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Das fórmulas ao nome: bases para uma teoria da sexuação em Lacan / From formulas to naming: conceptual bases for a sexuation theory in Lacan

A presente tese tem por objetivo a explicitação de bases conceituais que sustentem uma nova leitura da teoria da sexuação. O texto busca investigar a origem e extrair consequências da máxima o ser sexual só se autoriza de si mesmo e de alguns outros, enunciada por Lacan no seminário Os não-bestas erram, num exercício de redescrição das fórmulas da sexuação a partir de um dizer. Visando sublinhar a dimensão processual da sexuação, elegeu-se o conceito de identificação como método e realizouse um levantamento de suas incidências junto aos registros real, simbólico e imaginário ao longo do ensino de Lacan. No primeiro capítulo, discutiu-se a influência de Marcel Proust na concepção lacaniana que liga a autorização sexuada ao grupo e o paralelo entre a sexuação e a autorização do psicanalista. Buscou-se, junto a modalidades de luta por reconhecimento social e político de gêneros não inteligíveis, um modelo de grupo que Lacan precisa como aquele de um real recentemente emergido. No segundo capítulo, retraçaram-se as origens das noções de significante (na ideia de constelação simbólica), grande Outro (descrito inicialmente como grandes Outros) e lei simbólica (e sua indissociável relação com a norma em Lévi-Strauss), buscando demonstrar de que forma a alteridade simbólica que localiza a posição do sujeito sexuado é plural e baseia-se na variabilidade dos elementos num dado sistema estrutural. O último capítulo buscou apresentar, tanto em Freud como em Lacan, o papel fundamental dos semelhantes no processo de assunção sexual, bem como discutiu a autorização em termos de uma precipitação presente tanto no estádio do espelho quanto no momento de concluir do tempo lógico. Por fim, uma discussão relativa à noção de sinthoma demonstrou a centralidade do ato de nomeação enquanto instância que enoda os três registros da sexuação / This thesis aims to detail the conceptual bases for a new reading of Lacans sexuation theory. We intent to investigate the genesis and consequences of the proposition The sexed being is only authorized by him/herself and by some others, uttered by Lacan on his seminar Les non-dupes errant, as he describes the formulas of sexuation in terms of a saying. In order to underscore the sexuations processual dimension, the concept of identification was turned into a methodological tool as we proceed an analysis of its incidences among the registers of the real, symbolic and imaginary in Lacans teaching. On our first chapter, weve discussed the sexuation and its parallel with the analysts authorization as well as Marcel Prousts influence on the lacaninan relation between sexed authorization and the question of the group. Gender related social and political struggles were taken as a model of the lacanian notion of group as an real recently emerged. On our second chapter, weve explored the origins of the notions of signifier (from the idea of symbolic constellation), big Other (initially described as big Others) and symbolic law (and its inseparable relation with the norm in Lévi-Strauss), to indicate how the symbolic alterity that locates the sexed subjects position is plural and based on the elements variability at one given structural system. The last chapter presents the fundamental role of the neighbors on the sexual assumptions process and discusses the authorization in terms of an anticipation found in both mirror stage and the logical times moment of concluding. Lastly, an analysis of the notion of sinthome has shown the centrality of the act of naming as an instance that knots the three registers of the sexuation

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-12012018-174515
Date26 October 2017
CreatorsAmbra, Pedro Eduardo Silva
ContributorsSilva Junior, Nelson da
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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