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A personagem negra e a identidade cultural e literária em contos brasileiros e angolanos / The black character and the cultural and literary identity in brazilian and angolan tales

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Previous issue date: 2010-09-28 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This dissertation presents a comparative study of tales of contemporary angolan and brazilian literatures, having as object of reflection the presence of black character and the construction of cultural identity and literary. The corpus consisted of two brazilian tales: "Civilization" by Oswaldo de Camargo (O carro do exito, 1972) and "Benedict said by saying" (Negros em contos, 1996), writer Cuti; and two angolan tales: "Blacks do not know how to eat lobster" (Fronteiras perdidas, 1998), by José Eduardo Agualusa, and "The Colonel's Building of the Dog" (Kasakas & cardeais, 2002), writer Jacques Arlindo dos Santos. The literary forms of these short stories, especially the issue of black character as a subject of speech by the light of studies of Bakhtin, were factors in the construction of identity of the character, beyond representation of collective memory in the narrative structure through confrontation between the discourses the narrator and the characters. Considered the cultural diversity of the two countries, Brazil and Angola, it was possible to observe a distinction regarding the construction of identity of black people in relation to the narrative spaces, in its cultural redefinition. It was found that the search of identity took different traits because the black character of the brazilian tales belong to an area of loan, which is not african, while the black character of the angolan tales is inserted in the african space, of belonging. However, analysis of the tales revealed a common thread between the two literatures, namely, its literary marginality. About the theoretical foundation, the theme of cultural and literary identity were the subject of some determinants researches for this study, specially of the Zila Bernd (1987/1988), Domicio Proença Filho (2004), Eduardo de Assis Duarte (2009), Inocencia Mata (2006), Maria Luiza Pereira Scher (2007) and Renato Ortiz. In the specific field of cultural studies and collective memory, Stuart Hall (2003/2006), Homi K. Bhabha (2007), Maurice Halbwachs (1950) and Paul Ricoeur (2007) were vital presences. Although confirmed the undeniable quality and value of literary short stories studied, their literary marginality emphasizes the need for critical studies that have focused on the so-called black literature, in the brazilian case, and the angolan literature, especially as regards their literary identity commonly overlooked / Este trabalho apresenta um estudo comparado entre contos contemporâneos das literaturas
brasileira e angolana, tendo por objeto de reflexão a presença da personagem negra e a
construção de identidade cultural e literária. O corpus constituiu-se por 2 contos brasileiros:
Civilização , de Oswaldo de Camargo (O carro do êxito, 1972) e O dito pelo dito
Benedito (Negros em contos, 1996), do escritor Cuti; e 2 contos angolanos: Os pretos não
sabem comer lagosta (Fronteiras perdidas, 1998), de José Eduardo Agualusa e O coronel
do Prédio do Cão (Kasakas & cardeais, 2002), do escritor Jacques Arlindo dos Santos. As
formas literárias inscritas nesses contos, especialmente a questão da personagem negra como
sujeito do discurso à luz dos estudos baktinianos, constituíram-se em fatores construtivos da
identidade da personagem, além da representação da memória coletiva na estrutura narrativa
por meio do confronto entre os discursos do narrador e os das personagens. Considerada a
diversidade cultural dos dois países, Brasil e Angola, foi possível constatar uma distinção
quanto à construção da identidade das personagens negras em relação aos espaços narrativos,
em sua ressignificação cultural. Verificou-se que a busca identitária configurou-se distinta
porque a personagem negra dos contos brasileiros pertence a um espaço de empréstimo,
que não é o africano, ao passo que nos contos angolanos a personagem negra está inserida
no espaço africano, de pertencimento. Entretanto, a análise dos contos revelou um ponto
em comum entre as duas literaturas, nomeadamente, sua marginalidade literária. Quanto à
fundamentação teórica, o tema da identidade cultural e literária foi alvo de alguns estudos
determinantes para a pesquisa como os de Zilá Bernd (1987/1988), Domício Proença Filho
(2004), Eduardo de Assis Duarte (2009), Inocência Mata (2006), Maria Luiza Scher Pereira
(2007) e Renato Ortiz. No campo específico dos estudos culturais e da memória coletiva,
Stuart Hall (2003/2006), Homi K. Bhabha (2007), Maurice Halbwachs (1950) e Paul Ricoeur
(2007) foram presenças imprescindíveis. Apesar de confirmada a inegável qualidade e valor
literário dos contos estudados, sua marginalidade literária coloca em relevo a necessidade de
estudos críticos que tenham por foco a denominada literatura negra, no caso brasileiro, e a
literatura angolana, especialmente no que se refere à sua identidade literária, comumente
esquecida

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14649
Date28 September 2010
CreatorsTreml, Sônia
ContributorsOliveira, Maria Rosa Duarte de
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, PUC-SP, BR, Literatura
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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