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OS TAPUIO DO CARRETÃO/GO: UMA REFLEXÃO SOBRE SUA HISTÓRIA E A EDUCAÇÃO ESCOLAR - MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS.

Borges, Silvania Maria Sandoval 10 October 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T13:53:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 SILVANIA MARIA SANDOVAL BORGES.pdf: 1567734 bytes, checksum: a2a9ec83a99cb9d79515e303389e0972 (MD5) Previous issue date: 2013-10-10 / The objective of this research is the history and scholar education of Tapuio from Carretão- GO settlement, which aims, reflect the history of Tapuio and the scholar education given to them at the Carretão settlement. Tapuio are the result of the settlement process during the colonization of Brazil, at the XVII and XIX centuries. Were confined in the "Carretão" settlement village or, Pedro III, indigenous of Xavante, Javaé, Kayapó and Xerente, ethnicities, whose Tapuios are descendants, ie, of the mixture of these ethnicities, blacks and whites. In the late 1970, the Tapuios ressurge and reclaim to the National Indian Foundation (FUNAI), the indigenous official bureau, the (re) cognition of their indigenous identity and rights as indians.Since the beginning of colonization and until recently, the history of scholar indigenous education in Brazil, brought on its process, programs aimed to "integration" and "assimilation" of indigenous people. In the process of ethnic recognition and landing demarcation, the scholar indigenous education began to play an important role for the Tapuio people. The oral narratives of Tapuio, granted initially to Lazarin, who has been witness of this history, and to the authors who have researched about this group, were important sources for the construction of history and (re) cognition of this group, as indigenous people.Thus, it was from this work and the narratives designed on it, that was possible to perform this research, learn and reflect about the Tapuios history, education and the project of school built by them. The name Tapuio , has been given to them by the local inhabitants, who somehow, recognized them as Indians, however, in relation to the name, it is noticed in some narratives a necessity of (re)affirm this name. The Tapuio had their land and identity recognized, after claims to Funai, and the surveys held by it. Futhermore, it was from these surveys and the studies made from them, that the history of this group has been (re)build, by its narratives and testimonies. The achievement of a school in this differentiated and specific village, was the means used by this group, to continue the process of (re) construction and strengthen its identity. Therefore, it was by the conquest of land and ethnic recognition that they could reclaim the right to education in the village. / O objeto desta pesquisa é a história e a educação escolar do povo Tapuio da aldeia Carretão GO, a qual tem como objetivo refletir a história dos Tapuio e a Educação Escolar ofertada a eles na aldeia Carretão. Os Tapuio são resultados do processo de aldeamento no período da colonização do Brasil, séculos XVIII e XIX. Foram confinados no aldeamento Carretão ou Pedro III, indígenas das etnias Xavante, Javaé, Karajá, Kayapó e Xerente, dos quais os Tapuio são descendentes, ou seja, da mistura destas etnias, negros e brancos. No fim da década de 1970, os Tapuio ressurgem e reivindicam à Fundação Nacional do Índio (Funai) órgão indigenista oficial, o (re)conhecimento da identidade indígena e os seus direitos como índios. Desde o início da colonização, e até pouco tempo, a história da educação escolar indígena no Brasil, trazia em seus processos programas voltados à integração e à assimilação dos povos indígenas. No processo de reconhecimento étnico e demarcação das terras, a educação escolar indígena passou a ter um papel importante para o povo Tapuio; no início da década de 1980, reivindicaram uma educação escolar que valorizasse a realidade do povo, voltada para os Tapuio. As narrativas orais dos Tapuio concedidas inicialmente a Lazarin, que foi testemunha dessa história e aos autores que pesquisaram sobre esse grupo, foram fontes importantes para a (re)construção da história e para o (re)conhecimento desse grupo como povo indígena. Desse modo, foi a partir desses trabalhos e das narrativas neles concebidas, que foi possível realizar a presente pesquisa, refletir sobre a história dos Tapuio, da educação e do projeto de escola construído por eles. Dessa forma, as condições enfrentadas pelo povo Tapuio suscitaram alguns questionamentos quanto à sua história e a educação escolar para os indígenas da aldeia Carretão como: a luta pela terra e pela identidade indígena contribuíram para a produção de um projeto escolar diferenciado? O projeto da escola inclui os problemas e as especificidades que envolvem o ser Tapuio? Estes questionamentos levantados foram importantes para o direcionamento da pesquisa e, dessa forma, compreender qual o papel da educação escolar e suas contribuições para a escola apresentados na Aldeia Carretão. O nome Tapuio foi dado a eles pelos regionais que, de certo modo, os reconheciam como índios, porém, em relação a esse nome, percebe-se em suas narrativas uma necessidade de (re)afirmarem esse nome. Os Tapuios tiveram a sua terra e a sua identidade reconhecidas, após as reivindicações junto à Funai e os levantamentos realizados por ela. Além disso, foi a partir desses levantamentos e dos estudos realizados que a história desse grupo foi (re)construída, por meio de suas narrativas e de seus testemunhos. A conquista de uma escola na aldeia especifica e diferenciada foi o meio usado por esse grupo, para dar continuidade ao processo de (re)construção da história e de fortalecimento de sua identidade. Foi, portanto, a partir da reconquista pela terra e do reconhecimento étnico que eles puderam reivindicar o direito à educação na aldeia.
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O fenômeno da monotongação no português Tapuio / The phenomenon of monophthongization in Tapuio portuguese

TRINDADE, Israel Elias 24 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:19:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ISRAEL ELIAS TRINDADE.pdf: 2584804 bytes, checksum: 86ea686cd763d328fe237d9d5213c940 (MD5) Previous issue date: 2009-08-24 / The phenomenon of monophthongization is characterized by the deletion of glides [j] and [w] in oral diphthongs and by denasalization [Ø] in nasal diphthongs, as a result of the deletion of the nasal segment [+nasal]. Preliminary studies on monophthongization in Brazilian Portuguese have revealed that its occurrence is determined by linguistic context. Thus, this phenomenon is restricted to falling, weak or true diphthongs − in which the glide is placed on the syllable coda − and it occurs frequently in spoken Portuguese. This study case aimed to investigate and describe monophthongization as a feature of the indigenous language of the community Tapuia do Carretão (GO), regarded as a variant of Brazilian Portuguese. In addition, this study shows how the community speakers regard their language. This indigenous group originated from a miscigenation process involving five indigenous nations (Xavante, Xerente, Javaé, Kaiapó do Sul, and Karajá) and non-indigenous races (black and white). The present findings reveal that monophthongization does in fact occur with greater frequency in falling diphthongs, but occurrences were also observed in rising diphthongs, in which the glide occupies the syllable s onset. In Tapuio Portuguese, this refutes the existence of strong and weak diphthongs because all diphthongs are susceptible to monophthongization. In addition, this study shows that monophthongization is a social phenomenon, and based on the study of networks by Milroy (1980), Bortoni-Ricardo (1985, 2005) and Rezende Santos (2008), this study shows that speakers of insulated networks tend to maintain their native language. Furthermore, the valorization of the monophthongized form was extended to all the community networks, which indicates an agreement among the speakers on this regard. The conscious use of the monophthongized form shows that the Tapuio community acknowledges this variant of Brazilian Portuguese as its indigenous language and that monophthongization is a dominant feature of Tapuio Portuguese / O fenômeno da monotongação se caracteriza pelo apagamento dos glides [j] e [w], em ditongos orais, e pela desnasalização [Ø], em ditongos nasais, decorrente do apagamento do segmento nasal [+nasal]. Estudos preliminares acerca do fenômeno da monotongação no português brasileiro revelaram que sua ocorrência é determinada pelo contexto linguístico: a monotongação é um fenômeno que se restringe aos ditongos decrescentes, fracos ou verdadeiros, ou seja, aqueles em que o glide está na posição de coda da sílaba. Trata-se de um fenômeno de alta ocorrência no Português falado. Nossa pesquisa consiste em um estudo de caso que buscou investigar e descrever a ocorrência desse fenômeno como característica da variante do português brasileiro como língua indígena na comunidade Tapuia do Carretão (GO), grupo indígena formado pelo resultado de um processo de miscigenação de cinco nações indígenas (Xavante, Xerente, Javaé, Kaiapó do Sul e Karajá) mais não-indígenas (negros e brancos), bem como a visão que os falantes têm de seu vernáculo. Este trabalho mostrou-nos que a monotongação é mesmo de ocorrência maior em ditongos decrescentes, mas não se limita a eles. Notamos ocorrências desse fenômeno em ditongos crescentes, ou seja, quando o glide ocupa a posição de ataque da sílaba. Isso refuta, no português Tapuio, a existência de ditongos leves e pesados, uma vez que todos são passíveis de ocorrência de monotongação. Referendamos também que a monotongação é influenciada por fatores sociais, e por meio de estudo de redes, baseado em Milroy (1980), Bortoni-Ricardo (1985, 2005) e Rezende Santos (2008), referendamos que falantes de rede insulada tendem a manter o vernáculo. Nossos estudos revelaram, ademais, que, nessa comunidade, a valorização da forma monotongada se estendeu a todas as redes, sinalizando o consenso entre os falantes acerca da valorização dessa característica. O uso consciente da forma monotongada mostrounos que os Tapuio reconhecem que essa variante do português brasileiro pode ser sim a sua língua indígena, e que a monotongação é uma característica marcante desse português Tapuio
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JOVENS TAPUIOS DO CARRETÃO: PROCESSOS EDUCATIVOS DE RECONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE INDÍGENA.

José Neto, Joaquim 13 July 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T13:54:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Joaquim Jose Neto.pdf: 1032268 bytes, checksum: b23e3b664d8fe9e347b936ea8ebdf48d (MD5) Previous issue date: 2004-07-13 / This study proposes to investigate the reality of the Young members of the Tapuia Indian tribe who live in Carretão, at a time whey are going through a process of reconstruction of their indigenous identity. The study specifically examines the feeling of belonging to the ethnic group, Tapuia Indians of Carretão, on the part of these young people, thereby seeking to understand what it means to be young, to be a Tapuia Indian, the relationship with those who are older, with the traditions, with the family and the formative agencies, the relationship with the territory or the land where they live, the educational process and how they see their present and their future. The study seeks to know the young Tapuia Indians of Carretão, who they are and how they live, how they perceive their existence as heirs of an indigenous identity and a piece of land, and how they became interested in their heritage. It investigates the consistency or lack thereof of their conviction of belonging to an ethnic group which is in an accelerated process of losing cultural values, keeping in mind the fact that they participate, as do all young people of their time, in school education, recreation, religion, existential conflicts, to sum it up, in the social and cultural universe of youth who live in a rural area with probable pretensions to conquer space in a world that is becoming over more urbanized. The study considers the young person as a subject of his social world, immersed in the history of his country and his ethnic group, who bears the marks of this history an as subject who is capable to reflect on his acts and to position himself as far as his life is concerned. The phenomenological method has been used to enable penetration of the world of concepts of the subjects and ask who are these young people. The instrument used in this study is the specialized interview. To discover their sense of belonging, an attempt was made to investigate the process of education that the youth of Carretão go through, trying to give due dimensions to their participation in school education, the process of the loss of cultural values and the influence they absorb from organizations of civilian society (the Diocese of Rubiataba, the National Indian Foundation Funai, the Missionary Council for the Indigenous Cimi, the Institute for Pre-history an Anthropology of Goiás IGPA and the Catholic University of Goiás), who with the proposal to help the group in a process of revival influence the way these young people understand their past, their present and their future. The young Tapuia Indians of Carretão are in a process of identifying themselves as descendants of Amerindians. They are conscious of the fat that are Amerindians, the result of a long process of miscegenation and, they are building their identity on the conviction that they are not pure Amerindians and also that they are not white descendants of the colonizers. They consider themselves Tapuia, a World that identifies the indigenous descendants of Carretão since the beginning of 20th century. / O propósito deste estudo é a investigação da realidade dos jovens tapuios do Carretão, no momento em que estão vivendo o processo de reconstrução de sua identidade indígena. A pesquisa centra-se no exame do sentimento de pertencimento dos jovens ao grupo étnico tapuios do Carretão, tendo como referência as perspectivas dos próprios jovens, buscando, para isso, a compreensão do ser jovem, do ser tapuio, do relacionamento com os mais velhos, com as tradições, com a família e as agências formadoras, do relacionamento com o território ou a terra em que vivem, do processo educativo e do modo como vêem o seu presente e futuro. A pesquisa procura saber dos jovens tapuios do Carretão, quem são e como vivem, como percebem sua existência na condição de herdeiros de uma identidade indígena e de uma terra e como esta condição foi neles despertada. Investiga a consistência ou não de sua convicção de pertencimento a um grupo étnico em acelerado processo de aculturação, tendo em vista que eles participam, como todos os jovens de seu tempo, da educação escolar, do lazer, da religião, dos conflitos existenciais, enfim, do universo sócio-cultural da juventude que vive em um espaço rural com prováveis pretensões de conquistar espaços no mundo cada vez mais urbanizado. A pesquisa considera o jovem como sujeito social, imerso na história nacional e de seu grupo, portador de uma historicidade, como sujeito capaz de refletir sobre suas ações e se posicionar diante da vida. Utiliza-se o método fenomenológico, por possibilitar adentrar no universo conceitual dos sujeitos e perguntar quem são esses jovens. O instrumento de pesquisa é a entrevista aprofundada. Para desvendar o sentimento de pertencimento procura-se investigar o processo educativo vivido pelos jovens do Carretão, buscando dimensionar a participação da educação escolar no processo de aculturação e a influência exercida por organizações da sociedade civil (Diocese de Rubiataba, Fundação Nacional do Índio (Funai), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Instituto Goiano de Pré- História e Antropologia (IGPA), da Universidade Católica de Goiás (UCG) que no propósito de assistir o grupo em processo de ressurgimento, influenciam a maneira de os jovens lerem o passado e compreenderem o presente e o futuro. Os jovens tapuios do Carretão estão em processo de identificação como descendentes indígenas. São conscientes de sua indianidade, o resultado de longo processo de miscigenação e, constroem sua identidade na convicção de que não são índios puros, segundo o imaginário da sociedade nacional, e também não são brancos descendentes dos colonizadores. Consideram-se tapuios, denominação que identifica os descendentes indígenas do Carretão, desde o início do século XX.

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