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Análise e interpretação ambiental da química iônica de um testemunho do manto de gelo da Antártica ocidental.HAMMES, Daine Flora January 2011 (has links)
Submitted by Ana Lúcia Coelho (ana.coelho@cprm.gov.br) on 2015-09-18T19:37:09Z
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Previous issue date: 2011 / Este estudo utilizou os princípios da glacioquímica para determinar e analisar as variações nas concentrações aniônicas de um testemunho de neve e firn obtido pela perfuração no manto de gelo da antártica ocidental no verão austral de 2004/05. O testemunho IC-6 (81°03'S, 79°51'W), de 34,65 m de profundidade, obtido a 750 m de altitude, foi subamostrado em sala limpa (CLASE 100), usando um sistema de derretimento contínuo desenvolvido pela equipe do Climate Change Institute (CCI) da Universidade do Maine (EUA). Esse processo gerou 1.368 amostras para análises por cromatografia iônica, cerca de 58 amostras por metro, permitindo detalhamento sazonal da variabilidade das concentrações dos íons majoritários. O testemunho representa 66 ± 3 anos de dados ambientais, segundo a datação baseada na variação sazonal dos íons Cl-, Na+, Mg+2 e SO4-2. O testemunho de 23,61 m em equivalente d’água, corrigido para variações em densidade, representa uma acumulação liquida média anual de 0,36 m (em equivalente d’água). Assim, a camada ao fundo foi formada no ano de 1938 (± 3 anos). As concentrações iônicas médias medidas no IC-6, são: [(Na+= 66,92 ± 2,32 μg L-1), (K+= 3,31 ± 0,18 μg L-1); (Mg+2= 10,07 ± 0,25 μg L-1); (Ca+2 = 16,93 ± 0,38 μg L-1); (Cl- = 155,74 ± 4,40 μg L-1); (NO3- = 56,01 ± 0,80 μg L-1); (SO4 2 = 55,65 ± 1,36 μg L-1); e (CH3SO3 (MS) = 14,11 ± 1,19 μg L-1)]. As maiores concentrações de Na+, Cl-, e Mg+2 foram interpretadas como picos de invernos, associadas diretamente ao aerossol dos mares circundantes em respostas, provavelmente, a advecção mais intensa de massas de ar (marinho) sobre as plataformas de gelo, e portanto são também traçadores marinhos. Já o perfil (série) de sulfato está em antifase, em relação às variações nas espécies Na+, Cl- e Mg+2. De origem predominantemente marinha, o sulfato total apresentou maiores concentrações durante a primavera e verão (períodos de maior atividade biológica nos mares circumpolares), possivelmente marcando a variação sazonal da atividade biológica na região. Embora em alguns intervalos essa ―antifase‖ não fique tão clara, é o que ocorre na maior parte do testemunho IC-6, condição que auxiliou na interpretação da variação sazonal observada principalmente na série do cloro. O perfil de excesso de sulfato apresenta perfil similar ao de sulfatos total, com picos concomitantes. Além da forte correlação com o íon SO4-2, também é observada uma correlação fraca a moderada com o íon nitrato. Picos concomitantes deste íon com o excesso de sulfato representam eventos episódicos como é o caso das erupções vulcânicas de grande magnitude. A variabilidade da concentração de nitrato não esta associada ao aerossol marinho, como aponta a falta de correlação entre esse ânion e o Cl-, Na+ e Mg2+. Porém, série de nitrato apresenta muitos períodos bem marcados e correlacionados com as concentrações de excesso de sulfato, devendo representar a ocorrência de eventos episódicos, como erupções vulcânicas. Entretanto, a análise de íons maiores nesse estudo não possibilitou a identificação de eventos específicos, será necessário o uso de técnicas complementares para determinação de elementos traços. Sugere-se
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que o nitrato seria transportado e depositado por massas de ar provenientes da estratosfera ou da alta troposfera e que grandes concentrações dessa espécie poderiam estar associadas ao registro de ocorrências de eventos vulcânicos. Essa característica parece ser coerente com os picos correlacionáveis nos perfis (séries) de nitrato e sulfatos. Além da variação sazonal (observada principalmente no perfil de cloro), foram identificados outros padrões recorrentes no tempo (ciclos), principalmente nas séries de dos íons Na+, Cl- e Mg2+ (origem marinha) e NO3-. O principal ciclo identificado, de aproximadamente 17,3 anos, necessita melhor investigação. A secundária, em torno de 10 anos, estaria associada ao ciclo solar (de 10,7 anos). Também são observados ciclos com períodos entre 2 a 5 anos, que poderiam estar associados ao fenômeno ENOS (El Niño - Oscilação Sul). Ao comparar as concentrações médias do IC-6 com de outros sítios no interior da Antártica, observa-se uma abrupta redução ao atravessar as montanhas Transantárticas em direção ao Polo Sul geográfico. Sugere-se que cordilheira esteja barrando o transporte dos aerossóis marinhos para o interior do do continente devido a um efeito orográfico sobre a precipitação.
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O testemunho como fonte de justificaçãoMoreira, Delvair Custódio January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Hmanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-07-16T21:06:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
317607.pdf: 866956 bytes, checksum: 05f53a08802351929a97743d90ff3b35 (MD5) / O principal problema da epistemologia do testemunho é investigar a justificação que o testemunho putativamente nos fornece - dado que relatos escritos ou falados são normalmente aceitos como fontes de justificação, tanto em condições cotidianas quanto em ambientes de atividade científica. Neste sentido lato, testemunhos vão desde casos em que alguém pede uma informação a um desconhecido na rua a relatos feitos por cientistas. Os epistemólogos estão de acordo quanto à importância do testemunho como fonte de justificação, ao lado da percepção, da memória e do raciocínio. No entanto, eles divergem quanto à maneira em que crenças putativamente justificadas via testemunhos são justificadas. De um lado, reducionistas defendem que justificamos crenças testemunhais a partir de outras crenças previamente justificadas, independentes do testemunho, que asseguram que o testemunho é confiável - assim a justificação do testemunho se reduz a crenças de outras fontes tais como a percepção e a memória. De outro lado, anti-reducionistas defendem que a justificação de crenças testemunhais é direta: estamos justificados em acreditar que p pelo simples fato de alguém testemunhar que p se não houver razões para não fazê-lo. Pretendemos apresentar as diferentes tentativas de resposta a este problema e suas dificuldades. Dado ser um campo relativamente novo na investigação filosófica esperamos, com o nosso trabalho, contribuir para o debate em uma área até pouco tempo inexplorada.<br> / Abstract : The main problem of the epistemology of testimony is to investigate the justification that we presumably acquire through testimony - since written or spoken reports are usually accepted as sources of justification, which often happens in everyday conditions as well as in scientific environments. In this broad sense, testimony covers a wide range of cases: from where someone requests an information for a passerby, to reports made by scientists. Epistemologists agree on the importance of testimony as a source of justification, along with perception, memory and reasoning. However, they differ as to the way in which they think putatively justified beliefs are justified through testimony. On one hand, reductionist argue that we justify testimonial beliefs from other beliefs previously justified, independent of the testimony, which ensure that the testimony is reliable - so that the justification of testimony is reduced to beliefs justified by another sources, such as perception and memory. On the other hand, anti-reductionists hold that the justification of testimonial beliefs is direct: we are justified in believing that p just because someone testifies that p, since there are no reasons for not doing so. We intend to present the different attempts to account for this problem and its difficulties. Since it is a relatively new field in philosophical investigation we envisage this work as making a contribution to the debate in an area that it is still unexplored.
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Antologias dos homens infames: um ensaio sobre a palavra do interior do cárcereCarvalho, Juliano Gomes de January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / The presented paper addresses the issues related to the effects of the prison testimony in de(re)structuring of legal discourse that ignores their expressions. It is intended to expose the original stories, to feel, out of an instrumental rationality, the main criminological issue, the suffering. Thus, we seek in this inviting essays path, the discomfort of a answer in suspension, but modifier in their silences and pauses in a linguistic alterity. This way, as a firm commitment of ethical approach, using philosophical questions about alterity mainly influenced by Prof. Ricardo Timm de Souza, we propose the encounter with the other, and due trauma that places responsibility on criminology when it opens the different. / O ensaio apresentado aborda as questões referentes aos efeitos do testemunho do cárcere na des(re)estruturação do discurso jurídico que ignora suas expressões. Pretende-se expor os relatos originais para que sinta-se, fora de uma racionalidade instrumental, a principal questão criminológica, o sofrimento. Assim, buscamos uma trilha ensaística convidativa ao desconforto da resposta suspensa, mas modificadora em suas pausas e silêncios, em uma alteridade linguística. Deste modo, como compromisso inarredável da aproximação ética, utilizando questões filosóficas sobre alteridade influenciadas principalmente pelo Prof. Ricardo Timm de Souza, propomos o encontro com o outro e o devido trauma que responsabiliza a criminologia quando abre-se ao diverso.
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O problema da transmiss?o na epistemologia do testemunho de Jennifer LackeyPadilha, Rossul Chaudon 19 August 2016 (has links)
Submitted by Setor de Tratamento da Informa??o - BC/PUCRS (tede2@pucrs.br) on 2017-02-06T13:25:37Z
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Previous issue date: 2016-08-19 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Testimony has been neglected for a long time during the epistemological study. Although this specific discipline makes use of classical authors such as David Hume, John Locke and Thomas Reid, ist apparition in the contemporary scenario just happened, in fact, after the release of Testimony ? a philosophical study by C. A. J. Coady in the year of 1992. The developments that followed from that were exhaustive in the sense of solving the issues set forward in the context of the relationship between two epistemic agents ? considered alone before. This shows that the discipline, now called Epistemology of Testimony, can be better understood as a branch of the field forged by Alvin Goldman called Social Epistemology. That is, the subject addressed here it is surrounded by epistemic issues ? analytical ? as for issues that touch the social field. More specifically, the work that follows has as its main goal present the point of view of the philosopher Jennifer Lackey, that has its upshot a thesis about the epistemology of testimony presented in the book Learning from Words ? Testimony as a Source of Knowledge, from 2008. As for specific goals are brought up the debates around the Nature of Testimony and Transmission vs. Generation thesis of knowledge, perceived in the social-epistemic context. Both themes are crucial for a better understanding not just of Lackeys work but also for a more critical view of the discipline in a general way. The great contribution that the author brings in its work by means of exhaustive examples, are here presented and debated largely for a more critical understanding of them. / O testemunho foi negligenciado no estudo epistemol?gico durante muito tempo. Muito embora tal disciplina espec?fica se utilize de autores cl?ssicos como David Hume, John Locke e Thomas Reid, a sua apari??o no cen?rio contempor?neo s? se deu, de fato, ap?s a publica??o de Testimony ? a philosophical study por C. A. J. Coady no ano de 1992. Os desdobramentos que da? se seguiram foram exaustivos na tentativa de resolver as quest?es levantadas a partir desse vi?s da rela??o que se observa entre dois agentes epist?micos ? anteriormente tomados separadamente. Isso demonstra tamb?m que a disciplina, agora chamada de Epistemologia do Testemunho, pode ainda ser melhor inserida como um subtema do campo que surge com Alvin Goldman chamado de Epistemologia Social. Ou seja, o tema aqui abordado ? permeado tanto por quest?es epist?micas ? anal?ticas ? como por quest?es que tocam o ?mbito do social. Mais especificamente, o trabalho que se segue tem por objetivo geral apresentar o ponto de vista da fil?sofa Jennifer Lackey, que tem o corol?rio da sua tese sobre a epistemologia do testemunho reunida no livro Learning from Words ? Testimony as a Source of Knowledge, de 2008. Como objetivos espec?ficos do trabalho s?o trazidos os debates em torno da Natureza do Testemunho e da Transmiss?o vs. Gera??o de conhecimento percebidas dentro do contexto social-epist?mico. Ambos os temas em foco s?o cruciais para uma melhor compreens?o n?o s? do trabalho de Lackey como para o entendimento cr?tico da disciplina de modo geral. O rico aporte que a autora traz em sua obra por meio de exaustivos exemplos e contraexemplos s?o apresentados e debatidos em larga medida para que os mesmos sejam pass?veis de an?lise por um vi?s cr?tico.
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O conceito de confiança em epistemologia do testemunho: distinguindo confiar de fiar-seKetzer, Patricia January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Trust is an indispensable concept whenever we think of human beings interacting with other individuals because it helps us to think about the political order and social cooperation. However, it is far from having a single definition. The search for a definition has proved that it is necessary to come back to the origins of the concept in order to seek for understanding its use in Epistemology. In Moral Philosophy, it is established a distinction between two ways of trusting: 1) trust, which is characterized by a deeper interpersonal relationship that involves good will and vulnerability; 2) rely, which is a kind of trust but more basic in how the world and the things work. The concept of trust becomes relevant in Epistemology when we start to consider transmission of knowledge by testimony. The main issue is when we can trust other people to acquire knowledge based on their acts of speech. It is not possible to debate testimony without considering the problem of trust. Nevertheless, the concept has been used inappropriately. The moral aspects do not contribute to the epistemic scenario. However, not considering these aspects mischaracterizes the concept, reducing it to relying only. We defend that, only rely should be, prudently, used. It is a concept that has already been established in Epistemology literature. In order to do so, we analyzed three possibilities: a reduction to the moral field, an analogy between the concept in Moral Philosophy and Epistemology and, at last, a non-analogical use, that is, strictly epistemic. We presented a general sketch of the debate about Epistemology of Testimony and the role of trust in this reduction. We exposed the concept of moral trust and evaluated the possibility of a reduction. Not considering the distinction proposed in Moral Philosophy mischaracterizes the concept. On the other hand, the reduction is not possible because moral trust presupposes risk acceptance, the attempt of eliminating risks through rational thought weakens the act of trusting. Besides, trust makes us resistant to evidences and, in Epistemology, it is wrong to neglect evidences. Interpersonal conceptions propose analogical use of the concept, applying them to epistemological debates without neglecting moral aspects. Nevertheless, they are not a viable option because they are epistemically powerless. The moral bias do not play any relevant epistemic role. Thus, we analyzed the possibility of a non-analogical use, based on Richard Foley’s (2001) proposition. This author does not consider differences between trust and rely. He ends up reducing the concept of trust to the concept of rely, overshadowing the vocabulary in Epistemology of Testimony. We defend that the non-analogical use is a mistake because it mischaracterizes what normally is called trust in order to reduce it to an already fixed concept in epistemological literature. It does nothing but confusions to the debate. Considering moral aspects of trust is important for identifying the problem. The concept of trust cannot contribute to the debate because it does not play an epistemic role. As for the concept of rely, it can be used in Epistemology of Testimony, just as it has been used in other epistemological debates. / Confiança é um conceito indispensável quando pensamos o ser humano interagindo com outros sujeitos, pois auxilia-nos a pensar a ordem política e a cooperação social. Mas está longe de possuir uma definição única. A procura por uma definição mostrou-nos ser necessário retornar às origens do conceito, na busca por compreender seu uso em Epistemologia. Na Filosofia Moral estabelece-se uma distinção entre duas formas de confiar: 1) a confiança (trust), que se caracteriza por ser uma relação interpessoal mais profunda, a qual envolve boa vontade e vulnerabilidade; 2) a fiabilidade, um tipo de confiança mais básica no funcionamento do mundo e das coisas. O conceito de confiança torna-se relevante em Epistemologia quando passamos a considerar a transmissão de conhecimento por testemunho. A principal questão é quando podemos confiar em outras pessoas para adquirir conhecimento com base em seus atos de fala. Não há como debater testemunho sem considerar o problema da confiança. Mas, o conceito tem sido utilizado de modo inadequado. Os aspectos morais não contribuem para o cenário epistêmico. Todavia a desconsideração desses aspectos descaracteriza o conceito, reduzindo-o à fiabilidade. Defendemos que, por parcimônia, deve-se utilizar apenas fiar-se, um conceito já estabelecido na literatura epistemológica. Para tal, analisamos três possibilidades: uma redução ao campo moral, uma analogia entre o conceito em Filosofia Moral e Epistemologia e, por fim, um uso não analógico, ou seja, estritamente epistêmico. Apresentamos um esboço geral do debate sobre Epistemologia do Testemunho e o papel da confiança nessa discussão. Expomos o conceito de confiança moral e avaliamos a possibilidade de uma redução. A não consideração da distinção proposta em Filosofia Moral descaracteriza o conceito. Por outro lado, a redução não é possível, pois confiança moral pressupõe aceitação do risco, a tentativa de eliminar os riscos através de reflexão racional enfraquece a atitude de confiança. Além do mais, confiança nos faz resistentes a evidências, e em Epistemologia é errado negligenciar evidências. As concepções interpessoais propõem um uso analógico do conceito, aplicando-o aos debates epistemológicos sem negligenciar os aspectos morais. Entretanto, não são uma opção viável, pois são epistemicamente impotentes. O viés moral não desempenha nenhum papel epistêmico relevante. Assim, analisamos a possibilidade de um uso não analógico, tendo como base a proposta de Richard Foley (2001). Este autor desconsidera a distinção entre confiar e fiar-se e acaba por reduzir o conceito de confiança ao de fiabilidade, obscurecendo o vocabulário em Epistemologia do Testemunho. Defendemos que a utilização não analógica é um erro, pois descaracteriza aquilo que normalmente se denomina confiança para reduzi-la a um conceito já consagrado na literatura epistemológica. Não faz mais que confundir o debate. A consideração dos aspectos morais da confiança se faz importante justamente para identificação do problema. O conceito de confiança não pode contribuir para o debate, pois não desempenha um papel epistêmico. Já o conceito de fiar-se pode ser utilizado em Epistemologia do Testemunho, assim como vêm sendo utilizado em outros debates epistemológicos.
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Avaliação da estrutura da entrevista investigativa com criançasStracke, Cristiane Borsatto January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / In the past years, there has been a considerable raise in the number of child sexual abuse complaints. Thereat, several studies have been developed about investigative interviewing of children with alleged abuse. The present dissertation has two sections about the topic of investigative interviewing of children with allegations of having been sexual abused. The first section presents a literature review on the peculiarities of the investigative interviews of pre-school age. Some of the most used investigative interviewing techniques around the globe are presented. Also, some elements that could compromise the child’s report during the investigative interview are discussed, such as the use of artifacts (toys and drawings), repetitive interviewing, as well as the type of questions used by the interviewer. In the second section, an empirical study is described focusing on the structure of children’s investigative interview, emphasizing the dynamics of questions and answers. The study was based over the document analysis (videos or audio) of a sample 49 real interviews with children aged between six and eleven years old, with allegations of having been sexual abused. The audio-tape or video-tape of the interviews were analyzed and both the questions placed by the interviewer and the answers given by the child were coded. The categories of questions and answers were adapted from pre-existent categories.Only the pre-substantive phase (rapport) and substantive phase (report) of the interviews were considered for the coding of questions and answers, since they are the most relevant phases to the interview. The frequencies of types of questions and types of answers were analyzed, as well as the frequency of each association between type of question and its respective type of answer. The results yielded that the interviewers tended to use few open questions. Most of the interviewers’ questions were considered appropriate, although more directive (closed question and probing). Therefore children’s answers were frequently shorter, which means, with fewer information about what was being investigated. In the concluding section, the results were discussed in terms of the importance of the interviewers training. In addition, results also highlighted the importance of developing need assessment techniques for training investigative interviewers. / Nos últimos anos, tem havido um aumento considerável no número de denúncias de abuso sexual infantil. Com isso, diversos estudos vem sendo desenvolvidos sobre as técnicas de investigação, no que tange à oitiva de crianças com suspeita de terem vivenciado situações de abuso. A presente dissertação aborda como tema a entrevista investigativa com crianças, especialmente aquelas com suspeita de terem sofrido abuso sexual. A dissertação é apresentado em dois módulos. O primeiro módulo trata das peculiaridades da entrevista investigativa com crianças em idade pré-escolar, ou seja, menores de seis anos. São apresentadas as técnicas de entrevista investigativa mais utilizadas ao redor do mundo. Também são discutidos alguns fatores que podem comprometer o relato da criança durante a entrevista investigativa, tais como o uso de artefatos (p. ex. , brinquedos e desenhos), a repetição de entrevistas, bem como o tipo de pergunta utilizada pelo entrevistador. No segundo módulo, é descrito um estudo sobre a avaliação da estrutura da entrevista investigativa com crianças, com ênfase na dinâmica de perguntas e respostas. O estudo foi feito através da análise documental de uma amostra de 49 entrevistas reais realizadas com crianças entre seis e onze anos de idade, com suspeita de terem sofrido abuso sexual. Foram analisados os áudios ou vídeos das entrevistas e foram categorizadas as perguntas dos entrevistadores e as respostas das crianças. A classificação das perguntas e das respostas foi adaptada a partir de categorizações já existentes.Apenas as fases présubstantiva (rapport) e substantiva (relato) das entrevistas foram consideradas para a classificação de perguntas e respostas, já que são as fases de maior relevância para a dinâmica da entrevista. Foram analisadas as freqüências de perguntas e de respostas de toda a amostra, bem como a frequência da associação entre pergunta e sua respectiva resposta. Os resultados obtidos neste estudo mostram que os entrevistadores usam poucas perguntas abertas. A maioria das perguntas dos entrevistadores foram consideradas apropriadas, embora tenham sido mais diretivas (fechadas e de sondagem). Em função disso, as respostas das crianças foram mais frequentemente curtas, ou seja, com poucas informações acerca do que é questionado. A conclusão dos estudos apresentados destaca a importância do treinamento dos entrevistadores. Ressalta, ainda, a necessidade de técnicas de avaliação das entrevistas investigativas para constante manutenção do treinamento e aprendizado dos entrevistadores.
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A sequência holocênica na plataforma continental central do estado da Bahia – costa do cacauFreire, Antonio Fernando Menezes January 2006 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-01T14:28:49Z
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Antonio Fernando Menezes Freire.pdf: 16026413 bytes, checksum: ca3be2d63da2a13843fab438bd9af4d9 (MD5) / Cinqüenta testemunhos foram coletados no fundo do mar, na plataforma continental central do Estado da Bahia, entre a Península de Marau e a cidade de Olivença. Destes testemunhos, 36 foram coletados através de mergulhadores e limitados a profundidades máximas de 40m, enquanto 14 testemunhos foram coletados a pistão, por gravidade (piston cores), utilizando-se embarcação apropriada, sem limite de profundidade. Todos os testemunhos foram descritos, fotografados e amostrados para análises granulométricas e bioestratigráficas sendo, a partir destes dados, confeccionados mapas texturais e faciológico do sedimento de fundo.
Durante a coleta dos testemunhos a pistão foi feito um levantamento com perfilador de sub-fundo. Este levantamento permitiu identificar um forte refletor a uma profundidade média de 3-4m, que limitou a penetração dos testemunhos. Esta superfície representa um limite de seqüências, separando a seqüência holocênica da pleistocênica e, sobre esta, se acumulou um trato de sistema transgressivo e os estágios iniciais do desenvolvimento de um trato de sistemas de mar alto, principalmente na plataforma interna. A plataforma apresenta características de uma plataforma “faminta”, notadamente na sua porção externa, limitando a aplicação mais detalhada dos conceitos estratigráficos modernos à plataforma interna e face da costa, onde é evidente a sedimentação siliciclástica progradando sobre sedimentos carbonáticos. Inúmeros vales não preenchidos dissecam a plataforma externa e o talude, servindo como conduto para o transporte de sedimentos da plataforma continental para regiões mais profundas.
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Antologias dos homens infames : um ensaio sobre a palavra do interior do c?rcereCarvalho, Juliano Gomes de 18 December 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T14:48:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014-12-18 / The presented paper addresses the issues related to the effects of the prison testimony in
de(re)structuring of legal discourse that ignores their expressions. It is intended to expose the
original stories, to feel, out of an instrumental rationality, the main criminological issue, the
suffering. Thus, we seek in this inviting essays path, the discomfort of a answer in suspension,
but modifier in their silences and pauses in a linguistic alterity. This way, as a firm
commitment of ethical approach, using philosophical questions about alterity mainly
influenced by Prof. Ricardo Timm de Souza, we propose the encounter with the other, and
due trauma that places responsibility on criminology when it opens the different. / O ensaio apresentado aborda as quest?es referentes aos efeitos do testemunho do
c?rcere na des(re)estrutura??o do discurso jur?dico que ignora suas express?es. Pretende-se
expor os relatos originais para que sinta-se, fora de uma racionalidade instrumental, a
principal quest?o criminol?gica, o sofrimento. Assim, buscamos uma trilha ensa?stica
convidativa ao desconforto da resposta suspensa, mas modificadora em suas pausas e
sil?ncios, em uma alteridade lingu?stica. Deste modo, como compromisso inarred?vel da
aproxima??o ?tica, utilizando quest?es filos?ficas sobre alteridade influenciadas
principalmente pelo Prof. Ricardo Timm de Souza, propomos o encontro com o outro e o
devido trauma que responsabiliza a criminologia quando abre-se ao diverso.
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A Concentração de sódio no testemunho de gelo da Ilha James Ross como indicador da variabilidade da extensão do gelo marinhoRosenhaim, Ingrid Linck January 2010 (has links)
Esta dissertação investiga a relação existente entre a concentração de sódio em um testemunho de gelo (D98) da ilha James Ross (Antártica) e a área coberta por gelo marinho nos mares de Amundsen e Bellingshausen no período 1979–1991. A concentração total de sódio do D98 foi obtida de amostras analisadas por Joseph McConnell (McConnell et al., 2007). A variação da cobertura de gelo marinho nos mares de Amundsen e Bellingshausen origina-se de dados providos pelo algoritmo da Equipe da NASA no National Snow and Ice Data Center (NSIDC) determinados a partir da temperatura de brilho captada por sensores satelitais como o Scanning Multi-Channel Microwave Radiometer e o Special Sensor Microwave Imager. Usando o Software ArcGis 9.3, calculou-se a área média mensal da cobertura do gelo marinho naqueles mares. Dados meteorológicos da estação antártica Marambio (da Argentina) originam-se do Projeto Reference Antarctic Data for Environmental Research (READER). Para determinar a direção do vento em altitude foram rodadas reanálises NCEP/NCAR da composição média do vetor de vento para os níveis 850 e 700 mb e que indicam o predomínio dos ventos de oeste na região da ilha James Ross. A regressão de Pearson calculada entre a série temporal da concentração de sódio e a velocidade do vento em Marambio é fraca (r = –0,16). Para testar se a concentração de sódio total no testemunho D98 poderia ser considerado um indicador indireto da extensão do gelo marinho nos mares de Amundsen e Bellingshausen, foi calculada a correlação entre as duas séries temporais. Uma correlação relativamente alta (r = –0,60) com alto nível de confiança (p<0.001) indica que a concentração de Na no testemunho D98 esta fortemente associada à extensão do gelo marinho naqueles mares. Ou seja, a concentração de sódio total pode ser considerado como um indicador indireto da extensão do gelo marinho em Amundsen e Bellingshausen, e apóia a hipótese de que o Na presente no D98 origina-se principalmente do borrifo marinho desses mares. No período analisado, a relação entre a concentração total de sódio e a extensão do gelo marinho nos dois mares é representada pela equação: Concentração Na anual (ppb) = 1056,1 - 548,59 área coberta gelo marinho (106 km²). / This dissertation investigates the relationship between the sodium concentration in an ice core (D98) from James Ross Island (Antarctica) and the area covered by sea ice in the Bellingshausen and Amundsen Seas during the 1979–1991 period. The D98 total sodium content derives from samples analyzed by Joseph McConnell (McConnell et al., 2007). Sea ice coverage variations in the two seas come from data provided by algorithm of the NASA Team algorithm at the National Snow and Ice Data Center (NSIDC), determined from the brightness temperature recorded by satellite sensors such as the Scanning Multi-Channel Microwave Radiometer and the Special Sensor Microwave Imager. Using ArcGIS 9.3 software, the monthly sea ice coverage area in those seas was calculated. Data from the Antarctic meteorological station Marambio (Argentinean) originates from the Project Reference Data for Environmental Research (READER). To determine the wind direction at altitude, NCEP/NCAR reanalysis of the wind vector mean composition at 850 and 700 mb levels were run, indicating the predominance of westerly winds in James Ross Island region. Pearson's regression between the D98 sodium concentration D98 and wind speed at Marambio is weak (r = –0.16). To test whether the D98 total sodium concentration could be considered a proxy for the sea ice extent in the Bellingshausen and Amundsen seas, this investigation calculated the correlation between the two series. A relatively high correlation coefficient (r = –0.60) and statiscally significant (p <0.001) indicates that the Na concentration in the D98 core is strongly associated to the extent of sea ice in those seas. Or in other words, the total sodium concentration can be considered a proxy of the sea ice extent in the Bellingshausen and Amundsen seas, and supports the hypothesis that Na present in the D98 originates mainly from sea spray of these seas. During the period analyzed, the relationship between the total concentration of sodium and the sea ice extent in the two seas is represented by the equation: Concentração Na anual (ppb) = 1056,1 - 548,59 área coberta gelo marinho (106 km²).
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A Concentração de sódio no testemunho de gelo da Ilha James Ross como indicador da variabilidade da extensão do gelo marinhoRosenhaim, Ingrid Linck January 2010 (has links)
Esta dissertação investiga a relação existente entre a concentração de sódio em um testemunho de gelo (D98) da ilha James Ross (Antártica) e a área coberta por gelo marinho nos mares de Amundsen e Bellingshausen no período 1979–1991. A concentração total de sódio do D98 foi obtida de amostras analisadas por Joseph McConnell (McConnell et al., 2007). A variação da cobertura de gelo marinho nos mares de Amundsen e Bellingshausen origina-se de dados providos pelo algoritmo da Equipe da NASA no National Snow and Ice Data Center (NSIDC) determinados a partir da temperatura de brilho captada por sensores satelitais como o Scanning Multi-Channel Microwave Radiometer e o Special Sensor Microwave Imager. Usando o Software ArcGis 9.3, calculou-se a área média mensal da cobertura do gelo marinho naqueles mares. Dados meteorológicos da estação antártica Marambio (da Argentina) originam-se do Projeto Reference Antarctic Data for Environmental Research (READER). Para determinar a direção do vento em altitude foram rodadas reanálises NCEP/NCAR da composição média do vetor de vento para os níveis 850 e 700 mb e que indicam o predomínio dos ventos de oeste na região da ilha James Ross. A regressão de Pearson calculada entre a série temporal da concentração de sódio e a velocidade do vento em Marambio é fraca (r = –0,16). Para testar se a concentração de sódio total no testemunho D98 poderia ser considerado um indicador indireto da extensão do gelo marinho nos mares de Amundsen e Bellingshausen, foi calculada a correlação entre as duas séries temporais. Uma correlação relativamente alta (r = –0,60) com alto nível de confiança (p<0.001) indica que a concentração de Na no testemunho D98 esta fortemente associada à extensão do gelo marinho naqueles mares. Ou seja, a concentração de sódio total pode ser considerado como um indicador indireto da extensão do gelo marinho em Amundsen e Bellingshausen, e apóia a hipótese de que o Na presente no D98 origina-se principalmente do borrifo marinho desses mares. No período analisado, a relação entre a concentração total de sódio e a extensão do gelo marinho nos dois mares é representada pela equação: Concentração Na anual (ppb) = 1056,1 - 548,59 área coberta gelo marinho (106 km²). / This dissertation investigates the relationship between the sodium concentration in an ice core (D98) from James Ross Island (Antarctica) and the area covered by sea ice in the Bellingshausen and Amundsen Seas during the 1979–1991 period. The D98 total sodium content derives from samples analyzed by Joseph McConnell (McConnell et al., 2007). Sea ice coverage variations in the two seas come from data provided by algorithm of the NASA Team algorithm at the National Snow and Ice Data Center (NSIDC), determined from the brightness temperature recorded by satellite sensors such as the Scanning Multi-Channel Microwave Radiometer and the Special Sensor Microwave Imager. Using ArcGIS 9.3 software, the monthly sea ice coverage area in those seas was calculated. Data from the Antarctic meteorological station Marambio (Argentinean) originates from the Project Reference Data for Environmental Research (READER). To determine the wind direction at altitude, NCEP/NCAR reanalysis of the wind vector mean composition at 850 and 700 mb levels were run, indicating the predominance of westerly winds in James Ross Island region. Pearson's regression between the D98 sodium concentration D98 and wind speed at Marambio is weak (r = –0.16). To test whether the D98 total sodium concentration could be considered a proxy for the sea ice extent in the Bellingshausen and Amundsen seas, this investigation calculated the correlation between the two series. A relatively high correlation coefficient (r = –0.60) and statiscally significant (p <0.001) indicates that the Na concentration in the D98 core is strongly associated to the extent of sea ice in those seas. Or in other words, the total sodium concentration can be considered a proxy of the sea ice extent in the Bellingshausen and Amundsen seas, and supports the hypothesis that Na present in the D98 originates mainly from sea spray of these seas. During the period analyzed, the relationship between the total concentration of sodium and the sea ice extent in the two seas is represented by the equation: Concentração Na anual (ppb) = 1056,1 - 548,59 área coberta gelo marinho (106 km²).
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