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Referências anatômicas ao giro basal da cóclea no assoalho da fossa craniana média para o implante coclear / Anatomical references to the cochlear basal turn on the floor of the middle cranial fossa for cochlear implantation

Bittencourt, Aline Gomes 29 May 2014 (has links)
Introdução: A técnica clássica para o implante coclear é realizada por meio de mastoidectomia seguida de timpanotomia posterior. O acesso pela fossa craniana média provou ser uma alternativa valiosa, embora seja usada para o implante coclear, ainda sem normatização. Objetivo: Descrever um novo acesso pela fossa craniana média que expõe o giro basal da cóclea para o implante coclear. Métodos: Estudo anatômico de ossos temporais. Foram dissecados 50 ossos temporais. A cocleostomia foi realizada mediante um acesso via fossa craniana média, na porção mais superficial do giro basal da cóclea, usando o plano meatal e seio petroso superior como as principais referências anatômicas. Foi determinada a distância entre os pontos de referência, o ângulo entre o plano meatal e a cocleostomia, e a distância entre esta estrutura e a janela redonda. Foi realizada tomografia computadorizada em 5 dos ossos temporais utilizados neste estudo. Resultados: Em todos os 50 ossos temporais, apenas a porção mais superficial do giro basal da cóclea foi aberta e tanto as escalas timpânica como a vestibular foram visualizadas. As distâncias médias ± DP, menores e maiores, entre a cocleostomia e o plano meatal foram estimadas em 2,48±0,88mm e 3,11±0,86mm, respectivamente. A distância média da cocleostomia até a janela redonda foi de 8,38±1,96mm, e daquela até o seio petroso superior 9,19±1,59mm. As distâncias médias, menores e maiores, entre a cocleostomia e o eixo longo do plano meatal a partir da sua porção mais proximal foram estimadas em 6,63±1,38mm e 8,2±1,43mm, respectivamente. O valor médio do ângulo entre a cocleostomia e o plano meatal foi igual a 22,54±7,400. As tomografias computadorizadas demonstraram a inserção do feixe de eletrodos por meio do giro basal da cóclea até o seu ápice em todas as peças submetidas a este exame. Conclusão: A técnica proposta para identificar o giro basal da cóclea é simples e confiável. Igualmente, permite a visualização da escala timpânica e a inserção do feixe de eletrodos do implante coclear através desta câmara / Introduction: The classic technique for cochlear implantation uses mastoidectomy followed by posterior tympanotomy. The middle cranial fossa approach has proved to be a valuable alternative for cochlear implantation, although the standardization of this technique is still needed. Objectives: To describe a novel approach through the middle cranial fossa for exposing the cochlear basal turn for cochlear implantation. Materials And Methods: Anatomical temporal bone study. Fifty temporal bones were dissected. A cochleostomy was performed via a middle fossa approach on the most superficial part of the cochlear basal turn, using the meatal plane and superior petrous sinus as the main landmarks. The distance between the landmarks, the angle between the cochleostomy and the meatal plane, and the distance between this structure and the round window were measured. A computed tomography was performed on 5 of the studied temporal bones. Results: In all 50 temporal bones, only the superficial portion of the cochlear basal turn was uncovered. The cochlear exposure allowed both the scala tympani and vestibule to be exposed. The mean ± SD minor and major distances between the cochleostomy and the meatal plane were estimated to be 2.48±0.88mm and 3.11±0.86mm, respectively. The mean distance from the cochleostomy to the round window was 8.38±1.96mm, and that to the superior petrosal sinus was 9.19±1.59mm. The mean minor and major distances between the cochleostomy and the long axis of the meatal plane from its most proximal portion were estimated to be 6.63±1.38mm and 8.29±1.43mm, respectively. The mean angle between the cochleostomy and the meatal plane was 22.54±7.400. The computed tomography of all 5 temporal bones demonstrated the insertion of the implant array from the cochlear basal turn towards its apex. Conclusion: The proposed technique for identifying the cochlear basal turn is simple and trustworthy. Additionally, it enables visualization of the scala tympani, facilitating the insertion of the cochlear implant array through this chamber
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Avaliação do trauma intracoclear causado pela inserção do feixe de eletrodos do implante coclear via fossa média em ossos temporais / Evaluation of intra cochlear trauma after cochlear implant electrode insertion through a middle fossa approach in temporal bones

Cisneros Lesser, Juan Carlos 01 February 2017 (has links)
Introdução: O acesso pela via da fossa craniana média para colocação do implante coclear provou ser uma alternativa valiosa em pacientes com otite média crônica e cavidades de mastoidectomia instáveis, cócleas parcialmente ossificadas e em alguns casos de displasia do ouvido interno. Até hoje não existem pesquisas que descrevam se a inserção do feixe de eletrodos pela via da fossa média pode ser feita com um mínimo de traumatismo intracoclear, comparável ao observado nas inserções pela janela redonda. Objetivo: Avaliar o trauma intracoclear com dois modelos distintos de implante quando o feixe de eletrodos é inserido por cocleostomia na fossa craniana média em ossos temporais. Método: 20 ossos temporais retirados antes de 24 horas pós-óbito, foram implantados através do local da cocleostomia no giro basal da cóclea identificado no assoalho da fossa cerebral média. Dez peças receberam um implante reto e dez um pré-curvado, e foram fixadas em resina epóxi. Foi realizada tomografia computadorizada para determinar a colocação adequada do feixe eletrodos, profundidade de inserção e a distância entre a janela redonda e a cocleostomia. Por último, as peças foram polidas em série, tingidas e visualizadas por estereomicroscópio para avaliar a posição do feixe e trauma intracoclear. Resultados: A tomografia mostrou um posicionamento intracoclear do feixe de eletrodos nas 20 peças. No grupo dos implantes retos a média de eletrodos inserido foi 12,3 (10 a 14) e dos pré-curvados 15,1 (14 a 16) com uma diferença significativa (U=78, p=0,0001). A mediana de profundidade de inserção foi maior para o eletrodo pré-curvado (14,5mm) que para o reto (12,5mm) com diferenças estatisticamente significativas (U = 66, p = 0,021). Só uma das 20 inserções foi atraumática e 70% tiveram graus de trauma altos (grau 3 ou 4). Não foram observadas diferenças significativas do grau de trauma entre os dois tipos de feixes nem quando as inserções foram no sentido da janela redonda, comparado com o sentido do giro médio. Conclusões: A técnica cirúrgica utilizada permitiu a inserção do feixe de eletrodos na cóclea em todas as peças, porém sem garantir uma inserção na escala timpânica e com alto risco de trauma nas microestruturas da cóclea / Introduction: In recent years, a middle fossa approach has been described for the insertion of cochlear implants, and it proved to be a reliable alternative for implantation in patients with chronic supurative otitis media, unstable mastoid cavities with recurrent otorrhea, partially ossified cochlea and in some cases of inner ear dysplasia. Until now, no research has been done to describe if this approach allows for anatomic preservation and non-traumatic insertions comparable to those through the round window. Objective: To evaluate cochlear trauma when the cochlear implant electrode is inserted through a middle fossa approach by means of histologic and imaging studies in temporal bones. Methods: 20 temporal bones retrieved before 24 hours after death were implanted through a middle cranial fossa cochleostomy in the basal turn of the cochlea. Ten received a straight electrode and 10 a perimodiolar electrode. After reducing the bone size with preservation of the inner ear structures, the temporal bones were fixed, dehydrated and embedded in an epoxy resin. CT scans were performed to determine if an adequate direction of insertion was attained, the depth of insertion and the distance between the cochleostomy and the round window. At last, the samples were polished by micro-grinding technique and microscopically visualized to evaluate intracochlear trauma. Results: The CT-scan showed an adequate intracoclear position of the electrode in all the samples. In the straight electrode group the average number of inserted electrodes was 12.3 (10 to 14) against 15.1 (14- 16) for the perimodiolar (U=78, p=0.0001). The median depth of insertion was significantly larger for the perimodiolar electrode group (14.4mm vs. 12.5mm U=66, p = 0.021). Only one atraumatic insertion was achieved and 70% of the samples had important trauma (grades 3 and 4). No differences were identified for the trauma grades between the two groups of electrodes. Also, there were no differences in trauma if the cochlear implants were inserted in the direction of the basal turn of the cochlea or in the direction of the middle and apical turns. Conclusions: The surgical technique that was used allowed for a proper intracochlear insertion of the electrodes in all 20 temporal bones but it does not guarantee a correct scala tympani position and carries high trauma risk for the intracochlear microstructures
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Avaliação do trauma intracoclear causado pela inserção do feixe de eletrodos do implante coclear via fossa média em ossos temporais / Evaluation of intra cochlear trauma after cochlear implant electrode insertion through a middle fossa approach in temporal bones

Juan Carlos Cisneros Lesser 01 February 2017 (has links)
Introdução: O acesso pela via da fossa craniana média para colocação do implante coclear provou ser uma alternativa valiosa em pacientes com otite média crônica e cavidades de mastoidectomia instáveis, cócleas parcialmente ossificadas e em alguns casos de displasia do ouvido interno. Até hoje não existem pesquisas que descrevam se a inserção do feixe de eletrodos pela via da fossa média pode ser feita com um mínimo de traumatismo intracoclear, comparável ao observado nas inserções pela janela redonda. Objetivo: Avaliar o trauma intracoclear com dois modelos distintos de implante quando o feixe de eletrodos é inserido por cocleostomia na fossa craniana média em ossos temporais. Método: 20 ossos temporais retirados antes de 24 horas pós-óbito, foram implantados através do local da cocleostomia no giro basal da cóclea identificado no assoalho da fossa cerebral média. Dez peças receberam um implante reto e dez um pré-curvado, e foram fixadas em resina epóxi. Foi realizada tomografia computadorizada para determinar a colocação adequada do feixe eletrodos, profundidade de inserção e a distância entre a janela redonda e a cocleostomia. Por último, as peças foram polidas em série, tingidas e visualizadas por estereomicroscópio para avaliar a posição do feixe e trauma intracoclear. Resultados: A tomografia mostrou um posicionamento intracoclear do feixe de eletrodos nas 20 peças. No grupo dos implantes retos a média de eletrodos inserido foi 12,3 (10 a 14) e dos pré-curvados 15,1 (14 a 16) com uma diferença significativa (U=78, p=0,0001). A mediana de profundidade de inserção foi maior para o eletrodo pré-curvado (14,5mm) que para o reto (12,5mm) com diferenças estatisticamente significativas (U = 66, p = 0,021). Só uma das 20 inserções foi atraumática e 70% tiveram graus de trauma altos (grau 3 ou 4). Não foram observadas diferenças significativas do grau de trauma entre os dois tipos de feixes nem quando as inserções foram no sentido da janela redonda, comparado com o sentido do giro médio. Conclusões: A técnica cirúrgica utilizada permitiu a inserção do feixe de eletrodos na cóclea em todas as peças, porém sem garantir uma inserção na escala timpânica e com alto risco de trauma nas microestruturas da cóclea / Introduction: In recent years, a middle fossa approach has been described for the insertion of cochlear implants, and it proved to be a reliable alternative for implantation in patients with chronic supurative otitis media, unstable mastoid cavities with recurrent otorrhea, partially ossified cochlea and in some cases of inner ear dysplasia. Until now, no research has been done to describe if this approach allows for anatomic preservation and non-traumatic insertions comparable to those through the round window. Objective: To evaluate cochlear trauma when the cochlear implant electrode is inserted through a middle fossa approach by means of histologic and imaging studies in temporal bones. Methods: 20 temporal bones retrieved before 24 hours after death were implanted through a middle cranial fossa cochleostomy in the basal turn of the cochlea. Ten received a straight electrode and 10 a perimodiolar electrode. After reducing the bone size with preservation of the inner ear structures, the temporal bones were fixed, dehydrated and embedded in an epoxy resin. CT scans were performed to determine if an adequate direction of insertion was attained, the depth of insertion and the distance between the cochleostomy and the round window. At last, the samples were polished by micro-grinding technique and microscopically visualized to evaluate intracochlear trauma. Results: The CT-scan showed an adequate intracoclear position of the electrode in all the samples. In the straight electrode group the average number of inserted electrodes was 12.3 (10 to 14) against 15.1 (14- 16) for the perimodiolar (U=78, p=0.0001). The median depth of insertion was significantly larger for the perimodiolar electrode group (14.4mm vs. 12.5mm U=66, p = 0.021). Only one atraumatic insertion was achieved and 70% of the samples had important trauma (grades 3 and 4). No differences were identified for the trauma grades between the two groups of electrodes. Also, there were no differences in trauma if the cochlear implants were inserted in the direction of the basal turn of the cochlea or in the direction of the middle and apical turns. Conclusions: The surgical technique that was used allowed for a proper intracochlear insertion of the electrodes in all 20 temporal bones but it does not guarantee a correct scala tympani position and carries high trauma risk for the intracochlear microstructures

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