[pt] Em a Verdade e as Formas Jurídicas, transcrição de cinco conferências realizadas em 1973, Michel Foucault desenvolve a demonstração do vínculo entre os sistemas de verdade e as práticas sociais e políticas de onde eles provêm e onde se investem. Na análise dessa problemática o autor chega a destacar que só podem haver certos tipos de sujeito de conhecimento, certas ordens de verdade, certos domínios do saber a partir de determinadas condições sociais, políticas e históricas que são o solo em que se formam o sujeito, os domínios do saber e as relações com a verdade. Assim, as formas jurídicas - práticas judiciárias -são apresentadas como um dos campos de origem de modelos de verdade que circulam ainda pela sociedade, e que se infligem não somente no campo do domínio da política, como também no domínio do comportamento cotidiano e até na ordem da ciência. Questão, inclusive, que viria a ser largamente desenvolvida em Vigiar e Punir, lançado em 1975. O presente trabalho busca evidenciar que essa questão atravessa diversas obras de Foucault, como, por exemplo, em: História da loucura: na idade clássica, Vigiar e Punir, A história da loucura: a vontade de saber, Em defesa da sociedade; Segurança, Território
e População, e Nascimento da biopolítica. Cada época e cada livro testificando dispositivos próprios de enunciados e de visibilidades, formas de exterioridade, que se dispersam e se disseminam, arregimentadas em um diagrama de forças – o poder como exercício e o saber como regulamento. Problematizar o direito sob uma perspectiva não essencialista, em que a dimensão da historicidade e da multiplicidade assume papel capital. Pensar diferentemente, oferecendo novas formas de analisar o direito. Uma aposta na pluralidade, nas práticas sociais como produtoras de tipos de subjetividade, formas de saber e, por conseguinte, relações variadas entre o homem e a verdade Fortalece-se, assim, a possibilidade da criação, da invenção, da provisoriedade das coisas e da diferença. / [en] In Truth and Judicial Forms,series of lectures presented in 1973,
Michel Foucault conceive relationships between systems of truth and social
practices and policies where they come from and where they invest. During the
analysis of this problematic, the author notice that can only be certain types of
subject of knowledge, orders of facts,realms of knowledge from social, political
and historical conditions that are ground of formation of subject, realms of
knowledge and relations with truth. So, the judicial forms – practices- are
presented as one of the source models of truth that still circulated in society,
which influence policy, daily behavior and science. Matter that would be largely
developed in Discipline and Punish (1975). The present article is meant to
discuss that this proposition is evident through Foucault´s work, just like
in:History of madness in the classical age, Discipline and Punish, Society
Must Be Defended Security, Territory and Population and TheBirth of
Biopolitics Each season and each book testifying about own set of devices ad
visibilities, exteriority forms, that disperse and spread, regimented in a diagram of
forces – power as exercise and knowledge as regulation. Problematize the law in a
non-essentialist perspective, when the historic dimension assumes the place.
Think differently, offering a new form of law review. It is a bet in plurality, social
practices as a producer of types of subjective, forms of knowledge and different
relations between men and truth. It is a way to fortify possibilities of creation,
invention and the difference.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:23585 |
Date | 24 October 2014 |
Creators | JULIA HELIODORO SOUZA GITIRANA |
Contributors | FRANCISCO DE GUIMARAENS, FRANCISCO DE GUIMARAENS, FRANCISCO DE GUIMARAENS |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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