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Economia solidária e aprendizagem dialógica : práticas de participação e autogestão e necessidade de uma outra EJA

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Previous issue date: 2009-02-26 / Financiadora de Estudos e Projetos / In this research we seek to investigate the development practice done by Unesp Development Center among settled people of Grupo Viverde de Agroecologia in order to form a community venture (EES). The development process has been done since January 2008, at Terra Nossa Settlement, located between the cities of Bauru and Pederneiras, state of Sao Paulo. It is connected to the Domestic Farming Federation (FAF) which was founded to promote a better life to its participants and to generate earnings through work done in the settled land. In the present time it involves twelve families from the settlement, those who produce food in agroecological transition in their lots. The families have weekly meetings to sell the products in baskets and to determine ways of development by acquiring different habilities and skills to set a community venture. In this context the research segmented two main concepts. The first concept is the mutual economy, for embracing the extended development as an educative and political process, for configuring itself as a wide range of work practices based on solidariety and on the self management; also by having the purpose of ensuring an amplified reproduction of life by overcoming the capitalist relations. The second concept is the dialogical learing, for allowing a deeper insight of the development process as it establishes itself in the center of the theories of Freire s dialogicity and Habermas communicative action, conceiving that everyone can dialog and communicate, educating themselves in the interactions in order to accept themselves as subjects and producing personal changes thus overcoming social differences. Hence, the dialogical learning gives evidences to cultural intelligence which is important to the fair dialog that connects to the instrumental dimension and then promoting solidariety, creating sense and the struggle for social equality regarding the social differences. Consistently with the theoretical focus, the chosen research methodology is the critical-communicative whose strictness is reached by the intersubjective dialog between researcher and subjects, among intertwined theoretical understandings with those risen from life. The required dialogic and shifting posture claims that the subjects take part from the point of defining the research queries to the data analysis. As a result, along with the four subjects from the Grupo Viverde who worked with us during the research (two women and two men), we determined to answer the question which factors are obstacles and which ones are shifting factors in order to start up an agro-ecological community venture from the development process focusing the self management and group participation? . The dialogically reached results gave evidence that there are many shifting factors in the developing process such as the overestimation of cultural intelligence, the gain of self esteem for settled people and the agro-ecology expansion in the settlement. As a contrast, there were obstacles since some subjects focused more on capitalizing and the lack of expertise by others derived from the biased schooling model promoted by EJA, which is incompatible to adults intelligence and educational and professional needs. To think about overcoming this obstacle, we aspire an EJA based on the dialogical learning. This way, we intend to contribute to the educational insight in this development process and others as well. / Nesta pesquisa buscamos investigar a prática de incubação realizada pela incubadora da Unesp com assentadas/os do Grupo Viverde de Agroecologia, objetivando formar um empreendimento econômico solidário (EES). A incubação realiza-se desde janeiro de 2008, no assentamento Terra Nossa, localizado nos municípios de Bauru e de Pederneiras (SP) e vinculado à Federação da Agricultura Familiar. Aquela nasceu mediante a busca por melhorar a vida e gerar renda com o trabalho na terra conquistada. Atualmente envolve doze famílias do assentamento, as quais produzem alimentos em transição agroecológica nos seus lotes e reúnem-se semanalmente para comercializá-los na forma de cestas, bem como para decidir os caminhos da incubação e buscar aprender diferentes habilidades importantes para consolidarem um EES. Diante desse contexto, a pesquisa articulou especialmente dois conceitos. O de economia solidária, por abarcar a incubação entendida como um processo educativo instrumental e político, por se configurar como uma constelação de práticas de trabalho com eixos na solidariedade e na autogestão e por ter o objetivo de garantir a reprodução ampliada da vida, superando as relações capitalistas. E o de aprendizagem dialógica, por permitir aprofundar no conhecimento do processo de incubação, ao basear-se centralmente na teoria da dialogicidade de Freire e na da ação comunicativa de Habermas, concebendo que todas as pessoas podem se comunicar e dialogar, educando-se nas interações, para assumirem-se como sujeito, produzindo mudanças pessoais e superando desigualdades sociais. Assim, a aprendizagem dialógica evidencia a inteligência cultural, importante para o diálogo igualitário que se une à dimensão instrumental, promovendo solidariedade, criação de sentido, e a luta pela igualdade social com respeito às diferenças culturais. Coerentemente com este enfoque teórico, a metodologia de pesquisa que elegemos foi a comunicativa crítica, cuja rigorosidade é alcançada pelo diálogo intersubjetivo entre pesquisadora/or e sujeitos, num entrecruzamento de compreensões teóricas com as emergidas do mundo da vida. A postura dialógica e transformadora exigida para isso requer que os sujeitos participem desde a definição da pergunta de pesquisa até a análise dos dados. Dessa maneira, com os quatro sujeitos do Grupo Viverde que conosco trabalharam na pesquisa (duas mulheres e dois homens), definimos responder à pergunta quais fatores são obstáculos e quais são transformadores para que construam um empreendimento econômico solidário agroecológico a partir da incubação, com foco na autogestão e na participação? . Os resultados, dialogicamente alcançados, evidenciaram que são muitos os fatores transformadores na incubação, como a valorização da inteligência cultural, o ganho de auto-estima de assentadas/os e a ampliação da agroecologia no assentamento. Em contraponto, foram verificados obstáculos como a priorização apenas do dinheiro por algumas pessoas e o não domínio de conhecimentos instrumentais por assentadas/os, resultado do modelo escolar segregador da EJA, incompatível com as necessidades e a inteligência de pessoas adultas. Pensando em superar este obstáculo, sonhamos uma EJA baseada na aprendizagem dialógica. Dessa maneira, pretendemos contribuir com o aprofundamento educativo desta e de outras práticas de incubação.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/2499
Date26 February 2009
CreatorsPereira, Kelci Anne
ContributorsLogarezzi, Amadeu José Montagnini
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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