[pt] Ao reconhecer o impacto subjetivo da opressiva dominação europeia na América,
é possível construir uma reflexão acerca da importância do trabalho dos e das
profissionais da área das Letras no que vem a ser a virada decolonial, uma vez que
eles e elas possuem, em suas mãos, a possibilidade de abordar um sem-fim de temas,
autores e autoras, livros que contemplem questões, entre outras, de caráter social,
cultural, linguístico. O objetivo desta tese foi o de encontrar professores e
professoras cujas ideias decoloniais atravessassem suas perspectivas pedagógicas,
bem como o de entender como e por que as suas aulas apontavam para um ensino
que referenciado pelas pautas erigidas pelos debates anticoloniais. O referencial
teórico que orienta a abordagem epistemológica é advindo, sobretudo, dos estudos
hispano-americanos desenvolvidos pelo Grupo Modernidade/Colonialidade, que
são ampliados pelas contribuições de nomes como o de Paulo Freire. Os
procedimentos metodológicos foram a construção de um questionário e de um
roteiro de entrevista, ambos realizados virtualmente com aqueles e aquelas que se
autodeclaravam decoloniais. Ao final, pude compreender como os (as) informantes
constroem leituras e ações pedagógicas de proposição decolonial, trazendo à tona a
forma como a atividade docente, de modo ativo e crítico, revela caminhos autorais
e criativos para a promoção de um ensino engajado na subversão dos motes
coloniais. Seja adotando livros cujas tônicas apontam para problematização do
racismo, sexíssimo, entre outros; seja propondo atividades que resgatam elementos
formadores da cultura nacional (e também latino-americana), como os
conhecimentos africanos e indígenas, os (as) entrevistados (as) apresentam suas
interpretações e usos da epistemologia de modo a colaborar com os pressupostos da
decolonialidade. / [en] By recognizing the subjective impact of the oppressive European domination in
America, it is possible to reflect on the importance of the work of literary
professionals in the decolonial turn, since they have, in their hands, the possibility
of approaching an endless number of themes, authors, and books that deal with
social, cultural, and linguistic issues. The goal of this thesis was to find male and
female teachers whose decolonial propositions crossed their pedagogical
perspectives, as well as to understand how and why their classes pointed to a
teaching based on discussions derived from anticolonial debates. The theoretical
framework that guides the epistemological approach comes, above all, from the
Hispano-American studies developed by the Modernity/Coloniality Group, which
are amplified by the contributions of names such as Paulo Freire. The
methodological procedures were developed from the construction of a
questionnaire and an interview script, both done virtually, because of the pandemic,
with those who declared themselves to be decolonial. At the end, I was able to
understand how the informants construct readings and pedagogical actions in a
decolonial perspective, bringing to light how the teaching activity, in an active and
critical way, reveals authorial and creative paths for the promotion of a teaching
engaged in the subversion of colonial ideas. By adopting books that focus on
racism, sexism, among others; or by proposing activities that rescue elements that
form the national (and also Latin American) culture, such as African and indigenous
knowledge, the interviewees present their interpretations and uses of epistemology
in a way that collaborates with the assumptions of decoloniality.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:62352 |
Date | 24 April 2023 |
Creators | EDUARDO SILVA RUSSELL |
Contributors | MARIA INES GALVAO FLORES MARCONDES DE SOUZA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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