[pt] A internet se tornou um vasto terreno de pesquisa e fonte de informação e também uma poderosa ferramenta de lucrativa desinformação e propaganda. Silverman (2016) verificou que três meses antes das eleições americanas de 2016, as 20 informações falsas mais compartilhadas somaram um total de 8.711.00 de compartilhamentos em contraponto às 20 notícias mais compartilhadas publicadas por jornais como The New York Times, NBC News e outros, que tiveram 7.367.00 compartilhamentos. Segundo o Índice Global de Desinformação (GDI, na sigla em inglês) a desinformação é um mercado de pelo menos 235 milhões de dólares em publicidade online. É o que estima estudo de 2019, que acompanha o alcance e os efeitos da desinformação no mundo. Esta é a receita estimada dos 20 mil sites de diversos países classificados como desinformadores pelo GDI. Essa receita com publicidade foi auferida por meio de uma tecnologia chamada propaganda computacional ou mídia programática, que automatiza leilões de espaços publicitários em sites em tempo real. O presente trabalho procura, a partir do método dialético de Marx, tecer considerações sobre desinformação, esclarecendo termos como fake news, pós-verdade, misinformation e disinformation para compreender os impactos do fenômeno e buscar compreender a quem interessa desinformar. Compreendemos que a desinformação, em muitos casos, tem o objetivo de trazer lucro a quem a dissemina. Com base no estudo publicado pelo Oxford Internet Institute, da Universidade Oxford, procuramos mensurar a lucratividade dos sites de desinformação brasileiros, indicados pelo site jornalístico independente de verificação de fatos Aos fatos, e utilizando a mesma plataforma de gestão de visibilidade online, SemRush, que o instituto usou para mensurar os dados, e comparamos com sites de jornalismo de referência (Aguiar, 2018). Dissertamos também sobre a legislação que começa a ser construída no Brasil em relação à desinformação. / [en] The Internet has become a vast field of research and source of information and also a powerful tool of lucrative disinformation and propaganda. Silverman (2016) found that three months before the 2016 American elections, the 20 most shared false information totaled a total of 8,711,00 shares in contrast to the 7,367,00 shares of the 20 news articles published by newspapers like The New York Times, NBC News and others. According to the Global Disinformation Index (GDI), disinformation is a market of at least 235 million dollars in online advertising. This is what the 2019 study estimates, which follows the reach and effects of disinformation in the world. This is the estimated revenue of the 20,000 sites classified as uninformed by the GDI. This advertising revenue was earned through a technology called computer advertising or programmatic media that automates auctioning of advertising space on websites in real time. The present work seeks, from Marx s dialectical method, to weave considerations about misinformation, clarifying terms such as fake news, post-truth, misinformation and disinformation to understand the impacts of the phenomenon and seek to understand who is interested in misinformation. We understand that disinformation, in many cases, aims to bring profit to those who disseminate it. Based on the study published by the Oxford Internet Institute of Oxford University, we seek to measure the profitability of Brazilian disinformation sites, indicated in the article of the independent journalistic fact-checking website, To the facts, and using the same online visibility management platform, Semrush, that the Institute measured the data and comparing with reference journalism sites (Aguiar, 2018). We also discuss the legislation that is beginning to be built in Brazil in relation to disinformation.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:55479 |
Date | 26 October 2021 |
Contributors | PATRICIA MAURICIO CARVALHO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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