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A participação feminina na força de trabalho em economias em desenvolvimento: uma comparação entre o Brasil e a Índia / The female workforce in developing economies: a comparative study in Brasil and India

Em praticamente todo tipo de medida global (participação, produtividade, renda e ocupação), as mulheres são mais economicamente excluídas do que os homens. De acordo com a teoria econômica feminista (NELSON; 1995, FIGART;2005), estas desvantagens são o resultado de desigualdades que se refletem em todas as áreas da vida social, relegando as mulheres a piores trabalhos e mais horas de trabalho em atividades pagas e não remuneradas, apesar do que afirma o pensamento racional econômico. Este trabalho se baseia na hipótese de uma relação em U da função do PIB e da participação feminina na força de trabalho (BOSERUP; 1975, MADEIRA; SINGER, 1975, GOLDIN; 1994, MAMMEN; PAXSON, 2000) encontrada em duas economias em desenvolvimento - o Brasil e a Índia para o ano de 2011 das pesquisas da PNAD e NSS respectivamente. Discutimos se esta hipótese pode ser aplicada para tentar explicar como opera a participação feminina na força de trabalho destes países. Utilizamos as abordagens interseccional (CRENSHAW, 1989) e categórica (MCCALL, 2005) para analisar igualmente os subgrupos populacionais (educação, raça, localidade e estado) e investigar se a renda dos domicílios em cada país pode ser uma medida suficiente para explicar a participação feminina. Desta forma, relevando que características culturais, demográficas, e históricas parecem ser fatores que podem explicar o papel atribuído à mulher na sociedade e como estas variáveis podem influenciar sua participação na força de trabalho. / In almost every kind of measurement (participation, productivity, earning and occupation) women are more economically excluded than men. Almost half of women\'s working potential is unutilized, wasting 1 billion women workers worldwide in the next decade1. According to feminist economics theory (NELSON; 1995, FIGART; 2005) these disadvantages are a result of inequalities that are reflected in all areas of social life, relegating women to worse jobs and longer worked hours in paid and unpaid activities, despite the rational economic thought. This work builds on the hypothesis of an U-shape relation found in two developing economies, Brazil and India, for the year of 2011 of PNAD and NSS researches respectively. The function of a country\'s GDP (economic development stage) and the female participation in the workforce is U-shaped (BOSERUP; 1975, MADEIRA; SINGER; 1975, GOLDIN;1994, MAMMEN; PAXSON, 2000). We discuss whether this theory can be applied to explain the female workforce participation in these nations. Furthermore, through the intersectional (CRENSHAW, 1989) and categorical (MCCALL, 2005) approaches we analyse subgroups (education, race, location, and state) to asses if the household income is a sufficient measure to explain the female workforce participation in both nations, since cultural, demographic and historical characteristics seem to be relevant to explain the role attributed to women in a society and how these variables can bias the female worforce.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-13042017-112730
Date08 February 2017
CreatorsVeronica Deviá
ContributorsAdriana Schor, Eva Alterman Blay, Ana Claudia Polato e Fava
PublisherUniversidade de São Paulo, Relações Internacionais, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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