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Aspectos psicossociais para atividade física e prática de atividade física no tempo de lazer

Dissertação(mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:58:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / Os objetivos deste estudo foram investigar a prevalência e os fatores sociodemográficos associados aos aspectos psicossociais para a atividade física (AF) (gosto e preferência), bem como à prática deste comportamento no tempo de lazer, de acordo com o sexo em escolares catarinenses. Para isso, realizou-se uma análise secundária de dados do projeto ?Estilo de Vida e Comportamentos de Risco de Jovens Catarinenses?, realizado em 2011, com característica epidemiológica de base escolar e com delineamento transversal. Participaram deste estudo 6.529 adolescentes com idade de 15 a 19 anos, regularmente matriculados no ensino médio das escolas da rede pública estadual de Santa Catarina. Por meio de questionário, coletaram-se informações sobre o gosto pela prática de AF, a preferência por atividades de lazer e a prática de AF no tempo de lazer (variáveis de investigação), bem como sobre fatores sociodemográficos tais como idade, área de residência, arranjo familiar, turno de estudo, situação ocupacional, renda familiar e escolaridade materna. Para analisar a associação entre os fatores sociodemográficos e os desfechos investigados, utilizaram-se regressões logísticas binária bruta e ajustada (Odds Ratio - OR). Termos de interação entre o gosto e a preferência por AF sobre a prática deste comportamento no tempo de lazer foram adicionados a partir do teste de multiplicação de fatores. Os resultados mostraram que rapazes gostam (87,1% versus 79,2%), preferem (44,4% versus 29,5%) e praticam (85,3% versus 59,8%) mais AF em comparação às moças. Rapazes com maior renda familiar foram mais prováveis de gostar de AF (OR3-5 salários=1,53 e OR=6 salários=1,62 respectivamente). Moças com 19 anos, comparadas às de 15 anos, apresentaram menos odds (OR= 0,28) de gostar de AF. Por outro lado, aquelas que trabalhavam (OR= 1,45) e tinham maior renda familiar (OR3-5 salários=1,35) tinham mais odds de gostar deste comportamento. Para a preferência, os rapazes mais velhos preferiram mais AF (OR=2,48), enquanto aqueles com maior renda, prefeririam menos (OR=0,70). Moças residentes em área rural (OR=1,47) e que trabalhavam (OR=1,31) também tinham odds maior de preferir AF em comparação aos seus pares. Quanto à prática de AF no lazer, associações foram observadas entre o turno de estudo (ORnoturno=0,59) e a escolaridade materna (ORensino médio=1,60) para os rapazes e entre a idade (OR17 anos=0,69 e OR18 anos=0,39), o turno de estudo (ORnoturno=0,59) e a renda familiar (OR=6 salários=1,40) para as moças. Ainda, verificou-se que aqueles que gostam e preferem AFtiveram odds maior (ORrapazes=18,38 e ORmoças=10,89) de praticar este comportamento em confronto aos que não gostam, independentemente da sua preferência. Conclui-se que rapazes possuem mais atitudes positivas para a prática de AF que as moças, e que algumas variáveis sociodemográficas parecem estar mais fortemente associadas a estas atitudes e comportamento que outras. Sugere-se que o padrão de renda familiar e a escolaridade da mãe são indicadores potenciais para mudança dos aspectos investigados nos rapazes e que a idade, a situação ocupacional e a renda familiar podem potencializar a mudança desses componentes nas moças. Deste modo, as atividades desenvolvidas com os adolescentes devem considerar o perfil e os interesses dessa população, favorecendo a sua participação e estimulando o envolvimento de comportamentos ativos, de forma a possibilitar o avanço em termos de promoção da saúde e de um estilo de vida mais ativo.<br> / Abstract : We aimed to investigate the prevalence and sociodemographic factors associated with psychosocial aspects of physical activity (PA) (enjoyment and preference) as well as PA practice in leisure time, according to sex in school adolescents from Santa Catarina state. A secondary analysis was carried out using data from the school-based cross-sectional study "Lifestyle and Risk Behaviors of Youth from Santa Catarina" held in 2011. 6,529 adolescents aged 15 to 19 years, enrolled in secondary education in public schools from Santa Catarina, participated in the study. A questionnaire was used to collect information about PA enjoyment, preference for leisure activities and PA practice in leisure time (dependent variables), as well as sociodemographic factors, such as age, area of residence, family arrangement, period of school attendance, occupational status, family income and maternal education. Crude and adjusted binary logistic regression models (Odds Ratio - OR) were used to analyze the association between sociodemographic factors and the outcomes of interest. Interaction terms between PA enjoyment and preference on PA practice during leisure time were included using the factors multiplication test. Our findings show that PA enjoyment (87.1% versus 79.2%), preference (44.4% versus 29.5%) and practice (85.3% versus 59.8%) are greater in males compared to females. Boys with higher household income were more likely to enjoy PA (OR3-5 wages=1.53 e OR=6 wages=1.62 respectively). Girls with 19 years old, compared to those aged 15, had less chance (OR=0.28) for PA enjoyment. On the other hand, girls who worked (OR= 1.45) and had higher household income (OR3-5 wages=1.35) showed more odds to enjoy this behavior. Concerning PA preference, there was an association with age (OR19 years=2.48) and family income (OR=6 wages=0.70) in males, and with area of residence (ORrural=1.47) and employment status (ORworkers=1.31) in females. PA practice during leisure time was associated with school attendance period (ORnight=0.59) and maternal education (ORhigh school=1.60) in males and with age (OR17 years=0.69 e OR18 years=0.39), school attendance period (OR night=0.59) and family income (OR=6 wages=1.40) in females. In addition, we observed that those who enjoy and prefer PA have higher odds of PA practice (ORboys=18.38 e ORgirls=10.89) compared to those who do not enjoy it, regardless of preference. In conclusion, males have more positive attitudes toward PA practice than females, and some sociodemographic variables seem to be more strongly associated withthese attitudes and practice than others. The pattern of family income and maternal education are potential indicators to change the investigated aspects in males and age, occupational status and family income may enhance the change of these components in females. Therefore, activities promoted to adolescents should consider the profile and interests of this population, encouraging their participation and stimulating the involvement of active behaviors, in order to advance in health and active lifestyle promotion.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/168160
Date January 2016
CreatorsBertuol, Cecília
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva, Kelly Samara da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format115 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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