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A tipografia como manifestaÃÃo culturalIsmael Lopes MendonÃa 00 October 2018 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Analisa a tipografia e os modos culturais como os tempos a tÃm percebido, nÃo apenas como
sistema produtor de textos em sÃrie, mas os propÃsitos atribuÃdos à estÃtica dos caracteres e
das composiÃÃes. RealÃa a natureza dinÃmica da construÃÃo de significados que interagem
com o homem para alÃm das operaÃÃes mecÃnicas e das representaÃÃes verbais. Reflete tambÃm
as marcas ordenadoras nos simbolismos tipogrÃficos, expressas em seus regimes culturais
de informaÃÃo. Tratar dessa complexidade informacional à o objetivo central desta pesquisa
realizada no mestrado em CiÃncia da InformaÃÃo da Universidade Federal do CearÃ. Ela
se ampara na epistemologia social do campo para compreender a tipografia de modo nÃo restrito
Ãs dimensÃes fÃsica e cognitiva, mas como fenÃmeno complexo e relacionÃvel Ãs ordenaÃÃes
e significaÃÃes socialmente construÃdas. Para tanto, utiliza-se de pressupostos antropolÃgicos
e hermenÃuticos aos quais a Ãrea tem se valido para atualizar seu objeto de estudo, que
sÃo as noÃÃes de mediaÃÃo cultural, de neodocumentaÃÃo e de regime de informaÃÃo. Como
experiÃncia empÃrica, optou-se por analisar o projeto grÃfico dos cadernos especiais produzidos
pelo jornal cearense O Povo e vencedores do PrÃmio Esso de Jornalismo na categoria de
criaÃÃo grÃfica para jornal: Planeta seca (2012) e SertÃo a ferro e fogo (2014). Trata-se de
produÃÃes temÃticas e de cunho jornalÃstico investigativo ligado ao imaginÃrio do sertÃo nordestino.
Esses documentos e seus simbolismos tipogrÃficos foram interpretados pelo viÃs de
seu processo de produÃÃo e dos profissionais que assinam seu conteÃdo, utilizando-se do mÃtodo
hermenÃutico-dialÃtico e das tÃcnicas de entrevista e de observaÃÃo participantes. O estudo
de natureza exploratÃria, qualitativa e documental possibilitou compreender os objetos
como fenÃmenos infocomunicacionais resultantes das prÃticas sociais operadas no ambiente
do jornal. Com isso, tornam-se cÃdigos dinÃmicos de interaÃÃo, em que os mediadores exercem
papel ativo na construÃÃo de leituras nÃo usuais, narrativas hÃbridas que relacionam contextos
e identidades diversas. AlÃm disso, seu processo de produÃÃo marca e condiciona a
equipe e a empresa de comunicaÃÃo, que passam a ser reconhecidos publicamente por esse
tipo de relaÃÃo com a informaÃÃo. Conclui-se que esses cadernos especiais e suas tipografias
integram categorias culturais e informacionais complexas, maneira pela qual se tornam fenÃmenos
ilustrativos para o paradigma social da CiÃncia da InformaÃÃo. Essa constataÃÃo favorece
a linha das pesquisas contemporÃneas do referido campo e sua tradiÃÃo interdisciplinar.
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