Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-01-03T03:18:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / INTRODUÇÃO: no Brasil, o parto domiciliar planejado, assistido por profissional qualificado, tem aumentado. OBJETIVOS: descrever as práticas obstétricas nos partos domiciliares planejados, assistidos por profissional qualificado, nas Regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e compreender a experiência desses profissionais. MÉTODO: estudo de método misto. Na abordagem quantitativa ? pesquisa descritiva, os dados foram coletados prospectivamente por meio de um banco online, entre dezembro/2014 a novembro/2015, inseridos por 49 profissionais (enfermeiros obstetras, obstetrizes e médicos). Os dados de 667 mulheres e 665 neonatos (dois excluídos por malformação) foram analisados por estatística descritiva. Na abordagem qualitativa ? pesquisa exploratória-descritiva, foram entrevistados 17 profissionais que participaram da abordagem quantitativa, de março a agosto/2015. As entrevistas foram inseridas no programa ATLAS.ti ? versão 7 e analisadas pela técnica de Análise de Conteúdo. RESULTADOS: são apresentados em quatro manuscritos. O manuscrito 1 mostra que a maioria das mulheres pariu em casa (84,4%); em posição não-litotômica (99,1%); nenhuma foi submetida à episiotomia, sendo que 32,3% permaneceram com períneo íntegro e 37,8% tiveram laceração de 1o grau. Poucas foram submetidas a intervenções como amniotomia (5,4%), uso de ocitocina (0,4%) e Manobra de Kristeller (0,2%). A taxa de transferência de parturiente foi 15,6%, de puérpera 1,9% e de neonatos 1,6%. A maioria (80,8%) das mulheres com cesárea prévia tiveram parto domiciliar e a taxa de cesárea das parturientes que iniciaram o acompanhamento no domicílio, mas foram transferidas, foi de 9,0%. O manuscrito 2 aponta as razões que impulsionaram os profissionais a assistir no domicílio nas categorias: Desejo das mulheres pelo parto domiciliar; Apoio e incentivo de colegas; Insatisfação com o modelo obstétrico hospitalar;Busca pela autonomia, valorização e satisfação profissional; Ter vivenciado o próprio parto no domicílio. O manuscrito 3 apresenta os aspectos que facilitaram o atendimento no domicílio nas categorias: O domicílio como local ideal para assistência ao parto fisiológico; Realização profissional, flexibilidade e liberdade no contexto domiciliar; Protagonismo da mulher; Atendimento em equipe; Rede de apoio cultural e profissional. O manuscrito 4 aborda as dificuldades encontradas pelos profissionais diante da transferência materna e neonatal para o hospital. Destaca-se a falta de apoio hospitalar, de um fluxo de transferência, o preconceito e a discriminação dos profissionais no hospital. CONCLUSÃO: as práticas obstétricas estão em consonância com as evidências cientificas, no entanto ainda são realizadas intervenções. A taxa de cesárea e de transferência materna e neonatal são baixas e a de parto normal após cesárea elevada. A solicitação das mulheres, a insatisfação com o modelo obstétrico hospitalar e a falta de autonomia são algumas das razões para profissionais atenderem nesse local. O apoio de colegas, a liberdade de conduta, o empoderamento da mulher e trabalhar em equipe são aspectos facilitadores. As dificuldades frente a transferência materna e neonatal retarda a decisão do profissional, gera estresse e contribui para que a mulher omita que pretendia parir no domicílio. É necessária a criação de políticas públicas e diretrizes para garantir essa modalidade de atendimento pelo Sistema Único de Saúde, com uma rede de apoio e um sistema de referência estabelecido.<br> / Abstract : INTRODUCTION: Planned home birth assisted by qualified health professional has grown in Brazil. OBJECTIVES: To describe obstetrical practices of planned home birth assisted by qualified professionals in the regions of northeast, midwest, southeast and south of Brazil. So as to comprehend the experiences of these professionals. METHOD: It is a mixed method study. In the quantitative approach ? descriptive study, data was collected prospectively by an online bank, from December/2014 to November/2015, filled in by 49 professionals (doctors, obstetric nurses and midwives). Data of 667 women and 665 newborns (two excluded due to congenital anomalies) was analyzed by descriptive analyses. In the qualitative approach ? descriptive exploratory study, were interviewed 17 professionals who participated in the quantitative approach, from March to August/2015. The interviews were inserted in the ATLAS.ti program ? version 7 and analyzed by Content Technique. RESULTS: are presented in four manuscripts. Manuscript 1 shows that most women achieved homebirth (84.4%); on a non-lithotomic position (99.1%); none required an episiotomy; 32.7% remained with an intact perineum and 37.8% had a first degree laceration. Few women were submitted to interventions such as artificial rupture of membranes (5.4%), oxytocin use (0.4%) and Kristeller Maneuver (0.2%). The rate of intrapartum transfer was 15.6%, postpartum 1.9% and transfer of newborns 1.6%. The majority of woman with previous cesarean had achieved home birth (80.8%) and the cesarean rate of woman who commenced care at home, but needed transfer, was 9.0%. Manuscript 2 outlines in the following categories the reason that motivates professionals to attend home birth: Desire of women for planned home birth; Support of colleagues; Dissatisfaction with obstetrical hospital model; Search for autonomy, appreciation and professional satisfaction; Having experienced a home birth. Manuscript 3 categorizes the aspects that facilitate care at home: Home as an idealplace to assist a physiological birth; Professional fulfillment, flexibility and freedom in the home context; Protagonism of the women; Team work; Support by cultural and professional network. Manuscript 4 revels the difficulties experienced by professionals who had facilitated a maternal and neonatal transfer to the hospital. Difficulties highlighted include: lack of support by hospital with a flow of transference and preconception and discrimination by hospital professionals. CONCLUSION: home birth professional?s obstetric practices are in alignment with scientific evidence, although there are few interventions. The rate of maternal and neonatal transfer is low, as is transfer for cesarean section while vaginal birth after cesarean is high. Women?s desire for homebirth, dissatisfaction with the obstetric hospital model and lack of autonomy are some of the reasons why professionals choose to assist women to birth at home. The support of colleagues, freedom in the professional?s conducts, women's empowerment and teamwork are facilitating aspects. Difficulties in transfers delay the decision of the professional to transfer to hospital, generate stress and contribute to the woman omitting to reveal that she was attempting planned home birth. It is recommended that the Brazilian Health System develops a public policy which supports this model of birth by establishing a system of integrated referral pathways.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/172189 |
Date | January 2016 |
Creators | Koettker, Joyce Green |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Brüggemann, Odaléa Maria |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 226 p.| il., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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