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Desafios da agricultura camponesa e estratégias de resistência territorial no Assentamento Antônio Conselheiro no município de Novo Planalto - Goiás /Filgueiras, Gercina Alves January 2017 (has links)
Orientador: Pedro Ivan Christoffoli / Resumo: Estudar a agricultura camponesa no sistema capitalista requer refletir e compreender sua existência num contexto desfavorável de produção e reprodução econômica e social. No seio deste cenário, encontram-se os agricultores camponeses, que espalhados pelas várias regiões do país, desenvolvem estratégias de resistência com o intuito de manter o trabalho e a vida no campo e garantir sua reprodução socioeconômica em cada realidade apresentada. Nesse sentido, a pesquisa aqui apresentada aborda esta categoria de produtores em suas transformações e adaptações necessárias para esta se reproduzir, gerar renda e cumprir seu papel social frente às investidas do capital. Para compreender como isto ocorre, buscou-se aqui analisar estas formas de resistência no território mediante os desdobramentos da agricultura camponesa neste processo a partir do estudo feito com os agricultores do Assentamento Antônio Conselheiro localizado no municíoio de Novo Planalto na região norte do Estado de Goiás, há 507 quilômetros da capital do Estado. Foi fundamental para isto, entender a relação entre o processo de reprodução desse tipo de agricultura a partir da intensificação do capitalismo no campo e os processos históricos envolvidos na dinâmica de ocupação do assentamento e de seu desenvolvimento territorial. A fim de alcançar os objetivos propostos, a pesquisa aborda também o processo histórico de luta pela terra e ocupação do território na região norte do Estado de Goiás, tendo como base o assentame... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Mestre
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Desafios da agricultura camponesa e estratégias de resistência territorial no Assentamento Antônio Conselheiro no município de Novo Planalto - Goiás / Challenges of peasant agriculture and strategies of territorial resistance in the Antônio Conselheiro settlement in the municipality of Novo Planalto - Goiás / Desafíos de la agricultura campesina y estrategias de resistencia territorial en el Asentamiento Antônio Consejero en el municipio de Novo Planalto - GoiásFilgueiras, Gercina Alves [UNESP] 17 May 2017 (has links)
Submitted by GERCINA ALVES FILGUEIRAS null (gefilgueiras@hotmail.com) on 2017-07-18T19:42:28Z
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Previous issue date: 2017-05-17 / Estudar a agricultura camponesa no sistema capitalista requer refletir e compreender sua existência num contexto desfavorável de produção e reprodução econômica e social. No seio deste cenário, encontram-se os agricultores camponeses, que espalhados pelas várias regiões do país, desenvolvem estratégias de resistência com o intuito de manter o trabalho e a vida no campo e garantir sua reprodução socioeconômica em cada realidade apresentada. Nesse sentido, a pesquisa aqui apresentada aborda esta categoria de produtores em suas transformações e adaptações necessárias para esta se reproduzir, gerar renda e cumprir seu papel social frente às investidas do capital. Para compreender como isto ocorre, buscou-se aqui analisar estas formas de resistência no território mediante os desdobramentos da agricultura camponesa neste processo a partir do estudo feito com os agricultores do Assentamento Antônio Conselheiro localizado no municíoio de Novo Planalto na região norte do Estado de Goiás, há 507 quilômetros da capital do Estado. Foi fundamental para isto, entender a relação entre o processo de reprodução desse tipo de agricultura a partir da intensificação do capitalismo no campo e os processos históricos envolvidos na dinâmica de ocupação do assentamento e de seu desenvolvimento territorial. A fim de alcançar os objetivos propostos, a pesquisa aborda também o processo histórico de luta pela terra e ocupação do território na região norte do Estado de Goiás, tendo como base o assentamento pesquisado para compreendermos a realidade atual desses camponeses e sua territorialização. Considerando que essa realidade foi pouco investigada até então, e que existem muitas lacunas neste processo, esta pesquisa é fruto principalmente da demanda que surgiu neste assentamento por aprofundamento das questões que envolvem os desafios de permanência na terra, sendo a produção e modo de vida camponês os principais fatores apontados neste processo. / Studying peasant agriculture in the capitalist system requires reflection and understanding of its existence in an unfavorable context of economic and social production and reproduction. Within this scenario, peasant farmers, spread throughout the different regions of the country, develop strategies of resistance with the purpose of maintaining work and life in the countryside and ensuring their socioeconomic reproduction in each presented reality. In this sense, the research presented here addresses this category of producers in their transformations and adaptations necessary to reproduce, generate income and fulfill their social role in front of the invested capital. To understand how this occurs, we sought to analyze these forms of resistance in the territory through the unfolding of peasant agriculture in this process from the study done with the farmers of the Antônio Conselheiro settlement located in the municipality of Novo Planalto in the northern region of the State of Goiás , There are 507 kilometers of the state capital. It was fundamental for this to understand the relationship between the process of reproduction of this type of agriculture from the penetration of capitalism in the countryside and the historical processes involved in the dynamics of occupation of the settlement and its territorial development. In order to reach the proposed objectives, the research also addresses the historical process of land struggle and land occupation in the northern region of the State of Goiás, based on the researched settlement to understand the current reality of these peasants and their territorialization. Considering that this reality has been little investigated until then, and that there are many gaps in this process, this research is mainly fruit of the demand that arose in this settlement by deepening the questions that involve the challenges of permanence in the land, being the production and way of life peasant The main factors pointed out in this process. / Lo estudio de la agricultura campesina en el sistema capitalista necesita para reflexionar y comprender su existencia en un contexto desfavorable de la producción y la reproducción económica y social. Dentro de este escenario, son campesinos, que se propagan a través de las diversas regiones del país, el desarrollo de estrategias de resistencia con el fin de mantener el trabajo y la vida en el campo y garantizar su reproducción socioeconómica en cada realidad presentada. En este sentido, la investigación que aquí se presenta se dirige a esta categoría de productores en sus transformaciones y adaptaciones a esta raza, generar ingresos y cumplir con su función social con el capital invertido. Para entender cómo sucede esto, hemos tratado de examinar aquí estas formas de resistencia en el territorio en virtud del desarrollo de la agricultura campesina en este proceso a partir del estudio de los agricultores del asentamiento Antônio Conselheiro situado en municíoio Nueva meseta en la región norte del Estado de Goiás hay 507 km de la capital del estado. Fue decisivo en esto, para entender la relación entre el proceso de reproducción de este tipo de agricultura de la penetración capitalista en el campo y los procesos históricos que participan en la ocupación de la dinámica de asentamiento y desarrollo territorial. Con el fin de alcanzar los objetivos propuestos, la investigación también aborda el proceso histórico de lucha por la tierra y la ocupación del territorio en el norte del estado de Goias, basado en el asentamiento investigado para comprender la realidad actual de estos agricultores y su territorio. Mientras que este hecho ha sido poco investigado hasta ahora, y hay muchas lagunas en este proceso, esta investigación es principalmente la demanda de fruta que se produjo en este asentamiento mediante la profundización de los temas relacionados con los retos que quedan en el suelo, y la producción y la forma de vida campesina los principales factores identificados en este proceso.
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Permanência e transformação na agricultura familiar: um estudo de caso sobre a resistência dos agricultores familiares no submédio São FranciscoCosta, Klenio Veiga da 31 January 2014 (has links)
Submitted by Paula Quirino (paula.quirino@ufpe.br) on 2015-03-10T17:50:10Z
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Previous issue date: 2014 / CAPES / No Sertão do São Francisco em cada rearranjo nos processos de acumulação econômica e do
poder político local, os agricultores familiares da área de sequeiro são levados a se reinventar.
Sejam como vaqueiros, meeiros do algodão, colonos ou assalariados na fruticultura, estes
agricultores, por secularmente viverem sob severos constrangimentos tiveram de adaptar-se a
fim de garantir a relativa autonomia de seu modo de vida camponês. É objetivo desta pesquisa
investigar as estratégias empregadas pelos camponeses do Sertão para viabilizar sua existência,
buscando compreender os fatores que possibilitam a reprodução social deste campesinato e lhe
conferem especificidade neste início de século XXI. Este trabalho se insere na discussão sobre
o papel e lugar do campesinato na contemporaneidade, sob a orientação de que a modernização
do campo não promoveu o fim do campesinato, mas que este ator social resiste e se recria
continuamente. O estudo de caso foi realizado com agricultores camponeses residentes no Sítio
Carretão, uma comunidade rural localizada na área de sequeiro do município de Petrolina - PE.
Constata-se, com este trabalho, que estes agricultores seguem desenvolvendo práticas sociais
para levar adiante os seus projetos de vida. Algumas das estratégias identificadas são, o trabalho
familiar na agricultura como o elemento fundamental para a recriação da família e uma
habilidosa apropriação das políticas públicas para mitigar os efeitos das crises produtivas
desencadeadas pelas secas e a pobreza.
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Resistência camponesa e expansão do Complexo Celulose Papel no Vale do Paraíba Paulista /Tinti, Lucas dos Santos January 2017 (has links)
Orientador: Antonio Thomaz Júnior / Resumo: O presente trabalho busca compreender o processo de resistência camponesa à presença e métodos utilizados pelo agronegócio através do Complexo Celulose Papel (CCP) no Vale do Paraíba Paulista (VPP), evidenciando o conflito territorial existente entre o campesinato e o agronegócio na região. Para lograr o objetivo proposto apresentamos como ponto de partida o debate a respeito da disputa de diferentes modelos de desenvolvimento para o campo, geradores de conflitos ao longo da história. Estes estão materializados pelo agronegócio, modelo hegemônico vinculado ao modo de produção capitalista, e pela(s) agricultura(s) camponesa(s), modelo alternativo e de resistência ao agronegócio, no qual o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) emerge com um dos principais representantes. Na sequência, nos debruçamos sobre a constituição e especificidades desses dois modelos de desenvolvimento para o campo na região do VPP, na qual o CCP é o principal expoente do agronegócio e a luta pela terra do MST, a principal resistência camponesa. Aqui, é dedicado um olhar mais acurado aos assentamentos de reforma agrária Nova Esperança, no município de São José dos Campo, e Olga Benário, no município de Tremembé. À sequência, voltamos atenção à atual resistência camponesa protagonizada pelo MST na região do VPP, materializada na formulação do Programa de Reforma Agrária Popular (RAP). Procuramos identificar quais ações ligadas a tal formulação vêm sendo construídas na região e quais os desafi... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The present work seeks to understand the process of peasant resistance to the presence and methods used by agribusiness through the Pulp and Paper Complex (CCP) in the Paraíba Paulista Valley (VPP), evidencing the territorial conflict between the peasantry and agribusiness in the region. In order to achieve the proposed objective, we present as a starting point the debate about the dispute of different models of development for the field, generators of conflicts throughout history. These are materialized by agribusiness, a hegemonic model linked to the capitalist mode of production, and peasant(s) agriculture(s), an alternative modeland of resistance to agribusiness, in which the Landless Rural Workers Movement (MST) emerges with one of the main representatives. Following, we focus on the constitution and specificities of these two models of development for the countryside in the VPP region, in which the CCP is the main exponent of agribusiness and the struggle for land of the MST, the main peasant resistance. Here, a more accurate look is dedicated to the settlements of agrarian reform Nova Esperança, in the municipality of São José dos Campos, and Olga Benário, in the municipality of Tremembé. In the sequence, we return to the current peasant resistance carried out by the MST in the region of the VPP, materialized in the formulation of the Program of Popular Agrarian Reform (RAP). We seek to identify what actions are associated with this formulation in the region and what c... (Complete abstract click electronic access below) / Resumen: El presente trabajo busca comprender el proceso de resistencia campesina a la presencia ymétodos utilizados por el agronegocio a través del Complejo Celulosa y Papel (CCP) en el Valle del Paraíba Paulista (VPP), evidenciando el conflicto territorial entre campesinado y agronegocios en la región. Para lograr el objetivo propuesto, presentamos como punto departida el debate sobre la disputa de diferentes modelos de desarrollo para el campo, generadores de conflictos a lo largo de la historia. Estos se materializan en el agronegocio, modelo hegemónico vinculado al modo de producción capitalista, y la (s) agricultura(s) campesina(s), modelo alternativo y de resistencia al agronegocio, en el que el Movimiento deTrabajadores Rurales Sin Tierra (MST) emerge con uno de los principales representantes. A continuación, nos centramos en la constitución y especificidades de estos dos modelos de desarrollo para el campo en la región VPP, en la que el CCP es el principal exponente del agronegocio y la lucha por tierras del MST, la principal resistencia campesina. En este sentido, se ha dedicado una mirada más precisa a los asentamientos de la reforma agraria Nova Esperança, en el municipio de São José dos Campos, y Olga Benário, en el municipio de Tremembé. En la secuencia regresamos a la actual resistencia campesina llevada a cabo por el MST en la región del VPP, materializada en la formulación del Programa de Reforma Agraria Popular (RAP). Buscamos identificar qué acciones están asociadas... (Resumen completo clicar acceso eletrônico abajo) / Mestre
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Produção de subsistência/autoconsumo e resitência camponesa no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS / Subsistence production and consumption and peasant resistance in the settlement Pedro Ramalho in Mundo Novo/MSLima, Ivanildo Vieira 26 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In that research we analyzed resistance peasant's forms, we left of the
presupposition that besides the fights in the social movements the peasants develop other
resistance forms to guarantee its existence in an adverse system as the capitalism. Resultant
of the experiences in the fight for the earth, the seated peasants have been trying to organize
the production in the establishments in mutirões, cooperatives, collective groups, etc. It has
also been trying to implement a subsistence agriculture and autoconsumo for warranty of its
own existence, looking for like this, to alleviate the subordination that the domain of the
capitalist rules imposes it. This production gone back to the autoconsumption and
subsistence is verified in the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo-MS as a
resistance strategy to guarantee its existence while class peasant. However, in that study we
tried to demonstrate that the peasants have been looking for to cultivate species that allow a
flexibility, that is to say, a production that can be destined to the market and still to be
addressed for the consumption. Being the autoconsumo production a genuine activity of the
peasant and it is part of the essence of this I subject. This autoconsumption production is
still today fundamental element in the reproduction and resistance peasant to the
impositions of the capitalist system. This flexibility between the autoconsumo and
subsistence is very strong in the rural establishments of agrarian reform, as it is the case of
the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo/MS. / Nessa pesquisa analisamos as formas de resistência camponesa, partimos do
pressuposto que além das lutas nos movimentos sociais, os camponeses desenvolvem
outras formas de resistência para garantir a sua existência num sistema adverso como o
capitalismo. Resultante das experiências na luta pela terra, os camponeses assentados têm
procurado organizar a produção nos assentamentos em mutirões, cooperativas, grupos
coletivos, etc. Tem também procurado implementar uma agricultura de subsistência e
autoconsumo para garantia de sua existência, buscando assim, aliviar a subordinação que o
domínio das regras capitalistas lhe impõe. Esta produção voltada para o autoconsumo e
subsistência é verificada no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo - MS como
uma estratégia de resistência para garantir a sua existência enquanto classe camponesa.
Nesse estudo procuramos demonstrar que os camponeses têm buscado cultivar espécies que
permitem uma flexibilidade, ou seja, uma produção que pode ser destinada ao mercado e
ainda ser direcionada para o consumo, sendo a produção de autoconsumo uma atividade
genuína do campesinato e fazendo parte da essência deste sujeito. Ainda hoje esta produção
de autoconsumo é elemento fundamental na reprodução e resistência camponesa às
imposições do sistema capitalista. Esta flexibilidade entre o autoconsumo e subsistência é
muito forte nos assentamentos rurais de reforma agrária, como é o caso do assentamento
Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS.
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Produção de subsistência/autoconsumo e resitÊncia camponesa no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS / Subsistence production and consumption and peasant resistance in the settlement Pedro Ramalho in Mundo Novo/MSLima, Ivanildo Vieira 26 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In that research we analyzed resistance peasant's forms, we left of the
presupposition that besides the fights in the social movements the peasants develop other
resistance forms to guarantee its existence in an adverse system as the capitalism. Resultant
of the experiences in the fight for the earth, the seated peasants have been trying to organize
the production in the establishments in mutirões, cooperatives, collective groups, etc. It has
also been trying to implement a subsistence agriculture and autoconsumo for warranty of its
own existence, looking for like this, to alleviate the subordination that the domain of the
capitalist rules imposes it. This production gone back to the autoconsumption and
subsistence is verified in the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo-MS as a
resistance strategy to guarantee its existence while class peasant. However, in that study we
tried to demonstrate that the peasants have been looking for to cultivate species that allow a
flexibility, that is to say, a production that can be destined to the market and still to be
addressed for the consumption. Being the autoconsumo production a genuine activity of the
peasant and it is part of the essence of this I subject. This autoconsumption production is
still today fundamental element in the reproduction and resistance peasant to the
impositions of the capitalist system. This flexibility between the autoconsumo and
subsistence is very strong in the rural establishments of agrarian reform, as it is the case of
the establishment Pedro Ramalho in Mundo Novo/MS. / Nessa pesquisa analisamos as formas de resistência camponesa, partimos do
pressuposto que além das lutas nos movimentos sociais, os camponeses desenvolvem
outras formas de resistência para garantir a sua existência num sistema adverso como o
capitalismo. Resultante das experiências na luta pela terra, os camponeses assentados têm
procurado organizar a produção nos assentamentos em mutirões, cooperativas, grupos
coletivos, etc. Tem também procurado implementar uma agricultura de subsistência e
autoconsumo para garantia de sua existência, buscando assim, aliviar a subordinação que o
domínio das regras capitalistas lhe impõe. Esta produção voltada para o autoconsumo e
subsistência é verificada no assentamento Pedro Ramalho em Mundo Novo - MS como
uma estratégia de resistência para garantir a sua existência enquanto classe camponesa.
Nesse estudo procuramos demonstrar que os camponeses têm buscado cultivar espécies que
permitem uma flexibilidade, ou seja, uma produção que pode ser destinada ao mercado e
ainda ser direcionada para o consumo, sendo a produção de autoconsumo uma atividade
genuína do campesinato e fazendo parte da essência deste sujeito. Ainda hoje esta produção
de autoconsumo é elemento fundamental na reprodução e resistência camponesa às
imposições do sistema capitalista. Esta flexibilidade entre o autoconsumo e subsistência é
muito forte nos assentamentos rurais de reforma agrária, como é o caso do assentamento
Pedro Ramalho em Mundo Novo/MS.
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Gritos, silêncios e sementes: as repercussões do processo de des-reterritorialização empreendido pela modernização agrícola sobre o ambiente, o trabalho e a saúde de mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE / Outcries, silence and seeds: the repercussions of re-deterritorialization due to modernization of agriculture on the environment, work and health of peasant women in the Chapada do Apodi/CESilva, Maria de Lourdes Vicente da January 2014 (has links)
SILVA, Maria de Lourdes Vicente da. Gritos, silêncios e sementes: as repercussões do processo de des-reterritorialização empreendido pela modernização agrícola sobre o ambiente, o trabalho e a saúde de mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE. 2014. 364 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA, Fortaleza-CE, 2014. / Submitted by guaracy araujo (guaraa3355@gmail.com) on 2016-05-17T19:06:46Z
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Previous issue date: 2014 / The study on the life trajectories of female peasants that live in Chapada do Apodi, CE is focused on the analysis of the repercussions of the process of deterritorialization by the modernization of agriculture on the environment, health, and the labor of peasant women. It describes aspects of work trajectories of women inserted in agribusiness companies of irrigated fruit production, familiar/peasant agriculture, and domestic labor, and go deeper into the repercussions of the social transformations and the environmental conflict in the ways of living and producing of these women. Besides, this paper discusses the meanings and perspective of field/farm work for peasant women in the dialectic between (agri)culture and (agri)business. Starting from the feminist criticism on the role of Science, and of women as subjects of knowledge, it utilizes the approach of the feminist methodologies to go deeper into the different looks and experiences of women as from life stories of 11 women and 04 communities, done through interviews and participant observation, having as a focus the category of work. It results the description of the peasant ways of life and work threatened by the modernization of agriculture where are exposed the results of the field research about land, production and peasant culture, the environmental issue, the meanings of work and work conditions, social and health changes. For that, we problematize aspects that analyze health among wealth and illness through territory transformations with the use of pesticide and its consequences to labor and production. From the experience of these women, the research points to a few basis for the analysis of a new feminism – the environmental-peasant. Mediated by the being/doing of the peasant women, in the confrontation between contradictions and their culture, it stands on the following characteristics: As an expression of the women in defense of the natural resources; of the recognition of nature as carrier of rights and of the defense of diversity and productive dynamics as common goods. It results from an everyday movement, guided by a political insertion in the community, home, kitchen, yard, farm, etc. Spaces in which knowledge, information and different forms of power instituted by the own women circulate. It stands on the struggle for food sovereignty and for the maintenance of bonds of solidarity and labor socialization. It has its culture grounded on peasant ethics and on the values of solidarity, with the experience marked by the notions of justice, right, honesty and equity. It makes a relation of the healthy being with the access to the common resources (such as land, water, food, and biodiversity) and the appreciation of the meanings of labor. It makes an articulation of several -inseparabledimensions that exist among environment, work, family relations, social living and health. They carry a systemic vision of care, understanding it in relation to the planet, to labor and to the human being in his entireness. The dimensions also carry the experience of the economy as production of life, recognizing the important and determinant role of women in the dispute for land and territory and in the affirmation of the peasant culture. / O estudo sobre as trajetórias de vida de mulheres camponesas que vivem na Chapada do Apodi, CE está voltado para a análise das repercussões do processo de des-reterritorialização empreendido pela modernização da agricultura sobre o ambiente, a saúde e o trabalho de mulheres camponesas. Descreve aspectos das trajetórias de trabalho de mulheres inseridas nas empresas do agronegócio da fruticultura irrigada, na agricultura camponesa/familiar, e no trabalho doméstico e aprofunda as repercussões das transformações sociais e do conflito ambiental nos modos de viver e produzir dessas mulheres. Além de discutir os sentidos e perspectiva do trabalho no campo para as mulheres camponesas na dialética entre (agri)cultura e (agro)negócio. Partindo da crítica feminista ao papel da ciência, e das mulheres como sujeitos do conhecimento, utiliza-se a abordagem das metodologias feministas para aprofundar os diferentes olhares e experiências das mulheres a partir das histórias de vida de 11 mulheres de 04 comunidades, feita através de entrevistas e observação participante e tendo como foco a categoria do trabalho. Resulta daí a descrição sobre as formas camponesas de vida e trabalho ameaçados pela modernização agrícola onde estão expostos os resultados da pesquisa de campo sobre terra, produção e cultura camponesa, a questão ambiental, os sentidos e condições de trabalho, as transformações sociais e de saúde. São problematizados aspectos que analisam a saúde entre a riqueza e o adoecimento através das transformações do território com o uso de agrotóxicos e suas consequências ao trabalho e à produção. A partir da experiência dessas mulheres, a pesquisa aponta algumas bases para a análise de um novo feminismo - o camponês-ambiental. Mediado pelo ser/fazer das mulheres camponesas, no confronto entre as contradições e sua cultura, ele está calcado nas seguintes características: Como expressão das mulheres em defesa dos bens naturais; do reconhecimento da natureza como portadora de direitos e da defesa da diversidade e da dinâmica produtiva como bens comuns. Resulta de um movimento do cotidiano, pautado por uma inserção política dentro da comunidade, da casa, da cozinha, do quintal, da roça etc. Espaços por onde circulam saberes, informações e diferentes formas de poder instituído pelas próprias mulheres. Está calcado na luta pela soberania alimentar e pela manutenção de laços de solidariedade e de socialização do trabalho. Tem sua cultura fundamentada na ética camponesa e nos valores de solidariedade, com a vivência marcada pelas noções de justiça, direito, honestidade e equidade. Faz uma relação do ser saudável com o acesso aos bens comuns (como a terra, à água, ao alimento e à biodiversidade) e à valorização dos sentidos do trabalho. Faz a articulação das diversas dimensões – indissociáveis – que existem entre ambiente, trabalho, relações familiares, convivência social e saúde das pessoas. Portam uma visão sistêmica do cuidado, interpretando-o em relação ao planeta, ao trabalho e ao ser humano em sua totalidade. E também a vivência da economia como produção de vida, reconhecendo o importante e determinante papel das mulheres na disputa pela terra e pelo território e na afirmação da cultura camponesa.
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Identidades, diferenças e tenções: Um estudo sobre o campesinato em contextos sociais rurais do Sul e no Nordeste Brasileiro.SCHENATO, Vilson Cesar 30 November 2017 (has links)
Submitted by Johnny Rodrigues (johnnyrodrigues@ufcg.edu.br) on 2017-11-30T15:43:43Z
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Previous issue date: 2014 / Esta pesquisa ora apresentada tem como tema mais geral o estudo do campesinato em
duas regiões distintas do Brasil. Buscou-se conhecer como se processam as relações
sociais e identitárias entre os assentados do Assentamento Bela Vista, com seus
vizinhos e demais agentes sociais não-assentados do município de Esperança, no
Agreste da Paraíba, fazendo um paralelo com as relações sociais e identitárias
envolvendo os assentados do Assentamento Colônia Esperança e os colonos da Linha
São Roque, no município de Cascavel, no Oeste do Paraná. Para tanto, num primeiro
momento, discutiu-se sobre campesinato e identidades, em seguida os processos sóciohistóricos
mais amplos, e em um segundo momento, buscou-se ressaltar a capacidade de
agência e resistência dos que lutam pela terra e para continuar nela, ao operarem com a
dialética entre a moral camponesa e as escolhas futuras, entre os iguais e os desiguais,
entre coletivos e individuais, entre identidades e diferenças estabelecidas com os
“outros” e entre eles mesmos. Em síntese, o estudo teve como objetivo principal
compreender o processo de construção de identidades sociais e as relações que se
estabelecem entre os assentados, com os seus diversos “outros”. As hipóteses iniciais
deram conta de que as identidades de colonos e assentados, construídas historicamente,
são as chaves para o entendimento das relações sociais e identitárias do presente no Sul
do país. No Agreste paraibano a identidade sociopolítica dos assentados, está atrelada
às relações de patronagem e dependência de um passado recente, com suas
continuidades e rupturas no presente. Mesmo entre distintas regiões, existem
aproximações entre os contextos sociais a que estão referidos os distintos camponeses,
capazes de resistir e agir em meio a limites, possibilidades e nas relações com seus
diversos “outros”. O caminho metodológico conjugou a observação participante,
entrevistas orais e o diário de campo. Nos dois casos de assentamentos estudados, por
meio do recurso à memória, foi possível analisar as identidades reconstruídas e (re)
significadas de acordo com as “lutas” do presente. Os assentamentos rurais foram aqui
entendidos enquanto espaços sociais e simbólicos que geram novas dinâmicas, alterando
os territórios e suas teias de relações sociais. Entre os resultados obtidos, destacam-se o
conhecimento das diferenças dos dois campesinatos específicos no tocante as suas lutas,
conquistas, projetos, realizações diversas, nas formas de acessar e usar a terra, no acesso
às políticas públicas, nas dificuldades enfrentadas para a reprodução social e na
construção social das suas identidades e diferenças. Apesar de partilharem uma
identidade camponesa mais geral, com referências aos valores morais e sociais (terra,
trabalho, família e autonomia), esta se concretiza de maneira diversa e com referência às
especificidades dos contextos locais de interação onde se desenrolam os jogos sociais. / The research presented here is the study of the peasantry into two distinct regions of
Brazil. We attempted to understand how himself process social identity and relations
between assentados Bela Vista settlement with its neighbors and other social agents
non-assentados of the city of Esperança, in the Agreste of Paraiba, drawing a parallel
with social identity and relationships involving assentados Settlement of the Colonia
Esperança and colonos from Linha São Roque, of the city of Cascavel in western
Paraná. For this, at first it was discussed peasantry and identities, then the wider sociohistorical
processes, and in a second time, we sought to highlight the capacity of the
agency and resistance of those who fight for land and to keep her, to operate with the
dialectic between the moral peasant and future choices between equal and unequal,
between collective and individual, between identities and differences established with
the "other" and among themselves. In summary, the study aimed to understand the
process of constructing social identities and relationships that are established between
the assentados, with their various "others". Initial hypotheses realized that the identities
of colonos and assentados, historically constructed, are the keys to understanding the
social relations and identity of the present in the South the contry. In Paraiba Agreste
the sociopolitical identity of the assentados, is linked to the relations of patronage and
dependence of the one recent past, with its continuities and ruptures in the present. Even
among different regions, there are similarities between the social contexts to which they
are referred to the various peasants, able to resist and act amid limits and possibilities
and relations with their various "other".The methodological approach has combined
participant observation, oral interviews and the field diary. In both cases the settlements
studied, via resort to memory was analyzed the reconstructed identities and (re)
signified according to the "struggles" of the present. The rural settlements were here
understood as social and symbolic spaces that generate new dynamics by altering
territories and their webs of social relations. Among the results, stands out the
knowledge of the differences of the two specific peasantries regarding their struggles,
achievements, projects, various achievements, ways to access and use land, access to
public policy, the difficulties for reproduction social and the social construction of their
identities and differences. Despite sharing a peasant identity more general with
references to moral and social values (land, labor, family and autonomy), this is done in
different ways and with reference to the specifics of local contexts of interaction where
social games unfold.
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A acumulação capitalista entre o sangue e a imundice: processos de privatização de terras públicas federais no Sudeste Paraense / Capitalist accumulation between blood and filth: privatization processes of federal public lands in the Southeast of Para StateTerence, Marcelo Fernando 20 July 2018 (has links)
Nesta tese, a partir do conceito de acumulação capitalista por meios não capitalistas, são analisados processos de privatizações de terras públicas federais no Sudeste Paraense e ações de resistência aos mesmos por parte de famílias camponesas. A pesquisa foi realizada por meio dos seguintes procedimentos metodológicos: a) entrevistas com sujeitos sociais envolvidos nos conflitos, como famílias camponesas acampadas em fazendas situadas em terras públicas federais, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), representantes do agronegócio, integrantes de Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e de outros movimentos de luta pela terra da região; b) pesquisa de documentos em instituições da região como a Justiça Federal e Estadual, o INCRA, a CPT e o Centro de Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (CEPASP) e; c) cruzamento de dados georreferenciados do INCRA, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Foram observadas e analisadas três formas assumidas pela privatização de terras públicas no Sudeste Paraense nos últimos anos: a) a legalização da grilagem e sua transformação em propriedade privada formalmente constituída, por meio do Programa Terra Legal; b) a permanência de centenas de milhares de hectares de domínio federal nas mãos de grileiros sem a formalização da propriedade e; c) a apropriação de terras públicas federais, inclusive terras de Projetos de Assentamentos, por grandes mineradoras. A partir da análise dos dados coletados, foi constatado que a expansão de atividades econômicas como a pecuária e a mineração acabam por se servir de formas ilegais de apropriação das terras públicas. Como tais atividades, na escala em que operam, demandam áreas extensas, a privatização de terras públicas federais pela pecuária e pela mineração causa a exclusão do direito de milhares de famílias camponesas à terra de trabalho. A reação a essa situação tem acontecido por meio de ocupações de terras e da utilização de outras táticas de luta comuns na região entre o campesinato, como o bloqueio de rodovias e a ocupação de órgãos estatais. A resistência camponesa tem sido a única força social capaz de impedir, ao menos parcialmente, o avanço da privatização de terras públicas no Sudeste Paraense. / From the concept of capitalist accumulation by non-capitalist means, the processes of privatization of federal public lands in the southeast of Para and resistance actions to them by peasant families are analyzed in this thesis. The research was carried out with the following methodological procedures: a) interviews with the social subjects involved in the conflicts (as peasant families camped on farms situated on federal public lands, oficials of the National Institute of Colonization and Agrarian Reform (INCRA) and the Ministry of Agrarian Development (MDA), representatives of agribusiness, members of Workers and Rural Workers Union (STTR), the Land Pastoral Comission (CPT) and from other movements of struggle for the land in the region; b) documents research in institutions in the region (INCRA, CPT, Center of Union and Popular Research and Advice (CEPASP) and; c) crossing of georeferenced data from INCRA, Ministry of the Environment (MMA), National Department of Mineral Production (DNPM). Three forms assumed by the privatization of public lands in the southeast of Para in recente years were observed and analyzed: a) the legalization of grilagem (illegal taking of land by means of false titles) and its transformation into private property formally constituted, using the Programa Terra Legal; b) the permanence of hundreds of thousands of hectares of federal domain in the hands of grileiros without the formalization of hte property and; c) the appropriation of federal public lands, including land for Settlement Projects, by large mining companies. From the analysis of the collected data, it was found that the expansion of economic activities such as stockbreeding and mining end up using illegal forms of appropriation of public lands. As such activities demand extensive areas on the scale at which they operate, the privatization of public federal lands for stockbreeding and mining causes the exclusion of the right of thousans of peasant families to work land. The reaction to this situation has happened with land occupations and the use of other common fighting tactics in the region among the pesasantry, such as the blocking of highways and the occupation of state organs. Peasant resistance has been the only social force capable of preventing, at least partially, the advance of privatization of public lands in the southeast of Para state.
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A acumulação capitalista entre o sangue e a imundice: processos de privatização de terras públicas federais no Sudeste Paraense / Capitalist accumulation between blood and filth: privatization processes of federal public lands in the Southeast of Para StateMarcelo Fernando Terence 20 July 2018 (has links)
Nesta tese, a partir do conceito de acumulação capitalista por meios não capitalistas, são analisados processos de privatizações de terras públicas federais no Sudeste Paraense e ações de resistência aos mesmos por parte de famílias camponesas. A pesquisa foi realizada por meio dos seguintes procedimentos metodológicos: a) entrevistas com sujeitos sociais envolvidos nos conflitos, como famílias camponesas acampadas em fazendas situadas em terras públicas federais, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), representantes do agronegócio, integrantes de Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e de outros movimentos de luta pela terra da região; b) pesquisa de documentos em instituições da região como a Justiça Federal e Estadual, o INCRA, a CPT e o Centro de Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (CEPASP) e; c) cruzamento de dados georreferenciados do INCRA, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Foram observadas e analisadas três formas assumidas pela privatização de terras públicas no Sudeste Paraense nos últimos anos: a) a legalização da grilagem e sua transformação em propriedade privada formalmente constituída, por meio do Programa Terra Legal; b) a permanência de centenas de milhares de hectares de domínio federal nas mãos de grileiros sem a formalização da propriedade e; c) a apropriação de terras públicas federais, inclusive terras de Projetos de Assentamentos, por grandes mineradoras. A partir da análise dos dados coletados, foi constatado que a expansão de atividades econômicas como a pecuária e a mineração acabam por se servir de formas ilegais de apropriação das terras públicas. Como tais atividades, na escala em que operam, demandam áreas extensas, a privatização de terras públicas federais pela pecuária e pela mineração causa a exclusão do direito de milhares de famílias camponesas à terra de trabalho. A reação a essa situação tem acontecido por meio de ocupações de terras e da utilização de outras táticas de luta comuns na região entre o campesinato, como o bloqueio de rodovias e a ocupação de órgãos estatais. A resistência camponesa tem sido a única força social capaz de impedir, ao menos parcialmente, o avanço da privatização de terras públicas no Sudeste Paraense. / From the concept of capitalist accumulation by non-capitalist means, the processes of privatization of federal public lands in the southeast of Para and resistance actions to them by peasant families are analyzed in this thesis. The research was carried out with the following methodological procedures: a) interviews with the social subjects involved in the conflicts (as peasant families camped on farms situated on federal public lands, oficials of the National Institute of Colonization and Agrarian Reform (INCRA) and the Ministry of Agrarian Development (MDA), representatives of agribusiness, members of Workers and Rural Workers Union (STTR), the Land Pastoral Comission (CPT) and from other movements of struggle for the land in the region; b) documents research in institutions in the region (INCRA, CPT, Center of Union and Popular Research and Advice (CEPASP) and; c) crossing of georeferenced data from INCRA, Ministry of the Environment (MMA), National Department of Mineral Production (DNPM). Three forms assumed by the privatization of public lands in the southeast of Para in recente years were observed and analyzed: a) the legalization of grilagem (illegal taking of land by means of false titles) and its transformation into private property formally constituted, using the Programa Terra Legal; b) the permanence of hundreds of thousands of hectares of federal domain in the hands of grileiros without the formalization of hte property and; c) the appropriation of federal public lands, including land for Settlement Projects, by large mining companies. From the analysis of the collected data, it was found that the expansion of economic activities such as stockbreeding and mining end up using illegal forms of appropriation of public lands. As such activities demand extensive areas on the scale at which they operate, the privatization of public federal lands for stockbreeding and mining causes the exclusion of the right of thousans of peasant families to work land. The reaction to this situation has happened with land occupations and the use of other common fighting tactics in the region among the pesasantry, such as the blocking of highways and the occupation of state organs. Peasant resistance has been the only social force capable of preventing, at least partially, the advance of privatization of public lands in the southeast of Para state.
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