Return to search

Bem-estar subjetivo, resiliência e representações sociais no contexto do diabetes mellitus

Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2017-07-06T12:50:18Z
No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 2484992 bytes, checksum: ad34e0deb697608c62347d742972adb0 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-06T12:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 2484992 bytes, checksum: ad34e0deb697608c62347d742972adb0 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-22 / This thesis had as general objective to apprehend the social representations about diabetes and treatment developed by diabetics and to quantify the levels of Subjective Well-being (SWB) and resilience in this group of belonging. To achieve this, it was necessary to develop four studies, presented in the form of articles, three of them based on the Theory of Social Representations and one supported in the SWB and resilience constructs. The article 1 aimed to carry out a systematic review of the diabetes subsidized in the theory of Social Representations. Thus, a bibliographic survey was carried out by means of articles published in the databases GALE, SCIELO, MEDLINE and SCOPUS, between the years 2006 and 2016, using the combinations of descriptors "diabetes and social representations", "diabetes and representações sociais", and "diabetes and representaciones sociales". It was selected 9 articles, the results pointed to four main axes: (i) "Nutritional aspects"; (ii) "Diabetes and their settings"; (iii) "Support of the family members and the health professional" and (iv) "Consequences of diabetes". In short, the common-sense thinking conveyed in the revised articles was consensual about dietary difficulties. Despite the overvaluation of the need for food reeducation, there is a difficulty to its adherence due mainly to the emotional character. Regarding the support of the family and the health professional, it was observed that the overprotection by the first and that the lack of credibility in the medical team can interfere directly in the commitment of adherence to the treatment. The article 2 aimed to apprehend the social representations elaborated by people who have diabetes about the disease. As many as 31 people, with ages ranging from 34 and 76 years old (M = 55.68; SD = 11.6), who responded to a sociodemographic questionnaire and depth interview. The data were submitted to the Alceste software and analyzed using descriptive statistics and lexical analysis. The participants pointed out in their social representations were focused on the ignorance of diabetes, highlighting the surprise of the diagnosis, their representations were also anchored in nutritional and emotional factors which were permeated by negative emotions. Participants who used insulin have ratified responsibilities notions for the consequences of this disease, such as the case of the limbs amputation, those who did not used insulin described the disease linked to the triad of treatment (medication, dietary reeducation and physical activity). The article 3 aimed to analyze the social representations about diabetes mellitus and treatment elaborated by diabetics. The sample was composed of 104 participants with ages between 19 and 79 years (M = 56.16; SD = 13.01), who answered a sociodemographic questionnaire and the Free Word Association Test. The data were submitted to SPSS - 23.0 and Tri-deux-Mots software´s and analyzed using descriptive statistics and factorial correspondence analysis. The results showed that the consensus knowledge about diabetes does not differ from the scholarly knowledge. Regarding conception and treatment, diabetes was represented as a chronic disease related to blood sugar problems, mood swings and danger of life, like scientific knowledge. Treatment emerged in a manner associated to food control, adherence and maintenance of medical guidelines. It was possible to perceive consensual and discourse representations. The first ones concern the control that treatment requires. In the disbursals women focused on the disease associated with food restriction and mood swings and men associated diabetes with blood problems, life-threatening risks that may lead to death, and that they must obey the rules of treatment. The article 4 aimed to analyze the SWB and resilience in people with diabetes mellitus, it was applied the scales of SWB and resilience to 104 diabetic patients with a mean age of 56.16 years (SD = 13.01). The results showed that 65.4% of the participants presented high levels of SWB, with a higher mean for positive affects 3.65 (SD = 0.65); it was observed that most participants had high resilience (87.5%). It was found that the positive affect dimension of the BES scale correlated with the dimensions, actions and values (r = 0.58) and self-confidence (r = 0.23) of the resilience scale.The increase in the experience of positive emotions among the diabetics provided greater acceptance of themselves regarding the disease and its therapeutics. It is hoped that such studies will contribute to the construction of scientific knowledge from the perspective of the diabetic person, as well as to provide greater visibility to the disease regarding the elaboration of therapeutic practices focused on both their physical and emotional aspects. / Esta tese teve como objetivo geral apreender as representações sociais acerca do diabetes e tratamento elaboradas por pessoas diabéticas e quantificar os níveis do Bem-Estar Subjetivo (BES) e da resiliência nesse grupo de pertença. Para alcançá-lo, foi necessário desenvolver quatro estudos, apresentados em formato de artigos, três deles fundamentados na Teoria das Representações Sociais (TRS) e um respaldado nos construtos do BES e da resiliência. O artigo 1 objetivou realizar uma revisão sistemática acerca do diabetes com base no aporte teórico das Representações Sociais. Assim, realizou-se um levantamento bibliográfico através da busca de artigos publicados nas bases de dados GALE, SCIELO, MEDLINE e SCOPUS, entre os anos de 2006 e 2016, utilizando-se as combinações de descritores “diabetes and social representations”, “diabetes and representações sociais”, e “diabetes and representaciones sociales”. Foram selecionados 9 artigos, os resultados apontaram para quatro grandes eixos: (i) “Aspectos nutricionais”; (ii) “O diabetes e suas definições”; (iii) “Apoio do familiar e do profissional da saúde” e as (iv) “Consequências do diabetes”. Em suma, o pensamento do senso comum veiculado nos artigos revisados foi consensual no que diz respeito às dificuldades da dieta. Não obstante a supervalorização da necessidade da reeducação alimentar, existe uma dificuldade à sua aderência devido principalmente ao caráter emocional. Quanto ao apoio da família e do profissional da saúde, observou-se que a superproteção por parte da primeira e que a falta de credibilidade na equipe médica podem interferir diretamente no engajamento da adesão ao tratamento. O artigo 2 objetivou apreender as representações sociais sobre o diabetes elaboradas por pessoas que tem a doença. Participaram 31 pessoas com idades entre 34 e 76 anos (M= 55,68; DP= 11,6), que responderam a um questionário biossociodemográfico e à Entrevista em Profundidade. Os dados foram processados pelo software Alceste e analisados por meio da estatística descritiva e da análise lexical. Os participantes apontaram em suas representações sociais a falta de conhecimentos acerca do diabetes, destacando a surpresa do diagnóstico; suas representações também estiveram ancoradas em fatores nutricionais e emocionais os quais foram permeados por emoções de cunho negativo. Os participantes que utilizavam insulina ratificaram noções de responsabilidades voltadas para consequências da doença, como é o caso da amputação de membros e o grupo que não a utilizava descreveu a doença atrelada à tríade do tratamento (medicação, reeducação alimentar e atividade física). O artigo 3 objetivou analisar as representações sociais sobre o diabetes mellitus e seu tratamento elaboradas por pessoas diabéticas. A amostra foi constituída por 104 participantes com idades entre 19 e 79 anos (M= 56,16; DP= 13,01), que responderam a um questionário biossociodemográfico e à Técnica de Associação Livre de Palavras. Os dados foram computados pelos softwares SPSS - 23.0 e Tri-deux-Mots e analisados por meio da estatística descritiva e análise fatorial de correspondência. Os resultados apontaram que o conhecimento consensual acerca do diabetes não difere do saber erudito. No que tange à concepção e ao tratamento, o diabetes foi representado enquanto doença crônica relacionada a problemas de açúcar no sangue, oscilação de humor e perigo de vida, à semelhança do conhecimento científico. O tratamento emergiu de forma associada ao controle alimentar, adesão e manutenção das orientações médicas. Foi possível perceber representações consensuais e discensuais. As primeiras, dizem respeito ao controle que o tratamento exige. Nas discensuais, as mulheres focaram a doença associada à restrição alimentar e à oscilação de humor e os homens associaram o diabetes a problemas no sangue, perigo de vida que pode levar à morte e que devem obedecer às regras do tratamento. No artigo 4 objetivou-se analisar o BES e a resiliência em pessoas com diabetes mellitus, foram aplicadas as escalas de BES e de resiliência a 104 diabéticos com idade média de 56,16 anos (DP= 13,01). Os resultados evidenciaram que 65,4% dos participantes apresentaram altos níveis de BES, com maior média para os afetos positivos 3,65 (DP = 0,65); quanto à resiliência, observou-se que a maioria dos participantes possui alta capacidade de resiliência (87,5%). Constatou-se que a dimensão afeto positivo da escala BES correlacionou-se com as dimensões, ações e valores (r= 0,58) e autoconfiança (r= 0,23) da escala da resiliência. O aumento da vivência de emoções positivas entre os diabéticos propiciou maior aceitação de si no tocante à doença e sua terapêutica. Espera-se que tais estudos contribuam para a construção do conhecimento científico partindo da perspectiva da pessoa diabética, assim como proporcione maior visibilidade à doença no que tange à elaboração de práticas terapêuticas voltadas tanto para seus aspectos físicos, quanto emocionais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/9056
Date22 March 2017
CreatorsCosta, Fabrycianne Gonçalves
ContributorsCoutinho, Maria da Penha de Lima
PublisherUniversidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UFPB, Brasil, Psicologia Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation7304211197885395406, 600, 600, 600, -4612537233970255485, 3411867255817377423

Page generated in 0.0036 seconds