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Convivendo com Residências Terapêuticas: Concepções Sociais, Processos Identitários e Relações IntergrupaisRIBEIRO NETO, P. M. 15 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-15 / Elaboramos a tese com objetivo de analisar as relações intergrupais no contexto da convivência com Residências Terapêuticas (RTs). Por meio de perspectiva etnográfica com entrevistas e observações, pesquisamos as concepções de habitantes de um bairro que recebe três Residências Terapêuticas sobre a convivência com estes dispositivos e a interação com os moradores das RTs nos espaços públicos. Foram realizados três estudos complementares. No primeiro estudo, exploramos as concepções dos participantes sobre três aspectos principais: o hospital psiquiátrico, seu fechamento e o destino dos egressos sem laços familiares. Apoiamo-nos na Teoria das Representações Sociais (TRS) para discutir nossos dados neste estudo inicial e observamos que o hospital psiquiátrico se constituiu como referência para os participantes, representado como casa de recuperação dos doidos, lugar necessário, principalmente, em função da existência do doido perigoso. Os participantes demonstraram descontentamento com o fechamento, mas ao mesmo tempo, apresentaram uma postura favorável à sua desativação, fundamentada na convivência com egressos que habitam a vizinhança nas RTs, representados como não agressivos. Contudo, os participantes sugerem que as RTs sejam transferidas para locais afastados, tais como casas-chácara. No segundo estudo, com auxílio da Teoria da Identidade Social (TIS), abordamos as concepções sobre a convivência com as RTs, as quais foram concebidas como locais que exercem certo controle sobre os moradores, desempenhando, nessa visão, o papel do hospital
11 psiquiátrico. Além disso, a presença das RTs no bairro possibilitou que o pessoal de fora classificasse aquele local como o conjunto dos doidos, refletindo negativamente na identidade social dos participantes. Essa pode ter sido uma razão que justificou a tendência à diferenciação intergrupal na relação entre participantes e os moradores das RTs observada no discurso, podendo ser compreendida como uma necessidade decorrente do processo de identidade social. Antigos estereótipos associados à loucura, como a periculosidade social, foram desfeitos a partir da convivência cotidiana. Mesmo com a tendência à separação, há um movimento que aponta para a possibilidade da coexistência sem maiores conflitos entre os grupos envolvidos, ilustrando a ambiguidade das relações, pois no contexto da convivência com RTs, não tem fórmula de bolo. Por fim, no terceiro estudo, debatemos as representações sociais da interação com moradores das RTs e utilizamos de forma conjunta a Teoria da Identidade Social e a Teoria das Representações Sociais. Os participantes conhecem os moradores das RTs de vista e, além disto, estes são reconhecidos por apelidos e também pelo próprio nome. A circulação pelos espaços públicos do bairro possibilitou o diálogo com os participantes, contudo, restrito aos encontros passageiros: a gente passa, oi prá lá, oi prá cá. Os relatos que indicam a criação de vínculos coexistem com as representações sociais que sustentam a limitação dos moradores para o diálogo. Entendemos que essa representação social dos moradores como limitados para a conversa possui função específica e importante para os participantes, relacionada aos processos de constituição identitária. Estamos diante de uma realidade ambígua que apresenta o desejo de separação intergrupal, mas também revela as chances para a interlocução entre loucura e espaço público, mesmo que por meio de condições como o distanciamento e a ligeireza das relações. Garantir que a casa da loucura seja o espaço comum é essencial nesta 12 discussão, o que implica na participação social dos moradores e sua frequência na esfera pública.
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A concepção dos moradores de serviço residencial terapêutico sobre o significado do lar e o habitar.CAPUCHO, M. C. 26 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-26 / As residências terapêuticas (RTs), de acordo com a legislação, se configuram como moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar das pessoas com transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares, e que viabilizem sua inserção social. Parte-se da premissa de que há uma dualidade na descrição da RT, enquanto um serviço substitutivo e como moradia, descritos pelas políticas de saúde e a concepção de lar e habitar dos moradores das residências. Foi realizado estudo com representatividade amostral da pesquisa qualitativa com entrevistas semi-estruturadas, que buscou compreender o significado de ex-pacientes psiquiátricos de longa data de internação, atualmente moradores do Serviço Residencial Terapêutico (SRT), acerca do significado de habitar. Participaram da pesquisa, cinco moradores de RT situadas em cidades da Grande Vitória. A partir da perspectiva da atenção psicossocial proposta por Saraceno e da perspectiva filosófica sobre a casa e o habitar de Bachelard, foi possível entender os significados de casa e do habitar para essas pessoas. Após análise temática do conteúdo das entrevistas, foram indicados e discutidos fatores da relação do morador com a RT e o habitar, tais como: o morar e o trabalhar, a transferência para a RT, a vivência na RT e a casa idealizada. Para os participantes deste estudo, a casa aparece, de um lado, atrelada à presença da família, à liberdade, à autonomia, à proteção e, por outro lado, o sofrimento psíquico e, a internação como marcos do rompimento desse lócus de existência. Os moradores apresentam dificuldades na apropriação do espaço enquanto lar, e é apontada a importância da participação do ex-interno do hospital psiquiátrico no processo de passagem da internação para a residência terapêutica.
Palavras-chave: residências terapêuticas; habitar; saúde mental; desinstitucionalização.
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RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS NO MUNICÍPIO DE JATAÍ: com a palavra, os cuidadores em saúde. / Therapeutic Residences in the municipality of Jataí: with the word, the caregivers.Lima, Leandra Assis Borges 12 December 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-12-12 / In Brazil the campaign for deinstitutionalization of severe mentally ill patients and their
reintegration to the community began with Psychiatric Reform and Health Reform in the
1970s and intensified in the 1980s. But it was only in 1988 with the creation of the Single
Health System (SUS) which has as guiding principles to universality, comprehensiveness, and
fairness, that creates lwas and programs for all areas of public health. Subsequently the SUS
creates, organizes and regulates programs of deinstitutionalization, as: De volta para casa
(Back at home), Programa de Reestruturação dos Hospitais Psiquiátricos (Restructuring
Program of Psychiatric Hospitals) and Serviço Residencial Terapêutico (Therapeutic
Residential Service (SRT)). The present work focuses on one of these services created by the
SUS, the Home-based Therapeutic Service (SRT); by comprehending that this is an essential
device in consolidating the process of deinstitutionalization of the treatment of people with
mental disorders. The creation of this device was done with the objective of replacing the
leitos moradias (ward beds) (long-term care facilities) in psychiatric hospitals and
subsequently begin to accommodate users of Centers for Psychosocial Care (CAPS) that in
some way were unable to live with their families. Also specifically within the SRTs, the study
focused on the caregivers, on the understanding that these professionals are present in the
various day-to-day situations in the home, and deal directly with people who have been in the
context of exclusion and chronification of asylums. Therefore, their work is essential to the
process of deinstitutionalization. The present study aimed to get to know the Psychiatric
Reform and the process of deinstitutionalization in the Municipality of Jataí while
investigating the RT device. For both, we attempted to get to know the caregivers of the
Therapeutic Residential Services and their work. It was researched the three SRTs that created
in 2006, in the municipality of Jataí. It is a study of a case, of descriptive character, and
exploratory. Participate in the study, the caregivers of three Therapeutic Residences of the
municipality, in additional to the psychologist responsible for the team. Semi-structured
interviews and participant observation have been used, the data were submitted to
Phenomenological Interpretative Analysis (AFI). From the analysis and interpretation of the
transcribed interviews was built a theme class of Living in homes experience . In it were
grouped three strands of discussion that are interlinked and intertwined, being them: work
experiences, experiences with the locals and the experiences with the support network. The
main final considerations relate to the need of instrumentalization, empowerment, listening,
and creating of spaces for supervision to support the work of caregivers. / No Brasil, a luta pela desinstitucionalização de doentes mentais graves e sua reintegração à
comunidade iniciou-se com a Reforma Psiquiátrica e a Reforma Sanitária, na década de 1970,
e intensificou-se na década de 1980. Mas foi só em 1988, com criação do Sistema Único de
Saúde (SUS), que tem como princípios norteadores a universalidade, a integralidade e a
equidade, que se criou a legislação e programas para todas as esferas da saúde pública.
Posteriormente, o SUS criou, organizou e regulamentou programas de desinstitucionalização,
como: De Volta para Casa; Programa de Reestruturação dos Hospitais Psiquiátricos e o
Serviço Residencial Terapêutico (SRT). O presente trabalho incidiu sobre um destes serviços
criados pelo SUS, o Serviço Residencial Terapêutico (SRT), por compreender que este é um
dispositivo essencial na consolidação do processo da desinstitucionalização do tratamento de
pessoas portadoras de transtornos mentais. A fundação deste dispositivo se deu com o
objetivo de substituir os leitos moradias (de longa permanência) nos hospitais psiquiátricos
e, posteriormente, passou a acolher usuários dos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS)
que, de alguma forma, estavam sem possibilidades de morar com suas famílias. E
especificamente dentro dos SRTs, o estudo focalizou os cuidadores, por entender que estes
profissionais estão presentes nas diversas situações do dia a dia na casa e lidam diretamente
com pessoas que estiveram muito tempo no âmbito da exclusão e da cronificação manicomial.
Portanto, seu trabalho é fundamental no processo de desinstitucionalização. O presente estudo
teve como objetivo, ao abordar o dispositivo RT, conhecer o impacto da Reforma Psiquiátrica
e do processo de desinstitucionalização no município de Jataí. Para tanto, buscou-se conhecer
os cuidadores das Residências Terapêuticas e o seu trabalho. Pesquisou-se os três SRTs que
foram criados em 2006, no município de Jataí. Foi feito um estudo de caso, de caráter
descritivo e exploratório. Participaram do estudo os cuidadores das três Residências
Terapêuticas do município, além da psicóloga responsável pela equipe. Foram utilizadas
entrevistas semiestruturadas e observação participante; os dados foram submetidos à Análise
Fenomenológica Interpretativa (AFI). A partir da análise e interpretação das entrevistas
transcritas, foi construída uma classe temática de Vivências nas Residências . Nela, foram
agrupados três eixos de discussão que se interligam e se entrelaçam, sendo eles: as vivências
com o trabalho; as vivências com os moradores e as vivências com a rede de apoio. As
principais considerações finais abordaram a necessidade de instrumentalização, capacitação,
escuta e criação de espaços de supervisão que permitam dar suporte ao trabalho dos
cuidadores.
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DESOSPITALIZAÇÃO PSIQUIÁTRICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE EM RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA / Phychiatric deprivation and health promotion in therapeutic residencyPORTO, FLÁVIA FIGUEIRA DE ANDRADE 15 March 2017 (has links)
Submitted by Noeme Timbo (noeme.timbo@metodista.br) on 2017-06-01T18:20:13Z
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Previous issue date: 2017-03-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The de-hospitalization of people with a long-term history in psychiatric hospitals is a priority among public mental health policies in Brazil, which consider the rupture of family and social life aggravating the process of psychic illness. In order to provide care for these people outside the hospitals, health facilities were created, such as therapeutic residences, community-based housing with the assistance of daily caregivers. This work was the result of the professional experience of the psychologist accompanying the dehospitalization of thirty patients to three new therapeutic residences in the city of São José dos Campos / SP. Based on Winnicott's psychoanalysis, this research described and analyzed the experience of de-hospitalization and health promotion in this context, with emphasis on the group interactions and experiences of the residents in the hospital and residential space, in care and community relations. The instruments used were: participant observation and interview based on a previously elaborated script with the residents. The results indicated that the interactions and experiences in the therapeutic residency, for the most part, were kept rigid by rules and restrictions in the occupation of the home space, handling of personal belongings and circulation in the community; The care relationships demanded an active presence of the care agents, especially in the attention to the body, in the management of psychopathological symptoms and in the mediation of conflicts with the neighborhood and other people in the community. It was concluded that care relationships, even in de-hospitalization circumstances, can trap subjects and inhibit creative processes, as well as repercussions in the prevention of acute psychotic crisis and rehospitalization. The challenge in promoting health in therapeutic residency was to overcome situations that make it impossible for the residents to be in life with all their excesses, particularities and needs of attention and adapted care. / A desospitalização de pessoas com história de longa permanência em hospitais psiquiátricos é prioridade dentre as políticas públicas de saúde mental no Brasil, que consideram a ruptura do convívio familiar e social, agravantes no processo de adoecimento psíquico. Para dar conta do atendimento a essas pessoas fora dos hospitais, foram criados equipamentos de saúde como as residências terapêuticas, moradias localizadas na comunidade com assistência de agentes de cuidados diários. Este trabalho foi fruto da experiência profissional do psicólogo acompanhando a desospitalização de trinta pacientes para três novas residências terapêuticas na cidade de São José dos Campos/SP. A partir da psicanálise winnicottiana, esta pesquisa descreveu e analisou a experiência de desospitalização e de promoção da saúde neste contexto, com ênfase nas interações grupais e vivências dos moradores no espaço hospitalar e residencial, nas relações de cuidado e comunitárias. Os instrumentos utilizados foram: observação participante e entrevista com base em um roteiro previamente elaborado, com os moradores. Os resultados apontaram: as interações e vivências na residência terapêutica, em sua maioria, mantiveram-se enrijecidas por regras e restrições na ocupação do espaço da casa, manuseio de pertences pessoais e circulação na comunidade; as relações de cuidado demandaram uma presença ativa dos agentes de cuidado, especialmente, na atenção ao corpo, no manejo de sintomas psicopatológicos e na mediação de conflitos junto à vizinhança e demais pessoas da comunidade. Concluiu-se que as relações de cuidado, mesmo em circunstâncias da desospitalização, podem aprisionar os sujeitos e inibir processos criativos, como também repercutirem na prevenção de crises psicóticas agudas e da reinternação. O desafio na promoção da saúde em residência terapêutica, configurou-se na superação de situações que impossibilitem a seus moradores estarem na vida com todos os seus excessos, particularidades e necessidades de atenção e cuidado adaptado.
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Histórias de vida de moradores de Residências Terapêuticas egressos de internamento de longa permanência em hospital psiquiátrico / Life stories from residents of Therapeutic Residency of long stay internment in a psychiatric hospitalRabello, Rita de Cássia Ferreira January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / A reforma psiquiátrica trouxe mudanças no tratamento do portador de transtorno: a desinstitucionalização dos usuários internados por longos anos nos manicômios, e retorno desses ao convívio com a sociedade. A presente pesquisa teve como objetivo conhecer como o usuário portador de transtorno compreende sua história de vida após anos de internamento dentro de um hospital psiquiátrico. A população de estudo foi formada por três usuários que permaneceram entre 20 e 40 anos internados no Hospital José Alberto Maia. Todos participaram do processo de desinstitucionalização e hoje são moradores de residências terapêuticas do município de Camaragibe, Pernambuco. Foi utilizada a abordagem qualitativa, através do método história de vida, que é uma entrevista aberta onde o pesquisador introduz a temática, e o sujeito tem a liberdade de falar. Esse método busca através do discurso do sujeito, coletar e analisar fatos relevantes de sua vida, do ponto de vista pessoal, familiar, social ou histórico. Visa aferir os significados que o sujeito atribui aos fatos de sua vida. O estudo só foi iniciado após liberação pelo Comitê de Ética. Diante do que foi observado, concluimos que apesar das várias formas de violência sofrida pelos três usuários antes e durante a internação hospitalar, com a desinstitucionalização, os princípios e diretrizes do projeto terapêutico singular das residências terapêuticas, com ênfase na construção da autonomia do usuário na vida cotidiana e ampliação da inserção social, foram seguidos e o objetivo da reabilitação psicossocial foi alcançado
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