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Creating dangerously: literature as an instrument of resistance in the works of Edwidge Danticat / Creating dangerously: literature as an instrument of resistance in the works of Edwidge Danticat

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo desta dissertação é discutir o lugar que o fazer literário ocupa no processo de resistência à poderes hegemônicos. Como fontes primárias centrais, foram escolhidos o romance histórico The Farming of Bones (1998) e a narrativa autobiográfica Brother, Im Dying (2007), ambos escritos pela autora haitiana-americana Edwidge Danticat. Em The Farming of Bones, Danticat reconstrói ficcionalmente o trágico e obscuro episódio ocorrido em 1937 quando o então ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo, ordenou o extermínio de todos os haitianos que residiam e trabalhavam em cidades dominicanas próximas à fronteira com o Haiti. O silêncio por parte dos governos de ambos os países em torno do massacre ainda perdura. A publicação do romance histórico de Danticat 61 anos após tal ato de terrorismo de Estado se torna, desta forma, exemplo de como o fazer literário e o fazer histórico podem fundir-se. Em Brother, Im Dying, Danticat narra a história da vida e da morte de suas duas figuras paternas, seu pai Andre (Mira) Dantica e seu tio Joseph Dantica (que a criou dos 4 aos 12 anos, no Haiti). Joseph, sobrevivente de um câncer de laringe, foi pastor batista e fundador de uma igreja e uma escola no Haiti. Morreu dois dias depois de pedir asilo político nos EUA e ser detido na prisão Krome, em Miami. Mira, que migrara no início da ditadura de François Duvalier para os EUA, onde trabalhou como taxista, morreu vítima de fibrose pulmonar poucos meses depois de seu irmão mais velho. Edwidge Danticat recebeu a notícia de que o quadro de seu pai era irreversível no mesmo dia em que descobriu que está grávida de sua primeira filha. Com uma escrita que abrange tanto a narrativa de si quanto a narrativa do outro, além das esferas públicas e privadas, Danticat cria em Brother, Im Dying um locus de fazer auto/biográfico que dialoga com questões de diáspora, identidade cultural e memória. Os ensaios publicados em Create Dangerously (2010) e as várias entrevistas concedidas por Danticat também reforçam meu argumento que Edwidge Danticat exerce seu papel de artista engajada através de seu fazer principalmente, mas não exclusivamente literário. Desta forma, a autora constrói uma possibilidade de resistência ao discurso hegemônico que opera tanto em seu país de origem quanto em seu país de residência. / The aim of this thesis is to discuss the place Literature may occupy in the process of resistance to hegemonic power. The literary works chosen to illustrate my main argument were the historical novel The Farming of Bones (1998) and the autobiographical narrative Brother, Im Dying (2007), both written by the Haitian-American woman author Edwidge Danticat. In The Farming of Bones, Danticat fictionalizes the tragic, and rather obscure, Parsley Massacre, which took place in the border side of the Dominican Republic in 1937. As both countries have remained silent about this act of State terrorism, the publication of Danticats historical novel 61 years after the event is exemplary of how literary acts may fill the gap left by historiography. In Brother, Im Dying Danticat narrates the story of the life and the death of her two father figures: her father Andre (Mira) Danticat and her uncle Joseph Dantica (who raised her for 8 years). Joseph, a throat cancer survivor and a pastor who founded both a church and a school in his neighborhood in Port-au-Prince, Haiti, dies while he was under the care of U.S. Customs and Border Protection, after requesting political asylum in the US. Her father Mira, who migrated in the first years of François Duvaliers regime to the US and worked there as a cab driver, dies a few months after his older brother. Danticat finds out that she is pregnant of her first daughter the same day that she hears that her fathers pulmonary fibrosis is in a terminal stage. In Brother, Im Dying, which encompasses the narrative of the self and the other and of public and private spheres, Danticat merges auto/biographical practices with questions related to diaspora, cultural identity, and the politics of memory. The essays in Create Dangerously (2010) as well as various interviews given by the author help reinforce my argument that Edwidge Danticat is an engaged artist who uses her art mainly, but not exclusively by means of her writings as an instrument of resistance to the hegemonic discourse present both in her place of origin and in her country of residence

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:3467
Date16 April 2013
CreatorsPriscilla da Silva Figueiredo
ContributorsLeila Assumpção Harris, Victor Hugo Adler Pereira, Sandra Regina Goulart Almeida
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Letras, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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