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Mortalidade fetal e infantil por sífilis congênita no estado do CearáCanto, Surama Valena Elarrat 16 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-16 / Congenital Syphilis (CS) is a totally preventable disease, which besides causing serious sequelae in children, represents an important cause of prematurity and fetal death. This study aimed to analyze the Fetal and Infant Mortality by CS in the State of Ceará, Brazil, between 2010 and 2014. It is a cross-sectional study that analyzed the deaths by CS through the linkage method in the Mortality Information System (SIM) and the Notifiable Diseases Information System (Sinan) of pregnant women and children. Deterministic technique was applied to match the three databases. Chi-square test was used to evaluate the association between the categorical variables, and the p-value<0.05 was considered statistically significant. Infant Mortality Rate by CS in the analyzed period was 16.3/100,000 live births, representing 1.2% of infant deaths in the State. This rate has increased by 34.8% over the years. The underreporting of deaths was 89.4%. Of the 414 cases reported in the SIM as probable death by CS, only 44 (10.6%) presented this disease as the underlying cause. Of the 359 fetal deaths reported in Sinan by CS, 49 (13.6%) were not registered in the SIM. Perinatal death, stillbirth, and early neonatal death accounted for 87.7%, 73.9%, and 13.7% of the total number of deaths, respectively, with associated prematurity and low weight. Results of this study reveal an increasing rate of Infant Mortality by CS in the State of Ceará, mainly in the perinatal period. There was a significant underreporting of deaths, which may contribute to the invisibility of the problem and hence the lack of proposals designed for coping. / A Sífilis Congênita (SC), doença totalmente prevenível, além de provocar graves sequelas nas crianças, representa uma importante causa de prematuridade e morte fetal. Esse estudo objetivou analisar a Mortalidade Fetal e Infantil por SC no Estado do Ceará, no período de 2010 a 2014. Trata-se de um estudo transversal, que por meio do método de linkage analisou os óbitos por SC no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) de gestantes e crianças. Utilizou a técnica determinística para realizar o pareamento dos três bancos. Para análise dos dados, utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Realizada regressão linear simples com o teste exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson para a comparação das proporções e o t Student para comparação das médias, o valor-p predeterminado foi de 0,05. A Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Ceará, no período analisado, foi de 16,3/100.000 nascidos vivos, representando 1,2% dos óbitos infantis ocorridos no Estado. Ao longo dos anos, essa taxa aumentou 34,8%. A subnotificação do óbito foi de 89,4%. Dos 414 casos notificados no SIM como provável óbito por SC, somente 44 (10,6%) tinham como causa básica essa doença. Dos 359 óbitos fetais declarados no Sinan SC, 49 (13,6%) não foram registrados no SIM. Óbito perinatal, natimortalidade e neonatal precoce representaram 87,7%, 73,9% e 13,7% respectivamente do total de óbitos, com prematuridade e baixo peso associados. Os resultados deste estudo mostram o aumento da Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Estado do Ceará, principalmente, no período perinatal. A subnotificação de óbitos foi significativa, o que pode contribuir para a invisibilidade do problema e consequentemente para a falta de elaboração de propostas de enfrentamento.
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Avaliação do seguimento e do uso da ceftriaxona na sífilis congênita em capital do nordeste brasileiroCavalcante, Ana Nery Melo 23 October 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-10-23 / Congenital syphilis represents an important public health problem, which can cause unfavorable outcomes in untreated mothers in 40% of cases, such as abortion, fetal death and neonatal death. The standard treatment is penicillin. As of 2014, there was a shortage of this medication, being indicated the use of ceftriaxone. All children exposed to or diagnosed with this disease should be followed up with periodic consultations and Veneral Desease Research Laboratory (VDRL) examination. This study aimed to evaluate the follow-up of children with SC and the clinical and laboratory response of those who were treated with ceftriaxone during the standard treatment shortage (penicillin) in the city of Fortaleza, Ceará. A noncompetitive cohort study, which analyzed the treatment and follow-up groups that were reported from September 2013 to September 2016. Information collection was initiated in three maternity hospitals through the records of notification, hospital records and follow-up of children. Next, follow-up information was searched in the primary care records. In the study on follow-up, the cohort was formed by maternal and child variables and the follow-up groups until cure. In the study on ceftriaxone treatment, group 1 (treatment with ceftriaxone) and group 2 (treatment with penicillin) were formed. The data were analyzed through the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 23. Regarding the follow-up, it was observed that most of the children (86.4%) attended the primary unit, but there was no record of congenital syphilis in 71,1% of the medical records and no information about the VDRL request was found in 79.5% of the medical records. Follow-up until healing was performed in only 18.1% of the children. The factors that showed a significant association with the non-follow-up of the children were: civil status of the mothers, number of prenatal consultations, number of pregnancies, hemogram and X-ray of long bones. In the study on alternative treatment with ceftriaxone, it was observed that of the 56 children selected, 80% of the two groups obtained cure (two VDRL followed nonreactive) at 3 months. At 12 months all children were considered cured. There was no significant difference in the evolution until the cure of the children who were treated with both types of treatment. Children exposed or diagnosed with congenital syphilis mostly attend primary care. However, this level of care does not follow the recommendations of the Ministry of Health for adequate follow-up. The efficacy of ceftriaxone was similar in relation to penicillin in the treatment of congenital syphilis. / A sífilis congênita representa um importante problema de saúde pública, podendo causar, em mães não tratadas, desfechos desfavoráveis em 40% dos casos, como aborto, óbito fetal e neonatal. O tratamento padrão é a penicilina. A partir de 2014, ocorreu um desabastecimento dessa medicação, sendo indicado o uso da ceftriaxona. Todas as crianças expostas ou diagnosticadas por essa doença devem ser seguidas com consultas e realização do exame Veneral Desease Research Laboratory (VDRL) periódicos. Esse estudo objetivou avaliar o seguimento das crianças com SC e a resposta clínica e laboratorial das que foram tratadas com ceftriaxona no período de desabastecimento do tratamento padrão (penicilina), no município de Fortaleza, Ceará. Estudo de coorte não concorrente, que analisou os grupos de tratamento e de seguimento que foram notificados no período de setembro 2013 a setembro de 2016. A coleta das informações foi iniciada em três maternidades secundárias através das fichas de notificação, dos prontuários hospitalares e de seguimento das crianças. Em seguida, informações sobre seguimento foram pesquisadas nos prontuários da atenção primária. No estudo sobre o seguimento, a coorte foi formada por variáveis maternas e das crianças e os grupos de seguimento até a cura. Na pesquisa sobre o tratamento da ceftriaxona, foi formado o grupo 1 (tratamento com ceftriaxona) e o grupo 2 (tratamento com penicilina). Os dados foram analisados através do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 23. Em relação ao seguimento, foi observado que a maioria das crianças (86,4%) compareceram à unidade primária, mas não havia registro de sífilis congênita em 71,1% dos prontuários e não foram encontradas informações acerca da solicitação do VDRL em 79,5% dos prontuários. O seguimento até a cura foi realizado em apenas 18,1% das crianças. Os fatores que apresentaram associação significativa com o não seguimento das crianças foram: estado civil das genitoras, número de consultas no pré-natal, número de gestações, hemograma e radiografia de ossos longos. No estudo sobre o tratamento alternativo com a ceftriaxona, foi observado que das 56 crianças selecionadas, 80% dos dois grupos obtiveram a cura (dois VDRL seguidos não reagentes) aos 3 meses. Aos 12 meses todas as crianças foram consideradas curadas. Não ocorreu diferença significativa na evolução até a cura das crianças que foram tratadas com os dois tipos de tratamento. As crianças expostas ou diagnosticadas com sífilis congênita na sua maioria comparecem à atenção primária. Entretanto, esse nível da atenção não segue as recomendações do Ministério da Saúde para o seguimento adequado. A eficácia da ceftriaxona mostrou-se semelhante em relação à penicilina no tratamento da sífilis congênita.
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Sífilis na gestação e congênita no município de Fortaleza-CE : análise de sistemas de informaçãoCardoso, Ana Rita Paulo 28 May 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-05-28 / Syphilis is an ancient disease that has prevailed over all attempts to eradication. Despite the effectiveness of penicillin in the treatment and cure of this disease, the affected pregnant women are not treated or are inadequately treated. When it occurs during pregnancy, syphilis is responsible for approximately 40% of perinatal mortality rates, 25% of stillbirths and 14% of neonatal deaths. In Brazil, between 1998 and June 2012, were reported 80,041 cases of congenital syphilis in infants under one year of age. Regarding the incidence of congenital syphilis in Brazil, in 2011 there was a rate of 3.3 cases per 1,000 live births, while the Northeast Region had the highest rates in that year, with 3.8 cases. In 2012, the State of Ceará notified 965 cases of congenital syphilis with an incidence rate of 7.6 / 1,000 live births. In 2013 for the city of Fortaleza, the incidence of congenital syphilis cases reached 15.0 per 1,000 live births. This study aimed to analyze reports of pregnant women with their cases of
congenital syphilis in the years 2008-2010; evaluate the database of the Information System for Notifiable Diseases (Sinan) and the Mortality Information System (SIM) in Fortaleza, Ceará, fetal and infant deaths due to congenital syphilis. Cross-sectional study conducted analysis of 175 cases of syphilis in pregnant women with corresponding notifications of congenital syphilis during the years 2008 to 2010 and analysis of databases of Sinan and SIM. In Sinan we analyzed reported cases of congenital syphilis and in SIM infant and fetal syphilis deaths from 2007 to 2013 were analyzed. Was used descriptive statistics with absolute and relative frequencies, measures of central tendency and dispersion, and chisquare test to analyze the statistical significance using the p value <0.05.Sociodemographic variables of pregnant / postpartum women, the care provided to infants and outcome of cases were analyzed. The results showed that the incidence of syphilis in young women over 85.0% of inappropriate treatment , 62.9 % of sexual partners untreated or ignored information and high percentages of non- achievement of the recommended tests for the investigation of congenital syphilis. It was observed that over the years there was a remarkable absence of registration of the disease as a cause of fetal and infant death, reaching 90.1% of underreported cases. Of the 41 deaths reported in the SIM as syphilis, 16 (39.0%) were not in Sinan. The year 2012 had the highest number of notifications, 591 cases and an incidence of 15.92 / 1,000 live births. Congenital syphilis was responsible for 268 abortions and 373
perinatal deaths during the study period with a perinatal mortality rate of 1.66 / 1,000 live births and stillbirths rate of 1.34 / 1,000 live births. Maternal age, conducting prenatal and maternal moment of diagnosis, persistent high titers in them, the inadequate treatment of these and their sexual partners, the prevalence titers greater than 1: 8 in peripheral blood of the newborn and these symptoms present themselves were associated with morbidity and mortality of fetuses and has contributed to the uncontrolled situation. Thus, vertical transmission of syphilis has been causing high mortality among fetuses, keeping this infection as a burden on the list of public health problems. / A sífilis é uma doença milenar que vem prevalecendo sobre todas as tentativas de sua
erradicação. Apesar da eficácia da penicilina no tratamento e cura desta doença, as gestantes acometidas não são tratadas ou são inadequadamente tratadas. Quando ocorre durante a gravidez, a sífilis é responsável por aproximadamente 40% das taxas de mortalidade perinatal, 25% de natimortalidade e 14% de mortes neonatais. No Brasil, entre 1998 e junho de 2012, foram notificados 80.041 casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade. Com relação à taxa de incidência de sífilis congênita no Brasil, em 2011 observou-se uma taxa de 3,3 casos por 1.000 nascidos vivos, sendo que a Região Nordeste apresentou das maiores taxas nesse ano, com 3,8 casos. No ano de 2012, o Estado do Ceará notificou 965 casos de sífilis congênita com uma taxa de incidência de 7,6/1.000 nascidos vivos. Para o ano de 2013 no município de Fortaleza, a incidência de sífilis congênita atingiu 15,0 casos por 1.000 nascidos vivos. Este estudo objetivou analisar as notificações de gestantes com os respectivos casos de sífilis congênita nos anos de 2008 a 2010; avaliar no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) do município de Fortaleza, Ceará, os óbitos fetais e infantis por sífilis congênita. Estudo transversal que realizou análise de 175 casos notificados de sífilis em gestantes com as correspondentes notificações de sífilis congênita durante os anos de 2008 a 2010 e análise dos bancos de dados do Sinan e do SIM. No Sinan foram analisados os casos
notificados de sífilis congênita e no SIM os óbitos infantis e fetais pela doença de 2007 a 2013. Utilizou-se estatística descritiva com frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e dispersão e qui-quadrado de Pearson para analisar a significância estatística, utilizando o valor de p<0,05. Foram analisadas variáveis sociodemográficas das gestantes/puérperas, da assistência prestada aos recém-nascidos e desfecho dos casos. Os resultados mostraram a ocorrência da sífilis em mulheres jovens com mais de 85,0% de tratamentos inadequados, 62,9% dos parceiros sexuais não tratados ou com informação ignorada e percentuais elevados da não realização dos exames preconizados para a investigação de sífilis congênita. Observou-se que ao longo dos anos ocorreu importante ausência de registro da doença enquanto causa de óbito fetal e infantil, chegando a atingir 90,1%de casos sub-registrados. Dos 41 óbitos declarados no SIM como sífilis, 16 (39,0%) não estavam notificados no Sinan.O ano de 2012 apresentou o maior número de notificações, 591 casos e uma incidência de 15,92/1.000 nascidos vivos.A sífilis congênita foi responsável por 268 abortos e 373 óbitos perinatais no período do estudo com uma taxa de mortalidade perinatal de 1,66/1.000 nascidos vivos e taxa de natimortalidade de 1,34/1.000 nascidos vivos. A idade materna, a realização de pré-natal e momento do diagnóstico materno, persistência de altos títulos sorológicos nas mesmas, o tratamento inadequado destas e de seus parceiros sexuais, a prevalência títulos superiores a 1:8 em sangue periférico do recém-nascido e estes se apresentarem sintomáticos estiveram associados à morbimortalidade dos conceptos e vem contribuindo para o descontrole da situação. Assim, a transmissão vertical da sífilis vem acarretando elevada mortalidade entre os conceptos, mantendo essa infecção como um fardo no rol dos problemas de saúde pública.
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Conhecimento, atitude e prática dos enfermeiros acerca do controle da sífilis na gestação / Knowledge, attitude and practice of nurses about the control of syphilis in pregnancyCosta, Camila Chaves da January 2012 (has links)
COSTA, Camila Chaves da. Conhecimento, atitude e prática dos enfermeiros acerca do controle da sífilis na gestação. 2012. 102 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-03-01T11:46:53Z
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Previous issue date: 2012 / Objetivou-se avaliar o conhecimento, a atitude e a prática dos enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Família (ESF) acerca do controle da sífilis na gestação; associar as variáveis explanatórias com o conhecimento, a atitude e a prática dos enfermeiros acerca do controle da sífilis na gestação e comparar o conhecimento e a atitude com a prática em relação à sífilis na gestação. Trata-se de um estudo avaliativo do tipo Conhecimento, Atitude e Prática (CAP) e abordagem quantitativa, realizado no período de junho a agosto de 2012, com 171 enfermeiros da ESF, utilizando-se como instrumento um questionário inquérito CAP em relação à sífilis na gestação. Os dados foram organizados em tabelas e gráficos, segundo a estatística descritiva e inferencial utilizando-se os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Qui-quadrado e Fisher. O estudo foi aprovado pelo COMEPE/UFC com o protocolo de nº 81/12. Quanto ao perfil dos enfermeiros, verificou-se uma idade média de 37,5 anos, com 90,1% do sexo feminino, 64,3% com ensino superior em instituições públicas e 77,8% são especialistas, formados há cerca de 12 anos, atuando na ESF há uma média de 9 anos e 53,8% tinha alguma capacitação sobre a temática. Em relação ao conhecimento dos enfermeiros, a maioria (67,3%) foi classificada como adequado, mas ainda 32,7% de enfermeiros teve conhecimento inadequado e regular. Quanto à atitude e prática, observou-se 97,1% dos participantes tinham crenças e opiniões adequadas e 94,2% as colocavam em prática adequadamente. Houve uma associação estatisticamente significativa entre a instituição de graduação e a atitude dos enfermeiros; a autoclassificação positiva em relação ao conhecimento acerca da sífilis na gestação com a prática adequada; o conhecimento e a prática, bem como entre a atitude e a prática. As principais dificuldades percebidas pelos enfermeiros no controle da sífilis congênita foram: a demora dos resultados dos exames de VDRL (45,6%); a dificuldade de convocar o(s) parceiro(s) e a sua adesão ao tratamento (28,1%), assim como o início tardio do pré-natal (19,9%). Frente ao exposto, destaca-se a importância do reconhecimento da sífilis congênita como um importante problema de saúde pública pelo enfermeiro, visto que a partir de suas ações adequadas e baseadas no conhecimento técnico-científico podem interferir diretamente no controle da sífilis congênita, ofertando-se uma assistência pré-natal de qualidade, integral e humanizada.
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Sífilis congênita: fatores de risco em gestantes admitidas nas maternidades de Maceió/AL e área Metropolitana e avaliação dos critérios diagnósticos adotados no BrasilPEDROSA, Linda Délia Carvalho de Oliveira 01 March 2010 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-02-26T17:32:06Z
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Previous issue date: 2010-03-01 / O estudo objetiva avaliar os critérios diagnósticos da sífilis congênita (SC) adotados pelo
Ministério da Saúde/Brasil (MS) determinando, entre neonatos considerados positivos pelos
critérios do MS, o percentual infectado e fatores de risco associados à transmissão vertical.
Entre maio/2007 e setembro/2008, realizou-se um estudo de validação fase III de Sackett, a
partir dos casos diagnosticados como SC pelos critérios do MS, avaliando o valor preditivo
positivo (VPP) e um estudo caso-controle, a partir de mães VDRL positivo. Incluiu gestantes
admitidas em 15 maternidades de Maceió/região metropolitana/AL (09 municípios) e seus
conceptos nativivos, natimortos e abortos tardios. No caso-controle, definiu-se CASO:
neonato, aborto ou natimorto definido pelos critérios do MS e diagnóstico comprovado por
FTA-ABs IgM ou histopatológico do cordão umbilical; CONTROLES: nascimentos
subsequentes ao caso, mesmo hospital, aborto, neonato ou natimorto, VDRL negativo,
inclusive na gestação. À admissão, as gestantes realizavam VDRL e teste rápido de HIV, e
os neonatos de mães VDRL positivas, exames clínicos e complementares, incluindo exames
PADRÃO DE REFERÊNCIA para confirmação: histopatológico do cordão umbilical e
FTA-ABS-IGM. A amostra para análise, casos selecionados pelos critérios do MS,
confirmados pelo padrão-referência, correspondeu a 80 casos SC confirmados, dentre 195
casos presumidos e 696 controles. Foram admitidas (partos/curetagens) 35.156 gestantes,
390 (11,1/1.000 gestantes) VDRL positivo e 195 (5,5/1.000 gestantes) preencheram pelo
menos um dos critérios do MS; 83,1% gestantes positivas (162/195) enquadraram-se no
critério epidemiológico (critério 1). Investigando neonatos usando evidencias sorológica +
evidência clinica ou radiológica ou liquórica (critério 3) detectou-se 81/195 (41,5%)
neonatos com SC; 20/195 abortos ou natimortos enquadraram-se no critério 4. O critério 1
apresentou VPP de 47,5% (IC 95% 34,8-60,6). Aumentando para 51,3% (IC 95% 41,9-60,6)
ao excluir gestantes FTA-Abs negativo. Para o critério 3, o VPP foi 53,1%, (IC 95% 41,7-
64,1), aumentando para 64,2% (IC95% 51,5-75,3) para as gestantes FTA-Abs positivo. O
VPP para o critério 4 foi 73,7% (IC 95% 48,6-89,9). Das 245 gestantes admitidas, com
VDRL positivo, 18 (7,3%) excluídas, 02 (0,8%) recusas, 30 (12,2%) receberam alta
hospitalar antes do resultado dos exames e não localizadas. Dos 195 (79,6%) casos
investigados: 10 (5,1%) abortos, 10 (5,1%) natimortos, 175 (89,8%) nativivos; 81/175
(46,3%) VDRL positivo e alteração clínica e/ou liquórica e/ou radiológica de SC; 50/168
(29,6%) confirmados pelo FTA-ABs IgM, e 50/180 (27,8%) pelo histopatológico do cordão,
80/195 casos (41%) com um destes positivo. Realizou-se analise univariada por blocos de
variáveis e análise multivariada. O modelo final da associação entre exposição materna a
sífilis e SC no neonato contemplou: perda de neonato (OR 4,18 p=0, 000), perda de filho ao
final da gestação (OR 4,15 p=0, 000), uso de drogas pelo parceiro (OR 3,49 p=0, 000), ter
mais de um parceiro no último ano (1,96 p=0, 058) solteira/viúva/separada (OR 1,70 p= 0,
047). O baixo VPP desses critérios permite questionar sua utilidade no cenário atual da
doença, principalmente em regiões de baixa prevalência. Gestantes com perda de neonatos
ou filhos ao final da gestação e com mais de um parceiro no último ano apresentaram maior
chance de ter filhos com SC. / This study aimed to evaluate the diagnostic criteria of Congenital Syphilis (CS) adopted by the
Ministry of Health/Brazil (MH), by determining the percentage of infected neonates amongst
those considered positive by the MH criteria, and to identify the factors associated with vertical
transmission. A validation (Phase III) and a case-control design were used to investigate the
former and the latter objective, respectively. In the case-control study, a CASE was defined as:
neonate, abortion or stillborn who met the MH criteria for CS and had the diagnostic confirmed
by FTA-ABs IgM or by the histopathological examination of the umbilical cord. CONTROLS
were: neonate, abortion or stillborn of the consecutive birth (in the same hospital) following that
of the case, with negative VDRL. In the validation study the Positive predictive value (PPV) of
CS diagnosed with the MH criteria was estimated. Data was collected between May/2007 and
September/2008. Pregnant women admitted in 15 maternity hospitals in Maceió/Metropolitan
area/AL (09 cities) and their living child, abortion or stillborn were included in the study. After
admission all pregnant women were tested for VDRL and HIV, and the neonates of mothers
VDRL positive underwent physical examination and diagnostic testing including those
considered as REFERENCE STANDARD for confirmation of CS: histopathology of the
umbilical cord and FTA-ABS-IGM. The sample was composed of 80 confirmed cases of CS
(cases selected by the MH criteria and confirmed by the standard reference), out of 195 presumed
cases, and 696 controls. A total of 35156 pregnant women were admitted (births/curettage), 390
(11.1/1,000 pregnant women) being VDRL positive and 195 (5.5/1,000 pregnant women)
fulfilling at least one of the MH criteria; 83.1% pregnant women with a positive VDRL
(162/195) met the epidemiological criterion (criterion 1). Investigating neonates presenting
serological evidence + clinical or radiological or cerebral spinal fluid evidence (criterion 3),
81/195 (41.5%) neonates with CS were detected; 20/195 abortion or stillborn met criteria 4.
Criteria 1 presented a PPV of 47.5% (95%-CI: 34.8-60.6), increasing to 51.3% (95%-CI: 41.9-
60.6) when excluding pregnant women with negative FTA-Abs. For criterion 3, the PPV was
53.1%, (95%-CI: 41.7-64.1), increasing to 64.2% (95%_CI: 51.5-75.3) when just FTA-Abs
positive pregnant women were considered. The PPV for criteria 4 was 73.7% (95%-CI: 48.6-
89.9). Of the 245 pregnant women admitted with positive VDRL, 18 (7.3%) were excluded, 02
(0.8%) refused to participate and 30 (12.2%) were discharged from the hospital before the
laboratory tests results and were lost to follow-up. Of 195 (79. 6%) investigated cases there were:
10 (5.1%) abortions, 10 (5.1%) stillborns and 175 (89.8%) neonates; 81/175 (46,3%) neonates
had VDRL positive and/or clinical and/or cerebral spinal fluid and/or radiological CS alteration;
50/168 (29,6%) were confirmed by FTA-ABs IgM, and 50/180 (27,8%) by the histopathological
exam. A total of 80/195 (41%) conceptus had at least one of these exams positive. In the casecontrol
study the following factors related to the mothers were independently associated with
CS were: loss of neonate (OR 4,18 p=0, 000), loss of child at the end of pregnancy (OR 4,15
p=0, 000), use of drugs by the partner (OR 3,49 p=0, 000), having more than one partner the
year before (1,96 p=0, 058) single/widow/separated (OR 1,70 p= 0, 047). The low PPV of the
MH criteria allows questioning its utility at the current scenario of the disease, especially in
regions with low prevalence. Pregnant women with loss of neonate or loss of child at the end of
the pregnancy, as well as more than one partner during the last year showed a greater risk of
having children with CS.
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Epidemiologia da sífilis em gestantes em Fortaleza, CearáCampos, Ana Luiza de Araujo 19 December 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-12-19 / The aims of this cross-sectional study were to know the epidemiological profile of pregnant women with reactive VDRL test, in Fortaleza, Ceará, Brazil, in 2008, and analyze sociodemographic and some behavioral data from their partners. During the six month period of study, 58 women were consecutively interviewed following delivery, occurred in one of the five public maternities from the municipality. Data were also recovered from medical files and pregnancy cards. Sociodemographic and obstetric data, and information related to the diagnosis and treatment of syphilis from both pregnant woman and partner were analyzed. It was possible to verify the fraction of pregnant women with syphilis and of their partners, considered not correctly treated according Brazilian Health Authority's recommendations, and to assess the reasons for treatment inadequacy. Only three (5.2%) pregnant women have received adequate treatment. The main reason for inadequacy was lack of partner treatment (89.6% of cases). Between the 36 pregnant women who had known the diagnosis of syphilis during antenatal care or before the pregnancy, diagnosis had been communicated to the partner in 32 (88.9%) cases. A second VDRL test, to be done at the beginning of the third trimester of pregnancy, is strongly recommended. It was possible to assert the need for a better involvement of health system in drawing partners to be treated. Medical care currently provided did not warrant syphilis control in pregnant women. In order to achieve a better control of syphilis during pregnancy, it is necessary a deeper commitment from health care workers. / Este é um estudo quantitativo, transversal e descritivo e teve por objetivo conhecer o perfil epidemiológico das gestantes com exame de VDRL reagente e avaliar o perfil sociodemográfico e algumas variáveis comportamentais do parceiro sexual destas gestantes, em Fortaleza, Ceará, Brasil, no ano de 2008. Durante os seis meses do estudo foram entrevistadas consecutivamente 58 gestantes no pós-parto imediato, internadas em cinco maternidades públicas do município; além do relato da gestante foram consultados as informações do prontuário e do cartão das gestantes. Verificou-se o percentual de gestantes e parceiros que foram considerados inadequadamente tratados e os motivos da inadequação do tratamento, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde. Foram avaliados dados sociodemográficos, obstétricos e variáveis relacionadas ao diagnóstico, comunicação ao parceiro e tratamento de gestante e parceiro. Apenas três (5,2%) gestantes foram consideradas adequadamente tratadas e o principal motivo da inadequação do tratamento foi a falta ou inadequação do tratamento do parceiro (89,6%) dos casos. Entre as 36 gestantes que tiveram conhecimento da sífilis durante o pré-natal, ou já tinham conhecimento prévio do diagnóstico, houve comunicação ao parceiro em 32 (88,9%) dos casos. Foi possível reafirmar a necessidade de um segundo VDRL no terceiro trimestre de gestação. Os dados evidenciaram a necessidade de um maior empenho, por parte dos serviços de saúde na captação dos parceiros para tratamento e também que o atendimento recebido pela gestante na assistência pré-natal não é suficiente para garantir o controle da sífilis congênita. Para isto, medidas devem ser tomadas no sentido de fazer com que os profissionais de saúde e gestores estejam mais comprometidos com a questão da sífilis gestacional.
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Conhecimento dos profissionais da estratégia saúde da família acerca da prevenção da transmissão vertical da sífilis em Fortaleza-CESilva, Denise Maia Alves da 30 June 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-06-30 / The prevention of vertical transmission of syphilis requires the health professionals to adopt appropriate conducts facing a pregnant woman with positive VDRL test. The objective of this work was to analyze the knowledge of Family Health Strategy professionals on the actions to prevent vertical transmission of syphilis in Fortaleza-CE-Brazil. This is a descriptive quantitative study carried out from August to October 2009 with a sample composed by 109 doctors and 160 nurses of the Family Health Units of the six Regional Executive Offices. A self-applied questionnaire was used containing 11 problem situations elaborated based on the Ministry of Health recommendations for prevention and control of gestational and congenital syphilis. Answers that were according to what was recommended by the Ministry of Health were considered correct. The study followed the Resolution 196/96 that involves research
with human beings. Among the 1775 questions properly answered the greatest percentage
involved the handling of pregnant women to consider them properly treated (1517/85.5%), the knowledge of compulsory notification diseases (1459/82.2%), the conducts facing pregnant women recently treated with high titration (1505/84.8%) and the knowledge on the control of pregnant women' monthly cure (638/54.3%). However, the percentage of mistake was more related to the identification of nontreponemal tests (840/71.0%), the treatment of pregnant women with positive VDRL test and exanthema (686/58%) and the conduct facing pregnant women with VDRL titration 1:1 (731/61.8%). Professionals' lack of knowledge concerning the handling of pregnant women with positive VDRL may be related to these professionals' formation/training and to the high rotation in FHS. Professional practices need to be reinforced through better training of teams in order to provide a quality assistance to pregnant women with syphilis. / A prevenção da transmissão vertical da sífilis requer dos profissionais de saúde a adoção de condutas adequadas diante de uma gestante com exame de VDRL reagente. O objetivo desse trabalho foi analisar o conhecimento dos profissionais da Estratégia Saúde da Família acerca das ações de prevenção transmissão vertical da sífilis em Fortaleza, CE. Estudo descritivo, quantitativo, realizado no período de agosto a outubro de 2009 com uma amostra de 109 médicos e 160 enfermeiros das Unidades de Saúde da Família das seis Secretarias Executivas Regionais. Utilizou-se um questionário autoaplicado contendo 11 situações problemas elaboradas a partir das recomendações do Ministério da Saúde para prevenção e controle da sífilis gestacional e congênita. Foram consideradas corretas as respostas que estavam de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde. O estudo atendeu a Resolução 196/96 que envolve pesquisa com seres humanos. Dentre os 1775 quesitos respondidos adequadamente o maior percentual envolveu o manejo da gestante para considerá-la adequadamente tratada (1517/85,5%), o conhecimento das doenças de notificação compulsória (1459/82,2%), as condutas diante de uma gestante recentemente tratada com titulação elevada (1505/84,8%) e o conhecimento acerca do controle de cura mensal da gestante (638/54,3%). No entanto, o percentual de erro estava mais relacionado a identificação dos testes não treponêmicos (840/71,0%), tratamento da gestante com exame de VDRL reagente e exantemas (686/58%) e a conduta diante da gestante com titulação de VDRL 1:1 (731/61,8%). O desconhecimento dos profissionais em relação ao manejo da gestante com VDRL reagente pode ter estreita relação com a formação/capacitação desses profissionais e a alta rotatividade na ESF. As práticas profissionais precisam ser reforçadas por meio de uma melhor capacitação das equipes a fim de promover uma assistência de qualidade à gestante com sífilis.
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Prevenção e controle da sífilis congênita em Fortaleza-Ceará : uma avaliação de estrutura e processoBarros, Valeria Lima de 15 December 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-12-15 / The occurrence of cases of syphilis in children whose mothers took the prenatal treatment points to the need for reflection concerning the quality of the assistance provided for the control of congenital syphilis. Considering that the early diagnosis and the timely treatment of the infected pregnant woman and her sexual partner(s) are the effective prevention measures, it is necessary to guarantee the appropriate infrastructure for the running Basic Health Units (UBS), with the availability of adequate equipment, trained human resources and sufficient supplies for the assistance provided. The goal of this study was to evaluate the structure of the basic health units and aspects of the work process of the professionals to develop prevention actions and control of congenital syphilis in Fortaleza, Ceará. The research is evaluative and has a quantitative approach. It was developed between July and October in 89 UBS's in the
city. The following activities were undertaken in order to collect the necessary data for the analysis: definition of the elements of interest for the quantification of the attendance units; prioritization of the evaluation using the method called Analytic Hierarchy Process (AHP); determination of the representative factors of each component; classification of the units researched defining ranking criteria. The information obtained was punctuated and classified as: insufficient, precarious, satisfactory and excellent. The project was approved by the Ethics in Research Committee from the University of Fortaleza - UNIFOR and received financing from FUNCAP/CNPq. In the general classification, it was found that approximately half (47.2%) of the units were classified as precarious or unsatisfactory, where the SER I (92.3%) and the SER V (66.7%) were the ones that reached the highest percentages within the classification zone. The components Physical Structure, Material Resources, Human Resources and Organizational Process followed this same tendency, where Human Resources and Organizational Process received the lowest (33.7%) and the highest (49.4%) respectively.
Regarding the Physical Structure, the lack of rooms for blood extraction stands out. The main setback regarding Material Resources is the lack of necessary medication for the treatment of anaphylaxis. In Human Resources a low rate of professionals trained in syphilis treatment was evidenced (21.3%) and in anaphylaxis (5.6%). The evaluation of the Organizational Process indicates that the time of return of the exams, in general, is equal to or superior than 30 days. It is emphasized that only 16.9% of the units apply penicillin to pregnant women. The control of CS goes, mandatorily, through the actions developed in this level of attention, considered to be the entrance way of the health system. It is therefore believed that the main obstacle regarding the control of CS lies in the work process, indicating the need for an improved organization of the services provided. Moreover, a reflection regarding the forwarding of pregnant women to a service of reference solely for the application of penicillin is indispensible. The prevention and control of the CS pass by the obligation of dealing with a
pregnant woman as priority for the adoption of concrete and more efficient measures that, as a fact, enable the prevention and control of the congenital syphilis. / A ocorrência de casos de sífilis em crianças cujas mães realizaram o pré-natal aponta para a necessidade de reflexão sobre a qualidade da assistência prestada, com vistas ao controle da sífilis congênita. Considerando-se que o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno da gestante infectada e seu(s) parceiro(s) sexual(ais) são as medidas mais eficazes de prevenção, necessária se faz a garantia de infraestrutura apropriada para o funcionamento das unidades básicas de saúde (UBS), com disponibilidade de equipamentos adequados, de recursos humanos capacitados e de material e insumos suficientes à assistência prestada. Este estudo teve como objetivo avaliar a estrutura das unidades básicas de saúde e aspectos do processo de trabalho dos profissionais para desenvolver as ações de prevenção e controle da sífilis congênita em Fortaleza, Ceará. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, de abordagem quantitativa, desenvolvida entre julho e outubro de 2011, em 89 UBS do Município. Foram realizadas as seguintes atividades para a obtenção dos dados necessários à análise: definição dos elementos de interesse para a quantificação das unidades de atendimento; priorização dos componentes avaliativos, com base no método denominado Analytic Hierarchy Process (AHP); determinação dos fatores representativos de cada componente; classificação das unidades pesquisadas definindo critérios de ranking. As informações obtidas foram pontuadas e classificadas como: insuficiente, precária, satisfatória e ótima. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza - UNIFOR e recebeu financiamento da FUNCAP/CNPq. Na classificação geral, encontrou-se que aproximadamente metade (47,2%) das unidades recebeu conceito precário ou insatisfatório, sendo a SER I (92,3%) e a SER V (66,7%) aquelas que alcançaram os maiores percentuais dentro dessa faixa de classificação Os componentes Estrutura Física, Recursos Materiais, Recursos Humanos e Processo Organizacional seguiram essa mesma tendência, sendo Recursos Humanos e Processo Organizacional os que obtiveram o menor (33,7%) e o maior (49,4%) percentual, respectivamente. Em relação à Estrutura Física, destaca-se a ausência de sala de coleta de sangue como o maior entrave, e, nos Recursos Materiais, a falta de medicamentos necessários ao atendimento da anafilaxia. Em Recursos Humanos, evidenciou-se o baixo índice de profissionais com capacitação em sífilis (21,3%) e anafilaxia (5,6%). A avaliação do Processo Organizacional apontou que o tempo de retorno dos exames, em geral, é igual ou superior a 30 dias. Enfatiza-se que apenas 16,9% das unidades aplicam a penicilina em gestantes. O controle da SC passa necessariamente pelas ações desenvolvidas nesse nível de atenção, considerando ser a porta de entrada do sistema de saúde. Acredita-se, portanto, que o maior entrave para o controle da SC resida no processo de trabalho, indicando a necessidade de uma melhor organização dos serviços. Ademais, é imprescindível uma reflexão sobre o encaminhamento das gestantes para um serviço de referência unicamente para a aplicação da penicilina. A prevenção e o controle da SC passam pela obrigatoriedade de se encarar a gestante como uma prioridade e pela adoção de medidas concretas e mais eficazes que, de fato, possibilitem a prevenção e controle da sífilis congênita.
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Desfechos desfavoráveis e fatores sociais relacionados a assistência pré-natal em parturientes com sífilis em maternidades públicas de Fortaleza, CearáPinheiro, Paula Manuela Rodrigues 11 December 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-12-11 / Eliminating congenital syphilis (SC) seems like a far reality to be achieved in developing and poor countries like Brazil. It is estimated that every year one and a half million cases of syphilis in pregnant women occur in the world, a situation that could cause serious adverse outcomes for the child as prematurity, miscarriages, stillbirths, intrauterine growth retardation and late harm to health, as shown in a global survey showed in 2008, 1.360.485 cases in the world, of adverse outcome as a result of syphilis. This study aimed to analyze adverse outcomes with social factors and related to prenatal care in parturient women with syphilis of public maternity wards of Fortaleza, Ceará. This is a cross-sectional study, held in public maternity wards in Fortaleza, in the year 2014. All parturient women checked in maternity wards featuring the VDRL reagent took part in the study. The data were collected from May to August of 2014 by means of a questionnaire, whose information was complemented on the charts and cards of pregnant women. The data were analyzed in the program SPSS version 20 and socio-economic, behavioral and institutional variables were analyzed, relating with the
adverse outcome. 137 women participated in the study. The social and institutional factors related to adverse outcomes in women with syphilis were: younger than 29 years old, family income below 2 minimum salaries, flaws in prenatal assistance related to the number of appointments held less than the necessary and not completing the second examination of VDRL and titration above 1: 8 in the VDRL performed at the time of childbirth. Control of congenital syphilis and the adverse outcome related to it, is possible, as long as prevention and health promotion measures and improvements in the quality of prenatal care are developed. / Eliminar a Sífilis Congênita parece uma realidade longe de ser alcançada em países pobres e em desenvolvimento como o Brasil. Estima-se que ocorram no mundo a cada ano um milhão e meio de casos de sífilis em gestantes, situação que pode provocar desfechos desfavoráveis graves para a criança como prematuridade, abortos, natimortos, retardo do crescimento intrauterino e danos tardios à saúde, como foi mostrado em uma pesquisa global em 2008, 1.360.485 casos, no mundo, de desfecho desfavorável em decorrência da sífilis. Este estudo teve como objetivo analisar desfechos desfavoráveis com os fatores sociais relacionados à assistência pré-natal em parturientes com sífilis maternidades públicas de Fortaleza, Ceará. Trata-se de um estudo transversal, realizado nas maternidades públicas de Fortaleza, no ano de 2014 . Fizeram parte do estudo todas as parturientes que deram entrada nas maternidades apresentando o VDRL reagente. Os dados foram coletados de maio a agosto de 2014 por meio de um questionário, cujas informações foram complementadas nos prontuários e cartões das gestantes. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 2.0 e foram analisadas as variáveis sócioeconômicas, comportamentais e institucionais, relacionando com o desfecho desfavorável. Participaram do estudo 137 parturientes. Os fatores sociais e institucionais relacionados a desfechos desfavoráveis em parturientes com sífilis foram: idade inferior a 29 anos, renda familiar abaixo de 2 salários mínimos, falhas na assistência pré-natal relacionadas
ao número de consultas realizadas inferior ao necessário, a não realização do segundo exame de VDRL e a titulação acima de 1:8 no VDRL realizado na ocasião do parto. O controle da sífilis congênita e do desfecho desfavorável relacionado a ela é possível, desde que medidas de prevenção e de promoção da saúde e melhorias da qualidade da assistência pré-natal sejam desenvolvidas.
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Sífilis congênita segundo critérios diagnósticos no Brasil: comparação entre recém-nascidos com e sem diagnóstico definido por exames padrão ouroROMAGUERA, Luciana Maria Delgado 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / A sifilis congênita (SC) é uma doença grave, com alta incidência no Brasil, e
que em até 50% dos casos produzirá óbito ou prematuridade no concepto (BECK-SAGUE;
ALEXSANDER, 1987; DE LORENZI; MADI, 2001; CHÁVES ET al, 1997; SALAZAR et
al, 2000). Cerca de 30-60% dos recém-nascidos (RNs) com a doença são assintomáticos
(SOUTHWICK et al, 2001) e os sintomáticos podem apresentar quadros discretos e
inespecíficos. Além disso, a maioria dos exames complementares para diagnóstico da doença
no período neonatal possuem baixa sensibilidade, o que levou à formulação de critérios
definidores de caso de SC bastante amplos, onde o diagnóstico da sífilis na mãe é de
fundamental importância na definição da investigação clínica e conduta terapêutica no
neonato.
No Brasil, a presença de VDRL (Teste para Pesquisa Laboratorial de Doença Venérea)
positivo na mãe, com qualquer titulação, independente da realização do teste confirmatório, já
a classifica como portadora de sífilis (BRASIL, 2009). Porém questiona-se o uso deste
isoladamente como triagem (YOUNG, 2000; MANAVI, YOUNG, MCMILLIAN, 2006;
GEUSAU et al, 2005; CREEGAN et al, 2007; LARSEN; JOHNSON, 1998; WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2006; FRENCH et al, 2008) Nas fases iniciais e finais da
doença, a sensibilidade do teste pode baixar até 37% (LAUTENSCHLANGER, 2006;
SZWARCWALD et al, 2007; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2008;
BRASIL,2009). Em até 2% dos testes, podem ocorrer falso-negativos por efeito prozone.
Falso-positivos são descritos em várias situações, inclusive gravidez , numa frequência de 1 a
83,4% (LARSEN, JOHNSON, 1998; LAUTENSCHLAGER, 2006; LIMA, THAKAR et al,
1996; GUZMAN et al, 1981; SALVO, FIGUEIROA, 1994). RNs não infectados podem
apresentar VDRL positvo por anticorpos transferidos via placenta (BRASIL, 2009). Além
disso, a fidedignidade do resultado do teste depende ainda da interpretação do examinador, da
sensibilidade do Kit utilizado e do seguimento rigoroso das normas de execução
(SZWARCWALD et al, 2007). Devido a todos estes fatores, é possível que mães doentes e
seus neonatos não estejam sendo identificados e que um grande número de mães sadias e seus
neonatos estejam sendo errôneamente classificados como caso.
Objetivos: Estudar recém-nascidos (RNs) com SC segundo os critérios diagnósticos do
Ministério da Saúde (MS), dividindo-os em grupo padrão ouro positivo e negativo, de acordo
com resultado de histopatológico do cordão e FTA-ABS-IgM. (Exame para determinação da
fração IgM do Anticorpo anti-T. pallidum por imunofluorescência indireta) Comparar nos
dois grupos a frequência de alterações clínicas e laboratoriais relacionadas com SC que
possam ser utilizadas para aumentar a especificidade do diagnóstico da doença. Avaliar a
concordância entre os VDRLs realizados na rotina e na pesquisa.
Métodos: Foram incluídos RNs admitidos em maternidades de Maceió e região
metropolitana, de maio/2007 a setembro/2008, de mães com VDRL (+) ≥ 1:2 à admissão e
história de não tratamento ou tratamento inadequado para sífilis. Os RNs foram divididos em
grupo padrão ouro positivo (positividade no histopatológico do cordão e/ou FTA-ABS-IgM:
GPO+) e negativo (negatividade em ambos os exames: GPO-). Foram excluídos RNs de mães
portadoras de doenças que podiam positivar o VDRL. A comparação entre os dois grupos foi
realizada pelo x² ou teste de Fisher e a concordância entre os VDRLs da rotina e da pesquisa
pelo kappa.
Resultados: Foram selecionados 159 RNs: 68 no GPO+ e 91 no GPO-. Não houve diferença
estatisticamente significante entre os dois grupos na ocorrência de evidência laboratorial
(leucograma infeccioso, anemia, aumento da proteína C reativa e alteração de função
hepática), clínica, radiológica e liquórica de SC nos RNs; de RN com VDRL com titulação >
materno e de RN com mãe com VDRLs falso-positivos com baixa titulação. Houve diferença
estatisticamente significante na ocorrência no GPO+ de evidência sorológica de SC no RN
(VDRL +) e de RN de mãe com sífilis confirmada (FTA-ABS+). A concordância entre o
VDRL da rotina e o da pesquisa realizados em cada participante do estudo variou de discreta
a regular.
Conclusões: Apesar da realização concomitante do FTA-ABS-IgM e do histopatológico do
cordão umbilical nos RNs a fim de aumentar a sensibilidade diagnóstica para SC, a ocorrência
de situações de evidência da doença no GPO- sugere que esse aumento não foi suficiente para
eliminar a ocorrência de infectados no grupo padrão ouro negativo. Os critérios diagnósticos
utilizados no nosso país são bastante sensíveis, mais pouco específicos, e a elevada frequência
de RN de mãe com sífilis confirmada no GPO+ sugere que a realização de teste confirmatório
na mãe aumenta a especificidade do diagnóstico da SC. A baixa concordância entre o VDRL
realizado na rotina e na pesquisa
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