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Psicologia do testemunho e uma nova t?cnica de entrevista investigativa : a vers?o brasileira da Self-Administered Interview

Pinto, Luciano Haussen 19 January 2016 (has links)
Submitted by Setor de Tratamento da Informa??o - BC/PUCRS (tede2@pucrs.br) on 2016-02-19T18:39:19Z No. of bitstreams: 1 TES_LUCIANO_HAUSSEN_PINTO_PARCIAL.pdf: 1524342 bytes, checksum: 3c10e587e2a7e667eb76e8f1c566fa9b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-19T18:39:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TES_LUCIANO_HAUSSEN_PINTO_PARCIAL.pdf: 1524342 bytes, checksum: 3c10e587e2a7e667eb76e8f1c566fa9b (MD5) Previous issue date: 2016-01-19 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Witnesses play a key role in police and legal areas. However, nearly four decades of research on the Eyewitness Memory shows that because of the fallibility of human memory, a testimony can not be fully reliable. The best way to obtain reliable reports is gathering information properly as soon as after the crime. A few years ago was developed in the UK, the Self-Administered Interview (SAI), a written investigative interview protocol, to be used as soon as the police arrives at the scene of the crime. This method, inspired by the Cognitive Interview (Fisher & Geiselman, 1992) has shown consistent results to obtain accounts with high amount and accuracy of information, while protecting memory against suggestions effects. This thesis did the translation, adaptation and testing of the SAI Brazilian version. Our aim was also to propose the spoken modality of the SAI and investigate the effects of reviewing the own account, provided by SAI, before answering a questionnaire about a crime. To achieve these goals, the thesis consisted of one theoretical study and three empirical studies. The Theoretical Study review and discusses the theoretical assumptions of one of the most effective techniques of SAI: mental reinstatement of context. The Empirical Study 1 focused on the process of translation, adaptation and the first test of the SAI Brazilian version. As a whole, it was concluded that the process of translation and adaptation was successful, since it was found that the Brazilians have provided quantitatively and qualitatively information quite similar to those who used the original SAI (in English). The Empirical Study 2 aimed to compare two formats of providing an initial account via SAI: written vs. spoken. Due to the inherent SAI limitation for require reading and writing, it was investigated whether the spoken format of the protocol would cause differences in terms of quantity and accuracy of recalled information. The results showed that, in general, both SAI modalities obtained roughly equivalent performance, suggesting that in cases where the witness is unable or has any difficulties with writing, the spoken SAI can be applied without losses on the amount and on the accuracy of information collected. Finally, the third empirical study aimed to investigate the effects of reviewing a statement (written on the day of crime through SAI) before responding to a questionnaire about the crime. The results indicated that the opportunity to review the own statement did not generate superior performance in the questionnaire responses compared to those who did not review their statements. However, regardless of the variable 'review', the study confirmed SAI beneficial effects, since participants who completed it obtained better performance, a week later, than the control-group. Together, these studies bring new contributions to the Eyewitness Memory and Investigative Interviewing areas, especially in the Brazilian context. Given the necessity to put in place effective and viable techniques that enhance investigations and reduce damages, the SAI emerges as a possible alternative to move in this direction. / Testemunhas possuem papel fundamental no ?mbito policial e jur?dico. Entretanto, cerca de quatro d?cadas de pesquisas sobre a Psicologia do Testemunho demonstram que devido ? falibilidade da mem?ria, um testemunho pode n?o ser plenamente confi?vel. Um consenso ? de que a melhor maneira de se obter relatos fidedignos ? colhendo, adequadamente, as informa??es t?o logo decorrido o crime. H? poucos anos foi desenvolvida no Reino Unido a Self-Administered Interview (SAI), um protocolo de entrevista investigativa por escrito, auto-aplic?vel, para ser utilizado assim que a pol?cia chega ao local do crime. Este m?todo, inspirado na Entrevista Cognitiva (Fisher & Geiselman, 1992), tem revelado resultados consistentes na obten??o de relatos (em termos de quantidade e acur?cia de informa??es), al?m de proteger a mem?ria contra efeitos de sugestionamentos. O presente trabalho buscou realizar a tradu??o, adapta??o e testagem da vers?o brasileira da SAI. Foi objetivo tamb?m propor a modalidade oral de aplica??o da SAI e investigar os efeitos de revisar o pr?prio relato, fornecido atrav?s da SAI, antes de responder a um question?rio sobre um crime. Para atingir os objetivos, a tese foi composta por quatro estudos, um te?rico e tr?s emp?ricos. O Estudo Te?rico revisou e discutiu os pressupostos te?ricos de uma das t?cnicas mais efetivas da SAI: a recria??o do contexto. O Estudo Emp?rico 1 realizou o processo de tradu??o, adapta??o e o primeiro teste da vers?o brasileira da SAI. Em linhas gerais, concluiu-se que a tradu??o e adapta??o do protocolo para a l?ngua portuguesa foi exitosa, visto que se verificou que os brasileiros forneceram informa??es quantitativa e qualitativamente bastante semelhantes aos estrangeiros que utilizaram a SAI original. O Estudo Emp?rico 2 objetivou comparar duas modalidades de aplica??o da SAI: escrita vs oral. Devido ? limita??o inerente da t?cnica original exigir leitura e escrita da testemunha, investigou-se se a aplica??o oral do protocolo ocasionaria diferen?as em termos de quantidade e qualidade das informa??es recordadas. Os resultados apontaram que as duas modalidades de aplica??o da SAI obtiveram desempenhos praticamente equivalentes, sugerindo que em casos nos quais a testemunha n?o tenha condi??es ou tenha muita dificuldade de utilizar o protocolo escrito, poderia ser aplicada a vers?o oral, sem haver perdas quanto ? quantidade e ? qualidade das informa??es recordadas. Por fim, o Estudo Emp?rico 3 teve o intuito de investigar os efeitos em revisar o pr?prio depoimento (coletado no dia do crime atrav?s da SAI) antes de responder a um question?rio inquisitivo sobre o crime. Os resultados indicaram que ter a chance de revisar o pr?prio relato n?o gerou superioridade de desempenho nas respostas do question?rio comparado ?queles que n?o revisaram. No entanto, excetuando-se a vari?vel ?revis?o?, o estudo refor?ou os efeitos ben?ficos da SAI, j? que todos que a completaram no dia do crime obtiveram, uma semana depois, desempenho superior aos que n?o a completaram. Em conjunto, os estudos desta tese trazem contribui??es in?ditas ? ?rea da Psicologia do Testemunho, especialmente, no contexto brasileiro. Diante da necessidade de adotar t?cnicas efetivas e vi?veis, capazes de potencializar as investiga??es e reduzir danos, a SAI demonstra ser uma alternativa poss?vel de avan?o.
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Efeito da emo??o na mem?ria de crian?as

Feix, Leandro da Fonte 11 March 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 399523.pdf: 816364 bytes, checksum: 7f9ca0df021721e1d3e8107b650ef2d1 (MD5) Previous issue date: 2008-03-11 / A presente disserta??o possui duas se??es: uma te?rica e outra emp?rica, que versam sobre emo??o e mem?ria em crian?as. A primeira sec??o, a te?rica, ? apresentada sob forma de um cap?tulo de livro, realizando uma revis?o cr?tica dos estudos experimentais em crian?as sobre falsas mem?rias, suscetibilidade da crian?a ? falsa informa??o e o efeito da emo??o negativa na mem?ria, visando discutir as implica??es forenses. A sec??o emp?rica foi elaborada nos moldes de um artigo, onde s?o apresentados dois estudos que produzem a dissocia??o dos tra?os mnem?nicos. Em ambos os estudos a emo??o foi manipulada atrav?s de hist?rias infantis com conte?dos negativos e neutros. No primeiro estudo foi manipulado o intervalo de tempo entre a aquisi??o da informa??o e o teste de mem?ria. No segundo estudo foi avaliado o efeito da emo??o negativa na mem?ria em duas diferentes etapas do desenvolvimento infantil. Os resultados obtidos nos dois experimentos indicam que a emo??o negativa aumenta o processamento da mem?ria de ess?ncia, prejudicando a acur?cia da mem?ria das crian?as.
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O holocausto como tema nos livros didáticos brasileiros: realidades e alternativas / The Holocaust as a theme in Brazilian textbooks: realities and alternatives

Carol Colffield Lopez 25 November 2016 (has links)
O Holocausto como Tema nos Livros Didáticos Brasileiros. Realidades e alternativas, orienta-se, em sua totalidade, para dois momentos: o da análise e o da proposta. No primeiro momento, o da análise, o estudo buscou definir, em primeiro lugar, de que maneira os livros didáticos abordam o tema, principalmente no que se refere ao protagonismo dos judeus como alvo de um genocídio sem precedentes na história da humanidade. Ao mesmo tempo, a atenção concentrou-se na presença de elementos que, muitas vezes, com o intuito de descomplicar, facilitar ou popularizar o ensino do Holocausto, resultam em sua banalização. Por último, a análise apontou a verificar a existência de elementos de instrumentalização no contexto do discurso do antissemitismo contemporâneo ou antissionismo. No segundo momento, o da proposta, apresentamos um projeto-piloto para o desenvolvimento de materiais através dos quais a história do Holocausto é contada com base no testemunho de um sobrevivente radicado no Brasil. Para tal fim, utilizamos entrevistas feitas no âmbito do Projeto Vozes do Holocausto, do Núcleo de Estudos Arqshoah/LEER/USP. Com base nos testemunhos, buscamos estabelecer a simbiose com fatos, documentos, personagens e lugares históricos. Dessa maneira, aos dizeres das testemunhas, enlaçaram-se os saberes da historiografia de modo a estabelecer um diálogo que tenta devolver às vozes dos sobreviventes ao menos parte do protagonismo que, como pudemos detectar na fase de análise, encontra-se ausente nos livros didáticos. / The Holocaust as a Theme in Brazilian Textbooks. Realities and Alternatives, is oriented towards two moments in the realm of Holocaust education: an analysis and a proposal. The analysis seeks to determine, first, how the theme is approached in Brazilian schoolbooks, especially in terms of the role attributed to Jews as targets of an unprecedented genocide in the history of humanity. At the same time, another aspect was taken into account. It relates to a practice, common among educators, that, although aimed at untangling, facilitating or even popularizing the teaching of the Holocaust, holds at its core the seeds for a potential banalization. Finally, we focused on trying to detect if the texts, in some way, instrumentalize the discourse in order to fit certain ideologically-charged narratives that could be linked to the context of contemporary antisemitism or antizionism. The second moment in this dissertation - the proposal - constitutes in fact a pilot project that approaches the history of the Holocaust through the voice of a survivor. For that purpose, we worked with witnesses living in Brazil interviewed by the researchers of the Projeto Vozes do Holocausto (Voices of the Holocaust Project, LEER/Arqshoah/USP). Based on those testimonies, we sought to establish a symbiosis with facts, documents, characters and historical places connecting the saying of the witnesses to the knowing of historiography in an attempt to establish a dialogue that gives back to the survivors voice its central role.
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Avalia??o da estrutura da entrevista investigativa com crian?as

Stracke, Cristiane Borsatto 07 January 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:22:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 445400.pdf: 1464113 bytes, checksum: 39b5263a5de8c40bc2664527dcce4db1 (MD5) Previous issue date: 2013-01-07 / In the past years, there has been a considerable raise in the number of child sexual abuse complaints. Thereat, several studies have been developed about investigative interviewing of children with alleged abuse. The present dissertation has two sections about the topic of investigative interviewing of children with allegations of having been sexual abused. The first section presents a literature review on the peculiarities of the investigative interviews of pre-school age. Some of the most used investigative interviewing techniques around the globe are presented. Also, some elements that could compromise the child s report during the investigative interview are discussed, such as the use of artifacts (toys and drawings), repetitive interviewing, as well as the type of questions used by the interviewer. In the second section, an empirical study is described focusing on the structure of children s investigative interview, emphasizing the dynamics of questions and answers. The study was based over the document analysis (videos or audio) of a sample 49 real interviews with children aged between six and eleven years old, with allegations of having been sexual abused. The audio-tape or video-tape of the interviews were analyzed and both the questions placed by the interviewer and the answers given by the child were coded. The categories of questions and answers were adapted from pre-existent categories.Only the pre-substantive phase (rapport) and substantive phase (report) of the interviews were considered for the coding of questions and answers, since they are the most relevant phases to the interview. The frequencies of types of questions and types of answers were analyzed, as well as the frequency of each association between type of question and its respective type of answer. The results yielded that the interviewers tended to use few open questions. Most of the interviewers questions were considered appropriate, although more directive (closed question and probing).Therefore children s answers were frequently shorter, which means, with fewer information about what was being investigated. In the concluding section, the results were discussed in terms of the importance of the interviewers training. In addition, results also highlighted the importance of developing need assessment techniques for training investigative interviewers / Nos ?ltimos anos, tem havido um aumento consider?vel no n?mero de den?ncias de abuso sexual infantil. Com isso, diversos estudos vem sendo desenvolvidos sobre as t?cnicas de investiga??o, no que tange ? oitiva de crian?as com suspeita de terem vivenciado situa??es de abuso. A presente disserta??o aborda como tema a entrevista investigativa com crian?as, especialmente aquelas com suspeita de terem sofrido abuso sexual. A disserta??o ? apresentado em dois m?dulos. O primeiro m?dulo trata das peculiaridades da entrevista investigativa com crian?as em idade pr?-escolar, ou seja, menores de seis anos. S?o apresentadas as t?cnicas de entrevista investigativa mais utilizadas ao redor do mundo. Tamb?m s?o discutidos alguns fatores que podem comprometer o relato da crian?a durante a entrevista investigativa, tais como o uso de artefatos (p.ex., brinquedos e desenhos), a repeti??o de entrevistas, bem como o tipo de pergunta utilizada pelo entrevistador. No segundo m?dulo, ? descrito um estudo sobre a avalia??o da estrutura da entrevista investigativa com crian?as, com ?nfase na din?mica de perguntas e respostas. O estudo foi feito atrav?s da an?lise documental de uma amostra de 49 entrevistas reais realizadas com crian?as entre seis e onze anos de idade, com suspeita de terem sofrido abuso sexual. Foram analisados os ?udios ou v?deos das entrevistas e foram categorizadas as perguntas dos entrevistadores e as respostas das crian?as. A classifica??o das perguntas e das respostas foi adaptada a partir de categoriza??es j? existentes.Apenas as fases pr?substantiva (rapport) e substantiva (relato) das entrevistas foram consideradas para a classifica??o de perguntas e respostas, j? que s?o as fases de maior relev?ncia para a din?mica da entrevista. Foram analisadas as freq??ncias de perguntas e de respostas de toda a amostra, bem como a frequ?ncia da associa??o entre pergunta e sua respectiva resposta. Os resultados obtidos neste estudo mostram que os entrevistadores usam poucas perguntas abertas. A maioria das perguntas dos entrevistadores foram consideradas apropriadas, embora tenham sido mais diretivas (fechadas e de sondagem). Em fun??o disso, as respostas das crian?as foram mais frequentemente curtas, ou seja, com poucas informa??es acerca do que ? questionado. A conclus?o dos estudos apresentados destaca a import?ncia do treinamento dos entrevistadores. Ressalta, ainda, a necessidade de t?cnicas de avalia??o das entrevistas investigativas para constante manuten??o do treinamento e aprendizado dos entrevistadores
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Variabilidade química e climática no registro do Testemunho de Gelo Mount Johns – Antártica

Carlos, Franciéle Schwanck January 2016 (has links)
Esta tese interpreta o registro ambiental de um testemunho de gelo antártico pela análise de elementostraço. Esse testemunho de gelo, daqui em diante chamado Mount Johns (MJ), foi coletado no manto de gelo da Antártica Ocidental (79°55’28”S e 94°23’18”W; 91,20 m de comprimento) no verão austral de 2008/09. O testemunho foi descontaminado e subamostrado no Climate Change Institute (University of Maine – Maine /EUA). As primeiras 2137 amostras, correspondentes aos 45 m superiores do testemunho, foram analisadas no espectrômetro de massas Element 2 do CCI para 24 elementos-traço (Sr, Cd, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Pb, Bi, U, As, Li, Al, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Na, Mg e K). Essa parte do testemunho representa 125 anos (1883–2008) de registro, segundo datação relativa baseada na variação sazonal nas concentrações de Na, Sr e S e na identificação dos principais eventos vulcânicos ocorridos no período. A taxa de acumulação média no local de amostragem foi 0,21 m a-1 em eq. H2O no mesmo período de tempo. As concentrações são controladas pelas variações climáticas sazonais (verão/inverno), por mudanças na circulação atmosféricas, por anomalias de temperatura, pela distância de transporte e pelas fontes naturais e antrópicas desses aerossóis. Baseada na análise dos fatores de enriquecimento crustal e marinho e em correlações de Pearson, as concentrações de Al, Ba, Ca, Fe, K, Mg, Mn, Na, S, Sr e Ti são de origem natural. Poeira e solo de fontes continentais, oriundas principalmente de áreas áridas na Austrália, Nova Zelândia e Patagônia, são consideradas importantes fontes de Al, Mg e Ti. Aerossóis marinhos do Pacífico Sul, transportados para o continente antártico pelas massas de ar, são fontes predominantes de Na, Sr, K, S e Ca. Para os elementos Ba, Fe e Mn, tanto fontes crustais como marinhas são significativas. Adicionalmente, Mn e S apresentam um aporte considerável de origem vulcânica (variando de 20–30% na concentração total). Os resultados também mostram enriquecimento significativo nas concentrações de arsênio devido a atividades antrópicas. Foi observado concentrações médias da ordem de 1,92 pg g-1 antes de 1900, aumentando até 7,94 pg g-1 em 1950. Este enriquecimento está diretamente relacionado às emissões da mineração e fundição de metais não-ferrosos na América do Sul, principalmente no Chile. A queda na concentração de arsênio observado no século XXI (concentração média de 1,94 pg g-1 após 1999) é interpretada como uma consequência à introdução de leis ambientais (em 1994) para reduzir emissões desse elemento durante os processos de mineração e fundição de cobre no Chile. O modelo de trajetórias HYSPLIT mostra uma clara variação sazonal no transporte entre os meses de verão/outono e inverno/primavera, onde predomina o transporte de oeste durante o ano todo e um transporte secundário de nordeste durante o verão/outono. As correlações entre as concentrações médias dos elementos-traço estudados e o modelo de reanálises ERA-Interim para o período 1979–2008, indicam que as concentrações de aerossóis marinhos são fortemente influenciadas pelas condições meteorológicas, por exemplo, por anomalias na temperatura da superfície do mar e concentração de gelo marinho. / This thesis interprets the environmental record of an Antarctic ice core by the analysis of trace elements. This ice core, henceforward called Mount Johns (MJ), was collected in the West Antarctica ice sheet (79°55'28"S and 94°23'18"W; 91.20 m long) in the austral summer of 2008/09. The core was decontaminated and subsampled at the Climate Change Institute (CCI, University of Maine - Maine / USA). The first 2137 samples, corresponding to the upper 45 m of the core, were analyzed in the CCI's JRC Element 2 spectrometer for 24 trace elements (Sr, Cd, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Pb, Bi, U, As, Li, Al, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Na, Mg and K). This part of the core represents a 125 years (1883– 2008) record, according to relative dating based on Na, Sr and S seasonal variations and on the identification of major volcanic events in the period. The mean accumulation rate for the sampling site was 0.21 m-1 in eq. H2O in the same time period. The concentrations are controlled by seasonal climatic changes (summer/winter), by changes in atmospheric circulation, temperature anomalies, the transport distance and the natural and anthropogenic sources of these aerosols. Based on analysis of crustal and marine enrichment factors and Pearson correlations, the Al, Ba, Ca, Fe, K, Mg, Mn, Na, S, Sr and Ti concentrations have natural origin. Dust and soil from continental sources, primarily coming from arid areas in Australia, New Zealand and Patagonia, are considered important sources of Al, Mg and Ti. South Pacific marine aerosols, transported to the Antarctic continent by air masses, are predominant sources of Na, Sr, K, S and Ca. For the elements Ba, Fe and Mn, both crustal and marine sources are significant. In addition, Mn and S show a considerable contribution of volcanic origin (ranging from 20-30% of the total concentration). The results also show significant enrichment in arsenic concentrations due to human activities. Before 1900 the mean concentration was approximately 1.92 pg g-1, rising to 7.94 pg g-1 in 1950. This enrichment is directly related to mining emissions and casting of non-ferrous metals in South America, mainly in Chile. The decrease in the arsenic concentration, observed in the twenty-first century (mean concentration of 1.94 pg g-1 after 1999) is interpreted as a consequence of the introduction of environmental laws (in 1994) to reduce emissions of this element during the cupper mining and smelting in Chile. The HYSPLIT trajectories model show a clear seasonal variation in transport between the summer/autumn all and winter/spring months, where predominates an eastward transport throughout the year and a secondary transport from the northeast during the summer/fall. Correlations between the mean concentrations of the studied trace elements and the ERA-Interim reanalysis models for the 1979-2008 period indicate that marine aerosols concentrations are heavily influenced by weather conditions, for example, by sea surface temperature and sea ice concentration anomalies.
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Análise e interpretação ambiental da química iônica de um testemunho do manto de gelo da Antártica ocidental

Hammes, Daiane Flora January 2011 (has links)
Este estudo utilizou os princípios da glacioquímica para determinar e analisar as variações nas concentrações aniônicas de um testemunho de neve e firn obtido pela perfuração no manto de gelo da antártica ocidental no verão austral de 2004/05. O testemunho IC-6 (81°03'S, 79°51'W), de 34,65 m de profundidade, obtido a 750 m de altitude, foi subamostrado em sala limpa (CLASE 100), usando um sistema de derretimento contínuo desenvolvido pela equipe do Climate Change Institute (CCI) da Universidade do Maine (EUA). Esse processo gerou 1.368 amostras para análises por cromatografia iônica, cerca de 58 amostras por metro, permitindo detalhamento sazonal da variabilidade das concentrações dos íons majoritários. O testemunho representa 66 ± 3 anos de dados ambientais, segundo a datação baseada na variação sazonal dos íons Cl-, Na+, Mg+2 e SO4-2. O testemunho de 23,61 m em equivalente d’água, corrigido para variações em densidade, representa uma acumulação liquida média anual de 0,36 m (em equivalente d’água). Assim, a camada ao fundo foi formada no ano de 1938 (± 3 anos). As concentrações iônicas médias medidas no IC-6, são: [(Na+= 66,92 ± 2,32 μg L-1), (K+= 3,31 ± 0,18 μg L-1); (Mg+2= 10,07 ± 0,25 μg L-1); (Ca+2 = 16,93 ± 0,38 μg L-1); (Cl- = 155,74 ± 4,40 μg L-1); (NO3- = 56,01 ± 0,80 μg L-1); (SO4 2 = 55,65 ± 1,36 μg L-1); e (CH3SO3 (MS) = 14,11 ± 1,19 μg L-1)]. As maiores concentrações de Na+, Cl-, e Mg+2 foram interpretadas como picos de invernos, associadas diretamente ao aerossol dos mares circundantes em respostas, provavelmente, a advecção mais intensa de massas de ar (marinho) sobre as plataformas de gelo, e portanto são também traçadores marinhos. Já o perfil (série) de sulfato está em antifase, em relação às variações nas espécies Na+, Cl- e Mg+2. De origem predominantemente marinha, o sulfato total apresentou maiores concentrações durante a primavera e verão (períodos de maior atividade biológica nos mares circumpolares), possivelmente marcando a variação sazonal da atividade biológica na região. Embora em alguns intervalos essa ―antifase‖ não fique tão clara, é o que ocorre na maior parte do testemunho IC-6, condição que auxiliou na interpretação da variação sazonal observada principalmente na série do cloro. O perfil de excesso de sulfato apresenta perfil similar ao de sulfatos total, com picos concomitantes. Além da forte correlação com o íon SO4-2, também é observada uma correlação fraca a moderada com o íon nitrato. Picos concomitantes deste íon com o excesso de sulfato representam eventos episódicos como é o caso das erupções vulcânicas de grande magnitude. A variabilidade da concentração de nitrato não esta associada ao aerossol marinho, como aponta a falta de correlação entre esse ânion e o Cl-, Na+ e Mg2+. Porém, série de nitrato apresenta muitos períodos bem marcados e correlacionados com as concentrações de excesso de sulfato, devendo representar a ocorrência de eventos episódicos, como erupções vulcânicas. Entretanto, a análise de íons maiores nesse estudo não possibilitou a identificação de eventos específicos, será necessário o uso de técnicas complementares para determinação de elementos traços. Sugere-se que o nitrato seria transportado e depositado por massas de ar provenientes da estratosfera ou da alta troposfera e que grandes concentrações dessa espécie poderiam estar associadas ao registro de ocorrências de eventos vulcânicos. Essa característica parece ser coerente com os picos correlacionáveis nos perfis (séries) de nitrato e sulfatos. Além da variação sazonal (observada principalmente no perfil de cloro), foram identificados outros padrões recorrentes no tempo (ciclos), principalmente nas séries de dos íons Na+, Cl- e Mg2+ (origem marinha) e NO3-. O principal ciclo identificado, de aproximadamente 17,3 anos, necessita melhor investigação. A secundária, em torno de 10 anos, estaria associada ao ciclo solar (de 10,7 anos). Também são observados ciclos com períodos entre 2 a 5 anos, que poderiam estar associados ao fenômeno ENOS (El Niño - Oscilação Sul). Ao comparar as concentrações médias do IC-6 com de outros sítios no interior da Antártica, observa-se uma abrupta redução ao atravessar as montanhas Transantárticas em direção ao Polo Sul geográfico. Sugere-se que cordilheira esteja barrando o transporte dos aerossóis marinhos para o interior do continente devido a um efeito orográfico sobre a precipitação. / This study employed glaciochemical principles to determine and analyze the variation of anionic concentrations of a firn and snow core obtained from the Western Antarctic Ice Sheet, in the summer of 2004/05. The IC-6 core (81°03'S, 79°51'W), reaching 34.65 m in depth, was extracted at 750 m above sea level. This core was subsampled in a Class 100 clean room, employing a discrete continuous melting system developed by the team at the Climate Change Institute (CCI), University of Maine, USA. This process produced 1,368 samples for ionic chromatographic analyses, approximately 58 samples per meter, permitting a seasonal-scale resolution of the main ion concentrations and variabilities. This core represents 66 ± 3 years of environmental data, according to Cl-, Na+, Mg+2 e SO4-2 ion seasonal variations. The 23.61 m core, in water equivalent, corrected for the density variation, represents an annual net accumulation average rate of 0.36. The deepest layer was deposited in 1938 (± 3 ). Core mean ionic concentrations are: [(Na+= 66,92 ± 2,32 μg L-1); (K+= 3,31 ± 0,18 μg L-1); (Mg+2= 10,07 ± 0,25 μg L-1); (Ca+2 = 16,93 ± 0,38 μg L-1); (Cl- = 155,74 ± 4,40 μg L-1); (NO3- = 56,01 ± 0,80 μg L-1); (SO4 2 = 55,65 ± 1,36 μg L-1); and (CH3SO3 (MS) = 14,11 ± 1,19 μg L-1)]. The largest concentrations of Na+, Cl-, e Mg+2 were interpreted as winter peaks, directly associated with the aerosols from the surrounding seas, probably, in response to the intensification of marine air mass advection on the ice shelves, and, thus, also being marine tracers. The sulphate profile (series) presents an antiphase, with relation to Na+, Cl- e Mg+2 species variations. Predominantly of marine origin, total sulphates presented greater concentrations during Spring and Summer (periods of greater biologic activity in the Southern Ocean), possibly marking the seasonal variation of biologic activity in the region. Although in some intervals of this ―antiphase‖ are not clearly evident, they are consistent throughout most of the IC-6 core, assisting with the interpretation of the observed seasonal variations, particularly when related to chlorine data series. The sulphate excess profile is similar to total sulphate profile, showing concomitant spikes. Besides the strong correlation to tSO4-2 ion, a weak to moderate correlation was observed for nitrate ions. Coinciding peaks for this ion with excess sulphate may represent episodic events, such as presented by volcanic events of great magnitude. The nitrate concentration variability is not associated to marine aerosols, as shown by the lack of correlation between this anion and Cl-, Na+ e Mg2+. The nitrate series presents many well marked periods and seem to be correlated to excess sulphate concentrations, possibly representing the occurrence of episodic events, such as volcanic eruptions. Even so, the major ions analyses proposed by this work did not make the identification of such episodic events clear. Such events need to be addressed with complementary techniques to determine the specific trace elements. These results suggest that nitrate is transported and deposited by stratospheric or high tropospheric air masses, and that great concentrations of this species could be associated to the recorded volcanic events. This characteristic appears to be coherent with the spikes in the nitrate and sulphate profiles. Besides the seasonal variation (observed, principally, in the chlorine profile), other time cycle/patterns were identified, mainly those related to Na+, Cl- e Mg2+ ion series (of marine origin) and NO3-. The main identified cycle, approximately 17.3 years, ensues to be better investigated. A second cycle, presenting a 10 year period, is possibly associated to the solar cycle (10.7 years). Shorter cycles of 2 and 5 year periods could possibly be related to the ENSO phenomenon. On comparing average concentrations of the IC-6 core with other sites, farther within the Antarctic continent, an abrupt reduction was observed, from the Trans-Antarctic mountains to the Geographic South Pole, suggesting that this mountain range could be a barrier for marine aerosol transport to the interior of the continent, due to an orographic effect on the precipitation.
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Reconstrução ambiental de uma região sob influência antrópica: uma avaliação dos últimos 200 anos do Rio Guaíba (RS) / Environmental reconstruction of a region under anthropic influence: a review of the last 200 years at Guaíba Lake (RS)

Miyoshi, Carolina 08 March 2017 (has links)
O Antropoceno é marcado pelo aumento da demanda populacional e pelo desenvolvimento industrial. Essas alterações antrópicas têm tido como consequência mudanças ambientais e climáticas, principalmente nos últimos 200 anos. O Rio Guaíba, localizado no Estado brasileiro do Rio Grande do Sul, é considerado de extrema importância por diferentes atributos: (1) principal fonte de abastecimento de água potável para a população de Porto Alegre; (2) importante via de navegação, que liga a região central do Estado com a Lagoa dos Patos e, consequentemente, com o Oceano Atlântico; e (3) abriga o setor industrial da capital Porto Alegre. Este trabalho apresenta como objetivo principal a realização de um estudo de reconstrução ambiental em três testemunhos coletados ao longo do Rio Guaíba. Para atingir este objetivo, determinaram-se níveis de elementos traço (As, Cr, Cu, Ni, P, Pb, Sc e Zn), em conjunto com a geocronologia recente, obtida por meio das atividades dos radionuclídeos 210Pb e 137Cs, utilizando o modelo CRS (Constant Rate of Supply). Foram calculados os índices de geoacumulação: Fator de Enriquecimento, Pollution Load Index e Sediment Pollution Index. As colunas sedimentares G1 e G2 demonstraram resultados que expressam as consequências da mineração de areia que ocorre no rio Jacuí, principal fonte de sedimento para o Rio Guaíba. A partir de aproximadamente 1998, houve uma maior fiscalização das dragas operantes neste rio, e a dinâmica deposicional desses testemunhos foi novamente alterada. A reconstrução realizada no testemunho G3 demonstrou-se diferente das demais. Alterações no perfil granulométrico foram explicadas por eventos climáticos (El Niño e La Niña); e o aumento na concentração de elementos traço, principalmente Cr, Pb, P e Zn, está ligado a possíveis fontes antropogênicas. Neste estudo de reconstrução ambiental, a utilização do modelo CRS, de proxies de metais e da granulometria de finos mostrou-se adequada, principalmente no caso das consequências relacionadas à mineração de areia no rio Jacuí. / The new epoch Anthropocene is marked by the increase of population and industrial development. These anthropic alterations have had as consequences environmental and climatic changes, especially in the last two hundred years. The Guaíba River, located at the Brazilian State of Rio Grande do Sul, is extremely important for different attributes: (1) it is the main source of potable water to the capital Porto Alegre; (2) it is an important navigation route, that connects the State central region with the Patos Lagoon and the Atlantic Ocean; and (3) it harbors the main industries of Porto Alegre. The principal objective of this study was to obtain environmental reconstructions for three sediment cores from Guaíba River. To accomplish this goal, we determined the concentrations of trace elements (As, Cr, Cu, Ni, P, Pb, Sc and Zn) and proceeded the analysis of recent geochronology, which was acquired through 210Pb and 137Cs activities with the CRS model. Furthermore, we calculated geoaccumulation indices: Enrichment Factor, Pollution Load Index and Sediment Pollution Index. The sediment cores G1 and G2 presented results that expressed the consequences of the sand mining that occurs at Jacuí River. Approximately after 1998, there has been better control of the dredges that operate on the river and the depositional dynamics were changed again. The G3 reconstruction had different conclusions compared with the others. Grain size alterations were explained by climatic events, like El Niño and La Niña; and the concentration increase of trace elements, mainly Cr, Pb, P and Zn, was connected with possible anthropogenic sources. In this study of environmental reconstruction, the utilization of the CRS model and of metals concentrations and grain size as proxies proved to be adequate, especially in the case of the sand mining at Jacuí River and its consequences.
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Análise e interpretação ambiental da química iônica de um testemunho do manto de gelo da Antártica ocidental

Hammes, Daiane Flora January 2011 (has links)
Este estudo utilizou os princípios da glacioquímica para determinar e analisar as variações nas concentrações aniônicas de um testemunho de neve e firn obtido pela perfuração no manto de gelo da antártica ocidental no verão austral de 2004/05. O testemunho IC-6 (81°03'S, 79°51'W), de 34,65 m de profundidade, obtido a 750 m de altitude, foi subamostrado em sala limpa (CLASE 100), usando um sistema de derretimento contínuo desenvolvido pela equipe do Climate Change Institute (CCI) da Universidade do Maine (EUA). Esse processo gerou 1.368 amostras para análises por cromatografia iônica, cerca de 58 amostras por metro, permitindo detalhamento sazonal da variabilidade das concentrações dos íons majoritários. O testemunho representa 66 ± 3 anos de dados ambientais, segundo a datação baseada na variação sazonal dos íons Cl-, Na+, Mg+2 e SO4-2. O testemunho de 23,61 m em equivalente d’água, corrigido para variações em densidade, representa uma acumulação liquida média anual de 0,36 m (em equivalente d’água). Assim, a camada ao fundo foi formada no ano de 1938 (± 3 anos). As concentrações iônicas médias medidas no IC-6, são: [(Na+= 66,92 ± 2,32 μg L-1), (K+= 3,31 ± 0,18 μg L-1); (Mg+2= 10,07 ± 0,25 μg L-1); (Ca+2 = 16,93 ± 0,38 μg L-1); (Cl- = 155,74 ± 4,40 μg L-1); (NO3- = 56,01 ± 0,80 μg L-1); (SO4 2 = 55,65 ± 1,36 μg L-1); e (CH3SO3 (MS) = 14,11 ± 1,19 μg L-1)]. As maiores concentrações de Na+, Cl-, e Mg+2 foram interpretadas como picos de invernos, associadas diretamente ao aerossol dos mares circundantes em respostas, provavelmente, a advecção mais intensa de massas de ar (marinho) sobre as plataformas de gelo, e portanto são também traçadores marinhos. Já o perfil (série) de sulfato está em antifase, em relação às variações nas espécies Na+, Cl- e Mg+2. De origem predominantemente marinha, o sulfato total apresentou maiores concentrações durante a primavera e verão (períodos de maior atividade biológica nos mares circumpolares), possivelmente marcando a variação sazonal da atividade biológica na região. Embora em alguns intervalos essa ―antifase‖ não fique tão clara, é o que ocorre na maior parte do testemunho IC-6, condição que auxiliou na interpretação da variação sazonal observada principalmente na série do cloro. O perfil de excesso de sulfato apresenta perfil similar ao de sulfatos total, com picos concomitantes. Além da forte correlação com o íon SO4-2, também é observada uma correlação fraca a moderada com o íon nitrato. Picos concomitantes deste íon com o excesso de sulfato representam eventos episódicos como é o caso das erupções vulcânicas de grande magnitude. A variabilidade da concentração de nitrato não esta associada ao aerossol marinho, como aponta a falta de correlação entre esse ânion e o Cl-, Na+ e Mg2+. Porém, série de nitrato apresenta muitos períodos bem marcados e correlacionados com as concentrações de excesso de sulfato, devendo representar a ocorrência de eventos episódicos, como erupções vulcânicas. Entretanto, a análise de íons maiores nesse estudo não possibilitou a identificação de eventos específicos, será necessário o uso de técnicas complementares para determinação de elementos traços. Sugere-se que o nitrato seria transportado e depositado por massas de ar provenientes da estratosfera ou da alta troposfera e que grandes concentrações dessa espécie poderiam estar associadas ao registro de ocorrências de eventos vulcânicos. Essa característica parece ser coerente com os picos correlacionáveis nos perfis (séries) de nitrato e sulfatos. Além da variação sazonal (observada principalmente no perfil de cloro), foram identificados outros padrões recorrentes no tempo (ciclos), principalmente nas séries de dos íons Na+, Cl- e Mg2+ (origem marinha) e NO3-. O principal ciclo identificado, de aproximadamente 17,3 anos, necessita melhor investigação. A secundária, em torno de 10 anos, estaria associada ao ciclo solar (de 10,7 anos). Também são observados ciclos com períodos entre 2 a 5 anos, que poderiam estar associados ao fenômeno ENOS (El Niño - Oscilação Sul). Ao comparar as concentrações médias do IC-6 com de outros sítios no interior da Antártica, observa-se uma abrupta redução ao atravessar as montanhas Transantárticas em direção ao Polo Sul geográfico. Sugere-se que cordilheira esteja barrando o transporte dos aerossóis marinhos para o interior do continente devido a um efeito orográfico sobre a precipitação. / This study employed glaciochemical principles to determine and analyze the variation of anionic concentrations of a firn and snow core obtained from the Western Antarctic Ice Sheet, in the summer of 2004/05. The IC-6 core (81°03'S, 79°51'W), reaching 34.65 m in depth, was extracted at 750 m above sea level. This core was subsampled in a Class 100 clean room, employing a discrete continuous melting system developed by the team at the Climate Change Institute (CCI), University of Maine, USA. This process produced 1,368 samples for ionic chromatographic analyses, approximately 58 samples per meter, permitting a seasonal-scale resolution of the main ion concentrations and variabilities. This core represents 66 ± 3 years of environmental data, according to Cl-, Na+, Mg+2 e SO4-2 ion seasonal variations. The 23.61 m core, in water equivalent, corrected for the density variation, represents an annual net accumulation average rate of 0.36. The deepest layer was deposited in 1938 (± 3 ). Core mean ionic concentrations are: [(Na+= 66,92 ± 2,32 μg L-1); (K+= 3,31 ± 0,18 μg L-1); (Mg+2= 10,07 ± 0,25 μg L-1); (Ca+2 = 16,93 ± 0,38 μg L-1); (Cl- = 155,74 ± 4,40 μg L-1); (NO3- = 56,01 ± 0,80 μg L-1); (SO4 2 = 55,65 ± 1,36 μg L-1); and (CH3SO3 (MS) = 14,11 ± 1,19 μg L-1)]. The largest concentrations of Na+, Cl-, e Mg+2 were interpreted as winter peaks, directly associated with the aerosols from the surrounding seas, probably, in response to the intensification of marine air mass advection on the ice shelves, and, thus, also being marine tracers. The sulphate profile (series) presents an antiphase, with relation to Na+, Cl- e Mg+2 species variations. Predominantly of marine origin, total sulphates presented greater concentrations during Spring and Summer (periods of greater biologic activity in the Southern Ocean), possibly marking the seasonal variation of biologic activity in the region. Although in some intervals of this ―antiphase‖ are not clearly evident, they are consistent throughout most of the IC-6 core, assisting with the interpretation of the observed seasonal variations, particularly when related to chlorine data series. The sulphate excess profile is similar to total sulphate profile, showing concomitant spikes. Besides the strong correlation to tSO4-2 ion, a weak to moderate correlation was observed for nitrate ions. Coinciding peaks for this ion with excess sulphate may represent episodic events, such as presented by volcanic events of great magnitude. The nitrate concentration variability is not associated to marine aerosols, as shown by the lack of correlation between this anion and Cl-, Na+ e Mg2+. The nitrate series presents many well marked periods and seem to be correlated to excess sulphate concentrations, possibly representing the occurrence of episodic events, such as volcanic eruptions. Even so, the major ions analyses proposed by this work did not make the identification of such episodic events clear. Such events need to be addressed with complementary techniques to determine the specific trace elements. These results suggest that nitrate is transported and deposited by stratospheric or high tropospheric air masses, and that great concentrations of this species could be associated to the recorded volcanic events. This characteristic appears to be coherent with the spikes in the nitrate and sulphate profiles. Besides the seasonal variation (observed, principally, in the chlorine profile), other time cycle/patterns were identified, mainly those related to Na+, Cl- e Mg2+ ion series (of marine origin) and NO3-. The main identified cycle, approximately 17.3 years, ensues to be better investigated. A second cycle, presenting a 10 year period, is possibly associated to the solar cycle (10.7 years). Shorter cycles of 2 and 5 year periods could possibly be related to the ENSO phenomenon. On comparing average concentrations of the IC-6 core with other sites, farther within the Antarctic continent, an abrupt reduction was observed, from the Trans-Antarctic mountains to the Geographic South Pole, suggesting that this mountain range could be a barrier for marine aerosol transport to the interior of the continent, due to an orographic effect on the precipitation.
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Variabilidade química e climática no registro do Testemunho de Gelo Mount Johns – Antártica

Carlos, Franciéle Schwanck January 2016 (has links)
Esta tese interpreta o registro ambiental de um testemunho de gelo antártico pela análise de elementostraço. Esse testemunho de gelo, daqui em diante chamado Mount Johns (MJ), foi coletado no manto de gelo da Antártica Ocidental (79°55’28”S e 94°23’18”W; 91,20 m de comprimento) no verão austral de 2008/09. O testemunho foi descontaminado e subamostrado no Climate Change Institute (University of Maine – Maine /EUA). As primeiras 2137 amostras, correspondentes aos 45 m superiores do testemunho, foram analisadas no espectrômetro de massas Element 2 do CCI para 24 elementos-traço (Sr, Cd, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Pb, Bi, U, As, Li, Al, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Na, Mg e K). Essa parte do testemunho representa 125 anos (1883–2008) de registro, segundo datação relativa baseada na variação sazonal nas concentrações de Na, Sr e S e na identificação dos principais eventos vulcânicos ocorridos no período. A taxa de acumulação média no local de amostragem foi 0,21 m a-1 em eq. H2O no mesmo período de tempo. As concentrações são controladas pelas variações climáticas sazonais (verão/inverno), por mudanças na circulação atmosféricas, por anomalias de temperatura, pela distância de transporte e pelas fontes naturais e antrópicas desses aerossóis. Baseada na análise dos fatores de enriquecimento crustal e marinho e em correlações de Pearson, as concentrações de Al, Ba, Ca, Fe, K, Mg, Mn, Na, S, Sr e Ti são de origem natural. Poeira e solo de fontes continentais, oriundas principalmente de áreas áridas na Austrália, Nova Zelândia e Patagônia, são consideradas importantes fontes de Al, Mg e Ti. Aerossóis marinhos do Pacífico Sul, transportados para o continente antártico pelas massas de ar, são fontes predominantes de Na, Sr, K, S e Ca. Para os elementos Ba, Fe e Mn, tanto fontes crustais como marinhas são significativas. Adicionalmente, Mn e S apresentam um aporte considerável de origem vulcânica (variando de 20–30% na concentração total). Os resultados também mostram enriquecimento significativo nas concentrações de arsênio devido a atividades antrópicas. Foi observado concentrações médias da ordem de 1,92 pg g-1 antes de 1900, aumentando até 7,94 pg g-1 em 1950. Este enriquecimento está diretamente relacionado às emissões da mineração e fundição de metais não-ferrosos na América do Sul, principalmente no Chile. A queda na concentração de arsênio observado no século XXI (concentração média de 1,94 pg g-1 após 1999) é interpretada como uma consequência à introdução de leis ambientais (em 1994) para reduzir emissões desse elemento durante os processos de mineração e fundição de cobre no Chile. O modelo de trajetórias HYSPLIT mostra uma clara variação sazonal no transporte entre os meses de verão/outono e inverno/primavera, onde predomina o transporte de oeste durante o ano todo e um transporte secundário de nordeste durante o verão/outono. As correlações entre as concentrações médias dos elementos-traço estudados e o modelo de reanálises ERA-Interim para o período 1979–2008, indicam que as concentrações de aerossóis marinhos são fortemente influenciadas pelas condições meteorológicas, por exemplo, por anomalias na temperatura da superfície do mar e concentração de gelo marinho. / This thesis interprets the environmental record of an Antarctic ice core by the analysis of trace elements. This ice core, henceforward called Mount Johns (MJ), was collected in the West Antarctica ice sheet (79°55'28"S and 94°23'18"W; 91.20 m long) in the austral summer of 2008/09. The core was decontaminated and subsampled at the Climate Change Institute (CCI, University of Maine - Maine / USA). The first 2137 samples, corresponding to the upper 45 m of the core, were analyzed in the CCI's JRC Element 2 spectrometer for 24 trace elements (Sr, Cd, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Pb, Bi, U, As, Li, Al, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Na, Mg and K). This part of the core represents a 125 years (1883– 2008) record, according to relative dating based on Na, Sr and S seasonal variations and on the identification of major volcanic events in the period. The mean accumulation rate for the sampling site was 0.21 m-1 in eq. H2O in the same time period. The concentrations are controlled by seasonal climatic changes (summer/winter), by changes in atmospheric circulation, temperature anomalies, the transport distance and the natural and anthropogenic sources of these aerosols. Based on analysis of crustal and marine enrichment factors and Pearson correlations, the Al, Ba, Ca, Fe, K, Mg, Mn, Na, S, Sr and Ti concentrations have natural origin. Dust and soil from continental sources, primarily coming from arid areas in Australia, New Zealand and Patagonia, are considered important sources of Al, Mg and Ti. South Pacific marine aerosols, transported to the Antarctic continent by air masses, are predominant sources of Na, Sr, K, S and Ca. For the elements Ba, Fe and Mn, both crustal and marine sources are significant. In addition, Mn and S show a considerable contribution of volcanic origin (ranging from 20-30% of the total concentration). The results also show significant enrichment in arsenic concentrations due to human activities. Before 1900 the mean concentration was approximately 1.92 pg g-1, rising to 7.94 pg g-1 in 1950. This enrichment is directly related to mining emissions and casting of non-ferrous metals in South America, mainly in Chile. The decrease in the arsenic concentration, observed in the twenty-first century (mean concentration of 1.94 pg g-1 after 1999) is interpreted as a consequence of the introduction of environmental laws (in 1994) to reduce emissions of this element during the cupper mining and smelting in Chile. The HYSPLIT trajectories model show a clear seasonal variation in transport between the summer/autumn all and winter/spring months, where predominates an eastward transport throughout the year and a secondary transport from the northeast during the summer/fall. Correlations between the mean concentrations of the studied trace elements and the ERA-Interim reanalysis models for the 1979-2008 period indicate that marine aerosols concentrations are heavily influenced by weather conditions, for example, by sea surface temperature and sea ice concentration anomalies.
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Determinação de elementos traços em testemunho de firn Antártico usando espectrometria de massa.

Carlos, Franciéle Schwanck January 2012 (has links)
O testemunho de firn IC-6 de 35,06 m de comprimento foi coletado no manto de gelo antártico (81°03’10,1”S e 79°50’09,1”W; 750 m de altitude) no verão austral de 2004/05. Este testemunho foi subamostrado usando um sistema de fusão contínua desenvolvido pela equipe do Climate Change Institute (University of Maine – Maine /EUA) em sala limpa (CLASSE 100). As 1380 amostras geradas foram analisadas em baixa, média e alta resolução no espectrômetro de massas Element 2 do CCI para 24 elementos traços (Sr, Cd, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Pb, Bi, U, As, Li, Al, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Na, Mg e K). O testemunho representa 68 anos (1934 – 2002) de registro, segundo datação relativa baseada na variação sazonal nas concentrações dos elementos Na, Mg, Sr e Ca e dos íons Cl-, Na+ e Mg2+. A taxa de acumulação média para o local de amostragem é calculada em 0,30 m a-1 em Eq. H2O. As concentrações medidas foram consideradas baixas, dentro do esperado para o continente antártico e são similares a de outros estudos. As concentrações são controladas pelas variações climáticas sazonais (verão/inverno), pela distância de transporte e pelas fontes naturais e antrópicas desses aerossóis. Contribuições naturais de poeira continental e solo, oriundas principalmente da região de Patriot Hills, são as principais fontes para os elementos césio, bário, alumínio, titânio, vanádio, cromo, ferro, cobalto, manganês e terras raras. Os aerossóis marinhos, oriundos da superfície da cobertura de gelo marinho e transportados pelas massas de ar são fontes importantes de sódio, magnésio, estrôncio e enxofre. Os elementos lítio, cálcio e potássio apresentaram aportes consideráveis tanto de poeira continental como de aerossóis marinhos. Emissões vulcânicas globais e regionais (Monte Erebus e Ilha Deception) são consideradas importantes fontes de elementos traços. Elementos como vanádio, cromo, manganês, cobalto, bismuto, arsênio, cádmio e chumbo apresentaram uma significativa contribuição dessas fontes, variando desde 20% (chumbo e manganês) até 70% (cádmio e bismuto). Os fluxos de deposição natural de chumbo, cádmio, bismuto e arsênio, representam apenas uma pequena fração do total depositado na neve. Para esses elementos, as atividades antrópicas constituem o principal fator responsável por sua mobilização e transporte. / This dissertation examines a 35.06 m long firn core (IC-6) obtained in the Austral summer of 2004/2005 in the West Antarctic Sheet (at 81°03’10.1”S, 79°50’09.1”W; 750 m above sea level). This core was subsampled using a continuous melting system at the Climate Change Institute (CCI, University of Maine, Orono, Maine, USA) under a Class 100 room conditions. At CCI, 1380 samples went through an Element 2 mass spectrometer to determine (at low, middle and high resolutions) the concentration of 24 trace elements (Sr, Cd, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Pb, Bi, U, As, Li, Al, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Na, Mg e K). The core records 38 years (1934 – 2002) of snow accumulation, as dated by seasonal variations of Na, Mg, Sr e Ca elements and Cl-, Na+ e Mg2+ ionic concentrations. The calculated mean annual accumulation is 0.30 m yr-1 (in H2O equivalent). Their mean concentrations are low and are similar to the ones found in other Antarctic ice core studies. Trace concentrations are controlled by seasonal variations (summer/winter), transport distance and by natural and anthropogenic sources. Cesium, barium, aluminium, titanium, vanadium, chrome, iron, cobalt, manganese and rare earths come from continental dust (mainly from the nearby Patriot Hills). Marine aerosols, from the pack ice surface and transported by air masses, are the sources for sodium, magnesium, strontium and sulphur. Both continental dust and marine aerosols contribute to the lithium, calcium and potassium concentrations. Global and regional (Mount Erebus and Deception Island) volcanic emissions are important trace elements sources, such as vanadium, chrome, manganese, cobalt, bismuth, arsenic, cadmium and lead, varying from 20% (lead and manganese) to 70% (cadmium e bismuth). Trace elements as lead, cadmium, bismuth e arsenic from natural sources have a minor contribution in the samples, human activities are thought to be the main cause for their mobilization and transport.

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