Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciênicas Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T22:19:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
296777.pdf: 4228661 bytes, checksum: 0dea9378b34975e780e61a4b234324c4 (MD5) / A doença de Parkinson (DP) é a doença neurodegenerativa motora mais prevalente na população, com maior incidência nos idosos. Algumas características importantes desta doença, como o seu caráter progressivo, a presença de sintomas não motores que em grande parte não respondem aos fármacos antiparkinsonianos disponíveis atualmente, e a perda de eficácia e o aparecimento de efeitos colaterais sérios após o tratamento crônico com fármacos dopaminérgicos, representam verdadeiros desafios às comunidades clínica e acadêmica. Existe um grande esforço na busca de agentes neuroprotetores e modificadores da DP, ou que aliviem os efeitos colaterais do tratamento, principalmente as discinesias, associados ao uso crônico daL-DOPA. Nas últimas duas décadas, um número crescente de trabalhos clínicos e experimentais tem sugerido o potencial do exercício físico como um agente paliativo ou adjuvante na DP. Os resultados desta tese demonstram que a capacidade neuroprotetora do exercício físico é dependente do modelo experimental utilizado, sendo observada em camundongos hemiparkinsonianos após lesão unilateral com 6-OHDA intra-estriatal. A prevenção da disfunção mitocondrial e do estresse oxidativo são mecanismos potencialmente envolvidos nesta ação neuroprotetora do exercício. Por outro lado, o mesmo protocolo de corrida em esteira durante seis semanas não protegeu a degeneração da via nigro-estriatal induzida pelo tratamento intranasal com MPTP em camundongos.Além disso, foi possível caracterizar uma série de propriedades modificadoras do exercício nos modelos experimentais da DP utilizados no presente estudo. O exercício em esteira ergométrica durante seis semanas atenuou os prejuízos motores e cognitivos induzidos, respectivamente, pela administração intra-estriatal de 6-OHDAe intranasal de MPTP em camundongos. Enquanto o exercício voluntário durante 14 dias em rodas de correr reduziu a severidade das discinesias induzidas pelaL-DOPA em camundongos hemiparkinsonianos. Estes benefícios foram acompanhados de importantes modificações na plasticidade dos núcleos da base dos animais exercitados. O exercício melhorou a função da via indireta dos núcleos da base nos animais tratados com MPTP, através do aumento do número e resposta de receptores do tipo D2 para dopaminae da diminuição do turnover dopaminérgico. O exercício também preveniu modificações na neurotransmissão glutamatérgica e sinalização intracelularno estriado,potencialmente envolvidas no desenvolvimento das discinesias induzidaspelaL-DOPA. Em conjunto, os resultados do presente estudo indicam o potencial do exercício físico como um agente modificador da DP, sendo este capaz de aliviar os prejuízos motores e cognitivos em animais submetidos a modelos experimentais da DP, além de diminuir as discinesiasinduzidas pelo tratamento comL-DOPA, enquanto a neuroproteção ainda permanece controversa.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/95206 |
Date | January 2011 |
Creators | Aguiar Júnior, Aderbal Silva |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Prediger, Rui Daniel Schröder, Santos, Adair Roberto Soares dos |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | xxiv, 136 p.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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