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A gênese do conceito de liberdade no pensamento de Thomas Hobbes

Bueno, Marcelo Martins 21 May 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcelo Martins Bueno.pdf: 642296 bytes, checksum: f5683cd88801763d6a1fe266d2de9a1d (MD5) Previous issue date: 2009-05-21 / We intend with this work to offer an analysis and an interpretation of the origin of the concept of freedom in Thomas Hobbes's thought, at the beginning of science in the 17th century. The text gives a scenery of the history of science, distinguishing the Aristotelian physics main ideas that will be the objective of the new science, going by the medieval age up to the Scientific Revolution. In this aspect, we will analyze exclusively in the physics field and, more precisely, in the movement as understood in Galileu Galilei's thought and Descartes that Hobbes will take as paradigm for his philosophy. Our work will start with the appropriation of the tradition of the modern science, more specifically the reflections on the movement that resulted in the inertia principle and we will identify the main ideas in the English philosopher's political theory, mainly the ones which refer to the conception of freedom, as being shaped in the ideals of that new way of facing knowledge. For that reason we begin with the reading of the author's commentators to verify, in a first moment, if Hobbes was influenced or not by the new discoveries of the science of that period and with this premise we try to understand how the problem of freedom was treated in the theoretical English politician's works. With the new science as paradigm, we will show how the concept of freedom is in syntony with the conception of movement of that period, as freedom, for Hobbes, means the absence of opposition, identifying in this way, the genesis of this concept as a result of the reflections that happened in the movement in the 17th century. Distinguishing the concept of freedom and understanding it as a complex theme, we intend to understand as the author will deal with men's life in society, with all limitations imposed by a State that necessarily needs to have its unlimited power to guarantee peace and safety and even so assure the individual freedoms. With this view in mind we try to understand that, for Hobbes, State is a human creation, that is, artificial and necessarily needs to have its power so that society is organized and the freedom guaranteed. Then, the monarchic and unlimited power proposed by Thomas Hobbes should be understood as a result of a general will, that is, it is not treated here the individuals' will, but that the political representatives acted to accomplish the will of the individuals, in other words, State should be understood as the individuals' creation for their representation. Therefore, the political theory proposed by the thinker should be understood not only in an absolutist manner, but as a true theory of supreme power / Pretende-se, com o presente trabalho, oferecer uma análise e uma interpretação da origem do conceito de liberdade no pensamento de Thomas Hobbes, à luz da ciência nascente do século XVII. O texto se inicia dando um panorama da história da ciência, destacando os principais pontos da física aristotélica, que será o grande alvo da nova ciência, passando pelos medievais até culminar com a Revolução Científica. Neste aspecto, realizar-se-á um recorte exclusivamente no campo da física e, mais precisamente ainda, na conceituação de movimento no pensamento de Galileu Galilei e Descartes que Hobbes tomará como paradigma para sua filosofia. Da apropriação da tradição da ciência moderna, mais objetivamente das reflexões sobre o movimento que resultou no princípio de inércia, serão identificados os principais pontos na teoria política do filósofo inglês, principalmente no que se refere à concepção de liberdade, como sendo moldada nos ideais daquela nova maneira de encarar o conhecimento. Para tanto, a partir da leitura de comentadores do autor, verificar-se-á, num primeiro momento, se Hobbes foi ou não influenciado pelas novas descobertas da ciência setecentista, que em tese admite-se que sim, e desta premissa compreender como foi tratado o problema da liberdade nas obras do teórico político inglês. Tendo a nova ciência como paradigma, será demonstrado como o conceito de liberdade está em sintonia com a concepção de movimento daquele período, uma vez que liberdade, para Hobbes, significa a ausência de oposição, identificando, desta forma, a gênese deste conceito como resultado das reflexões que ocorreram sobre o movimento no século XVII. Destacando o conceito de liberdade e entendendo-a como um tema complexo, objetivase compreender como o autor dará conta da vida dos homens em sociedade, com todas as limitações impostas por um Estado, que necessariamente precisa ter seus poderes ilimitados para garantir a paz e a segurança e mesmo assim assegurar as liberdades individuais. E nesta perspectiva, compreender que, para Hobbes, o Estado é fruto da criação humana, ou seja, artificial, e necessariamente precisa-se ter um poder maior para que de fato a sociedade seja organizada e a liberdade garantida. Assim, o poder monárquico e ilimitado proposto por Thomas Hobbes deve ser entendido como resultado de uma vontade geral, isto é, não se trata aqui de realizar a vontade dos indivíduos, mas que os representantes políticos agissem para realizar a vontade da unidade dos indivíduos, ou seja, o Estado deve ser compreendido como criação dos indivíduos para sua representação. Por isso, a teoria política proposta pelo pensador deve ser entendida não simplesmente como absolutista, pois trata-se de uma verdadeira teoria da soberania

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