[pt] Este trabalho busca desenvolver articulações entre práticas feministas e
atividades do design, e propõe problematizar o campo do design, buscando se
afastar de abordagens essencialistas, que situam o designer como um gênio criador
ou que definem o design a partir de abstrações idealizantes. Para isso, os
consciousness raising groups, práticas feministas da década de 1960, e diversas
dinâmicas dos movimentos feministas contemporâneos, a partir do ano de 2015, são
utilizados como inspiração de atividades críticas para pensar e constituir outras
formas de relações consigo e com os outros através de processos criativos.
Assembleias, performances, ações estético-políticas, construção de greves e
manifestações, são algumas das ações abordadas, por evidenciar entrelaçamentos
entre arte, protesto, design, corpo e vivências pessoais, enquanto militante e
designer. A análise, reflexão e vivência de tais práticas originaram o trabalho de
campo da pesquisadora, que mediou oficinas online com mulheres. A metodologia
das oficinas foi pensada a fim de potencializar o processo criativo e a experiência
de estar juntas. Baseando-se na pesquisa-ação e pesquisa criativa, propõe-se
queerizar o design e ampliar as abordagens possíveis ao campo. As práticas
coletivas propostas nas oficinas criaram vínculos, amizades e relações de mentoria
através das oficinas de sensibilização, organizando mulheres em torno de um debate
em comum, fortalecendo os movimentos feministas, dando a ver que os problemas
vividos pelas mulheres são, em sua maioria, estruturais e coletivos, não individuais
e privados. Todo o desenvolvimento do campo se deu remotamente, durante a
pandemia da COVID-19, adicionando uma outra camada de complexidade
inesperada à pesquisa. / [en] We present an attempt to develop feminist-oriented design practices,
through an approach to the field of design that tries to distance itself from the
essentialist approaches that historically place the designer as a creative genius or
that define design drawing from idealized abstractions. Inspired by the praxis of
feminist consciousness raising groups from the 1960s, and from other dynamics of
the feminisms from 2015 onwards, we study collective feminist activities of a
critical nature to think about the processes of construction of social relations that
are not directly mediated by capital, with a special emphasis in creative processes.
Meetings, performances, aesthetic-political actions, construction of strikes and
demonstrations, are some of the actions here addressed to help us highlight the
overlaying between art, protest, design, bodies, and personal experiences,
especially in their intertwining with the categories of militancy and design. The
analysis, reflection and experience of such practices originated the fieldwork that
took place in this project, which was based on online workshops for women,
mediated by this researcher. The methodology of the workshops was designed to
highlight the role of the creative processes in the collective female experience.
Based on action-research and creative research, we propose to queerize design,
transgress practices, and expand the possibilities of field of action. The collective
practices proposed in our workshops created bonds of friendship and mentoring
based on sensitization, on the organization of women around common agendas, on
the strengthening of feminist consciences, all of which indicated that several of the
problems experienced by women in general are structural and collective, and not
individual and private. Lastly all of our field development took place remotely due
to the COVID-19 pandemic, which also added another (unexpected) layer of
complexity to our research.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:58905 |
Date | 10 May 2022 |
Creators | NINA REIS CORTES |
Contributors | DENISE BERRUEZO PORTINARI |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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