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Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento / Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life

Consonni, Elenice Bertanha 26 April 2013 (has links)
Consonni, E. B. (2013). Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. O desenvolvimento das técnicas de diagnóstico pré natal possibilita detecção acurada de anomalias letais no feto, colocando o casal frente à difícil decisão de interromper ou não a gestação. O presente estudo teve por objetivo compreender o significado das vivências de mulheres que interromperam a gestação sob autorização judicial, devido à malformação fetal incompatível com a vida. Participaram do estudo dez mulheres atendidas no Setor de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas de Botucatu. Para coleta dos dados foram realizadas duas entrevistas semi-estruturadas, uma durante a gestação e outra quarenta dias após a interrupção. As entrevistas foram audiogravadas, transcritas na íntegra e tiveram os dados analisados na perspectiva da análise de conteúdo. Os resultados revelaram que o contato com o diagnóstico desencadeou reações de choque, incredulidade e esperança. As imagens do feto na ultrassonografia, especialmente nos casos de anomalias externas, causaram espanto e sofrimento, ao mesmo tempo em que, junto a outras imagens e informações obtidas pelas mães na internet, colaboraram para que melhor compreendessem o diagnóstico fetal. Os relatos apontaram dificuldades das gestantes na esfera social, como ao responder perguntas e comentários sobre a gravidez e o bebê e ao ouvir opiniões a respeito da malformação e da interrupção. Desde o diagnóstico pré-natal até o puerpério, as mães buscaram explicações e significados para a condição fetal e a perda do filho, sendo muito frequentes respostas religiosas e auto culpabilizantes. Os relatos mostram a existência de forte vinculação materno-fetal, tanto antes como após o diagnóstico, e as mulheres optaram pela interrupção da gestação na intenção de não se vincular ainda mais ao bebê e evitar sofrimento maior, sem que isso no entanto significasse o rompimento do vínculo. As mães que optaram por conhecer e se despedir do bebê após o nascimento, enfatizaram a importância deste momento, lembrado como positivo pela possibilidade de ver, despedir-se e guardar para sempre uma lembrança. Os relatos no puerpério marcaram sentimentos de tristeza, saudade e sensação de vazio pela perda do filho, revelando também a necessidade das mães manterem-se ligadas a ele. Na opinião destas mulheres, mediante a confirmação médica da impossibilidade de sobrevida após o nascimento, a mãe e/ou casal deveria ter autonomia para decidir sobre a interrupção da gestação, sendo a autorização judicial percebida como desnecessária e um fator de mais angústia para a situação vivida. Conclui-se que o diagnóstico fetal de malformação incompatível com a vida causou sofrimento para essas mulheres, pois precedeu inúmeras perdas e desencadeou complexo processo de luto. As mães estavam e continuaram vinculadas aos seus filhos; a interrupção da gestação, embora tenha sido uma escolha que evitasse a intensificação do vínculo e minimizasse a dor de uma perda inevitável, não as poupou de vivências de grande sofrimento. O estudo traz subsídios para a discussão e planejamento de abordagens e cuidados com a saúde de gestantes que recebem diagnóstico de malformação fetal letal. / Consonni, E. B. (2013). Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. The development of prenatal diagnostic techniques has enabled lethal fetal anomalies to be detected with accuracy, thus leaving couples with the difficult decision of whether or not to terminate the pregnancy. The objective of the present study was to gain understanding on what these experiences meant to those women who were granted legal authorization to terminate their pregnancy due to a fetal malformation incompatible with life. Ten women receiving care at the fetal medicine unit of the Botucatu Teaching Hospital participated in the study. Two semi-structured interviews were held for the purpose of collecting data, the first during pregnancy and the second forty days after termination. The interviews were audio-recorded and transcribed in their entirety. The data were analyzed according to the content analysis methodology. Results showed that becoming aware of their diagnosis triggered reactions of shock, disbelief and hope in these women. The ultrasound images of the fetus, particularly in those cases in which the abnormalities were external, caused shock and distress; however, together with other images and information obtained by the mothers from the internet, they contributed towards providing a better understanding of the fetal diagnosis. The women\'s accounts highlighted their difficulties in the social sphere, for example, when having to answer questions and respond to comments on their pregnancy and on their baby, and when listening to opinions on fetal malformation and pregnancy termination. Between the time of prenatal diagnosis and the puerperium, the mothers sought explanations and meanings for the fetal condition and for the loss of their child, with religious and self-blame attributions being very common. These testimonies reveal the existence of a strong maternalfetal attachment, both prior to and following diagnosis. The women opted to terminate their pregnancy to interrupt this process of increasing attachment and to prevent even greater suffering; however, this did not mean that the bond was broken. Those mothers who took the decision to see their baby after he/she was born and to say goodbye emphasized the importance of this moment, remembering it as positive because they had been able to see the child, say farewell to him/her and keep that memory of the child for ever. The statements made by the women during the puerperium were marked by feelings of sadness, nostalgia and emptiness evoked by the loss of their child, which also emphasized the mothers\' need to preserve this attachment. In these women\'s opinions, when faced with medical confirmation that the fetus will not survive after delivery, the mother or the couple should have the autonomy to decide whether or not to terminate the pregnancy, with legal authorization being perceived as unnecessary and a source of further anguish under these circumstances. In conclusion, fetal diagnosis of a malformation incompatible with life led to suffering in these women, since it preceded innumerous losses and triggered a complex grieving process. The mothers were and continue to be attached to their children. Pregnancy termination, although representing a choice made to avoid intensifying the degree of this attachment and to minimize the pain of an unavoidable loss, did not save them from having to experience great suffering. This study adds to the debate on the subject and provides further data for use in planning the management and care of the health of pregnant women who receive a diagnosis of a lethal fetal malformation.
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Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento / Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life

Elenice Bertanha Consonni 26 April 2013 (has links)
Consonni, E. B. (2013). Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. O desenvolvimento das técnicas de diagnóstico pré natal possibilita detecção acurada de anomalias letais no feto, colocando o casal frente à difícil decisão de interromper ou não a gestação. O presente estudo teve por objetivo compreender o significado das vivências de mulheres que interromperam a gestação sob autorização judicial, devido à malformação fetal incompatível com a vida. Participaram do estudo dez mulheres atendidas no Setor de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas de Botucatu. Para coleta dos dados foram realizadas duas entrevistas semi-estruturadas, uma durante a gestação e outra quarenta dias após a interrupção. As entrevistas foram audiogravadas, transcritas na íntegra e tiveram os dados analisados na perspectiva da análise de conteúdo. Os resultados revelaram que o contato com o diagnóstico desencadeou reações de choque, incredulidade e esperança. As imagens do feto na ultrassonografia, especialmente nos casos de anomalias externas, causaram espanto e sofrimento, ao mesmo tempo em que, junto a outras imagens e informações obtidas pelas mães na internet, colaboraram para que melhor compreendessem o diagnóstico fetal. Os relatos apontaram dificuldades das gestantes na esfera social, como ao responder perguntas e comentários sobre a gravidez e o bebê e ao ouvir opiniões a respeito da malformação e da interrupção. Desde o diagnóstico pré-natal até o puerpério, as mães buscaram explicações e significados para a condição fetal e a perda do filho, sendo muito frequentes respostas religiosas e auto culpabilizantes. Os relatos mostram a existência de forte vinculação materno-fetal, tanto antes como após o diagnóstico, e as mulheres optaram pela interrupção da gestação na intenção de não se vincular ainda mais ao bebê e evitar sofrimento maior, sem que isso no entanto significasse o rompimento do vínculo. As mães que optaram por conhecer e se despedir do bebê após o nascimento, enfatizaram a importância deste momento, lembrado como positivo pela possibilidade de ver, despedir-se e guardar para sempre uma lembrança. Os relatos no puerpério marcaram sentimentos de tristeza, saudade e sensação de vazio pela perda do filho, revelando também a necessidade das mães manterem-se ligadas a ele. Na opinião destas mulheres, mediante a confirmação médica da impossibilidade de sobrevida após o nascimento, a mãe e/ou casal deveria ter autonomia para decidir sobre a interrupção da gestação, sendo a autorização judicial percebida como desnecessária e um fator de mais angústia para a situação vivida. Conclui-se que o diagnóstico fetal de malformação incompatível com a vida causou sofrimento para essas mulheres, pois precedeu inúmeras perdas e desencadeou complexo processo de luto. As mães estavam e continuaram vinculadas aos seus filhos; a interrupção da gestação, embora tenha sido uma escolha que evitasse a intensificação do vínculo e minimizasse a dor de uma perda inevitável, não as poupou de vivências de grande sofrimento. O estudo traz subsídios para a discussão e planejamento de abordagens e cuidados com a saúde de gestantes que recebem diagnóstico de malformação fetal letal. / Consonni, E. B. (2013). Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. The development of prenatal diagnostic techniques has enabled lethal fetal anomalies to be detected with accuracy, thus leaving couples with the difficult decision of whether or not to terminate the pregnancy. The objective of the present study was to gain understanding on what these experiences meant to those women who were granted legal authorization to terminate their pregnancy due to a fetal malformation incompatible with life. Ten women receiving care at the fetal medicine unit of the Botucatu Teaching Hospital participated in the study. Two semi-structured interviews were held for the purpose of collecting data, the first during pregnancy and the second forty days after termination. The interviews were audio-recorded and transcribed in their entirety. The data were analyzed according to the content analysis methodology. Results showed that becoming aware of their diagnosis triggered reactions of shock, disbelief and hope in these women. The ultrasound images of the fetus, particularly in those cases in which the abnormalities were external, caused shock and distress; however, together with other images and information obtained by the mothers from the internet, they contributed towards providing a better understanding of the fetal diagnosis. The women\'s accounts highlighted their difficulties in the social sphere, for example, when having to answer questions and respond to comments on their pregnancy and on their baby, and when listening to opinions on fetal malformation and pregnancy termination. Between the time of prenatal diagnosis and the puerperium, the mothers sought explanations and meanings for the fetal condition and for the loss of their child, with religious and self-blame attributions being very common. These testimonies reveal the existence of a strong maternalfetal attachment, both prior to and following diagnosis. The women opted to terminate their pregnancy to interrupt this process of increasing attachment and to prevent even greater suffering; however, this did not mean that the bond was broken. Those mothers who took the decision to see their baby after he/she was born and to say goodbye emphasized the importance of this moment, remembering it as positive because they had been able to see the child, say farewell to him/her and keep that memory of the child for ever. The statements made by the women during the puerperium were marked by feelings of sadness, nostalgia and emptiness evoked by the loss of their child, which also emphasized the mothers\' need to preserve this attachment. In these women\'s opinions, when faced with medical confirmation that the fetus will not survive after delivery, the mother or the couple should have the autonomy to decide whether or not to terminate the pregnancy, with legal authorization being perceived as unnecessary and a source of further anguish under these circumstances. In conclusion, fetal diagnosis of a malformation incompatible with life led to suffering in these women, since it preceded innumerous losses and triggered a complex grieving process. The mothers were and continue to be attached to their children. Pregnancy termination, although representing a choice made to avoid intensifying the degree of this attachment and to minimize the pain of an unavoidable loss, did not save them from having to experience great suffering. This study adds to the debate on the subject and provides further data for use in planning the management and care of the health of pregnant women who receive a diagnosis of a lethal fetal malformation.
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Câncer na gestação: avaliação de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal / Cancer in pregnancy: evaluation of depression, anxiety, self-esteem, and maternal-fetal attachment

Ferrari, Solimar 14 November 2018 (has links)
Introdução: Atualmente, estima-se que uma em cada mil mulheres grávidas sejam portadoras de câncer. A associação do diagnóstico de câncer ao de gestação coloca a mulher numa condição vulnerável para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. Objetivo: Comparar e avaliar a associação entre sintomatologia de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal entre gestantes com diagnóstico de câncer e gestantes sem diagnóstico de câncer. Propõe-se também a realizar a análise do discurso da vivência do período gestacional com e sem o diagnóstico de câncer. Método: Foi realizado estudo transversal com 63 gestantes com diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Tumores na Gestação de um hospital universitário terciário e 72 gestantes sem diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Pré-Natal de baixo risco do mesmo serviço. Foram utilizadas as escalas de Apego Materno-Fetal (MFAS), Hospital Anxiety and Depression (HAD), Subescala de Autoestima do Prenatal Psychosocial Profile (PPP) e entrevista semidirigida que investigou questões relacionadas à gravidez e ao adoecimento por câncer. Os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, de Dunn, qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher foram utilizados. O nível de significância adotado foi de 5%. A análise qualitativa foi realizada por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Resultados: Neste estudo constatou-se presença de sintomatologia depressiva em 33,3% das gestantes com câncer e em 18,1% nas gestantes sem câncer. Observou-se que as gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas às gestantes sem diagnóstico de câncer apresentaram menor renda per capita (p > 0,001), menor escolaridade (p=0,001), maior paridade (p < 0,001), menor trabalho remunerado (p=0,015), maior prevalência de depressão (p=0,041), ansiedade (p=0,039) e autoestima rebaixada (p < 0,001). Na análise feita por meio da combinação de diagnóstico de câncer e de depressão, evidenciou-se que a ansiedade estava associada à depressão e não com o diagnóstico de câncer. Com relação à autoestima, na combinação dos grupos evidenciou-se que o rebaixamento da autoestima estava relacionado à presença de câncer e não com a depressão. Aos resultados qualitativos foram atribuídas categorias em ambos os grupos: Descoberta da gestação, Vivência pré-natal, Relacionamento com o feto e Significado da gravidez. Em relação às entrevistas somente com as gestantes com câncer foram definidas as categorias: Como foi a descoberta da doença, Vivência do tratamento do câncer, Adaptação ao adoecimento, Crenças sobre o relacionamento com o feto, Vivência do câncer na gestação e Significado atribuído ao câncer. Conclusão: Este estudo evidenciou diferenças significativas entre presença de sintomatologia depressiva, ansiosa e baixa autoestima entre gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas com as sem o diagnóstico. Na análise qualitativa, constatou-se que com relação ao relacionamento com o feto foram identificadas as seguintes categorias: Conversa, Bom relacionamento, Medo, Alegria, Milagre e Não se relaciona. Com relação à Vivência do câncer na gestação foram evidenciadas as categorias: Enfoque negativo, Enfoque positivo, Dualidade e Normal. Sobre o significado da gravidez, as categorias foram: Enfoque positivo, Responsabilidade e Não sabe explicar. Em relação ao significado atribuído ao câncer, as categorias demonstradas foram: Morte/sofrimento, Cura/tratamento, Superação e Causa / Introduction: Currently, it is estimated that one in every thousand pregnant women are suffering from cancer. The association of the diagnosis of cancer with that of pregnancy puts a woman in a vulnerable condition for the development of psychological disorders. Objective: This Doctoral thesis aimed to evaluate and verify the association between symptoms of depression, anxiety, self-esteem and maternal-fetal bond among pregnant women diagnosed with cancer and pregnant women without a cancer diagnosis. It also proposed to understand the discourse of the experience of the gestational period with and without the diagnosis of cancer. Method: A cross-sectional study was performed with 63 pregnant women diagnosed with cancer, assisted at the Clinic of Tumors in Pregnancy of a tertiary university hospital and 72 pregnant women without a cancer diagnosis, assisted at the Clinic of Low-risk Prenatal care of the same service. These scales were used: MFAS for maternal-fetal bonding, Hospital Anxiety and Depression (HAD), self-esteem sub-scale of Prenatal Psychosocial Profile (PPP) and a semi-structured interview that investigated issues related to pregnancy and illness due to cancer. The Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Dunn, Pearson\'s chi-square and Fisher\'s exact tests were used. The level of significance was 5%. The qualitative analysis was performed by means of the Content Analysis Technique. Results: In this study, the presence of depressive symptoms was found in 33.3% of pregnant women with cancer and in 18.1% pregnant women without cancer. It was observed that the pregnant women diagnosed with cancer when compared to pregnant women without a cancer diagnosis presented lower per capita income (p > .001), lower level of schooling (p=0.001); higher number of pregnancies (p < 0.001), lower paid job (p=0.015), higher prevalence of depression (p=0.041), anxiety (p=0.039) and lowered self-esteem (p < 0.001). In the analysis made through the combination of cancer diagnosis and depression, it was shown that anxiety was associated with depression and not with the diagnosis of cancer. Regarding the self-esteem, the combination of the groups showed that the lowering of self-esteem is related to the presence of cancer and not with depression. These categories were attributed to the qualitative results in both groups: Pregnancy discovery, Prenatal experience, Relationship with the fetus and Meaning of pregnancy. With respect to the interviews only with the pregnant women with cancer, the following categories were defined: How was the discovery of the disease, Cancer treatment experience, Adaptation to the illness, Beliefs about the relationship with the fetus, Cancer experience during pregnancy and Meanings attributed to cancer. Conclusion: This study showed significant differences between the presence of depressive symptomatology, anxiety and low self-esteem among pregnant women diagnosed with cancer when compared to those without the diagnosis. In the qualitative analysis, it was found that with regard to the relationship with the fetus the following categories were identified: Chatting, Good relationship, Fear, Joy, Miracle and Not related. Regarding the Cancer experience during pregnancy, the following categories were highlighted: Negative focus, Positive focus, Duality and Normal. About the meaning of pregnancy, the categories were: Positive focus, Responsibility and Cannot explain. In relation to the meaning attributed to cancer, the categories shown were: Death/suffering, Healing/treatment, Overcoming and Cause
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Câncer na gestação: avaliação de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal / Cancer in pregnancy: evaluation of depression, anxiety, self-esteem, and maternal-fetal attachment

Solimar Ferrari 14 November 2018 (has links)
Introdução: Atualmente, estima-se que uma em cada mil mulheres grávidas sejam portadoras de câncer. A associação do diagnóstico de câncer ao de gestação coloca a mulher numa condição vulnerável para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. Objetivo: Comparar e avaliar a associação entre sintomatologia de depressão, ansiedade, autoestima e vínculo materno-fetal entre gestantes com diagnóstico de câncer e gestantes sem diagnóstico de câncer. Propõe-se também a realizar a análise do discurso da vivência do período gestacional com e sem o diagnóstico de câncer. Método: Foi realizado estudo transversal com 63 gestantes com diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Tumores na Gestação de um hospital universitário terciário e 72 gestantes sem diagnóstico de câncer atendidas no Ambulatório de Pré-Natal de baixo risco do mesmo serviço. Foram utilizadas as escalas de Apego Materno-Fetal (MFAS), Hospital Anxiety and Depression (HAD), Subescala de Autoestima do Prenatal Psychosocial Profile (PPP) e entrevista semidirigida que investigou questões relacionadas à gravidez e ao adoecimento por câncer. Os testes Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, de Dunn, qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher foram utilizados. O nível de significância adotado foi de 5%. A análise qualitativa foi realizada por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Resultados: Neste estudo constatou-se presença de sintomatologia depressiva em 33,3% das gestantes com câncer e em 18,1% nas gestantes sem câncer. Observou-se que as gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas às gestantes sem diagnóstico de câncer apresentaram menor renda per capita (p > 0,001), menor escolaridade (p=0,001), maior paridade (p < 0,001), menor trabalho remunerado (p=0,015), maior prevalência de depressão (p=0,041), ansiedade (p=0,039) e autoestima rebaixada (p < 0,001). Na análise feita por meio da combinação de diagnóstico de câncer e de depressão, evidenciou-se que a ansiedade estava associada à depressão e não com o diagnóstico de câncer. Com relação à autoestima, na combinação dos grupos evidenciou-se que o rebaixamento da autoestima estava relacionado à presença de câncer e não com a depressão. Aos resultados qualitativos foram atribuídas categorias em ambos os grupos: Descoberta da gestação, Vivência pré-natal, Relacionamento com o feto e Significado da gravidez. Em relação às entrevistas somente com as gestantes com câncer foram definidas as categorias: Como foi a descoberta da doença, Vivência do tratamento do câncer, Adaptação ao adoecimento, Crenças sobre o relacionamento com o feto, Vivência do câncer na gestação e Significado atribuído ao câncer. Conclusão: Este estudo evidenciou diferenças significativas entre presença de sintomatologia depressiva, ansiosa e baixa autoestima entre gestantes com diagnóstico de câncer quando comparadas com as sem o diagnóstico. Na análise qualitativa, constatou-se que com relação ao relacionamento com o feto foram identificadas as seguintes categorias: Conversa, Bom relacionamento, Medo, Alegria, Milagre e Não se relaciona. Com relação à Vivência do câncer na gestação foram evidenciadas as categorias: Enfoque negativo, Enfoque positivo, Dualidade e Normal. Sobre o significado da gravidez, as categorias foram: Enfoque positivo, Responsabilidade e Não sabe explicar. Em relação ao significado atribuído ao câncer, as categorias demonstradas foram: Morte/sofrimento, Cura/tratamento, Superação e Causa / Introduction: Currently, it is estimated that one in every thousand pregnant women are suffering from cancer. The association of the diagnosis of cancer with that of pregnancy puts a woman in a vulnerable condition for the development of psychological disorders. Objective: This Doctoral thesis aimed to evaluate and verify the association between symptoms of depression, anxiety, self-esteem and maternal-fetal bond among pregnant women diagnosed with cancer and pregnant women without a cancer diagnosis. It also proposed to understand the discourse of the experience of the gestational period with and without the diagnosis of cancer. Method: A cross-sectional study was performed with 63 pregnant women diagnosed with cancer, assisted at the Clinic of Tumors in Pregnancy of a tertiary university hospital and 72 pregnant women without a cancer diagnosis, assisted at the Clinic of Low-risk Prenatal care of the same service. These scales were used: MFAS for maternal-fetal bonding, Hospital Anxiety and Depression (HAD), self-esteem sub-scale of Prenatal Psychosocial Profile (PPP) and a semi-structured interview that investigated issues related to pregnancy and illness due to cancer. The Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Dunn, Pearson\'s chi-square and Fisher\'s exact tests were used. The level of significance was 5%. The qualitative analysis was performed by means of the Content Analysis Technique. Results: In this study, the presence of depressive symptoms was found in 33.3% of pregnant women with cancer and in 18.1% pregnant women without cancer. It was observed that the pregnant women diagnosed with cancer when compared to pregnant women without a cancer diagnosis presented lower per capita income (p > .001), lower level of schooling (p=0.001); higher number of pregnancies (p < 0.001), lower paid job (p=0.015), higher prevalence of depression (p=0.041), anxiety (p=0.039) and lowered self-esteem (p < 0.001). In the analysis made through the combination of cancer diagnosis and depression, it was shown that anxiety was associated with depression and not with the diagnosis of cancer. Regarding the self-esteem, the combination of the groups showed that the lowering of self-esteem is related to the presence of cancer and not with depression. These categories were attributed to the qualitative results in both groups: Pregnancy discovery, Prenatal experience, Relationship with the fetus and Meaning of pregnancy. With respect to the interviews only with the pregnant women with cancer, the following categories were defined: How was the discovery of the disease, Cancer treatment experience, Adaptation to the illness, Beliefs about the relationship with the fetus, Cancer experience during pregnancy and Meanings attributed to cancer. Conclusion: This study showed significant differences between the presence of depressive symptomatology, anxiety and low self-esteem among pregnant women diagnosed with cancer when compared to those without the diagnosis. In the qualitative analysis, it was found that with regard to the relationship with the fetus the following categories were identified: Chatting, Good relationship, Fear, Joy, Miracle and Not related. Regarding the Cancer experience during pregnancy, the following categories were highlighted: Negative focus, Positive focus, Duality and Normal. About the meaning of pregnancy, the categories were: Positive focus, Responsibility and Cannot explain. In relation to the meaning attributed to cancer, the categories shown were: Death/suffering, Healing/treatment, Overcoming and Cause

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