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Tanatografias da aids nas artes visuais : o corpo enfermo diante da morte e da fotografiaAlves, Ricardo Henrique Ayres January 2015 (has links)
Esta pesquisa investiga a relação entre aids e artes visuais tendo como referência obras fotográficas de três artistas. Problematizam-se sujeitos enfermos diante da morte iminente deflagrada pela doença ao final dos anos 1980 e início dos anos 1990, entendendo a aids como um dos fatos que marcaram a história social e contemporânea. Para tal, a investigação referencia perspectivas teóricas cujos textos analisam o impacto da doença, sua relação com a morte e, especialmente, a produção de imagens de natureza fotográfica. O trabalho fundamenta-se na proposta de Douglas Crimp a respeito da análise discursiva sobre a aids, como caminho teórico-metodológico para compreender a representatividade do meio fotográfico tanto em relação à enfermidade, quanto às práticas pós-modernas na arte. A metodologia utilizada nesta dissertação é a análise de fotografias de Nicholas Nixon, Willian Yang e Mark Morrisroe. Procura-se nestes artistas visuais identificar o deslocamento do biográfico para o tanatográfico. Assim, relacionam-se as produções destes artistas e as teorias sobre os discursos por eles apresentadas. As peculiaridades de suas abordagens, bem como seus pontos de contato e de distensão, articulam diferentes discursos acerca da moléstia, com destaque para a presença do caráter elegíaco atravessado pelas diferentes possibilidades da arte pós-moderna, tais como a permanência de aspectos do cânone moderno da arte e da fotografia e a abordagem do eu através da recuperação de práticas pré-modernas, além da problematização da alteridade na produção artística. O deslizamento conceitual entre Eros e Tânatos e a análise aqui apresentada inserem os discursos destes corpos desejosos numa perspectiva capaz de potencializar novas leituras sobre a mútua influência entre arte e aids através da fotografia. / This research investigates the relation between aids and visual arts with reference to photographic works of three artists. In the face of imminent death triggered by the disease in the late 1980s and early 1990s, the sick people will be discussed, understanding AIDS as one of the events that marked the social history and contemporary history. To this end, this research reference theoretical perspectives that analyze the impact of the disease and their relationship to death and especially the production of photographic images. The work is based on the proposal of Douglas Crimp about the discursive analysis of aids, as a theoretical and methodological approach to understand the representativeness of the photographic medium both in relation to sickness, as the post-modern practices in the art. The methodology used in this work is the analysis of photographs by Nicholas Nixon, William Yang and Mark Morrisroe. In the work of these artists seeks to identify changing the biographic to the thanatographic. Thus relate to the production of these artists, and theories about the speeches presented by them. The peculiarities of their approaches and points of contact and distension, articulate different discourses about the disease, highlighting the presence of the elegiac character crossed by the different possibilities of postmodern art, such as the permanence of aspects of the modern canon art and photography and the approach of the self through the recovery of pre-modern practices, also questioning the otherness of artistic production. The conceptual slippage between Eros and Thanatos and the analysis presented here insert the speeches of these desirous bodies in a perspective able to leverage new readings on the interplay between art and AIDS through photography.
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Tanatografias da aids nas artes visuais : o corpo enfermo diante da morte e da fotografiaAlves, Ricardo Henrique Ayres January 2015 (has links)
Esta pesquisa investiga a relação entre aids e artes visuais tendo como referência obras fotográficas de três artistas. Problematizam-se sujeitos enfermos diante da morte iminente deflagrada pela doença ao final dos anos 1980 e início dos anos 1990, entendendo a aids como um dos fatos que marcaram a história social e contemporânea. Para tal, a investigação referencia perspectivas teóricas cujos textos analisam o impacto da doença, sua relação com a morte e, especialmente, a produção de imagens de natureza fotográfica. O trabalho fundamenta-se na proposta de Douglas Crimp a respeito da análise discursiva sobre a aids, como caminho teórico-metodológico para compreender a representatividade do meio fotográfico tanto em relação à enfermidade, quanto às práticas pós-modernas na arte. A metodologia utilizada nesta dissertação é a análise de fotografias de Nicholas Nixon, Willian Yang e Mark Morrisroe. Procura-se nestes artistas visuais identificar o deslocamento do biográfico para o tanatográfico. Assim, relacionam-se as produções destes artistas e as teorias sobre os discursos por eles apresentadas. As peculiaridades de suas abordagens, bem como seus pontos de contato e de distensão, articulam diferentes discursos acerca da moléstia, com destaque para a presença do caráter elegíaco atravessado pelas diferentes possibilidades da arte pós-moderna, tais como a permanência de aspectos do cânone moderno da arte e da fotografia e a abordagem do eu através da recuperação de práticas pré-modernas, além da problematização da alteridade na produção artística. O deslizamento conceitual entre Eros e Tânatos e a análise aqui apresentada inserem os discursos destes corpos desejosos numa perspectiva capaz de potencializar novas leituras sobre a mútua influência entre arte e aids através da fotografia. / This research investigates the relation between aids and visual arts with reference to photographic works of three artists. In the face of imminent death triggered by the disease in the late 1980s and early 1990s, the sick people will be discussed, understanding AIDS as one of the events that marked the social history and contemporary history. To this end, this research reference theoretical perspectives that analyze the impact of the disease and their relationship to death and especially the production of photographic images. The work is based on the proposal of Douglas Crimp about the discursive analysis of aids, as a theoretical and methodological approach to understand the representativeness of the photographic medium both in relation to sickness, as the post-modern practices in the art. The methodology used in this work is the analysis of photographs by Nicholas Nixon, William Yang and Mark Morrisroe. In the work of these artists seeks to identify changing the biographic to the thanatographic. Thus relate to the production of these artists, and theories about the speeches presented by them. The peculiarities of their approaches and points of contact and distension, articulate different discourses about the disease, highlighting the presence of the elegiac character crossed by the different possibilities of postmodern art, such as the permanence of aspects of the modern canon art and photography and the approach of the self through the recovery of pre-modern practices, also questioning the otherness of artistic production. The conceptual slippage between Eros and Thanatos and the analysis presented here insert the speeches of these desirous bodies in a perspective able to leverage new readings on the interplay between art and AIDS through photography.
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Tanatografias da aids nas artes visuais : o corpo enfermo diante da morte e da fotografiaAlves, Ricardo Henrique Ayres January 2015 (has links)
Esta pesquisa investiga a relação entre aids e artes visuais tendo como referência obras fotográficas de três artistas. Problematizam-se sujeitos enfermos diante da morte iminente deflagrada pela doença ao final dos anos 1980 e início dos anos 1990, entendendo a aids como um dos fatos que marcaram a história social e contemporânea. Para tal, a investigação referencia perspectivas teóricas cujos textos analisam o impacto da doença, sua relação com a morte e, especialmente, a produção de imagens de natureza fotográfica. O trabalho fundamenta-se na proposta de Douglas Crimp a respeito da análise discursiva sobre a aids, como caminho teórico-metodológico para compreender a representatividade do meio fotográfico tanto em relação à enfermidade, quanto às práticas pós-modernas na arte. A metodologia utilizada nesta dissertação é a análise de fotografias de Nicholas Nixon, Willian Yang e Mark Morrisroe. Procura-se nestes artistas visuais identificar o deslocamento do biográfico para o tanatográfico. Assim, relacionam-se as produções destes artistas e as teorias sobre os discursos por eles apresentadas. As peculiaridades de suas abordagens, bem como seus pontos de contato e de distensão, articulam diferentes discursos acerca da moléstia, com destaque para a presença do caráter elegíaco atravessado pelas diferentes possibilidades da arte pós-moderna, tais como a permanência de aspectos do cânone moderno da arte e da fotografia e a abordagem do eu através da recuperação de práticas pré-modernas, além da problematização da alteridade na produção artística. O deslizamento conceitual entre Eros e Tânatos e a análise aqui apresentada inserem os discursos destes corpos desejosos numa perspectiva capaz de potencializar novas leituras sobre a mútua influência entre arte e aids através da fotografia. / This research investigates the relation between aids and visual arts with reference to photographic works of three artists. In the face of imminent death triggered by the disease in the late 1980s and early 1990s, the sick people will be discussed, understanding AIDS as one of the events that marked the social history and contemporary history. To this end, this research reference theoretical perspectives that analyze the impact of the disease and their relationship to death and especially the production of photographic images. The work is based on the proposal of Douglas Crimp about the discursive analysis of aids, as a theoretical and methodological approach to understand the representativeness of the photographic medium both in relation to sickness, as the post-modern practices in the art. The methodology used in this work is the analysis of photographs by Nicholas Nixon, William Yang and Mark Morrisroe. In the work of these artists seeks to identify changing the biographic to the thanatographic. Thus relate to the production of these artists, and theories about the speeches presented by them. The peculiarities of their approaches and points of contact and distension, articulate different discourses about the disease, highlighting the presence of the elegiac character crossed by the different possibilities of postmodern art, such as the permanence of aspects of the modern canon art and photography and the approach of the self through the recovery of pre-modern practices, also questioning the otherness of artistic production. The conceptual slippage between Eros and Thanatos and the analysis presented here insert the speeches of these desirous bodies in a perspective able to leverage new readings on the interplay between art and AIDS through photography.
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Tanatografia n’Os Demônios de Dostoiévski : arena discursiva e suicídio literário de StavróguinChaves, Thaís Figueiredo 07 July 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2015. / Submitted by Guimaraes Jacqueline (jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-11-18T13:41:34Z
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2015_ThaisFigueiredoChaves.pdf: 1201565 bytes, checksum: 59c2c5442d36ae3c800d64183860226d (MD5) / Após as Reformas Gerais, em 1861, na Rússia, que libertaram os servos e criaram uma atmosfera propícia para o capitalismo, o país se viu em um período de transição. As mudanças sociais geraram uma onda de suicídios. O tema gerou grande preocupação em Fiódor Dostoiévski e foi amplamente abordado pela obra do autor, principalmente no romance Os demônios [1871]. O trabalho se propõe a analisar como a indecidibilidade, o posicionamento diante da existência de Deus, a polifonia interna dos personagens e a estilização da voz narrativa a partir de ângulos dialógicos dos discursos são importantes para a manutenção ou a extinção da vida. Neste sentido, a tanatografia, n’Os demônios de Dostoiévski, habita uma arena discursiva cujo suicídio – estilizado e vivo – literário instaura-se nas relações de alteridade. __________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / After the Great Reforms, in 1861, in Rússia, the political event that freed the serfs and originated a propitious atmosphere for capitalism, the country was imersed in a transition period. The social changes created a suicidal wave. The theme was one of Fyodor Dostoevski’s mains concerns and it was broadly discussed in his works, mainly in The Devils [1871]. The present text offers an analysis of how the inability to decide, the failure to position about the question of God’s existence, the internal poliphony of the characters and the estilization of the narrative voices from dialogical angles of the discourse are important for the maintenance or extinction of life. In this sense, the tanatographie, in Dostoevsky’s Demons, inhabits a discursive arena in which literary suicide – stylized and alive – is established in the relations of otherness.
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Poética socrática, tanatografia e a invenção do desassossegoMedeiros, Ana Clara Magalhães de 22 December 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-04-11T17:08:18Z
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2017_AnaClaraMagalhãesdeMedeiros.pdf: 4586466 bytes, checksum: 474dad4a536727a86487e90d8de1414e (MD5) / A escrita de morte, denominada tanatografia, conduz esta tese. O conceito funda-se no dialogismo ensejado por Mikhail Bakhtin, cujas preconizações orientam também a metodologia investigativa (polifônica) aqui arrolada. O fenômeno Hamlet, de Shakespeare, despontado no momento de ascensão do individualismo e de enclausuramento da loucura, emerge como cerne irradiador do desassossego a ser espraiado em três obras do breve século XX, a saber: Esaú e Jacó, de Machado de Assis, O Outro, de Miguel de Unamuno, e O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Apresentamos como o veio trágico (Nietzsche), a ironia (Kierkegaard) e o ímpeto sepulcral (Augusto Silva Junior) de Hamlet aproximam o mal-estar moderno do desassossego latente desde o grego Sócrates. As lições por este legadas, via diálogos platônicos e sátiras menipeias, orientam nossa proposição de uma poética socrática – por que carnavalizada, gestada na práxis dialogal. O discurso sobre o trespasse ganha amplo desenvolvimento a partir das noções de catábase – viagens aos infernos pelo literário, conforme Eudoro de Sousa – e a tragicarnavalização – tipologia híbrida, a um só tempo cômica e séria, por nós flagrada nas quatro principais publicações analisadas. Disposta em dois grandes capítulos teórico-analíticos, seguidos de um ensaio final, esta tese é palco para discussão sobre uma teoria do literário. O daimon poético Fernando Pessoa e suas pessoas redimensionam a dúvida filosófica propulsora do fazer artístico. Multiplicidade e inacabamento manifestam-se, enfim, como modos possíveis de transcender a comum experiência humana pela palavra e revelar, via plenitude, sentidos para o existir. / The writing of death, called thanatography, conducts this thesis. The concept is based upon the dialogism designed by Mikhail Bakhtin, whose recommendations also guide the investigative (polyphonic) methodology engaged in this thesis. Shakespeare’s Hamlet phenomenon, dawned during the ascension of individualism and enclosure of madness, emerges as a core that irradiates unrest to be sprawled along three works of the brief twentieth century: Machado de Assis’ Esaú e Jacó, Miguel de Unamuno’s El Otro, and José Saramago’s O ano da morte de Ricardo Reis. We present how Hamlet’s tragic tone (Nietzsche), irony (Kierkegaard), and sepulchral impetus (Augusto Silva Junior) bring together the modern malaise and the unrest latent since the Greek Socrates. The lessons bequeathed by the latter, through platonic dialogues and Menippean satires, guide our proposition of a Socratic poetry – which is carnavalized, gestated in the dialogal praxis. The discourse about the trespass acquires broad development starting from the notions of katabasis – travels to the hells through literariness, according to the understanding of Eudoro de Sousa – and the tragicarnavalization – hybrid typology, at once comic and serious, caught by us in the four publications mainly analyzed. Displayed in two extensive theoretical-analytical chapters, followed by a final essay, this thesis is the stage for a discussion about the theory of the literariness. Fernando Pessoa’s poetic daimon and his personas resize the philosophical doubt that propels the making of art. Multiplicity and unfinishedness manifest, at last, as possible wais to transcend the common human experience through the word and reveal, through plenitude, meanings of the existing. / La escrita de muerte, denominada tanatografía, conduce esta tesis. El concepto se funda en el diálogo enseñado por Mikhail Bakhtin, cuyas preconizaciones orientan también la metodología investigativa (polifónica) aquí arrollada. El fenómeno Hamlet, de Shakespeare, surgido en el momento de ascensión del individualismo y de clausura de la locura, emerge como núcleo irradiador del desasosiego a ser propagado en tres obras del breve siglo XX, a saber: Esaú y Jacob, de Machado de Assis, El Otro, de Miguel de Unamuno, y El año de la muerte de Ricardo Reis, de José Saramago. Presentamos como el influjo trágico (Nietzsche), la ironía (Kierkegaard) y el ímpeto sepulcral (Augusto Silva Junior) de Hamlet acercan el mal-estar moderno del desasosiego latente desde el greco Sócrates. Las lecciones por él dejadas, vía diálogos platónicos y sátiras menipeas, orientan nuestra proposición de una poética socrática – por que carnavalizada, gestada en la praxis dialogal. El discurso sobre el traspaso gana amplio desarrollo a partir de las nociones de catábase – viajes a los infiernos por el literario, según Eudoro de Sousa – y la tragicarnavalización – tipología híbrida, a un solo tiempo cómico y seria, por nosotros flagrada en las cuatro principales publicaciones analizadas. Organizada en dos grandes capítulos teórico-analíticos, seguidos de un ensayo final, esta tesis es escenario para discusión sobre una teoría del literario. El daimón poético Fernando Pessoa y sus personas redimensionan la duda filosófica propulsora del hacer artístico. Multiplicidad e inacabamiento se manifiestan, en fin, como modos posibles de trascender la común experiencia humana por la palabra y revelar, vía plenitud, sentidos para el existir.
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O que tem de ser tem de ser e tem muita força : história, tanatografia e poesia n’o ano da morte de Ricardo ReisMedeiros, Ana Clara Magalhães de 12 December 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2014. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2015-01-22T12:10:03Z
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2014_AnaClaraMagalhaesMedeiros.pdf: 1249450 bytes, checksum: 7c50e8f91420e557de455da0f07c6a9d (MD5) / O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago, é romance que tenciona três importantes aspectos ético-estéticos: a história portuguesa (e, por extensão, europeia) do ano de 1936, a tanatografia (escrita de morte) do grande poeta lusitano, Fernando Pessoa, e de seu heterônimo, Ricardo Reis, além da emergência da poesia enquanto arte que pode melhorar os homens. Sobre esses três pontos analíticos é que se desenrola esta dissertação. A necessidade histórica avulta no romance por índices principais, que são parte da vida social, mas se redimensionam na forma prosaica: a intermitência da chuva, uma profecia, a mão esquerda paralítica de uma jovem. Tais elementos ficam mais claramente elucidados com a presença de pensadores do realismo literário, a exemplo de György Lukács e Mikhail Bakhtin. Sobre a espreita da morte, desdobrada em discurso, alguns conceitos-chave como tanatografia (conforme postulada por Augusto Rodrigues da Silva Jr.) e catábase (estudada por Eudoro de Sousa) iluminam um pensamento sobre o trespasse de poetas, seres que carregam o peso de uma tradição literária lusófona. A poesia, enquanto gênero literário e grande arte (no sentido aristotélico) erige como potencial de leveza (Italo Calvino) para um mundo de desassossego. Neste jogo, um narrador (poeta), o ortônimo (personagem de romance), o ortônimo ele mesmo, os outros três principais heterônimos pessoanos, como também o ícone épico Luís de Camões adentram a narrativa e esta pesquisa para vislumbrar a plenitude que se situa além da fatalidade sintetizada no ditado popular: “o que tem de ser tem de ser e tem muita força” (vastamente discutida por Hermenegildo Bastos). Importantes críticos literários luso-brasileiros das obras de Saramago e Pessoa são acionados para a consolidação de uma crítica polifônica – porque propõe uma arena de pensamento – brasileira – porque pensada do lado mais ocidental do Atlântico. Poesia é o legado maior desta obra realista que não perde de vista uma saudade do futuro a que chamamos liberdade. ________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Year of the Death of Ricardo Reis (1984), novel by José Saramago, combines three important ethical and aesthetic aspects: the Portuguese history (and, by extension, European history) in the year of 1936; tanathography (neologism related to the term biography, designates a writing of the death) of the great Lusitanian poet Fernando Pessoa and of his heteronym, Ricardo Reis; and the emergence of poetry broader understood as art – an instrument able to enhance men. This dissertation unfolds on these three analytical points. The historical necessity stands out the novel by main indexes that are part of social life but that also resize prosaically: the intermittence of rain, a prophecy, a paralyzed left hand of a young girl. Such elements are foremost elucidated with the support of thinkers of the literary realism, like György Lukács and Mikhail Bakhtin. About the imminence of death unfolded into a proper speech, we refer to key concepts: the mentioned word tanathography (as postulated by Augusto R. da Silva Jr.) and katabasis (as proposed by Eudoro de Sousa); both terms illuminate the critical thinking on the death of poets, artists who ensign Portuguese literary tradition. Poetry while literary genre and great art (in the Aristotelian sense) stands as potential lightness (Italo Calvino) to a world of restlessness. In this game, a narrator (poet), the orthonymous (novel character), the orthonymous himself, the other three main heteronyms of Fernando Pessoa, as well as the iconic epic poet Luís de Camões penetrate the narrative and into this research to discern the plenty that lies beyond the fatalistic appearance in the saying “what must be must be and it is powerful” (widely discussed by Hermenegildo Bastos). Important Luso-brazilian critics of the works from Saramago and Pessoa are considered for the consolidation of a critical thinking that is polyphonic, because it proposes an arena of thought, and at once, Brazilian – because it is produced in the most western side of the Atlantic. Poetry is the greatest legacy of this realist oeuvre that praises a longing for the future also named as freedom.
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