[pt] Existe uma grande variedade de teorias feministas. Cada
uma fundamenta
a conquista de direitos das mulheres de forma bem
distinta. O surgimento das
vertentes do feminismo ocorre segundo as necessidades e os
interesses em disputa
da época em que elas são cunhadas. Por esse motivo, muitas
podem, a princípio, ter
uma aparência inovadora, de ruptura com uma determinada
estrutura de poder
imposta sobre o corpo da mulher. Porém, quando analisadas
com o auxílio da
perspectiva de poder constituinte trabalhado pelo autor
Antonio Negri, a aparência
de liberação não se sustenta, demonstrando que, na
verdade, pode ser resultado de
um esforço em sentido contrário ao processo
revolucionário, um esforço próprio do
poder constituído para frear a liberação da mulher. Nesse
sentido, a autora Judith
Butler tece importantes críticas a categorias utilizadas
de forma bastante freqüente
não somente pelo feminismo, como também por outros
movimentos de minorias;
estratégias de luta que, em vez de auxiliar na expansão do
feminismo, acabam
fazendo com que o movimento feminista e suas teóricas ou
teóricos usem o mesmo
aparato do poder para criar condições desiguais para as
mulheres. Um desses
recursos é o apelo à identidade, que exclui diversas
categorias do movimento e é
fundamental para a elaboração do conceito de Outro. As
críticas a essa estratégia
tradicional, bem como a teoria fundada pela autora ajudam
a pensar em uma nova
forma de se retomar o processo liberatório das mulheres. / [en] There is a great variety of feminist theories. Each one of
them explains the
achievement of women rights in a different way. Feminism
theories emerged
according to the necessities and conflict of interests of
the period in which they
were created. For this reason, much of them may appear in
the first moment to be
innovative, to be going against certain power structure
imposed upon woman`s
body. Nevertheless, when those theories are analyzed
through the lens of the
constituent power perspective used by Antonio Negri, the
liberation perspective
does not hold itself. In fact, they seem to be the result
of an opposite effort
towards the revolutionary process, an effort of the
constituted power to break the
liberation of women. In this sense, Judith Butler makes
important criticisms to the
frequently-used categories by the feminism movement and
other minority
movements. According to her, the struggle strategies used
by minority
movements lead the feminist movement to utilize the same
apparatus of power that
create unequal conditions for women, instead of supporting
feminism expansion.
One of the resources used is the appeal to identity, which
excludes several
categories of the movement and is essential to the
elaboration of the Other
concept. The criticisms to this traditional strategy as
well as the theory founded
by Butler help to enlighten a new way to retake the
liberation process of women.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:11173 |
Date | 11 January 2008 |
Creators | ADRIANA VIDAL DE OLIVEIRA |
Contributors | ADRIANO PILATTI |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.0029 seconds