This work, containing reflections on human-nature relationship, the perspective of the process of capitalist accumulation and in the light of geographical science and of Marxist theory , aims to analyze the relations between the state and capital , implied in the process that defines the commodification of landscape from the natural activity of ecotourism in the National Parks that are part of the National System of Conservation Units . It is noted therefore that the State, in view of the continuing need for capital expansion and responding to changes of modern times, proposed to be implemented in the National Parks and its environs, ecotourism as an economic activity capable of promoting " sustainable development . " However, this activity is the type of tourism in which nature itself is a commodity that should be consumed. The interference of the commodification of natural landscapes in the production of space these protected areas and their surroundings, with the territorial capital of the tourism demands geographers reflect the purpose of the particularities of results and contradictions of this process that transforms these spaces of accumulation territories of ecotourism, before the regime of flexible accumulation of the capital system, but also imposes question what defines it. And in this sense, it is necessary to note that the analysis of reality, without disregarding the changes observed with the rise of postmodern cultural forms, maintains the central argument is that the relationship between the state and capital that define this process. Besides the growth of visitation to National Parks, some observed in recent years related to public policy, such as a result of investments made in the Parks Program Guide , as well as related to private initiative , as investments made in some of these initiatives Conservations Units by companies that have the issue of support visitation services , supporting the continuum of this process . However, nothing guarantees that this will evolve in the future to the point of being mean to restructure the space of all the National Parks and its environs, which generally constitute the traditional territories of several and / or productive leisure activities, there view are the capitalists who, following the logic of capital, make the choices of the spaces in which they will realize their investments. The analysis highlights the fact that the actions of the State, for the development of ecotourism in protected areas that category were not followed in many of these by significant capital expenditures. But it should be noted that even before being perceived any significant interference with the territorial capital ecotourism in many National Parks, these conflicts of interests related to this process are observed, like the conflicts arising from the expropriation of areas with natural landscapes of great scenic beauty that must be turned into tourist attractions. Therefore, it is important to pay attention to the mystification around ecotourism, as well as the need to evaluate the results of this territorialization in the production of space based on social interest. And since the process being analyzed in this work, is ongoing, or even just begins, there is no pretense to launch definitive conclusions about the same, making it necessary to indicate its further analysis. / Este trabalho, contendo reflexões em torno da relação homem-natureza, na perspectiva do processo de acumulação capitalista e à luz da ciência geográfica e da teoria marxista, objetiva analisar as relações entre o Estado e o capital, subentendidas no processo que define a mercantilização da paisagem natural a partir da atividade do ecoturismo nos Parques Nacionais que integram o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Nota-se, deste modo, que o Estado, atendendo à necessidade contínua de expansão do capital e respondendo às mudanças dos novos tempos, propõe que seja implementado nos Parques Nacionais e em seus entornos, o ecoturismo como uma atividade econômica capaz de promover o desenvolvimento sustentável . Entretanto, esta atividade é a modalidade de turismo na qual a natureza, em si, é a mercadoria que deve ser consumida. A interferência da mercantilização das paisagens naturais na produção do espaço dessas Unidades de Conservação e dos seus entornos, com a territorialização do capital turístico, exige dos geógrafos refletir a propósito das particularidades, dos desencadeamentos e das contradições desse processo que transforma esses espaços de acumulação em territórios do ecoturismo, diante do regime de acumulação flexível do sistema do capital, mas também impõe questionar o que o define. E, neste sentido, é mister observar que a análise da realidade, sem desconsiderar as mudanças observadas com a ascensão de formas culturais pós-modernas, sustenta o argumento central de que são as relações entre o Estado e o capital que definem esse processo. Além do crescimento da visitação aos Parques Nacionais, algumas iniciativas observadas nos últimos anos, relacionadas à política pública, a exemplo dos investimentos realizados em decorrência do Programa Turismo nos Parques, bem como relacionadas à iniciativa privada, como os investimentos efetuados em algumas dessas Unidades de Conservações por empresas que têm a concessão de serviços de apoio à visitação, sustentam a perspectiva de continuidade desse processo. Todavia, nada garante que este evolua a ponto de no futuro ser significativo para a reestruturação do espaço do conjunto dos Parques Nacionais e de seus entornos, os quais, de modo geral, constituem tradicionais territórios de atividades produtivas diversas e/ou de lazer, haja vista serem os capitalistas que, seguindo a lógica do capital, fazem as escolhas dos espaços em que irão realizar os seus investimentos. A análise da realidade evidencia que as ações do Estado, em prol do desenvolvimento do ecoturismo nas Unidades de Conservação dessa categoria, não foram seguidas em muitas destas por investimentos expressivos de capital. Mas deve-se observar que, mesmo antes de ser percebida qualquer interferência significativa da territorialização do capital com o ecoturismo em muitos Parques Nacionais, nestes, são observados conflitos de interesses relacionados a esse processo, a exemplo dos conflitos decorrentes das desapropriações de áreas com paisagens naturais de grande beleza cênica, que devem ser transformadas em atrativos turísticos. Assim sendo, é importante atentar para a mistificação em torno do ecoturismo, bem como para a necessidade de avaliar os resultados dessa territorialização na produção do espaço com base no interesse social. E, visto que o processo em análise neste trabalho encontra-se em curso, ou mesmo apenas se inicia, não se tem a pretensão de lançar conclusões definitivas sobre o mesmo, fazendo-se necessário indicar o prosseguimento da sua análise.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/5422 |
Date | 14 March 2014 |
Creators | Santos, Mércia Carmelita Chagas Alves |
Contributors | Locatel, Celso Donizete |
Publisher | Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Geografia, UFS, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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