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Carijos e barbaquás no Rio Grande do Sul : resistência camponesa e conservação ambiental no âmbito da fabricação artesanal de erva-mate

Luz, Moisés da January 2011 (has links)
Por trás do hábito de tomar mate ou chimarrão existe um universo de conhecimento, que está ameaçado de se perder. O processo de fabricação artesanal de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.) é uma prática antiga, provinda dos povos indígenas das bacias dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, como os Guaranis e Kaingangs, que ainda existe na região sul da América, porém a partir dos anos 1960 vêm passando por um processo de abandono, tendo como principais fatores a modernização da agricultura e a industrialização da cadeia produtiva da erva-mate. O objetivo da pesquisa foi o de analisar o processo de resistência dos agricultores familiares da metade norte do Rio Grande do Sul, que praticam a fabricação artesanal de ervamate, frente à agricultura moderna (empresarial e capitalista), assim como a relação da resistência com a conservação ambiental. A partir disso, sete famílias de camponeses passaram por uma pesquisa qualitativa de enfoque etnográfico, aplicando-se entrevistas e observação participante. A resistência camponesa foi analisada como sendo a expressão de um estilo de agricultura ou de um modo de vida, a camponesa, em contraposição ao ‘modelo dominante’, representado pela agricultura empresarial e capitalista. Os elementos determinantes nas famílias, para a continuidade da fabricação artesanal de erva-mate e coincidentemente com o modo de vida camponês, são a sucessão familiar; os incentivos (assistência técnica, crédito, políticas públicas); a mão-de-obra disponível; a tradição, a economia ligada à busca de alternativas de mercado; o apreço em qualidade e a saúde, identificados na erva-mate artesanal; e as dificuldades dos trabalhos manuais, que motivam o desenvolvimento de habilidades e “novidades”. Outro elemento fundamental para a continuidade da agricultura camponesa, é a coprodução exercida com a natureza (a base de recursos), como os ecossistemas e as espécies nativas, em especial a erva-mate. Descobriu-se que entre esses agricultores a sua prosperidade está intimamente ligada à conservação ambiental. A degradação e supressão das matas, e a perda de diversidade e qualidade na base de recursos, são incoerentes com a perspectiva de continuidade da agricultura camponesa. Os elementos característicos das famílias se contrapõem à lógica da modernização na agricultura, que segue uma lógica de domínio capitalista no campo, ou seja, o avanço das transnacionais ou “impérios” no domínio das cadeias produtivas, de beneficiamento e comercialização de alimentos. Portanto os elementos citados caracterizam uma resistência camponesa, que está se processando através do comércio informal, do cooperativismo, da reciprocidade e da pluriatividade, aliada às especificidades autóctones, como as ecológicas e as culturais. Assim, a continuidade da agricultura camponesa e a conservação ambiental são interdependentes. Graças à conservação da base de recursos, os camponeses podem resistir ao modelo dominante, podem dar respostas locais, que podem servir de modelo ideal a um desenvolvimento (rural) sustentável. / Detrás del hábito de tomar mate existe un universo de conocimientos que está en riesgo de perderse. El proceso de fabricación artesanal de la yerba-mate (Ilex paraguariensis A. St.- Hil.) es una práctica antigua, originaria de los pueblos indígenas de las cuencas de los ríos Paraguay, Paraná y Uruguay, como los Guaranis y Kaingangs que aún existen en la región sur de América. Sin embargo, a partir de los años de 1960, han venido pasando por un proceso de abandono, teniendo como principales factores la modernización de la agricultura y la industrialización de la cadena productiva de la yerba-mate. El objetivo de la investigación fue analizar el proceso de resistencia de los agricultores familiares de la mitad norte de Río Grande del Sur, que practican la fabricación artesanal de la yerba-mate, frente a la agricultura moderna (empresarial y capitalista), la industrialización, y la relación de la resistencia con la conservación ambiental. Para ello, se realizó una investigación cualitativa a 7 familias de campesinos, aplicando entrevistas y observación participante. La resistencia campesina fue analizada como una expresión de un estilo de agricultura o del modo de vida campesina, en contraposición al ‘modelo dominante’, representado por la agricultura empresarial y capitalista. Los factores determinantes en las familias, para la continuidad de la fabricación artesanal de la yerba-mate y con el modo de vida campesina son: la sucesión familiar, los incentivos (asistencia técnica, crédito y políticas públicas), la mano de obra disponible, la tradición, la economía ligada a la búsqueda de alternativas de mercado, la calidad y salud, identificadas en la yerba-mate artesanal; y las dificultades de los trabajos manuales que incentivan el desarrollo de habilidades y “novedades”. Otro elemento importante para la continuidad de la agricultura campesina es la coproducción ejercida con la naturaleza (la base de recursos), los ecosistemas y las especies nativas, en especial la yerba-mate. Se encontró que entre esos agricultores, su éxito está íntimamente relacionado a la conservación ambiental. La degradación y eliminación de las selvas, la pérdida de diversidad y calidad en la base de los recursos son incompatibles con la perspectiva de continuidad de la agricultura campesina. Los elementos característicos de las familias se contraponen a la lógica de modernización de la agricultura, que constituye el dominio capitalista en el campo, o sea, el dominio de las transnacionales o “imperios” en las cadenas productivas, de beneficio y comercialización de alimentos. Por lo tanto, los elementos citados caracterizan una resistencia campesina, que se está procesando a través del comercio informal, del cooperativismo, la reciprocidad y la pluriactividad, relacionada a las especificidades autóctonas (ecológicas y culturales). Por consiguiente, la continuidad de la agricultura campesina y la conservación ambiental son interdependientes. Debido a la conservación de la base de los recursos, los campesinos pueden resistir al modelo dominante y dar respuestas locales, que pueden servir de modelo ideal a un desarrollo (rural) sustentable.
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Do acampamento da seca ao programa camponês: atuais contribuições do MPA no processo político - social do Nordeste e seu campesinato à luz do contexto agrário / Del campamento de la sequía al programa campesino: actuales aportes del MPA en el proceso político - social del Nordeste y su campesinado a la luz del contexto agrario

Silva, Leila Santana da 07 March 2017 (has links)
Submitted by LEILA SANTANA DA SILVA null (leilasantanas@gmail.com) on 2018-11-13T12:26:33Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO Leila Santana da Silva final.pdf: 2411471 bytes, checksum: 623e184e9bb0b7112704fbca7ed4b905 (MD5) / Approved for entry into archive by GRAZIELA HELENA JACKYMAN DE OLIVEIRA null (graziela@ippri.unesp.br) on 2018-11-13T14:48:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 silva_ls_me_ippri_int.pdf: 2246790 bytes, checksum: 0b0f0893ec5c31e6eabd09b54c2a29a3 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-13T14:48:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 silva_ls_me_ippri_int.pdf: 2246790 bytes, checksum: 0b0f0893ec5c31e6eabd09b54c2a29a3 (MD5) Previous issue date: 2017-03-07 / A análise será composta de dois momentos: um primeiro teórico de compreensão do Nordeste e, num segundo momento, de olhar nossas práticas enquanto Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) assumindo nosso papel na construção do contra hegemonia no campo em processo de construção. O Nordeste concentra grande parte do campesinato brasileiro ao mesmo tempo que é alvo de inúmeras disputas territoriais do agronegócio e outros empreendimentos sobre as terras campesinas, gerando, muitas vezes, uma sobreposição de conflitos em seus territórios. Neste contexto agrário, a pesquisa visa compreender a contribuição atual do MPA no processo de reinvenção político – social do Nordeste e de seu campesinato. A intenção da pesquisa é provocar elementos para reflexão rompendo, ideologicamente, com um ciclo vicioso de subalternização, preconceitos, empobrecimentos e desprezo nacional de onde foi alvo por muitos anos o Nordeste, especialmente, a partir da lógica do “combate à seca”. Esta pesquisa será mais uma contribuição ao desafio de reafirmar o papel do MPA enquanto sujeito político que resiste ao modelo hegemônico no campo e nos permitirá se desafiar a conhecer mais a fundo o Nordeste e seu papel no cenário nacional. Pretende-se analisar algumas referências que venham a contribuir na compreensão do nordeste no cenário nacional, o surgimento das elites agrárias nesta região e suas influências na conjuntura atual, assim como a resistência camponesa projetada neste enfrentamento. O Método adotado será o materialismo histórico dialético que permitirá o esclarecimento e não o ofuscamento da relação fenômeno e essência, sem perder de vista a totalidade do ser social. Como procedimentos metodológicos foi realizado levantamento de dados, pesquisas de campo com entrevistas semiestruturadas abertas com lideranças dos Estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte, assim como organização, sistematização e análise dos dados. Como resultado deste trabalho, tem-se a sistematização da trajetória do MPA Brasil e na Região Nordeste, assim como o levantamento das contribuições do MPA no campo prático e teórico-ideológico para o campesinato brasileiro. / The analysis will be composed of two moments: a first theorist of understanding of the Northeast and, secondly, of looking at our practices as the Small Farmers Movement (MPA), assuming our role in the construction of counter hegemony in the field under construction. The Northeast concentrates a large part of the Brazilian peasantry at the same time as it is the target of numerous agribusiness territorial disputes and other developments on peasant lands, often creating an overlapping of conflicts in their territories. In this agrarian context, the research aims to understand the current contribution of the MPA in the process of social - political reinvention of the Northeast and its peasantry. The intention of the research is to provoke elements for reflection, ideologically breaking with a vicious cycle of subalternization, prejudices, impoverishment and national contempt of where the Northeast has been target for many years, especially, from the logic of "combating drought". This research will further contribute to the challenge of reaffirming the role of the MPA as a political subject that resists the hegemonic model in the field and will allow us to challenge ourselves to know more about the Northeast and its role in the national scenario. It is intended to analyze some references that contribute to the understanding of the northeast in the national scenario, the emergence of agrarian elites in this region and their influence in the current conjuncture, as well as the peasant resistance projected in this confrontation. The adopted method will be the dialectical historical materialism that will allow enlightenment and not the glare of the relation phenomenon and essence, without losing sight of the totality of the social being. Methodological procedures included data collection, field surveys with open semi-structured interviews with leaders from the states of Bahia, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Paraíba, Piauí and Rio Grande do Norte, as well as organization, systematization and data analysis. As a result of this work, we have systematized the trajectory of the MPA Brazil and the Northeast Region, as well as the survey of the MPA's contributions in the practical and theoretical-ideological field for the Brazilian peasantry. / El análisis consistirá en dos etapas: una primera comprensión teórica del Nordeste y, en segundo lugar, mirar nuestras prácticas como el Movimiento de los Pequeños Agricultores (MPA) asumiendo nuestro papel en la construcción de contra-hegemonía en el campo en construcción. El noreste se concentra la mayor parte de los campesinos de Brasil, mientras que el blanco de numerosas disputas territoriales de la agroalimentación y otras empresas en las tierras campesinas, generando a menudo se superponen los conflictos en sus territorios. En este contexto agrícola, la investigación pretende comprender la contribución actual de la MPA en el proceso de reinvención política - Noreste social y su campesinado. El propósito de la encuesta es motivo de pensamiento de ruptura, ideológicamente, con un ciclo vicioso de subordinación, el prejuicio, el empobrecimiento y el desprecio nacional que era el objetivo durante muchos años el noreste, sobre todo a partir de la lógica de "alivio de la sequía". Esta investigación será una contribución al reto de reafirmar el papel de la MPA como sujeto político que resiste el modelo hegemónico en el campo y se desafió a conocer más profundamente el noreste y su papel en la escena nacional. Nos proponemos analizar algunas referencias que pueden ayudar en la comprensión del noreste en la escena nacional, el surgimiento de élites agrarias en esta región y su influencia en la situación actual, así como la resistencia campesina diseñado en esta confrontación. El método adoptado es el materialismo histórico dialéctico, que permitan aclarar y no resplandor relación fenómeno y la esencia, sin perder de vista la totalidad del ser social. Como procedimientos metodológicos se llevó a cabo la recopilación de datos, la investigación de campo con entrevistas abiertas semiestructuradas con los líderes de los estados de Bahía, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Paraíba, Piauí y Rio Grande do Norte, así como la organización, sistematización y análisis de datos. Como resultado de este trabajo es sistematizar la trayectoria del MPA Brasil y en el noreste, así como el levantamiento de las contribuciones de MPA en el campo práctico y teórico e ideológico al campesinado brasileño.
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Do acampamento da seca ao programa camponês : atuais contribuições do MPA no processo político - social do Nordeste e seu campesinato à luz do contexto agrário /

Silva, Leila Santana da January 2017 (has links)
Orientador: Janaina Francisca de Souza Campos Vinha / Resumo: A análise será composta de dois momentos: um primeiro teórico de compreensão do Nordeste e, num segundo momento, de olhar nossas práticas enquanto Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) assumindo nosso papel na construção do contra hegemonia no campo em processo de construção. O Nordeste concentra grande parte do campesinato brasileiro ao mesmo tempo que é alvo de inúmeras disputas territoriais do agronegócio e outros empreendimentos sobre as terras campesinas, gerando, muitas vezes, uma sobreposição de conflitos em seus territórios. Neste contexto agrário, a pesquisa visa compreender a contribuição atual do MPA no processo de reinvenção político – social do Nordeste e de seu campesinato. A intenção da pesquisa é provocar elementos para reflexão rompendo, ideologicamente, com um ciclo vicioso de subalternização, preconceitos, empobrecimentos e desprezo nacional de onde foi alvo por muitos anos o Nordeste, especialmente, a partir da lógica do “combate à seca”. Esta pesquisa será mais uma contribuição ao desafio de reafirmar o papel do MPA enquanto sujeito político que resiste ao modelo hegemônico no campo e nos permitirá se desafiar a conhecer mais a fundo o Nordeste e seu papel no cenário nacional. Pretende-se analisar algumas referências que venham a contribuir na compreensão do nordeste no cenário nacional, o surgimento das elites agrárias nesta região e suas influências na conjuntura atual, assim como a resistência camponesa projetada neste enfrentamento. O Método adota... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The analysis will be composed of two moments: a first theorist of understanding of the Northeast and, secondly, of looking at our practices as the Small Farmers Movement (MPA), assuming our role in the construction of counter hegemony in the field under construction. The Northeast concentrates a large part of the Brazilian peasantry at the same time as it is the target of numerous agribusiness territorial disputes and other developments on peasant lands, often creating an overlapping of conflicts in their territories. In this agrarian context, the research aims to understand the current contribution of the MPA in the process of social - political reinvention of the Northeast and its peasantry. The intention of the research is to provoke elements for reflection, ideologically breaking with a vicious cycle of subalternization, prejudices, impoverishment and national contempt of where the Northeast has been target for many years, especially, from the logic of "combating drought". This research will further contribute to the challenge of reaffirming the role of the MPA as a political subject that resists the hegemonic model in the field and will allow us to challenge ourselves to know more about the Northeast and its role in the national scenario. It is intended to analyze some references that contribute to the understanding of the northeast in the national scenario, the emergence of agrarian elites in this region and their influence in the current conjuncture, as well as the pea... (Complete abstract click electronic access below) / Resumen: El análisis consistirá en dos etapas: una primera comprensión teórica del Nordeste y, en segundo lugar, mirar nuestras prácticas como el Movimiento de los Pequeños Agricultores (MPA) asumiendo nuestro papel en la construcción de contra-hegemonía en el campo en construcción. El noreste se concentra la mayor parte de los campesinos de Brasil, mientras que el blanco de numerosas disputas territoriales de la agroalimentación y otras empresas en las tierras campesinas, generando a menudo se superponen los conflictos en sus territorios. En este contexto agrícola, la investigación pretende comprender la contribución actual de la MPA en el proceso de reinvención política - Noreste social y su campesinado. El propósito de la encuesta es motivo de pensamiento de ruptura, ideológicamente, con un ciclo vicioso de subordinación, el prejuicio, el empobrecimiento y el desprecio nacional que era el objetivo durante muchos años el noreste, sobre todo a partir de la lógica de "alivio de la sequía". Esta investigación será una contribución al reto de reafirmar el papel de la MPA como sujeto político que resiste el modelo hegemónico en el campo y se desafió a conocer más profundamente el noreste y su papel en la escena nacional. Nos proponemos analizar algunas referencias que pueden ayudar en la comprensión del noreste en la escena nacional, el surgimiento de élites agrarias en esta región y su influencia en la situación actual, así como la resistencia campesina diseñado en esta confrontación. E... (Resumen completo clicar acceso eletrônico abajo) / Mestre
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Resistência e formas de (re)criação camponesa no semiárido paraibano

Correia, Silvana Cristina Costa 26 August 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:16:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 parte1.pdf: 2428215 bytes, checksum: 9079d8f5c37700db37fb3a4f08c52757 (MD5) Previous issue date: 2011-08-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Prácticamente son cuatro autores clásicos los responsables por la construcción de un marco teórico que guía a los debates sobre el desarrollo agrario: Marx, Lenin, Kautsky y Chayanov. Marx defiende la tesis de que la agricultura, como los otros sectores de la economía, va a seguir las leyes generales del desarrollo capitalista; Lenin hace énfasis en el proceso de diferenciación social por lo cuál fatalmente estarian sometidos los campesinos; Kautsky destaca la naturaleza especial de la agricultura en el proceso de desarrollo capitalista destacando la superioridad técnica de la gran producción en la producción familiar y Chayanov defiende la tesis de que la producción campesina , és al mismo tiempo una unidad de consumo y producción cuya organización se basa en el equilibrio entre estos dos elementos. Estas diversas tesis pueden ser integrados en dos corrientes teóricas que se oponen: la que defiende la extinción de los campesinos con la expansión del capitalismo en el campo y a la cual presupone que el desarrollo del capitalismo en el campo es responsable tanto por la creación de relaciones capitalistas de producción cuanto por la creación de relaciones no capitalistas, es decir, que la resistencia y la recreación de los campesinos proceden de lo propio movimiento contradictorio y desigual del capitalismo. En Brasil, este debate sigue siendo actual y ha sido dirigido tanto por los autores agraristas como por los geógrafos de la Geografía Agraria. Este trabajo recupera el debate clásico sobre el papel del campesinado en el desarrollo del capitalismo agrario y los debates sobre el mismo por algunos autores agraristas y geógrafos agrarios brasileños. Creemos en el caso de Brasil, que la expansión del capital en el campo no promovió la extinción de los campesinos, todavía ellos resisten y se recrean en el capitalismo. Este trabajo estudia las formas asumidas por estos procesos en dos municipios de la región semiárida de la Paraíba: Nova Floresta y Teixeira. Para eso, además de la investigación bibliográfica y documental y el análisis de datos secundarios, el estudio se basa en una extensa investigación empírica. Desde el punto de vista conceptual se centra en los conceptos del campesinado, espacio, territorio, resistencia campesina y su recreación. Está claro, en las ciudades estudiadas, que el campesinado resiste y se recrea en sus diversas formas, sujeto a la lógica del desarrollo capitalista que, al mismo tiempo que monopoliza la producción campesina, permite su reproducción. A su vez, estos procesos se reproducen y se expresan en la manera que se organiza y se estructura el espacio agrario municipal. / Praticamente quatro autores clássicos são responsáveis pela construção do arcabouço teórico que norteia as discussões sobre o desenvolvimento agrário: Marx, Lênin, Kautsky e Chayanov. Marx defende a tese de que a agricultura, como os demais setores da economia, seguiria as leis gerais do desenvolvimento capitalista; Lênin enfatiza o processo de diferenciação social ao qual estariam fatalmente submetidos os camponeses; Kautsky destaca a especificidade da agricultura no processo de desenvolvimento capitalista ressaltando a superioridade técnica da grande produção sobre a produção familiar e; Chayanov defende a tese de que a produção camponesa é ao mesmo tempo uma unidade de consumo e de produção cuja organização está pautada no balanço entre estes dois elementos. Essas diferentes teses podem ser integradas em duas correntes teóricas que se contrapõem: a que preconiza o fim do campesinato com a expansão do capitalismo no campo e a que pressupõe que o desenvolvimento do capitalismo no campo é responsável tanto pela criação de relações capitalistas de produção como pela criação de relações não capitalistas, ou seja, que a resistência e a recriação camponesa decorrem do próprio movimento contraditório e desigual do capitalismo. No Brasil essa discussão permanece atual e tem sido abordada tanto por autores agraristas como por geógrafos agrários. Este trabalho recupera a discussão clássica sobre o papel do campesinato no desenvolvimento do capitalismo agrário e o debate levado a efeito sobre a mesma por alguns autores agraristas e geógrafos agrários brasileiros. Defendendo, no caso do Brasil, que a expansão do capital no campo não promoveu o fim do campesinato, mas que este resiste e se recria sob o capitalismo. Este trabalho estuda as formas assumidas por estes processos em dois municípios do semi-árido paraibano: Nova Floresta e Teixeira. Para tanto, além da pesquisa bibliográfica e documental e da análise de dados secundários, o estudo pautou-se em ampla pesquisa empírica. Do ponto de vista conceitual ele privilegia os conceitos de campesinato, espaço, território, resistência e recriação camponesa. Constata-se, nos municípios estudados, que o campesinato resiste e se recria de diversas formas, subordinado à lógica do desenvolvimento capitalista o qual, ao mesmo tempo em que monopoliza a produção camponesa, permite a sua reprodução. Por sua vez, esses processos se reproduzem e se expressam na forma como se organiza e se estrutura o espaço agrário municipal.
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Carijos e barbaquás no Rio Grande do Sul : resistência camponesa e conservação ambiental no âmbito da fabricação artesanal de erva-mate

Luz, Moisés da January 2011 (has links)
Por trás do hábito de tomar mate ou chimarrão existe um universo de conhecimento, que está ameaçado de se perder. O processo de fabricação artesanal de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.) é uma prática antiga, provinda dos povos indígenas das bacias dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, como os Guaranis e Kaingangs, que ainda existe na região sul da América, porém a partir dos anos 1960 vêm passando por um processo de abandono, tendo como principais fatores a modernização da agricultura e a industrialização da cadeia produtiva da erva-mate. O objetivo da pesquisa foi o de analisar o processo de resistência dos agricultores familiares da metade norte do Rio Grande do Sul, que praticam a fabricação artesanal de ervamate, frente à agricultura moderna (empresarial e capitalista), assim como a relação da resistência com a conservação ambiental. A partir disso, sete famílias de camponeses passaram por uma pesquisa qualitativa de enfoque etnográfico, aplicando-se entrevistas e observação participante. A resistência camponesa foi analisada como sendo a expressão de um estilo de agricultura ou de um modo de vida, a camponesa, em contraposição ao ‘modelo dominante’, representado pela agricultura empresarial e capitalista. Os elementos determinantes nas famílias, para a continuidade da fabricação artesanal de erva-mate e coincidentemente com o modo de vida camponês, são a sucessão familiar; os incentivos (assistência técnica, crédito, políticas públicas); a mão-de-obra disponível; a tradição, a economia ligada à busca de alternativas de mercado; o apreço em qualidade e a saúde, identificados na erva-mate artesanal; e as dificuldades dos trabalhos manuais, que motivam o desenvolvimento de habilidades e “novidades”. Outro elemento fundamental para a continuidade da agricultura camponesa, é a coprodução exercida com a natureza (a base de recursos), como os ecossistemas e as espécies nativas, em especial a erva-mate. Descobriu-se que entre esses agricultores a sua prosperidade está intimamente ligada à conservação ambiental. A degradação e supressão das matas, e a perda de diversidade e qualidade na base de recursos, são incoerentes com a perspectiva de continuidade da agricultura camponesa. Os elementos característicos das famílias se contrapõem à lógica da modernização na agricultura, que segue uma lógica de domínio capitalista no campo, ou seja, o avanço das transnacionais ou “impérios” no domínio das cadeias produtivas, de beneficiamento e comercialização de alimentos. Portanto os elementos citados caracterizam uma resistência camponesa, que está se processando através do comércio informal, do cooperativismo, da reciprocidade e da pluriatividade, aliada às especificidades autóctones, como as ecológicas e as culturais. Assim, a continuidade da agricultura camponesa e a conservação ambiental são interdependentes. Graças à conservação da base de recursos, os camponeses podem resistir ao modelo dominante, podem dar respostas locais, que podem servir de modelo ideal a um desenvolvimento (rural) sustentável. / Detrás del hábito de tomar mate existe un universo de conocimientos que está en riesgo de perderse. El proceso de fabricación artesanal de la yerba-mate (Ilex paraguariensis A. St.- Hil.) es una práctica antigua, originaria de los pueblos indígenas de las cuencas de los ríos Paraguay, Paraná y Uruguay, como los Guaranis y Kaingangs que aún existen en la región sur de América. Sin embargo, a partir de los años de 1960, han venido pasando por un proceso de abandono, teniendo como principales factores la modernización de la agricultura y la industrialización de la cadena productiva de la yerba-mate. El objetivo de la investigación fue analizar el proceso de resistencia de los agricultores familiares de la mitad norte de Río Grande del Sur, que practican la fabricación artesanal de la yerba-mate, frente a la agricultura moderna (empresarial y capitalista), la industrialización, y la relación de la resistencia con la conservación ambiental. Para ello, se realizó una investigación cualitativa a 7 familias de campesinos, aplicando entrevistas y observación participante. La resistencia campesina fue analizada como una expresión de un estilo de agricultura o del modo de vida campesina, en contraposición al ‘modelo dominante’, representado por la agricultura empresarial y capitalista. Los factores determinantes en las familias, para la continuidad de la fabricación artesanal de la yerba-mate y con el modo de vida campesina son: la sucesión familiar, los incentivos (asistencia técnica, crédito y políticas públicas), la mano de obra disponible, la tradición, la economía ligada a la búsqueda de alternativas de mercado, la calidad y salud, identificadas en la yerba-mate artesanal; y las dificultades de los trabajos manuales que incentivan el desarrollo de habilidades y “novedades”. Otro elemento importante para la continuidad de la agricultura campesina es la coproducción ejercida con la naturaleza (la base de recursos), los ecosistemas y las especies nativas, en especial la yerba-mate. Se encontró que entre esos agricultores, su éxito está íntimamente relacionado a la conservación ambiental. La degradación y eliminación de las selvas, la pérdida de diversidad y calidad en la base de los recursos son incompatibles con la perspectiva de continuidad de la agricultura campesina. Los elementos característicos de las familias se contraponen a la lógica de modernización de la agricultura, que constituye el dominio capitalista en el campo, o sea, el dominio de las transnacionales o “imperios” en las cadenas productivas, de beneficio y comercialización de alimentos. Por lo tanto, los elementos citados caracterizan una resistencia campesina, que se está procesando a través del comercio informal, del cooperativismo, la reciprocidad y la pluriactividad, relacionada a las especificidades autóctonas (ecológicas y culturales). Por consiguiente, la continuidad de la agricultura campesina y la conservación ambiental son interdependientes. Debido a la conservación de la base de los recursos, los campesinos pueden resistir al modelo dominante y dar respuestas locales, que pueden servir de modelo ideal a un desarrollo (rural) sustentable.
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Carijos e barbaquás no Rio Grande do Sul : resistência camponesa e conservação ambiental no âmbito da fabricação artesanal de erva-mate

Luz, Moisés da January 2011 (has links)
Por trás do hábito de tomar mate ou chimarrão existe um universo de conhecimento, que está ameaçado de se perder. O processo de fabricação artesanal de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.) é uma prática antiga, provinda dos povos indígenas das bacias dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, como os Guaranis e Kaingangs, que ainda existe na região sul da América, porém a partir dos anos 1960 vêm passando por um processo de abandono, tendo como principais fatores a modernização da agricultura e a industrialização da cadeia produtiva da erva-mate. O objetivo da pesquisa foi o de analisar o processo de resistência dos agricultores familiares da metade norte do Rio Grande do Sul, que praticam a fabricação artesanal de ervamate, frente à agricultura moderna (empresarial e capitalista), assim como a relação da resistência com a conservação ambiental. A partir disso, sete famílias de camponeses passaram por uma pesquisa qualitativa de enfoque etnográfico, aplicando-se entrevistas e observação participante. A resistência camponesa foi analisada como sendo a expressão de um estilo de agricultura ou de um modo de vida, a camponesa, em contraposição ao ‘modelo dominante’, representado pela agricultura empresarial e capitalista. Os elementos determinantes nas famílias, para a continuidade da fabricação artesanal de erva-mate e coincidentemente com o modo de vida camponês, são a sucessão familiar; os incentivos (assistência técnica, crédito, políticas públicas); a mão-de-obra disponível; a tradição, a economia ligada à busca de alternativas de mercado; o apreço em qualidade e a saúde, identificados na erva-mate artesanal; e as dificuldades dos trabalhos manuais, que motivam o desenvolvimento de habilidades e “novidades”. Outro elemento fundamental para a continuidade da agricultura camponesa, é a coprodução exercida com a natureza (a base de recursos), como os ecossistemas e as espécies nativas, em especial a erva-mate. Descobriu-se que entre esses agricultores a sua prosperidade está intimamente ligada à conservação ambiental. A degradação e supressão das matas, e a perda de diversidade e qualidade na base de recursos, são incoerentes com a perspectiva de continuidade da agricultura camponesa. Os elementos característicos das famílias se contrapõem à lógica da modernização na agricultura, que segue uma lógica de domínio capitalista no campo, ou seja, o avanço das transnacionais ou “impérios” no domínio das cadeias produtivas, de beneficiamento e comercialização de alimentos. Portanto os elementos citados caracterizam uma resistência camponesa, que está se processando através do comércio informal, do cooperativismo, da reciprocidade e da pluriatividade, aliada às especificidades autóctones, como as ecológicas e as culturais. Assim, a continuidade da agricultura camponesa e a conservação ambiental são interdependentes. Graças à conservação da base de recursos, os camponeses podem resistir ao modelo dominante, podem dar respostas locais, que podem servir de modelo ideal a um desenvolvimento (rural) sustentável. / Detrás del hábito de tomar mate existe un universo de conocimientos que está en riesgo de perderse. El proceso de fabricación artesanal de la yerba-mate (Ilex paraguariensis A. St.- Hil.) es una práctica antigua, originaria de los pueblos indígenas de las cuencas de los ríos Paraguay, Paraná y Uruguay, como los Guaranis y Kaingangs que aún existen en la región sur de América. Sin embargo, a partir de los años de 1960, han venido pasando por un proceso de abandono, teniendo como principales factores la modernización de la agricultura y la industrialización de la cadena productiva de la yerba-mate. El objetivo de la investigación fue analizar el proceso de resistencia de los agricultores familiares de la mitad norte de Río Grande del Sur, que practican la fabricación artesanal de la yerba-mate, frente a la agricultura moderna (empresarial y capitalista), la industrialización, y la relación de la resistencia con la conservación ambiental. Para ello, se realizó una investigación cualitativa a 7 familias de campesinos, aplicando entrevistas y observación participante. La resistencia campesina fue analizada como una expresión de un estilo de agricultura o del modo de vida campesina, en contraposición al ‘modelo dominante’, representado por la agricultura empresarial y capitalista. Los factores determinantes en las familias, para la continuidad de la fabricación artesanal de la yerba-mate y con el modo de vida campesina son: la sucesión familiar, los incentivos (asistencia técnica, crédito y políticas públicas), la mano de obra disponible, la tradición, la economía ligada a la búsqueda de alternativas de mercado, la calidad y salud, identificadas en la yerba-mate artesanal; y las dificultades de los trabajos manuales que incentivan el desarrollo de habilidades y “novedades”. Otro elemento importante para la continuidad de la agricultura campesina es la coproducción ejercida con la naturaleza (la base de recursos), los ecosistemas y las especies nativas, en especial la yerba-mate. Se encontró que entre esos agricultores, su éxito está íntimamente relacionado a la conservación ambiental. La degradación y eliminación de las selvas, la pérdida de diversidad y calidad en la base de los recursos son incompatibles con la perspectiva de continuidad de la agricultura campesina. Los elementos característicos de las familias se contraponen a la lógica de modernización de la agricultura, que constituye el dominio capitalista en el campo, o sea, el dominio de las transnacionales o “imperios” en las cadenas productivas, de beneficio y comercialización de alimentos. Por lo tanto, los elementos citados caracterizan una resistencia campesina, que se está procesando a través del comercio informal, del cooperativismo, la reciprocidad y la pluriactividad, relacionada a las especificidades autóctonas (ecológicas y culturales). Por consiguiente, la continuidad de la agricultura campesina y la conservación ambiental son interdependientes. Debido a la conservación de la base de los recursos, los campesinos pueden resistir al modelo dominante y dar respuestas locales, que pueden servir de modelo ideal a un desarrollo (rural) sustentable.

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