[pt] Prostituição Travesti no Brasil: lendo agência e soberania por meio de
sexualidades dissidentes investiga as subjetividades marginalizadas de travestis
no contexto brasileiro para analisar discursos no âmbito local e internacional.
Conduzo uma crítica de discursos sobre tráfico sexual e prostituição, apontando
para a naturalização de normas de gênero que impedem o entendimento sobre
experiências que excedem o binário prostituta versus vítima do tráfico. Para
fazê-lo, analiso, por meio de uma perspectiva foucaultiana e queer butleriana, as
subjetividades travestis que se constituem justamente no bojo das práticas de
prostituição. Proponho, nesta lógica, que essas experiências permitem tanto sua
resistência quanto sujeição às regulações de gênero que são legíveis. Por fim,
apresento uma crítica à formação de uma sociedade biopolítica no Brasil:
apontando que um poder soberano predomina em fazer morrer estes corpos
ininteligíveis, para que se permita o fazer viver de subjetividades consideradas
normais em termos de gênero, raça e classe. Isso abre a possibilidade de refletir o
Estado brasileiro que nega sua queerness ao procurar se adequar aos discursos de
homonormatividade e de defesa da comunidade LGBTTQI que surgem no âmbito
internacional, mas ainda permite que se exerça um poder soberano sobre corpos
transexuais não-ideiais. / [en] Travesti Prostitution in Brazil: reading agency and sovereignty through
dissident sexualities investigates the marginalised subjectivities of travestis
within the Brazilian context, to analyse discourses both in the local and
international realm. I conduct a critique of discourses on sex-trafficking and
prostitution, pointing to the naturalisation of gender norms that hinders an
understanding of experiences that exceed the binary prostitute versus trafficking
victim. To do so, I analyse, through a foucauldian and butlerian queer
perspective, travestis subjectivities that constitute themselves precisely in the field
of prostitution practices. I propose, therefore, that these experiences allow both
resistance and subjection to gender regulations that are legible in the preset
society. Finally, I present a critique to the formation of a biopolitical society in
Brazil: pointing that a sovereign power predominates in making die these
unintelligible bodies, so that subjectivities considered normal in gender, race, and
class terms can be made live. This opens the possibility of reflecting on how the
Brazilian state denies its queerness as it tries to adequate itself to homonormative
speeches, as well as to discourses of defense of LGBTTQI community, that
emerge in the international realm, but still allows that a sovereign power is
exercised over non-ideal transsexual bodies.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:34056 |
Date | 29 May 2018 |
Creators | AMANDA ALVARES FERREIRA |
Contributors | JAMES CASAS KLAUSEN |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | English |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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