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[en] THE PEOPLE IN ARMS: DEMOCRACY AND VIOLENCE IN SPINOZA AND MARX / [pt] O POVO EM ARMAS: DEMOCRACIA E VIOLÊNCIA EM SPINOZA E MARX

[pt] A pesquisa pretende investigar as relações entre violência e democracia,
tendo como referência principal os pensamentos de Spinoza e Marx.
Abordaremos, no primeiro capítulo, alguns de seus conceitos, que entendemos
fundamentais para a compreensão teórica e prática da política. A partir de
conceitos como imanência, conatus e modo de produção, vemos que a política
emerge das relações estabelecidas entre os seres humanos para produzir os meios
de perseverar na existência e das características histórico-naturais da sociabilidade
humana, nas suas duas expressões centrais: cooperação e conflito. A violência dos
conflitos e das causas exteriores, bem como o modo particular de cooperação
estabelecido para enfrentá-los, são elementos da constituição do corpo social, o
que é objeto do segundo capítulo, onde analisamos as relações entre capitalismo,
violência, soberania e direito. Neste capítulo, estudamos a violência fundadora da
soberania do Estado e das relações de produção capitalistas, avançando na direção
de compreendê-la como obstáculo à realização radical da democracia.
Observamos, ademais, que o obstáculo da violência soberana e das relações de
produção retrocede quando desafiado pela potência do povo armado. Apesar
disso, as relações entre as explosões populares violentas e a democracia seguem
contraditórias. No terceiro e último capítulo, enfrentamos esta contradição e
procuramos entender em que medida as relações entre os corpos armados e o
poder popular constituem, ao mesmo tempo, ameaça para a radicalização da
democracia e esperança de sua realização. / [en] The research aims to investigate the relationship between violence and
democracy, having as a main reference the thoughts of Spinoza and Marx. We
approach, in the first chapter, some of its concepts, which we understand as
fundamental for a theoretical and practical comprehension of democracy. From
concepts like immanence, conatus and mode of production, we see that politics
emerges within the relations established between human beings to produce the
means to persevere in existence, and from historical and natural characteristics of
human sociability, in its two central expressions: cooperation and conflict. The
violence of conflicts and external causes, as well as the particular mode of
cooperation established to confront them, are elements of the constitution of the
social body, which is the subject of the second chapter, where we analyze the
relationship between capitalism, violence, sovereignty and law. In this chapter, we
study the founding violence of state sovereignty and capitalist relations of
production, advancing towards understanding it as an obstacle to the achievement
of radical democracy. We observed, moreover, that the obstacle of sovereign
violence and relations of production back when challenged by the armed power of
the people. Nevertheless, the relationship between democracy and violent popular
explosions remains contradictory. In the third and final chapter, we face this
contradiction, as we seek to understand the extent to which relations between the
armed bodies and the popular power constitutes, at the same time, a threat to the
radicalization of democracy and the hope for its realization.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:13921
Date24 July 2009
CreatorsALEXANDRE PINTO MENDES
ContributorsJOAO RICARDO WANDERLEY DORNELLES
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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