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Os surdos de Aracaju : observação do discurso cultural e identitário dentro do contexto social ouvinte

This work is a field research with the deaf in Aracaju, from the observation of the speech of the leaders of the capital, where there are two terms that are thoroughly discussed extensively in anthropology, whether, culture and identity. Given this, we raise the following questions: what is the origin of this common discourse produced in the social circles of Sergipe deaf? What the place and meaning that the sign language occupies in what they call "culture and deaf identity" '. Once it was realized that this speech came from a larger context, we propose the following objective: the light of anthropology to observe the deaf from Aracaju to ascertain how they are adhering to the cultural discourse and national identity and are positioning themselves ahead of surrounding society. Thus, in the first chapter, we came to find out how to use the two terms in the trajectory of this minority, in appropriating the historiography because we believe that many images are carved through the literature and this can perpetuate itself even beyond national borders. Use of interdisciplinary areas related to authors, both deaf and hearing, are playing in the literature that a portrait of the deaf. In the second chapter we sought to identify the terms culture and identity are addressed by anthropologists, and whether or not they were used properly investigated by the community. And in the third chapter, using ethnography, we record the movements, meeting spaces and social practices that subject, where the emphasis was learned sign language as a major brand identity. What can we conclude from this research is that, due to the stereotypical treatment of this individual in the historical course was designed, socially speaking, an image of helpless. And this subject, not accepting the data labels, teamed up in favor of the reversal of this image. So have forged, reproduced terms that distinguished them from hearing society, and through the linguistic attribute demonstrated their distinct brand identity. We also understand that beyond the distinction between language and the deaf have different cultural elements of us listeners, such as how to name your subjects. And by that very condition of solitary confinement, when they are born into families that do not use pounds, lose much of that is transmitted orally, ie, there is a loss of cultural transmission in which the group is inserted. But once together with their peers is an identification and strengthening. We could say that the deaf not have a culture and identity, but cultures and identities. / Este trabalho trata-se de uma pesquisa de campo com os surdos de Aracaju, partindo da observação do discurso dos líderes da capital, onde surgem exaustivamente dois termos que são amplamente discutidos na antropologia, quer sejam, cultura e identidade. Diante disto, levantamos as seguintes questões norteadoras: qual a origem deste discurso comum produzido nos círculos sociais dos surdos sergipanos? Qual o lugar e o sentido que a língua de sinais ocupa no que denominam cultura e identidade surda ?. Uma vez que se constatou que este discurso provinha de um âmbito maior, propomos o seguinte objetivo: à luz da antropologia observar os surdos de Aracaju a fim de averiguar como estes vêm aderindo ao discurso cultural e identitário de âmbito nacional e vêm se posicionando frente à sociedade envolvente. Assim, no primeiro capítulo, procuramos averiguar como surgiu a utilização dos dois termos na trajetória desta minoria, nos apropriando da historiografia por entendermos que muitas imagens são esculpidas através da literatura e por isto podem se perpetuar até mesmo fora das fronteiras nacionais. Utilizamos da interdisciplinaridade com autores de áreas afins, tanto surdos como ouvintes, que vêm reproduzindo na literatura um retrato do surdo. No segundo capítulo procuramos identificar como os termos cultura e identidade são abordados por antropólogos, e se eram ou não utilizados de forma adequada pela comunidade pesquisada. E no terceiro capítulo, utilizando da etnografia, procuramos registrar os movimentos, espaços de encontro e as práticas sociais desse sujeito, onde se averiguou o destaque dado a língua de sinais como maior marca identitária. O que podemos concluir desta pesquisa é que, devido ao tratamento estereotipado desse indivíduo no percurso histórico foi projetada, socialmente falando, uma imagem de incapaz. E que este sujeito, não aceitando os rótulos dados, irmanaram-se em prol da reversão desta imagem. Assim criaram vínculos, reproduziram termos que os distinguiam da sociedade ouvinte, e através do atributo lingüístico distinto demonstraram sua marca identitária. Entendemos também que além da distinção lingüística, os surdos possuem elementos culturais diferenciados de nós ouvintes, como a forma de nomear seus indivíduos. E que pela própria condição de incomunicabilidade, quando nascem em famílias que não utilizam a Libras, perdem muito do que se é transmitido pela via oral, ou seja, há um prejuízo de transmissão cultural do grupo no qual está inserido. Mas, uma vez juntos aos seus pares há uma identificação e fortalecimento. Poderíamos dizer que os surdos não têm uma cultura e identidade, mas culturas e identidades. Palavras-chave: identidade, cultura, surdo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/3188
Date04 April 2012
CreatorsOliveira, Daisy Mara Moreira de
ContributorsSogbossi, Hippolyte Brice
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Antropologia, UFS, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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