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Narrativas da professora Ruth Cavalcante: liÃÃes de educaÃÃo, de militÃncia e de exÃlio no perÃodo 1960 a 1980Erbenia Maria GirÃo Ricarte 00 March 2018 (has links)
nÃo hà / Esta pesquisa oferece uma anÃlise sÃcio-histÃrica a respeito da trajetÃria educacional, polÃtica e intelectual da professora Ruth Cavalcante, por meio especialmente de suas memÃrias, centralizada no perÃodo que vai desde a dÃcada de 1960 atà a dÃcada de 1980 do sÃculo passado, espaÃo de tempo que corresponde a sua saÃda do interior central do Cearà para a capital Fortaleza para estudar, atà seu exÃlio na Alemanha e retorno para o Brasil. Objetiva produzir o registro biogrÃfico da trajetÃria de vida e atuaÃÃo da professora Ruth Cavalcante, considerando-se o perÃodo histÃrico no qual viveu a Ãpoca do Regime Militar no Brasil atà seu retorno do exÃlio explicitando de forma contextualizada a histÃria de vida da professora e mediadora cultural a partir das narrativas verbais e visuais advindas dos diÃlogos/entrevistas entre professoras (pesquisada e pesquisadora) nas quais a biografada relembra os principais momentos de sua vida entre formaÃÃo, militÃncia e exÃlio. A dissertaÃÃo baseia-se nos conceitos de histÃria, memÃria, trajetÃria, biografia, educaÃÃo e mediaÃÃo intelectual: o conceito de histÃria, proposto por Le Goff, a noÃÃo de memÃria proposta por Paul Ricoeur, as consideraÃÃes de trajetÃrias de vida pensadas a partir da pesquisadora Rosenthal, na compreensÃo em biografia argumentada por Delory-Momberger, a EducaÃÃo a partir do legado de Paulo Freire com abordagens em Carlos BrandÃo e Maurice Tardiff no que tange a histÃria da educaÃÃo e no conceito de mediador intelectual descoberto nas leituras de Ãngela Gomes e PatrÃcia Hansen, permitiu ver tais aÃÃes para alÃm de uma histÃria, mas como mediaÃÃo cultural e intelectual da biografada a partir da acepÃÃo de que o mediador intelectual aproxima os grupos aos bens culturais. à uma pesquisa de carÃter histÃrico-biogrÃfico, longitudinal e de natureza qualitativa-etnogrÃfica, com o uso de fontes escritas, orais e imagÃticas, atravÃs de pesquisas de campo. Recorreremos ao recurso metodolÃgico oral, atravÃs de entrevistas semiestruturadas gravadas com a professora Ruth, alÃm das visitas no municÃpio de Pedra Branca e demais fontes secundÃrias. Ao entrecruzar o intelectual, a trajetÃria polÃtico-intelectual, seus contatos no campo e na militÃncia, encontramos caminhos para entender e interpretar a postura crÃtica e mediadora da professora Ruth Cavalcante frente à sociedade e a todos os desafios da Ãpoca. A pesquisa pretende contribuir, a partir da anÃlise da trajetÃria de uma professora militante, para uma melhor compreensÃo da dinÃmica do ativismo polÃtico, da educaÃÃo e da mediaÃÃo intelectual da cearense a partir do envolvimento de Ruth com outras esferas e grupos sociais.
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A tipografia como manifestaÃÃo culturalIsmael Lopes MendonÃa 00 October 2018 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Analisa a tipografia e os modos culturais como os tempos a tÃm percebido, nÃo apenas como
sistema produtor de textos em sÃrie, mas os propÃsitos atribuÃdos à estÃtica dos caracteres e
das composiÃÃes. RealÃa a natureza dinÃmica da construÃÃo de significados que interagem
com o homem para alÃm das operaÃÃes mecÃnicas e das representaÃÃes verbais. Reflete tambÃm
as marcas ordenadoras nos simbolismos tipogrÃficos, expressas em seus regimes culturais
de informaÃÃo. Tratar dessa complexidade informacional à o objetivo central desta pesquisa
realizada no mestrado em CiÃncia da InformaÃÃo da Universidade Federal do CearÃ. Ela
se ampara na epistemologia social do campo para compreender a tipografia de modo nÃo restrito
Ãs dimensÃes fÃsica e cognitiva, mas como fenÃmeno complexo e relacionÃvel Ãs ordenaÃÃes
e significaÃÃes socialmente construÃdas. Para tanto, utiliza-se de pressupostos antropolÃgicos
e hermenÃuticos aos quais a Ãrea tem se valido para atualizar seu objeto de estudo, que
sÃo as noÃÃes de mediaÃÃo cultural, de neodocumentaÃÃo e de regime de informaÃÃo. Como
experiÃncia empÃrica, optou-se por analisar o projeto grÃfico dos cadernos especiais produzidos
pelo jornal cearense O Povo e vencedores do PrÃmio Esso de Jornalismo na categoria de
criaÃÃo grÃfica para jornal: Planeta seca (2012) e SertÃo a ferro e fogo (2014). Trata-se de
produÃÃes temÃticas e de cunho jornalÃstico investigativo ligado ao imaginÃrio do sertÃo nordestino.
Esses documentos e seus simbolismos tipogrÃficos foram interpretados pelo viÃs de
seu processo de produÃÃo e dos profissionais que assinam seu conteÃdo, utilizando-se do mÃtodo
hermenÃutico-dialÃtico e das tÃcnicas de entrevista e de observaÃÃo participantes. O estudo
de natureza exploratÃria, qualitativa e documental possibilitou compreender os objetos
como fenÃmenos infocomunicacionais resultantes das prÃticas sociais operadas no ambiente
do jornal. Com isso, tornam-se cÃdigos dinÃmicos de interaÃÃo, em que os mediadores exercem
papel ativo na construÃÃo de leituras nÃo usuais, narrativas hÃbridas que relacionam contextos
e identidades diversas. AlÃm disso, seu processo de produÃÃo marca e condiciona a
equipe e a empresa de comunicaÃÃo, que passam a ser reconhecidos publicamente por esse
tipo de relaÃÃo com a informaÃÃo. Conclui-se que esses cadernos especiais e suas tipografias
integram categorias culturais e informacionais complexas, maneira pela qual se tornam fenÃmenos
ilustrativos para o paradigma social da CiÃncia da InformaÃÃo. Essa constataÃÃo favorece
a linha das pesquisas contemporÃneas do referido campo e sua tradiÃÃo interdisciplinar.
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