities together. One form of organize spatially of animals living in society is defending a territory. The giant otter groups actively defend its territory with high vocalizations and agonism between groups. Therefore, the aim of this study was to know how the social organization is related in space and time. Assess whether there is a change in the group’s composition and size, as well as any difference between the size of the territories in the seasons – drought/dry season (DS) and flood/rainy season (RS). We observed 48 individuals in 12 groups (35 adults or sub-adults and 13 cubs of the year) and one solitary, totaling 49 individuals studied, 40 of these identified. The group sizes ranging from 2 to 12 individuals. The study took place between December 2013 and December 2014 at the State State Park of Cantão, Tocantins State, Brazil. We recorded 130 events of territorial marking in 5 groups, with 80 events during the RS and 50 during the DS. For the RS period, 100% of the marking records took place in communal latrines, meanwhile most of the marking records during the DS season happened in dens’ and latrines’ complexes. A total of territories marking was observed, with 10,2 minutes in the RS period and 8 minutes in the DS period. The time was recorded in continuous hours at the presence of the groups, corresponding to 4h 34 min (n = 10) during the RS, and 52 h 41min (n = 5) during the DS. To estimate each group areas a MPC 100% method was applied. The sizes of the territories in the RS (0.1 - 16.2 km2) have been 2 to 27 times greater than in the DS (0.4 - 1.49 km2); with the linear estimate averaging 4.19 km in the DS and 7.72 km in the RS. There was a significant correlation between the size of territories and groups in the RS period (r= 0.81, t = 3.16, p= 0.02) however, there was no significant relationship for the DS period (r= -0.26, t = -0.47, p= 0.66). During the ebb months, we observed a strong negative correlation between the size of the territory and the clutch (r= -0.76, t= -1.19, p= 0.44). At Cantão, especially in RS period, most groups overlapped each other territories at some point; reaching up to 4 different groups patrolling the same lake during short periods of time, with territorial overlaps ranging from 6% to 28%. Giant otters societies are probably shaped by the spatial dispersion of lakes combined through the food abundance and dispersion of both inside Igapó Forest in RS period. The sharing of latrines used in lakes indicates an interesting path to new research on the behaviors that can arise when different groups of giant otters are either patrolling or using their enlarged scales during the RS.
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Aspectos relacionados à conservação do Peixe-boi-amazônico Trichechus inunguis (Natterer, 1883) e da Ariranha Pteronura brasiliensis (Zimmerman, 1780) no rio Iruá, Parque Nacional do Viruá, Roraima

Diana Marcela Rojas Rojas 28 September 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo relaciona aspectos sobre conservação de peixes-boi (Trichechus inunguis) e ariranhas (Pteronura brasiliensis) no baixo rio Branco, Parque Nacional do Viruá, Roraima. O objetivo geral foi verificar o estado de conservação e saber se existem ameaças em contra destas espécies. O estudo foi desenhado em duas partes: entrevistas aos antigos moradores e pescadores da região e verificação destes dados num transecto de 53 km pelo rio Iruá. Quanto às entrevistas foram utilizados testes de qui-quadrado para saber se há homogeneidade nas respostas. Os resultados mostram que as pessoas têm um bom conhecimento sobre os locais de uso, e alguns comportamentos das espécies. Ressacas, lagos e remansos foram os locais mais mencionados para o peixe-boi, assim como barrancos e igapós para as ariranhas. Rastros de consumo em Ciperáceas subaquáticas são os sinais de presença mais fortes no rio iruá da ocorrência do peixe-boi. Tocas latrinas e paradouros distribuídos em barrancos e igapós mostram que ariranhas utilizam bem o canal do rio, tendo uma ocupação de 23% delas. São discutidos aspectos relacionados à Unidade de Conservação e ao entorno dela. Por enquanto, peixes-boi e ariranhas não estão ameaçadas na área de estudo, mas, devem ser intensificadas as ações de controle e fiscalização, apoiados os estudos in situ com estas espécies, e divulgados programas de educação ambiental e sensibilização tanto a nível local como do estado de Roraima.
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As Ariranhas (Pteronura brasiliensis Zimmermann, 1780) do Parque Nacional do Viruá : uso do espaço e caracterização de hábitats

David Maurício Ossa Restrepo 28 September 2009 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este estudo é sobre aspectos ecológicos de ariranhas (Pteronura brasiliensis) do baixo rio Branco, Parque Nacional do Viruá, Roraima. O objetivo geral foi verificar se os parâmetros ecológicos da comunidade estudada uso do espaço e comportamento são semelhantes às demais comunidades de ariranhas relatadas na literatura. O estudo foi conduzido num transecto de 53 km no rio Iruá, da foz para montante. Foi possível identificar os espaços utilizados para tocas, latrinas e paradouros. As ariranhas utilizam os seguintes locais: margens dos rios e barrancos do dique marginal para construção de tocas; áreas expostas sobre o barranco são limpas para servirem de latrinas; e os bancos de areias e troncos são usados para descanso ou patrulhamento das áreas (paradouros). Foram observadas 1-4 entradas por toca, cuja forma é oval. Com relação à freqüência de uso das tocas, 23% destas estavam sendo ocupadas pelas ariranhas. Cerca de 25% das latrinas estavam associadas às tocas. Foram identificados 4 grupamentos de tocas no transecto. As tocas foram categorizadas como uso (9), em desuso (23) e destruídas (5). Os grupos de ariranhas foram observados em 13 ocasiões (avistamentos), variando entre 1-12 indivíduos por grupo. A freqüência de avistamentos foi 1 a cada 8 km aproximadamente. Foram identificados dois grupamentos de ariranhas, o primeiro perto da foz, composto por até 5 indivíduos; o segundo grupamento mais distante da foz, com grupos compostos por mais de 5 indivíduos. Entre os dois grupos há uma área onde não foram avistadas ariranhas. Dois tipos de expressões comportamentais foram observados nas ariranhas, com relação a vocalização e movimentos do corpo. São discutidos aspectos relacionados a estes parâmetros; no geral os padrões observados nos grupos de ariranhas da área de estudo concordam com a literatura.

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