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A face amável do Deus terrível: uma hermenêutica do confronto a partir do imaginário bíblico

Esse trabalho tem, por objetivo, reconhecer as estruturas que usam o imaginário divino para legitimar a perpetuação do poder. Para essa compreensão foi usada a hermenêutica filológica e historiográfica modernas, sensíveis às estruturas e manipulações ideológicas. Filologia, segundo Bakhtin e Benveniste, e historiografia para a escola de Annáles. De posse dessas perspectivas hermenêuticas, foi possível avançar em direção ao imaginário bíblico. A Bíblia foi entendida como instrumento de controle usado para legitimar as estruturas de poder do mundo antigo. Nessa pesquisa, o imaginário do mundo antigo figurou como uma espécie de teologia global, em que o imaginário de um Deus Terrível era usado, nas nações do Crescente Fértil, para legitimar a dominação e a perpetuação do poder. Por fim, apoiado na hermenêutica dialógica, foi possível confrontar o imaginário do Deus Terrível com o Deus Amável. A escrita do Segundo Testamento segue os textos de resistência da Bíblia Hebraica e revelam uma dimensão dialógica. O Deus Amável é uma resposta ao Deus Terrível pregado pela ideologia dominante. Essa reflexão permitiu a releitura de diversos textos de confronto para recuperação do sentido. Essa pesquisa é relevante para a prática pastoral, pois a leitura comunitária da Bíblia ainda não percebeu as manipulações ideológicas em que o texto foi produzido. / That work has, for objective, to recognize the structures that use the imaginary divine to legitimate the perpetuation of the power. For that understanding it was used the modern philological historiografic hermeneutics, sensitive to the structures and ideological manipulations. Philology, according to Bakhtin and Benveniste, and historiography to the school of Annáles. Of ownership of those perspectives hermeneutics, it was possible to move forward towards the imaginary biblical. The Bible was understood as a control instrument used to legitimate the structures of power of the old world. In that research, the imaginary of the old world was represented as a kind of global theology, in that the imaginary of a Terrible God was used, in the nations of the Fertile Crescent, to legitimate the dominance and the perpetuation of the power. Finally, leaning in the dialogical hermeneutics , it was possible to confront the imaginary of Terrible God with Kind God. The writing of the second testament follows the texts of resistance of the Hebraic Bible and they reveal a dialogical dimension. Kind God is an answer to Terrible God preached by the dominant ideology. That reflection allowed the re-read of several confrontation texts for recovery of the meaning. That research is relevant for the pastoral practice, because the community's reading of the Bible still didn't notice the ideological manipulations in that the text was produced.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:est.edu.br:437
Date04 July 2013
CreatorsEduardo Sales de Lima
ContributorsVerner Hoefelmann, Flavio Schmitt
PublisherFaculdades EST, Programa de Teologia, EST, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do EST, instname:Faculdades EST, instacron:EST
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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