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Previous issue date: 2015-03-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / In this study, we start from the observation that, in distinct positions, different memories
about the dictatorial times are brought back to present times. On the one hand, the slow
unfoldment of official documents from the Brazilian dictatorial times and the refusal to revise
the Amnesty Law – established in 1979, during the process of political opening initiated by
the regime – and, on the other hand, a large amount of material produced by the media about
the period or related to its themes build a discursive confrontation that introduces the
production (by the media) of a memory inserted between the democratic (the possibility of
“saying everything”, and the debate on the official level) and the silence (saying it on the
margins). Yet, the revision process of the Amnesty Law, in 2010, and the implementation of
the National Truth Commission, by the Federal Government, in 2012, serve as the base events
to create the possibility of commenting, analyzing and rewriting history, in addition to the
production of this/these memory/memories. Based on the theoretical propositions of the
French approach of Discourse Analysis, in line with studies on the memory of different fields
of the human and social sciences, we analyze in this study three types of materials: a) texts
that were produced in the dictatorial period, especially by the independent media, that are
constantly reproduced, republished and currently published (such as the magazine Pif Paf and
the newspapers O Pasquim and Ex-); b) special editions of the magazines and newspapers
published in the XXI century, besides documentaries and films that deal with facts relating to
that period; c) texts produced by the media resulting from the revision process of the Amnesty
Law and the establishment of the National Truth Commission. With that, we seek to
understand the role of memory to the production and (re)construction of the history of the
period in which Brazil was under military dictatorship, and the deepening of the democratic
society. As a result, we understand that memories of the Brazilian military dictatorship are
formed from a reordering, between opacity and visibility, of the ways of saying; in these 30
post-dictatorship years new discursive regimes emerged, enabling „to say the dictatorship‟,
which sets, in Brazil, a will of memory and a step towards the consolidation of its democracy. / Neste trabalho, partimos da observação de que, em distintas posições, diferentes memórias
sobre os tempos ditatoriais são resgatadas na atualidade. Por um lado, a abertura lenta de
documentos oficiais referentes ao período de ditadura militar no Brasil e a recusa em revisar a
Lei de Anistia, instituída em 1979 no processo de abertura política instaurado pelo regime, e,
por outro, a grande quantidade de material produzido pela mídia que trata do período ou de
temas atrelados a ele constroem um confronto discursivo que instaura a produção de uma
memória pela mídia inscrita entre o democrático (a possibilidade de “dizer tudo” e o debate
no âmbito oficial) e o silêncio (o dizer à margem). Ainda, o processo de revisão da Lei de
Anistia, em 2010, e a implementação da Comissão Nacional da Verdade pelo governo
Federal, em 2012, funcionam como acontecimentos-base, que criam a possibilidade do
comentário, de uma análise e reescrita da história, além da produção dessa(s) memória(s).
Com base, então, nas proposições teóricas da Análise do Discurso de linha francesa em
consonância com estudos sobre a memória em diferentes campos das ciências humanas e
sociais, analisamos neste trabalho três tipos de materiais: a) textos que foram produzidos no
período ditatorial, sobretudo pela mídia independente, e que são constantemente retomados,
reeditados e publicados atualmente (como exemplo, a revista Pif Paf e os jornais O Pasquim e
Ex-); b) edições especiais de revistas e jornais publicados no século XXI além de
documentários e filmes que tratam de fatos referentes àquele período; c) textos veiculados
pela mídia decorrentes do processo de revisão da Lei de Anistia e da instauração da Comissão
Nacional da Verdade. Com isso, buscamos compreender o papel da memória na produção e
(re)construção da história do período em que o Brasil esteve sob ditadura militar e no
aprofundamento da sociedade democrática. Como resultado, entendemos que memórias da
ditadura militar brasileira se formam a partir de uma reordenação, entre opacidade e
visibilidade, nas formas de dizer; nesses 30 anos pós-ditadura, novos regimes de
discursividade emergiram possibilitando um „dizer a ditadura‟, que configura, no Brasil, uma
vontade de memória e um passo para a consolidação de sua democracia.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/7586 |
Date | 20 March 2015 |
Creators | Sá, Israel de |
Contributors | Sargentini, Vanice Maria Oliveira |
Publisher | Universidade Federal de São Carlos, Câmpus São Carlos, Programa de Pós-graduação em Linguística, UFSCar |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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